Campo de Ourique exerce em mim um fascínio quase infantil que ainda não perdi. As lojas pequenas, as lojas antigas, o comércio tradicional, as quinquilharias em cada esquina, as retrosarias, as emblemáticas lojas de tecidos como o 'Vidal' ou o 'Santo Condestável', os cafés onde sabem o nosso nome, as ruas com árvores verdejantes e frondosas, o eléctrico antigo, as senhoras de outros tempos, as senhoras de agora...
Hoje por mero acaso acabei por passar alguma parte do meu tempo da manhã, calcorreando meia Campo de Ourique. O dia estava cinzento e sentia-se uma espécie de brisa fria que tocava no rosto e me fazia sentir viva.
Gostei da agitação da cidade. Tive saudades de passar mais tempo na rua e menos diante de um computador.
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