Nem sempre é fácil sentirmo-nos bonitas na gravidez. Não só o corpo sofre alterações profundas, alterando a nossa imagem, forma e deixando-nos com uns quilos a mais, como a pele também muda devido às hormonas. Quem tem tendência a ter pele seca a muito seca (como eu), é provável que a mesma fique ainda pior - que é precisamente o que me tem vindo a acontecer.
Claro que o estar em casa e com mobilidade reduzida também não ajuda nada à auto-estima e tenho feito um esforço tremendo para não cair no desleixo ou no facilitismo - para meu próprio bem! - mas confesso que nem sempre é fácil e muitas vezes acabo por optar pelo mais fácil ou o mais cómodo. Afina, os meus dias não são mais do que arrastar-me da cama para o sofá e vice-versa.
Sempre fui uma pessoa que gosta de se arranjar, que TODOS os dias se maquilha, que sempre foi vaidosa, que gosta de moda e de estar a par das últimas tendências, com um espírito crítico apurado no que diz respeito ao que me fica ou não bem e do que me favorece ou não. Assumo-o sem medos e sem vergonhas. Gosto de me sentir bem, de tratar de mim e de gostar do que vejo no espelho, mas ultimamente não tem sido nada fácil manter o astral positivo.
Neste momento não possuo roupa que me valha. Se até ser internada andava com a roupa de sempre que ainda me servia apesar da barriga, desde que fiquei 'retida' em casa que a mesma cresceu exponencialmente e, como tal, a roupa deixou de me servir ou fica-me curta. Como estou em casa não me preocupo muito, mas sinto-me um pouco desleixada e é uma sensação que me deixa desconfortável. Nunca fui mulher de calças de fato de treino e sweatshirt.
Depois, a imagem. Apesar de só ter engordado 7 quilos a verdade é que me sinto enorme. Não o consigo explicar. Acredito que o facto de andar desmotivada também não ajude a viver toda a situação com a alegria que era suposto ou que senti quando estive grávida da primeira vez. Não consigo olhar ao espelho e achar que estou 'radiosa' - palavra tantas vezes utilizada pela maioria das pessoas descrever as grávidas. A minha pele do rosto sofreu alterações. Sinto-a mais seca e com pequenas manchas ou pequenas borbulhas. Quando me maquilho e aplico um fond de teint consigo disfarçar e fico com um ar mais apresentável, mas as olheiras - que têm sido as minhas companheiras dos últimos meses - não me largam e não as consigo disfarçar totalmente. A verdade é que as insónias continuam, logo, há um fundamento. Mantenho diariamente o meu ritual de beleza de sempre e nunca me deito sem tratar da pele. Aplico sempre um creme de dia hidratante pela manhã e à noite faço a limpeza devida da pele, com leite desmaquilhante + tónico, seguido de creme de noite anti rugas. A idade já não perdoa deslizes e tento não facilitar.
E depois vêm as estrias, ou melhor, a prevenção das mesmas. Na primeira gravidez tive um cuidado louco com esse assunto e tal não invalidou que ficasse marcada por uma série delas na barriga. Nesta gravidez e tendo já essa experiência de antemão tenho prevenido até à exaustão. Até agora tem resultado, nem uma no horizonte, mas a verdade é que o terceiro trimestre ainda agora começou e é neste período que a pele da barriga mais se expande. Comprei recentemente na farmácia o novo creme da Barral com óleo de amêndoas doces e tem sido o meu companheiro inseparável nessa demanda. Eu já utilizava o Barral creme gordo original, que se compra nas grandes superfícies e para-farmácias, mas esta nova versão reforçada com óleo de amêndoas doces só se compra em farmácia. É um pouco mais caro que o tradicional, mas acredito que para quem, como eu, tem a pele seca a muito seca, os resultados e a diferença de preço compensem. Tenho estado tão satisfeita com o mesmo que até o tenho aplicado na cara, nas mãos e em todas as zonas onde sinto a pele mais áspera que o habitual como pés ou joelhos. Afinal, um pouco de hidratação nunca fez mal a ninguém.
Outro grande aliado tem sido o Bio Oil - outro produto relativamente recente para o cuidado anti-estrias e pele envelhecida ou desidratada. Aplico-o na barriga, nos cotovelos e até na pele de contorno dos olhos - que é mais sensível e que, ultimamente, tem andado muito fina e a notar-se as primeiras rugas e linhas de expressão - e só lamento a embalagem ser tão pequena porque se vai num ápice, como podem comprovar pela imagem a que tenho cá em casa está à beira do fim.
Estes têm sido os meus principais aliados na prevenção de estrias e cuidados durante a gravidez e que, espero, também me acompanhem na prevenção pós-parto. Acho que um dos motivos pelo qual fiquei com algumas estrias na primeira gestação apesar de todos os meus cuidados foi ter sido tão desleixada após o nascimento da Madalena. Enquanto estive grávida tratei de mim com todo o mimo, hidratava a barriga várias vezes ao dia e preveni-me, mas após ela ter nascido nunca mais me lembrei de o fazer e tenho a certeza de que esse foi o meu principal erro. A prevenção deverá ser tão importante pré como pós parto e desta vez estou decidida a não repetir a mesma asneira, mas também tenho consciência de que quem já tem estrias de uma primeira gestação, na segunda as mesmas tendem a piorar. Vamos fazer figas para que tal não aconteça, eu, pelo menos, prometo fazer por isso para bem da minha auto-estima enquanto mãe e mulher.
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