segunda-feira, setembro 29, 2014

Despojos do fim-de-semana


Passeios outonais pelo parque. Regresso às origens e à cidade onde cresci depois de vários meses de ausência. Filha feliz. Avós mais felizes ainda. Tempo em família que acabou por correr muito melhor do que eu alguma vez esperava. (Aos poucos a coisa dá-se). Chuva, muita chuva na auto-estrada. E relâmpagos. (Algum) medo. E respeito. Arroz doce como só a minha mãe sabe fazer e que eu, por mais que tente, nao consigo. Filha vestida de odalisca com fato de carnaval que ainda lhe serve. Caretas e fotografias ao espelho. Nós. Dois. Três. Juntos. Como queremos. Como gosto. Fim-de-semana que passou demasiado depressa. Sinal de que foi bem passado.

O Clooney casou-se



E, digam o que disserem, na minha opinião, não há nada mais sexy num homem do que vê-lo com a aliança de casado.
Adoro.
Pronto, era só isto.

quinta-feira, setembro 25, 2014

O primeiro palavrão


Pois é minha gente, aconteceu ontem, dito alto e bom som e devidamente contextualizado.
Foi mais ou menos isto:
 
"Madalena o que queres de fruta?"
"Pêssego."
"Não há pêssego."

"Então pêra."

"Também não há pêra, mas há maçã."

"Então pronto, eu como a MERDA da maçã."

 ?!?!?!
(ar de espanto e de incredibilidade seguida de reação enfurecida)

"O que é que tu disseste? Repete lá isso outra vez!"
 
Ela, apercebendo-se de que tinha feito… pois, isso mesmo,  m****, encolheu-se, as lágrimas começaram a rolar cara abaixo e não abriu a boca.
Não se fez mais nada, ameaçou-se apenas que se voltássemos a ouvir novamente o palavrão que levava uma palmada no rabo e pimenta na língua, assim mesmo à moda antiga, mas depois, mais calma, falei com ela e expliquei-lhe que as meninas não dizem palavrões, que é feio e para ela não repetir. Entre lágrimas, pediu-me desculpa e abraçou-me, dizendo que não tornava a acontecer, mas por instantes fiquei a pensar se não terei sido eu a responsável pelo episódio, já que me lembrei que no regresso a casa, no carro e depois de a ter ido buscar à escola, praguejei em relação a um carro que ia à minha frente e acho que disse “merda”, esquecendo-me por completo que ela ia no banco traseiro, caladinha e a assimilar tudo o que eu faço e digo.

Deverei pôr pimenta na minha língua? Probably.
 
Vou ali chibatar-me e já venho.

quarta-feira, setembro 24, 2014

Dilemas

Chega-se a esta altura do ano e eu começo a stressar com o aniversário dela. O que é que eu vou fazer este ano para a festa dela? Onde? Como? São coisas que começam a ocupar-me o pensamento mal o mês de Outubro se aproxima. Isso e a fazer contas à vida. Para além de já ser um stress por causa de eu e o pai estarmos separados e de termos de chegar a um consenso sobre como é que é este dia, se almoça comigo ou com ele, se fazemos uma festa única e convidamos os meninos do colégio ou se cada um celebra à sua maneira, tudo me apoquenta. O ano passado não fiz uma festa de aniversário para as crianças da escola, acabei por fazer uma festa de aniversário sim, mas apenas para a família e amigos próximos, em casa dos meus pais com bolos encomendados, outros feitos por mim, a decoração também fomos nós que comprámos e escolhemos e pronto, a coisa deu-se, ela ficou feliz, soprou as velas, teve a família junta e foi uma festa mais pessoal. Para a escola levámos um bolo e cantámos os parabéns com os meninos. O assunto ficou arrumado e sem um grande gasto envolvido. Mas já o ano passado tinha andado a ver preços de espaços e festas porque gostaria de convidar os amigos dela da escola, mas os valores que pediam levaram-me a desistir da ideia. Não ter uma casa grande e suficientemente espaçosa para convidar cerca de 20 crianças (média) e os seus pais, ou um orçamento que me permita não olhar a números e dizer "quero fazer isto aqui, para tantas crianças" e pronto, está feito, sem ter mais preocupações, infelizmente, não é coisa que me assiste. E, por esse motivo, todos os anos o dilema é o mesmo.
Ora, este ano, dia 1 de Novembro, a pequena cria faz 6 anos e este ano, esse dia calha a um Sábado. Logo, não vai haver celebrações com os meninos da escola porque não calha a um dia da semana e mesmo que calhasse, este ano ela está na primeira classe, logo, até às 17h30 não havia brincadeira. Por isso, pela primeira vez  queria proporcionar-lhe uma festa de aniversário daquelas com direito a muita brincadeira e com os amigos de todos os dias num dia verdadeiramente memorável... os preços e os espaços disponíveis é que não ajudam. É tudo caríssimo. Mas mesmo assim, quando liguei para um espaço onde ela até já foi por duas vezes a festas de aniversário de amiguinhos, para o dia de anos dela, já tem duas festas marcadas! O único horário disponível é das 17h00 às 19h00 e eu fico a achar que se calhar para algumas famílias pode ser um pouco tarde.
Como é que fazem as pessoas que não têm recursos financeiros para contratar festas cheias de insufláveis e animação e pinturas faciais e mil e uma coisas? Nem casas suficientemente grandes para receber muitas pessoas e moram num simples andar com dois quartos e uma sala? É que se fala da crise por todo o lado, do não haver dinheiro quase para comer mas depois, um pouco por toda a blogosfera e redes sociais, só vemos fotos de festas que mais parecem casamentos, com direito a "party plannings" e photocall para fotografias, arranjos florais e máquinas de gelados e tudo o que a imaginação e a vontade permitir.
É tudo muito bonito sim, mas nao vou deixar de viver para me endividar durante um ano, mas por outro lado queria que ela, pela primeira vez em 4 anos, sentisse que não tem de se dividir em duas festas, duas famílias e duas casas. Que tivesse pai e mãe e amigos tudo debaixo do mesmo tecto e que por duas horas fosse verdadeiramente feliz.
O que é que eu faço? Há por aí alguém que passe pelo mesmo dilema durante o aniversário dos filhos? E que aquele que deveria ser um dos dias mais bonitos do ano, uma data para sempre a recordar, seja igualmente, uma fonte de stress?
(fotos da festinha do ano passado)
 
Na escola...
 
E em casa
 
 
 
 

segunda-feira, setembro 22, 2014

Chegou oficialmente o Outono

 
E com ele a minha vontade desmedida de estar no ninho, no quentinho do lar a dormir, a comer e a fazer bolinhos! Foi o que me aconteceu nestes dois dias onde desde queijadinhas de leite, brunch com panquecas, maçãs assadas no forno com vinho do Porto e caneça e confort food, houve direito a tudo. (Depois queixo-me, mas não resisto e sabe tãããooooo bem) Nestes dias já mais curtos e nublados, onde apesar de o frio ainda não se fazer sentir já só apetece é estar em casa, rodeada daquelas pequenas coisas que fazem parte do nosso mundo, do nosso conforto e onde simplesmente podemos ser, com naturalidade, sem preocupações e desfrutar o momento, tão simples e tão bom, são para mim os melhores do ano. As primeiras chuvas ( e que chuvas!), as tardes de filmes e séries intercaladas com sestas, tudo isso é para mim, sinónimo de dolce fare niente do qual eu sou verdadeiramente apreciadora. Aproveitei para pôr o sono em dia - apesar de ter andado estes dois dias a acordar cedíssimo porque o corpo, habituado que está a esse horário nem ao fim-de-semana descansa como deve ser - mas no Sábado à noite, fruto de um fim-de-semana sem a cria, aproveitámos para dar um saltinho já tardio ao Mercado da Ribeira para um jantar fora de horas, seguido de uma ida ao Bairro Alto. Um copo de sangria depois e uma caminhada pelas zonas mais movimentadas para ver o ambiente e os sítios que estão "in" e já eu abria a boca e pedia pela minha cama. Domingo ainda me iludiu com os raios de sol que se faziam sentir pela manhã, mas quando até estava tentada a vestir qualquer coisa e ir para a rua aproveitar o resto do dia, o dilúvio abateu-se sobre a cidade acompanhado de forte trovoada. O quadro eléctrico disparou por duas vezes e achámos por bem desligar a electricidade e simplesmente terminar a nossa refeição à luz das velas. E assim convertemos uma trovoada num inesperado almoço romântico! (Always look to the bright side of life!) O resto do dia foi passado em arrumações e muita ronha, com muita calma, como se quer dos domingos.
Bem-vindo Outono, já te disse que gosto de ti?
 

do passado e do presente

 Setembro é o mês de reencontro com a família por alturas das festas da Nossa Senhora da Ajuda. Uma tradição que ainda mantemos apesar de ano para ano ser cada vez visível a ausência de certos elementos. Quando era mais nova, em plena adolescência, vibrava com as festas como se a minha vida dependesse disso. Contava os dias que faltavam para tudo começar,  minha mãe passava os serões a fazer-me vestidos para estrear no Domingo de procissão - ainda não havia Zaras nem grandes sítios onde comprar as últimas novidades da estação - e eu sonhava com as noites na quermesse a vender rifas e a meter conversa com toda a gente (era também uma óptima forma de conhecer rapazes e de me enturmar numa terra que não era a minha). Aqueles 5 dias eram sinónimo de liberdade, deitar tarde, convívio e momentos bem passados. Depois crescemos e as coisas deixam de ter a graça e o encanto de outros tempos, como se perdessem magia. Ficamos embrenhados nas rotinas da vida, da escola, dos filhos, do trabalho e apesar de continuarmos a gostar de voltar, ficamos com aquela sensação agridoce de "já não é a mesma coisa".
Estive os últimos 3 anos sem ir às festas da Nossa Senhora da Ajuda. Não lhes senti a falta, confesso. Invadia-me um misto de tristeza e melancolia por nada já ser como era. Nem a família, nem o almoço de Domingo que de repente deixou de existir, nem os primos do Porto que todos os anos por esta altura vinham e assentavam arraias na casa da minha tia para grande trabalho dela, nem o quarto na casa da prima Raquel que estava sempre aberto para me receber, nem a minha prima Rita, fiel companheira de aventuras, estava lá. Já nada fazia muito sentido e, como tal, também eu me afastei, levada pelo tempo e pela distância física de um lugar que não era meu, de uma festa que não era a minha, para não prejudicar as memórias tão boas e queridas que tinha daquele sítio.
No fim-de-semana passado voltei. Foi bom  constatar que, ao fim de tantos anos, ainda conhecia o caminho para a azenha e que a memória não me traía, foi bom ver novamente a procissão, a família, as primas, a banda a passar, ver a minha afilhada muito crescida e já com namorado (OMG!!, como o tempo voa!) e voltar com a minha filha a meu lado que, a dada altura, decidiu subir ao palco vazio onde a banda ia actuar, sentar-se na bateria que estava montada e dar um show para a assistência para escândalo de muitas das senhoras da idade que assistiam a tudo.
Way to go girl! You rock!
 

quinta-feira, setembro 18, 2014

ainda não tinha falado aqui do regresso à escola, pois não?

Tem sido uma semana tranquila e pacífica com o regresso à escola da pequena cria, mas com a diferença de que este Setembro ficou marcado pela entrada no primeiro ciclo e, como tal, não podíamos deixar de assinalar a data a rigor.
A M. andava entusiasmadíssima com a ideia. Apesar de continuar no mesmo colégio onde já estava no pré-escolar e de já estar familiarizada com o local, as instalações, o pessoal, as auxiliares e até com aquela que é, actualmente, a sua professora, ir para o primeiro ano do primeiro ciclo significava uma nova etapa. Agora é a "sério". Há aulas e disciplinas e letras e números e um horário a cumprir, matérias a aprender e avaliações onde é necessário atingir determinados valores para se considerar "aprovado". Claro que ela ainda não percebe as coisas desta forma. Para ela, esta nova fase significa que vai aprender mais coisas e que, provavelmente, vai passar mais tempo sentada e com menos oportunidade de brincadeira, mas sabe que a responsabilidade é maior e que o nível de exigência também.
Para começar entra uma hora mais cedo. Se antes a deixava na escola às 9h30, agora deixo-a às 8h30. Se custa? Sim, custa muitoooooo, até porque cá em casa não somos daquelas famílias que às 7h00 da manhã já está toda a gente de pé, muito alegre e contente e cheia de energia. Custa-me muito ser organizada e rápida de manhã. Atraso-me com coisas pequenas e se não deixo tudo organizado sou um caos. Esta nova mudança e etapa também significava uma nova adaptação para mim. Deixar tudo preparado de véspera, roupa (a minha, a dela), comida (o meu almoço), tomar banho em 5 minutos em vez de meia hora, vestir-me com tempo contado, maquilhar a correr, secar cabelo a correr, acordá-la, vesti-la, dar-lhe o pequeno-almoço e estarmos a horas na escola. Tudo isso também me assustava por achar que não ia conseguir.
Pois bem, esta semana tenho conseguido fazer tudo isso com tempo e a devida organização. Ela chega sempre a horas na escola e eu às 8h45 já estou no trabalho! Quase uma hora antes do "previsto", mas até nem me importo. Quando chego o ambiente está calmo, há poucas pessoas e confesso que até prefiro. Quantas vezes não cheguei a rondar as 10 da manhã já em pleno stress e com a sensação de que ainda agora o dia tinha começado e eu já estava capaz de matar alguém.
É verdade que estamos na primeira semana e tanto eu como ela temos conseguido ser "certinhas" e "on time", mas acredito que com o passar do tempo as coisas possam descambar um bocadinho (eu conheço-me) e sei que o frio e a chuva dos dias de Inverno vão ser um forte factor para ficar mais 15 minutos na cama e que esses 15 minutos depois me vão sair caro e provocar o descalabro matinal. Mas pronto, não vou sofrer por antecipação. O que importa reter desta primeira semana de escola oficial é que tudo correu muito bem. Ela tem estado tranquila e feliz e se ela está bem e feliz eu também estou! Tem imensos coleguinhas novos e alguns meninos que transitaram com ela do pré-escolar. Está completamente à vontade com a escola, o ambiente e as pessoas. Não houve choros, nem dramas, nem birras, nem para ir para a escola, nem para acordar de manhã. E eu olho para ela, tão crescida e penso que qualquer dia está-me a pedir dinheiro para ir com as amigas ao shopping e ao cinema em plena adolescência.
Dia 15 de Setembro marcou uma nova fase na nossa vida. Eu orgulho-me, mas como tenho medo de um dia mais tarde me esquecer destes momentos, das datas, das emoções e dos sorrisos que marcaram esta segunda-feira, registo-as e exibo-as com muito orgulho. Afinal de contas, ela é o meu mais precioso tesouro, o meu bem mais valioso, a minha obra de arte, o meu coração fora do peito, o meu "cliché" mais rebuscado e do qual nunca me canso. É minha.
Boa sorte filha e que tenhas tanto gosto em aprender e em estudar quanto eu tive.

quarta-feira, setembro 10, 2014

Relax


Regressei ao hospital para analisarem o estado das lesões. Tudo a cicatrizar, algumas já praticamente saradas. Antibiótico a fazer efeito como deve ser. Agora é rezar para que a "bicheza" que me apanhou não volte nunca mais a fazer das suas. E descomprimir, que isto deu-me cabo dos nerbios.

terça-feira, setembro 09, 2014

Hospedeira

Não tenho dado notícias porque nesta última semana andei um pouco em baixo de forma. Não sei explicar muito bem o que me aconteceu, mas ao que parece, houve uma bactéria que gostou de mim e decidiu procurar condomínio no meu corpo. Mais concretamente nas minhas pernas e pele. Em poucos dias comecei a ganhar umas pequenas bolhas na perna direita que rapidamente se tornaram ferida e alastraram. Daí a ter ficado com as pernas a parecer a próxima jihaidista foi um instante. As feridas estavam enormes, não cicatrizavam, eram super dolorosas e qualquer toque, por mínimo que fosse, parecia que me estavam a cortar aos pedaços. Isto trouxe alguns problemas logísticos, nomeadamente o facto de não conseguir suportar roupa a roçar ou um simples lençol durante a noite.
Ao longo da semana fui-me convencendo de que conseguia tratar disto sozinha, com desinfectantes, gazes esterilizadas e pomadinhas, evitando a todo o custo ir ao hospital, mas foi quando tudo se tornou insuportável, sem resultados à vista e com as dores a consumirem-me dia e noite, com os movimentos da perna presos e com mais borbulhas a aparecerem na perna esquerda, que tive de me render.
Passei a tarde de sábado no hospital de S. José, na triagem, à espera de ser vista. Quando finalmente aconteceu, encaminharam-me para o Hospital Curry Cabral para ser seguida na dermatologia e passaram-me um antibiótico. Comecei portanto a tomar antibiótico no sábado e a ver a luz por breves momentos. As feridas ainda não estavam a cicatrizar, mas pelo menos já estavam com melhor aspecto... Ontem lá fui até ao Curry Cabral para ser atendida, com o relatório médico numa mão e as pernas prontas para serem vistas. Fui atendida por uma equipa de jovens médicos bastante competente e atenciosa. Tiraram um pouco de amostra para análise e avançaram com um diagnóstico ainda não confirmado. Ao que tudo indica trata-se de uma bactéria que pode ser apanhada em ambientes de pó ou praia e que, alojada em pessoas com peles mais sensíveis (tipo, EU!), pode provocar esta reacção. Ora, bate certo com o que já desconfiava... é que nos meus últimos dias de férias fui  fazer um piquenique em pleno campo, andei sempre de chinelos no pé, piquei-me com uma valente farpa num dedo (e andei coxa por isso) e tomei banho numa ribeira... Eu já desconfiava que a farpa podia ter-me deixado neste estado porque a verdade é que dois dias depois do sucedido começaram a aparecer as bolhas, mas daí a ficar a parecer uma mártir, nunca pensei.
Amanhã regresso ao Curry Cabral para nova consulta. Continuo a tomar antibiótico e as lesões já começaram a secar. Ainda me dói a perna, mas já consigo vestir calças (embora das largas) ou andar sem mancar, mas só espero que o bicho morra ou desapareça de vez, porque não desejo isto a ninguém.
Foi uma semana a "roçar" o "lixadinho".
 
 
 

quarta-feira, setembro 03, 2014

rentrée

 
O meu cabelo também decidiu preparar-se para a rentrée. Já há algum tempo que andava em modo "estou-que-não-me-aguento-com-esta-cor-e-este-corte-de-cabelo-sem-gracinha-nenhuma", mas lá me fui aguentando. Porque era verão, porque vinham aí as férias e a praia e o sal e o cloro da piscina e tudo e tudo e tudo. Pois bem, eis que acabou! As férias já terminaram, os dias de mergulhos infinitos de manhã, à tarde e à noite também, as lavagens sucessivas duas e três vezes por dia idem e a cor... Bom, a cor nem vos falo, já era um misto de cor antiga com raízes escuras, cujo ex libris terminava na franja lateral que nestas férias passou a maior parte do tempo presa com um gancho (muitas vezes eram os da pequena cria que me salvavam o dia).
Perante este cenário, assim que meti os pezinhos em Lisboa que andava desejosa de me sentar na cadeira do cabeleireiro e mudar a cor, definir o corte e cortar franja. Franja, franjinha, como usei durante tanto tempo e que é como gosto de me ver.
Foi ontem, saí do trabalho decidida a deixar  o look indefinido para trás e dizer olá ao meu verdadeiro "eu" que se encontrava escondido há tanto tempo. E voilá, aqui estou de novo, renascida, mais escura e próxima do meu tom natural e renovada!
Outono, podes vir que estou preparada para te receber!

segunda-feira, setembro 01, 2014

Back to town

Estamos de regresso ao trabalho e à vida em geral depois de duas semanas de puro dolce fare niente, com muito sol, muitos mergulhos na piscina (e menos praia do que o habitual), muito tempo em família, muitas sestas (tão bom!), muitas noites quentes e estreladas a sul e muitas outras coisas que são sinónimo de férias e de boa vida (comidinha, brincadeiras, gargalhadas, mergulhos e passeios). Pequena cria teve a sua primeira saída de Portugal a tierras de nuestros hermanos, viu dançar sevilhanas e teve direito aos seus primeiros sapatos de flamenco com salto e tudo para seu grande delírio. Aprendeu ainda a nadar sem braçadeiras, a boiar, a dar mergulhos e a passar entre as nossas pernas, qual peixinho na água e a tomar o seu primeiro banho em barragem! Foram umas férias feitas de novas experiências. Mas como o que é bom acaba depressa, eis-nos de regresso ao trabalho - que também é gratificante, pois é sinal de que existe! - e à rotina do dia-a-dia do acordar cedo, trânsito, escola e os pequenos afazeres que fazem parte da rentrée. No imediato espera-me uma ida ao supermercado para abastecer o frigorífico que, depois de duas semanas de ausência está completamente vazio e, esta semana, a compra dos manuais escolares do 1º ciclo, assim como todo o material necessário, já que a escola oficialmente começa a 15 e eu ainda não tratei de nada. Hoje foi dia de organizar a quantidade louca de emails que tinha na caixa do correio - e que ainda não terminei - e de dar prioridade aos assuntos mais urgentes. Não fui invadida pela moleza e pelo sono que diariamente me assolavam nas tardes solarengas e quentes de férias, o que significa que o primeiro dia do regresso ao trabalho foi bem superado! 
Bem-vindo Setembro, espero que sejas tão bom quanto o Agosto.