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quinta-feira, novembro 19, 2009

Mais do mesmo...

Ontem, em conversa com um ex colega meu que já não vejo e falo há séculos, mas que adicionei no facebook recentemente, o mesmo dizia-me:
Ele: ' - Então e agora, o que andas a fazer profissionalmente?'
Eu: ' - Nada. Ando à procura de trabalho neste momento. Não me renovaram o contrato quando estava praticamente no final da gravidez e desde então que tenho estado dedicada à maternidade.'
Ele: '- Oh, que pena! E eu a pensar que já eras directora de uma revista qualquer'.
Confesso, esta frase matou-me. Talvez porque para quem me conheceu em ambiente de trabalho, numa altura - em que como este colega - eu estava responsável por um projecto editorial - tenha ficado sempre com a sensação de que seria bem sucedida e que os contratempos não me bateriam à porta. Mas bateram. Aliás, já mais do que uma vez. Já tive grandes altos e grande baixos. Nada na minha vida é muito linear ou estável. Ando sempre às cambalhotas.
Mas esta frase - que nem foi dita por ele com qualquer tipo de malícia - eu, pelo menos, não interpretei como tal, fez-me sentir derrotada, subaproveitada. Mesmo.
Como se o tempo estivesse a passar por mim e não houvesse nada que eu pudesse fazer.
E hoje, a meio do curso só pensava no tempo que me resta de subsídio de desemprego - que é pouco, muito pouco - e estava de tal forma embrulhada nos meus pensamentos, preocupada com a minha situação profissional, que devia de ter uma expressão tamanha de tristeza espelhada no rosto, que a minha colega do lado reparou e me perguntou muito séria:
'No que é que tu estás a pensar?'