Depois de um fim-de-semana muito bem passado, quando cheguei a casa e me vi ao espelho, arrepiei-me. É que o campo é muto bonito sim senhora, mas quando lá estamos também temos tendência a nos desleixarmos com as coisas. Afinal, estamos no campo, não é verdade? Não é necessário um grande brio na imagem, qualquer roupa um pouco mais velha ou gasta é suficiente, as unhas não faz muito sentido estarem pintadas (chega a ser até um pouco ridículo) e a maquilhagem então, fica de lado. Qual é o sentido de andarmos de eyeliner nos olhos quando andamos a fazer caminhadas no meio do pinhal ou a dormir a sesta? Mas depois, saindo daquele ambiente e envolvência, quando damos por nós em plena selva urbana arrepiamo-nos perante a mulher das cavernas em que nos transformámos. Então, vai daí, decidi aproveitar as poucas horas que restavam do meu Domingo para pintar o cabelo e esconder os quase dois dedos de raiz que já faziam parte da minha recente imagem de marca, assim como uma máscara para a pele, buço e ainda ter tempo para experimentar um novo branqueador dentário que comprei na farmácia.
Tudo é muito bonito assim de contar na primeira pessoa - e acredito que ainda mais deva ser de ler - mas a verdade é que a tinta que comprei - um avelã claro que, a julgar pela cor da embalagem me garantia uns 3 tons mais claros abaixo do meu tom normal, revelou-se, afinal, num castanho escuro normalíssimo com uns apontamentos a puxar ao caju e mais para o arruivado do que para o castanho cor de mel. E eu, que até andava a gostar do meu tom claro e ombré a roçar o louro vi-me novamente reduzida à morena que sou e não gostei. Não achei piadinha nenhuma. Senti-me defraudada. Afinal, compro o tom mais claro que alguma vez me atrevi a colocar no meu cabelo e o resultado foi um castanho igual a todos os outros? E pensar que ainda me senti atrevida quando, em pleno supermercado, me decidi a trazer aquela cor com medo do resultado final. Ainda cheguei a hesitar. "E se fico demasiado loura?", pensava eu, na minha santa ingenuidade, de que iria sair dali quase russa, quando afinal me saiu o tiro pela culatra. E o mesmo estou quase tentada a pensar que se vai passar com o branqueamento dentário. Foi comprado na farmácia e tem a forma de duas moldeiras - uma para a arcada superior, outra para a arcada inferior - que devem ser utilizadas durante 20 minutos no espaço de 5 dias. Estas moldeiras trazem um produto cuja acção, em contacto com os dentes, promete resultados imediatos a partir da primeira utilização. Pois bem, eu estive ontem com aquilo na boca durante uma boa meia hora. Pelo meio engoli vários litros de baba e parecia uma anormal sempre que tentava articular uma palavra. Hoje, olho os meus dentes ao espelho e não vejo resultado nenhum. Espero bem que a senhora da farmácia não me tenha ludibriado - já que garantiu que aquilo "funcionava mesmo" - e que os 31 euros que dei pelo produto não tenham sido puro marketing de boca.
3 comentários:
Queres um branqueamento dentário b.b.b.? Água Oxigenada!
E isso não faz mal aos dentes? O meu medo nestes "tratamentos caseiros" de branqueamento dentário é que os enfraqueçam e corroam o esmalte e como eu tenho reparações, fico sempre com medo de, num momento para o outro, ainda ficar sem um pedaço! :-p
lol
Já li que faz e que não faz. Eu uso há uns tempos (uma vez por semana) e não tenho tido problemas.
A maioria das coisas que li diziam que funciona como elixir, sendo mesmo mais brando que alguns (listerine p.e.).
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