quinta-feira, julho 30, 2015

#euacredito


Desde que o Afonso nasceu que actualizo muito menos o blogue do que gostaria. É normal, penso, porque afinal, quando estava grávida e de repouso em casa tinha todo o tempo do mundo o que não acontece agora que existe um bebé com pouco mais de um mês. O tempo é gerido de outra forma e mesmo quando ele descansa a tendência é para rentabilizá-lo e fazer tudo aquilo que não conseguimos quando ele está acordado - nem que seja tomar um bom banho.
Os dias passam a uma velocidade alucinante e a verdade é que quando olho para o último post já passaram vários dias - foi o que acabou de acontecer quando vi que o meu último post fala do brunch de Domingo e que neste momento a semana está quase a acabar e o fim-de-semana novamente aí à porta.
O que fiz de especial esta semana? Bom, nada de muito relevante. Entre idas à pediatra, ida à minha ginecologista/obstetra para a consulta de revisão pós parto ou ao centro de saúde, os meus dias regem-se de acordo com os desejos e necessidades deste pequeno ser. Pelo meio tive carta branca para treinar e posso começar a fazer abdominais para tonificar esta barriga. Ontem estive vinte minutos a fazer exercícios variados, em casa, para as pernas, barriga e glúteos e toda eu escorria água. Vinte minutos pode não ser quase nada mas para mim já é um bom começo. Para quem não faz qualquer tipo de exercício físico há muito, muito tempo, contrariar esta minha costela para a preguiça e para o comodismo revela uma grande força de vontade minha. Um "não me irei resignar". Espero é que não seja passageiro e que mantenha a determinação se realmente pretendo ver resultados. 
No dia em que decidimos ir brunchar ao Real Palácio cruzei-me com uma das bloguers mais famosas da blogosfera - a Cocó na Fralda - e toda a sua família. (Nós não tivemos a sorte de sermos convidados, pagámos mesmo do nosso bolso, mas adiante que a inveja é uma coisa muito feia!) Bom, estava eu a dizer que vi a Sónia e pude constatar, presencialmente, o quanto emagreceu após a gravidez e desde que começou a correr/treinar. Aquilo fez-me realmente pensar que tenho de manter a força de vontade e sair da minha zona de conforto. Que estou demasiado agarrada a ela e que tudo o que puxe os meus limites e me faça sentir desconfortável é facilmente abandonado. Nem digo correr, porque nunca fui muito dada às corridas (nem a qualquer tipo de exercício físico diga-se de passagem), sempre com a desculpa de que era alta e magra e que, como tal, não necessitava dessas "coisas". Pois, tanta 'cuspidela' para o ar acabou, inevitavelmente, por cair-me em cima. É que a idade é uma coisa tramada e a gravidade também. Acabamos por tomar consciência dos erros que cometemos, do que comemos e de que temos de ser mais saudáveis, não só por nós, mas também pelos nossos filhos que merecem que estejamos em boa forma para que possamos vê-los crescer e acompanhá-los durante muitos anos. Dou por mim a pensar muito nessa questão e a constatar que ter filhos perto dos 40 anos pode significar que, se não me cuidar, poderei não viver tanto tempo quanto gostaria - ou quanto os meus filhos merecem. É uma treta esta coisa da consciência à medida que envelhecemos e, com ela, a noção da nossa própria mortalidade. Ou de como eu me vejo, esta espécie de alma velha avessa a tudo o que signifique mudança, mas que de vez em quando decide que é necessária e leva tudo à frente. 
Hoje, enquanto dava de mamar ao Afonso às 4 da manhã, dei por mim a pensar em concreto numa ideia antiga, um desejo há muito acalentado mas que nunca chego a levar até ao fim. Pensei novamente nele e de como, se calhar está na hora de voltar a direccionar-lhe energias. De como pretendo construir alguma coisa para mim, por mim, da qual me orgulhe. Não sei se é crise de meia idade, se é a própria vida que aos poucos se encarrega de nos mostrar que os sonhos que tínhamos nem sempre se realizam e de como, ao fim de umas quantas desilusões, pura e simplesmente deixamos de acreditar neles. Em nós. Sinto-me um pouco assim, desanimada, como se já tivesse excedido a minha quota parte de sonhos e possibilidades, como se eu própria já tivesse desistido de acreditar no "sim, é possível". Está na hora de voltar a acreditar no sonho e de lutar por ele. Como sempre fiz. Até porque, na verdade, a vida até me tem mostrado de que por mais difícil que seja a escalada, a recompensa no final é sempre boa. 
Vamos então a isso. Seja para ficar com uma barriga lisa, seja para pôr em prática aquilo que desejo. Hoje estou assim, em modo "fé". Preciso de contrariar o pessimismo.
Porque #euacredito.

segunda-feira, julho 27, 2015

o primeiro brunch do homenzinho



Quer dizer, não foi bem o primeiro brunch dele porque, coitado, nada comeu, foi mais o primeiro brunch dos pais após o nascimento dele e que bom que foi! E sem estarmos à espera! (O que sabe sempre melhor). A verdade é que não tínhamos planos para o domingo - depois de um sábado inteiro de ronha em casa - até que o pai desta casa falou num "novo brunch", no Hotel Real Palácio que, "ouvi dizer, é bom, bastante rico em termos de oferta e a um preço simpático" e foi com estas palavras mágicas que eu sugeri, logo a seguir, irmos até lá experimentar. Porque adoramos brunchs, Porque era domingo, não tínhamos planos, não tinha descongelado nada para o almoço e ainda eram dez da manhã, o que significava que dava mais que tempo de todos tomarmos banho, despacharmo-nos (o que actualmente demora uma média de uma a duas horas nesta casa) e ir encher a barriga. 
O brunch do Hotel Real Palácio em Lisboa foi mesmo uma agradável surpresa. Uma oferta diversificada e de qualidade, desde frios, a quentes, a salgados, a doces, a saladas frias, a massas, a sumos naturais, queijos, fruta... enfim, pena foi não ter barriga para comer tanta coisa boa. Possui ainda um espaço infantil com monitoras, onde os miúdos podem ficar entretidos a fazer trabalhos manuais ou a brincar enquanto os pais estão mesmo ao lado e podem desfrutar de alguns minutos de sossego à mesa. Não tínhamos a Madalena connosco, mas para a próxima já sabemos que a irmos, ela vai adorar. O brunch é apenas aos domingos e como é natural que tenha muita afluência, convém marcar e reservar - que foi o que fizemos e que nos possibilitou ainda conseguir ter mesa. O horário é das 12h30 às 16h00 e acreditem, compensa mesmo! O preço por pessoa é de 18€ - uma das sugestões mais baratas de brunchs em Lisboa - e com uma oferta pouco comparável em outro sítio. Fiquei mesmo, mesmo fã e espero (esperamos) voltar em breve! Sim, porque não tive, literalmente, estômago para experimentar tudo... e houve tanta coisa que me ficou debaixo de olho e do palato! Ou não fosse eu um bom garfo.
Recomendo!

sexta-feira, julho 24, 2015

O que andamos a fazer? A viver!




Depois de uma semana de ausência, eis que finalmente encontro tempo para conseguir vir aqui actualizar este canto. Mesmo que seja a correr, mesmo que as novidades sejam breves e muito sucintas. Não ter tempo para vir aqui escrever nem sempre significa que o Afonso não me deixa actualizar este canto, nem é bem isso, mas o facto de andarmos a aproveitar tudo ao máximo e de a dinâmica e a rotina dos dias se ter alterado, além de a gestão do tempo ser agora mais exigente. Mais curta nos tempos livres e mais rentabilizada. Pelo meio claro que há espaço para alguns passeios, idas ao peso e ao centro de saúde, visitas dos avós e muitos mimos. Têm sido assim os nossos dias. 
O Afonso cresce a olhos vistos, já fez um mês, já aumentou mais de um quilo desde que nasceu e já lança charme através de alguns sorrisos deliciosos que me deixam completamente derretida. Continua a fazer-se ouvir alto e bom som quando tem fome, fica muito nervoso e agitado, bebe leite sofregamente, engasga-se na ânsia de sorver ficando quase sem fôlego e sem conseguir respirar. Dorme sonos cada vez mais curtos durante o dia e as noites nem sempre são descansadas, mas tenho noção que podia ser bem pior. Descobrir a maternidade novamente tem sido uma experiência mais tranquila que a primeira, embora também tenha dias melhores que outros. Acho que o mais difícil tem sido gerir as rotinas dos dois e estar sempre disponível quando um e o outro necessitam de mim - o que nem sempre coincide. A dependência da mãe quando se é pequeno é mesmo algo impressionante e se há uns meses atrás eu tinha apenas uma com que me preocupar e a quem dar a minha atenção total, agora tenho dois e essa gestão é exigente e tem de ser cronometrada quase ao minuto por causa das horas a que um tem de mamar, o outro de jantar, banhos, a ida para a cama e toda a rotina que quem é pai tão bem sabe do que falo. 
Pelo meio ainda tive tempo de apostar um bocadinho na vaidade pessoal (para não me sentir tão mummy zombie) e fazer em casa uma pintura capilar de nuances californianas, bem suaves mas com um tom mais claro e natural, perfeito para o verão. Também fui ao cabeleiro cortar a franja e acertar o cabelo para o deixar crescer - numa das minhas saídas com ele, em que dormiu a maior parte do tempo, permitindo-me arriscar. Não há nada que uma ida às compras e um cabeleireiro não resolvam no humor e auto-estima de uma mulher e eu achei que merecia um pequeno mimo.

sexta-feira, julho 17, 2015

o que faço para disfarçar as poucas horas de sono?


Maquilho-me! E às vezes nem mesmo assim consigo disfarçar as enormes olheiras que me assolam ou os papos debaixo dos olhos. É que por muito que se queira, aos 36 anos já não há cá grandes milagres e tudo o que é conseguido - caso não sejamos bafejadas com uma excelente genética - é à custa de muito esforço.
Ora, eu sempre gostei de maquilhagem, não o posso negar e ainda antes de o Afonso nascer decidi investir em alguns produtos que vi num editorial de maquilhagem da Inês Franco que me deixaram curiosa em experimentar. A marca chama-se Flormar e é frequentemente utilizada pela maquilhadora  - que é sua embaixadora - para maquilhar várias pessoas, entre elas a Cristina Ferreira.
Como costumo seguir a sua página de Facebook, houve um dia em que vi uma maquilhagem que gostei bastante, com um blush em tom de pêssego que me deixou com vontade de experimentar tendo apontado a referência e tonalidade do mesmo. 
Um dos sítios onde se pode encontrar a marca Flormar à venda é na perfumaria Douglas do Centro Comercial Vasco da Gama e, uma semanita antes de o Afonso nascer, decidi passar por lá e comprar um blush, um fond de teint e um corrector de olheiras. 
Foram a minha salvação na maternidade e têm sido a minha salvação no pós-parto. Gosto da textura dos produtos e de como se esbatem rapidamente na pele, unificando-a e não a deixando pastosa. O blush é, sem dúvida, o toque final que faz toda a diferença deixando as maçãs do rosto luminosas. O corrector de olheiras em forma de stick/batom é óptimo a disfarçar as mesmas, não me deixando com cara de "the walking mum". Têm sido os meus aliados no dia-a-dia, os produtos 'maravilha' que me deixam com bom ar, mesmo quando as noites são difíceis. Sem dúvida, têm sido uma agradável surpresa e eu já estou fã da marca que, além de qualidade, possui ainda preços bastante acessíveis,

4 semaninhas de gente


E este pequeno homenzinho está cada vez mais gordo, glutão e comilão, tendo já conseguido recuperar o peso de nascença e aumentar um quilo certo. Temos agora um little man com 3.500 kgs, segundo a última pesagem e a crescer a olhos vistos. Continua a ser um bebé relativamente calmo e fácil de lidar, mas já começo a perceber-lhe as necessidades, os choros, as rotinas e as ansiedades. Por exemplo, detesta - mas detesta mesmo - todo o ritual que se segue a seguir ao banho e o facto de estar nu e vulnerável. Assim como detesta colocar cremes ou o que quer que seja na pele ou no rosto. Assim como detesta limpar os olhos com uma compressa e soro, ou que lhe despeje parte do mesmo no nariz para lhe limpar algum tipo de impurezas. (Coitado, esta parte também não o censuro!)
Dorme boas sestas e soninhos, mas o seu estômago tem a eficiência de um relógio de cuco e de 3 em 3 horas dá sinal - a não ser que ande no laréu e de rabinho tremido no carro ou no carrinho.
De vez em quando já dá uns sorrisos charmosos quando falamos com ele que, confesso, me derretem toda, mas, a maior parte do tempo lança olhares desconfiados e é extremamente observador. As cólicas ainda só se fizeram sentir com mais intensidade durante dois dias, que foram mais complicados e onde só estava bem ao nosso colo e de barriga para baixo, mas de resto tem corrido relativamente bem. vamos fazendo massagens e tendo atenção ao seu comportamento, de forma a prevenir alguma dorzita mais insistente.
Eu já tive - e vou tendo - episódios de baby blues que me atingem em força, tendo atingido o pico no fim-de-semana passado e durante alguns dias desta semana. Trata-se de algo inédito para mim já que no pós-parto da Madalena não me recordo de ter sintomas desta natureza, com uma descompensação e vontade de chorar quase incontrolável. É estranho. O pior é mesmo eu sentir que estou a passar por isso e tentar racionalizar a coisa quando, na verdade, por mais que eu tente me controlar, não consigo. Há dias em que consigo estar melhor e há outros em que pura e simplesmente me sinto um caco. Acho que faz parte, mas também tenho noção que estar a maior parte do tempo sozinha em casa com um bebé não ajuda. Apesar de as rotinas estarem mais ou menos definidas e de ele até me permitir ter tempo para ir fazendo outras coisas, é inevitável não me sentir cansada. O pior para mim são mesmo as noites e o acordar de 3 em 3 horas, já que durante o dia não durmo ou faço qualquer tipo de sestas. (Sei que devia de aproveitar para descansar, mas o meu lado freak control, não me deixa relaxar e leva-me aos limites, até de mim própria, em quase tudo).
De resto, já consegui ver-me livre dos cerca de 10 quilos que ganhei na gravidez, mas o corpo necessita todo ele de um "restyling". A barriga necessita de definição - apesar de até ter vindo ao lugar rapidamente com a ajuda da cinta - mas continua flácida e as pernas estão cheias de celulite, ou não fosse eu uma pessoa que, para além de ter má circulação, faz retenção de líquidos. 
Tenho tido imenso cuidado com o que como, mas precisava mesmo era de exercício físico 'à séria'. Vou fazendo alguns exercícios de pernas e glúteos em casa, coisas simples que servem mais como descargo de consciência do que em resultados visíveis, mas queria mesmo ganhar definição e tonificar. Apesar de toda a gente ficar espantada com a minha recuperação pós-parto e, quando me vê, dizer que "estou óptima", ou igual ao que estava, a verdade é que eu não me sinto como tal e, por isso, sinto necessidade de fazer algo mais do que apenas perder o peso que ganhei na gravidez.
Ser verão também não ajuda. Uma pessoa compra uma revista e só vê fotos de gajas boazonas na praia, em biquíni e com corpos musculados e sem um defeito para apontar, enquanto que eu ando aqui em casa de leggings e fita na cabeça, quase sem tempo para tomar um banho decente, quanto mais me pôr a ginasticar. E só penso: "mais depressa me veem de burka do que com um fato de banho ou biquíni este ano"
Mas comprei um kit da L'oreal Paris para fazer nuances californianas em casa, numa tentativa de tentar recuperar a minha auto-estima e dar um jeitinho no visual, mesmo que a descompensação hormonal me faça andar a perder imenso cabelo, ou com o couro cabeludo a descamar. Mas que se lixe, o importante é fazer qualquer coisa. 
Agora era bom era ter tempo para fazer as ditas cujas e ver se o resultado sai alguma coisa de jeito. 


segunda-feira, julho 13, 2015

como é ter um bebé pequeno?


É bom, sim, mas também é sinónimo de não ter grande tempo.
Cá por casa começaram a dar sinal as malfadadas cólicas e isso é sinónimo de que o tempo - já de si curto e intercalado entre fraldas, biberões, maminha e sonos leves - tem agora ainda a condicionante de ser interrompido por cólicas e massagens de forma a aliviar o nosso pequeno homenzinho.Sexta-feira foi um dia terrível em que não consegui fazer nada e tive sempre o Afonso ora ao colo ora deitado de barriga para baixo, ora a dormir no meu peito. Só assim conseguia alguma forma de alívio. 
Tempo para tomar um banho decente é quase nulo e eu transformei-me numa espécie de "sem abrigo mas com lar". E confesso que não gosto andar assim, mas é-me difícil em casa e sozinha conseguir fazer mais. 
Segunda-feira, uma semana nova que começa e também o dia mais complicado para mim, onde a logística de ter dois filhos, um deles com apenas 3 semanas e outra com actividades desportivas a cumprir, faz com que a minha organização de tempo e gestão sejam postas à prova.
Hoje, para além de despachar um recém-nascido que acorda e come em menos de 2 horas (tem um apetite voraz este miúdo), tenho de deixar o jantar feito para conseguir sair de casa a tempo de a levar à natação enquanto o pai fica com o mais novo. (E depois voltar e dar banho e deitar dois, etc., etc.) Tenho ainda de preparar as coisas dela, arranjar-me, - ou tentar ter um ar decente, arrumar a casa  - e por isto entenda-se o básico (como fazer camas, ter a cozinha minimamente organizada e a casa com um ar relativamente apresentável). 
Gostava muito de conseguir ter tempo para começar a treinar, mesmo que em casa, a fazer alguns exercícios para as pernas e barriga, mas acho que já estou a pedir demasiado à vida.
Já para não falar nos terríveis baby blues que começaram a atacar-me em força, mas isso são outros 'quinhentos' sobre os quais falarei um dia destes, quando me sentir com forças para tal...
É nestas alturas que confesso que gostava muito de ser rica - ou de ter, pelo menos, maior margem de manobra que me permitisse pagar a uma babysitter para poder ficar com ele, ou uma empregada para dar uma ajuda cá em casa e que me aliviasse um pouco o peso e a responsabilidade de ter de fazer tudo sozinha ou de como as mães estão sempre no último lugar na lista de prioridades.
Bem sei que não sou a única mãe e eu não sou mais que ninguém, mas que ajudava muito, ajudava.

terça-feira, julho 07, 2015

Life is good!


Este fim-de-semana foi a apresentação do nosso pequeno "homenzinho" à família. Depois dos avós maternos e paternos e de alguma família mais directa ou amigos que aproveitaram para nos visitar ainda na maternidade, o resto da família estava em ânsias para o conhecer. Por isso, aproveitámos a ida a casa dos avós maternos para apresentar às tias e um almoço familiar de Domingo, onde se reuniram mais de 40 pessoas, para fazer as apresentações oficiais. 
Toda a gente delirou com este doce pequenino, sempre tão calmo e tranquilo. Eu, ansiosa e stressada como sou, ter um filho calmo é um verdadeiro presente dos céus! Ainda nem acredito bem na minha sorte (mas é melhor não gabar muito, que eles estão sempre a mudar!). O Afonso é um bebé tranquilo que só se chateia a valer e chora a bom chorar quando aquele estômago pequenino dá sinal. Aí sim, meus amigos, ninguém o cala! Enquanto não tem o que quer e não está de barriguinha cheia até o queixo lhe treme (bom, isso e o banho e pôr cremes, que detesta), mas de resto é pacífico, dorme, fica longos momentos de olhinho aberto e a ver o ambiente que o rodeia e não tem sofrido com cólicas, permitindo aos seus pais dormirem relativamente bem e principalmente a mim, só acordar de noite para lhe dar comer. 
Tem sido cansativo, não vou negar, voltar a estes ritmos de 3 em 3 horas de dar de mamar e de cuidar de um bebé tão pequenino, principalmente quando já não o fazia há 6 anos e já estava numa fase muito autónoma com a Madalena, mas não vou negar que é bom, que já tinha saudades. 
O cheirinho de ter um bebé pequenino, os sons, todas as novidades do dia-a-dia, são novas descobertas que se vai revivendo de uma forma doce e igualmente satisfatória como da primeira vez. Porque é novamente uma descoberta, uma novidade, porque apesar de já se ter passado por isto uma vez, cada filho é um filho e há sempre coisas novas que aprendemos e que nos ensinam. É essa a beleza da maternidade. Se por um lado nos sentimos mais seguras no nosso papel de mãe de segunda viagem, com menos medos e inseguranças, por outro não deixamos de nos surpreender com tudo novamente, como se fosse uma nova viagem (que é), como uma dádiva. 
Há quem não ache particular piada a bebés recém-nascidos pelo pouco que interagem e por dormirem a maior parte do tempo. Eu olho para ele e derreto-me a cada som, a cada dia. Bem sei que é meu e que como mãe, esse sentimento existe e é natural ser assim, mas estes seres tão frágeis, tão dependentes de nós, que recebem o nosso amor de uma forma tão pura e tão despretensiosa, são de facto das melhores coisas que a vida nos pode proporcionar. Ter essa oportunidade é uma bênção sem limites. Disso tenho mesmo a certeza. Por isso me sinto assim, como que a planar de felicidade. Por saber que fui duplamente abençoada. 

Life is good! 

quinta-feira, julho 02, 2015

Mãe de primeira e segunda viagem


Não há comparação entre ser mãe de primeira viagem e de segunda na forma de fazer e lidar com as coisas. Na segunda volta tudo é mais fácil - mesmo que não seja, ou mesmo que tenhamos mais coisas para fazer e lidar - mas o saber de experiência feito faz com que encaremos de novo a logística e as tarefas e responsabilidades de ter um bebé pequeno novamente em casa, de uma forma muito mais fácil e prática. As ansiedades dão lugar a certezas e todos os pequenos sons, dúvidas ou questões que nos afligem na primeira "volta" são agora encaradas como 'normais', transmitindo-nos calma e, acima de tudo, sabedoria. Mesmo quando estamos cansadas ou no limiar das forças, mesmo quando temos sono, mesmo quando queremos ter 5 minutos para nós (nem que seja para tomar banho), tudo é mais fácil e a logística do tempo aparece de forma natural e muito mais organizada. E isso é bom. Dá-nos segurança, deixa-nos tranquilas na nossa gestão de pequenas coisas do dia-a-dia e tudo flui de uma forma muito mais natural e harmoniosa. Não é que na primeira volta as coisas também não possam ser assim, claro que podem. Lembro-me de que tive momentos muito bons quando a Madalena era igualmente pequenina e recém-nascida, mas também me lembro (mesmo que já tenha sido quase há 7 anos), que vivia tudo de uma forma mais ansiosa e com dúvidas. Lembro-me até de questionar se os sons que ela fazia a dormir eram normais, ou de como o dar-lhe banho nos primeiros dias me fazia confusão por ela ser tão pequena. Agora é simples e não deixa de ser incrível como, seis anos depois, volto a fazer as coisas com uma facilidade e lembrança que não foram erradicadas do meu cérebro. Ainda continua tudo presente e inato nos gestos, na forma de fazer as coisas, no instinto. E isso é tão bom. Claro que ajuda ter um  bebé calmo que praticamente só chora para comer, o que contribui para a harmonia familiar e para que todos se sintam tranquilos - tirando alguns episódios de ciumeira da mais velha, mas sobre isso falarei mais tarde sobre os mesmos. Por agora, aproveitamos todos os bocadinhos com este "pequeno homenzinho" de sobrolho carregado, mas de bom feitio.