Terminei a semana na sala do cinema, ou melhor, comecei o fim-de-semana na sala do cinema. (É mais isto)
A escolha, "Os Descendentes", que diz que os Óscares estão a chegar e há que ter algum critério (e opinião) sobre os filmes nomeados.
Gostei. Gostei mesmo muito, ao contrário da minha colega que, antes de eu me atrever a comprar o bilhete, me disse que tinha visto o filme em casa, que "era uma seca", que "graças a Deus que não tinha pago para ir ao cinema ver aquilo", que "quase adormeceu". Confesso que ainda hesitei e fiquei ali quase, quase a desistir, mas ainda bem que não o fiz, pois tive uma agradável surpresa.
É verdade que não é nenhum filme "tcharan", nem com uma história fantástica, mas é precisamente por ser tão banal que gostei dele. Gosto de histórias simples, de coisas com as quais me possa identificar e este tem a particularidade de centrar a sua história em algo que me toca profundamente: a vida em comum, o desencantar de uma relação, a rotina, o marasmo em que se tornam os nossos dias, a dedicação e valorização excessiva de coisas que, afinal, não são assim tão importantes, nem tão prioritárias, são todas secundárias, a família como o pilar do nosso ser, daquilo que nos define, daquilo que realmente somos.
Ri-me muito em certas cenas, mas também saí da sala com o coração apertadinho e cheia de vontade de chorar - copiosamente - tudo o que ainda não havia chorado no escuro do cinema. Gostei da interpretação do Clooney, por muito simples e pouco complexa que possa parecer, mas daí a merecer o óscar... bom, já tenho as minhas dúvidas. Quanto ao resto, adorei a interpretação da filha mais nova (Amara Miller) e fiquei extasiada pela beleza da filha mais velha - Shailene Woodley.
Resumindo, gostei e se estiverem numa de dar valor ao que têm e fazer uma breve reflexão sobre a vossa vida, então é perfeito! Também é filmezinho de manta e sofá, mas valeu a pena.