Leio este post e sinto as palavras dela como minhas, embora em registos diferentes.
Não estou de casamento marcado, mas deduzo que seria mais ou menos assim que estaria e sentiria, caso tornasse a acontecer. Porque apesar de ter tido o casamento que queria ter, na altura em que queria ter e sentia que devia de ser, o mesmo não resultou. Não vou negar que hoje, ao olhar para trás, não sinto tudo o que se passou como uma espécie de fracasso pessoal, porque o sinto, embora saiba que já nao havia motivos que me permitissem continuar e que a decisão foi a que tinha de ser. De qualquer forma e apesar de saber que não é um papel que muda a vida ou o dia-a-dia de um casal, há coisas das quais sinto uma tristeza e uma saudade profunda. Tristeza porque odeio ter a designação de "divorciada" nos meus documentos relativamente ao estado civil. Aliás, odeio saber que serei sempre designada de "divorciada" caso nunca mais torne a casar na vida, o que considero descriminatório... e saudade, de olhar para o meu anelar e de ver lá uma aliança.
E é isto.
3 comentários:
Odeio que haja este estado civil, o de divorciada. As pessoas ou são casadas ou solteiras, o resto é intrometimento da sociedade.
Eu também não acho piada nenhuma a esse estado civil. Se já não é casada é solteira e ponto final!!!!
Mas olha, tenta não pensar muito nisso e viver o dia a dia. Não é o que diz nos documentos que vos vai trazer Felicidade.
Beijinho
sim, é terrível mesmo e é injusto. Também acho que o estado civil deveria de ser "casado" ou "solteiro". Divorciado é, na minha opinião, um estigma, um preconceito e um rótulo descriminatório que a sociedade te coloca.
No dia em que assinei os papéis do divórcio, o notário virou-se para mim e disse: "a partir de agora passa a ser designada por 'divorciada', pois já nunca mais voltará a ser 'solteira'". Achei aquilo horrível de se ouvir. É como se tivesse uma placa a dizer que eu era uma "condenada" para o resto da vida, não havia volta a dar.
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