Depois de mais de uma semana sem vir aqui dar notícias, já devem ter percebido que ando (andamos) todos cá em casa em modo "adoração do menino". O Afonso nasceu no passado dia 20 de Junho, às 06h09 da madrugada fazendo com que, tal como eu previa e tinha medo que acontecesse, faltasse à festa de final de ano da mais velha. Mas foi por uma boa causa e ela percebeu, não deixando à mesma de festejar e de ir e se divertir, contando com a presença dos avós e do G. que fizeram questão em estar presentes. Depois foi hora de vir conhecer o mano à maternidade e de, também ela, se render a este minúsculo pequenino que chegou à nossa família.
O parto do Afonso ao contrário do parto da Madalena foi um parto "santo" (se é que posso dizer isto), mas a verdade é que não me ocorre outra expressão para aquele momento em que tudo foi tão simples, tão fácil e tão rápido. Provavelmente por ele ser pequeno tudo foi mais simples do que da primeira vez, mas o medo que sentia por ter de passar novamente por tudo quando fui para o hospital sabendo já ao que ia, era maior, muito, muito maior. Rapidamente o medo deu lugar à calma e tudo correu de forma harmoniosa. Foi um parto rápido (6 horas de dilatação) e muito tranquilas sob o efeito da epidural - onde tive momentos em que até dormitei - seguidas de 10 minutinhos de expulsão onde senti que fiz três vezes força e ele estava cá fora. Não houve desespero como da primeira vez, nem exaustão ou limiar de forças, tudo foi pacífico e tranquilo e quando menos esperei ele estava em cima de mim.
Desta vez tinha um bebé pequenino, ao contrário da irmã que quando nasceu era uma bebézona. Algo que me deixou muito surpreendida. Nas ecografias tudo apontava para um bebé grande, um "rapagão" como os médicos o definiam, mas na verdade o Afonso era (é) pequenino e com apenas 2,700 kgs. Sinto que estou a pegar num pedacinho de gente muito frágil, muito leve e delicado, mas muito expressivo, onde o sobrolho carregado é a sua imagem de marca. Tem umas mãos e uns dedos muito compridos, as unhas muito grandes e os pés são enormes.
Os primeiros dias na maternidade foram tranquilos. O Afonso dormia a maior parte do tempo, era preguiçoso para mamar e era frequente adormecer na mama ou nem dar sinal que tinha fome. Isso fez com que baixasse ainda mais o peso e quando tivemos alta a indicação foi para acordá-lo e obrigá-lo a comer de 2 em 2 horas. Rapidamente e já depois de termos saído da maternidade, percebemos que o meu leite era pouco ou insuficiente e que aqueles primeiros dias em casa (e noites) em que ele apenas queria estar agarrado à mama apenas significavam uma coisa: fome! Por isso, quando regressámos à maternidade para pesar, as indicações foram para introduzir o suplemento como complemento da maminha e assim andamos desde então com este rapaz a engordar a olhos vistos, os ritmos a normalizarem e todos cá em casa a terem noites tranquilas e a descansar como convém.
É um bebé "relóginho de cucu" como gosto de o chamar. Só dá sinais de vida e chora a plenos pulmões quando tem fome. De 3 em 3 horas lá está ele, pontualíssimo, que nem britânico.
Em uma semaninha já recuperou o peso com que nasceu, já normalizou as noites, faz xixis em repuxo de forma frequente (apanhando-me desprevenida) e já deu dois passeios à rua de pernoca à mostra no seu carrinho e aproveitando o bom tempo.
Estamos muito felizes e enamorados deste pequeno pedaço de gente de 50 cms e não podíamos estar mais agradecidos.
E agora tenho de ir, que o meu pequeno homenzinho de sobrolho franzido com pontualidade britânica já está aqui muito chateado a chamar por mim, ou melhor, pelas suas "melhores amigas", que este estômago pequenino é muito exigente!
2 comentários:
Bem ao ler isto deu-me esperança de que o segundo parto possa ser menos mau que o primeiro. Ando com medo, mas ando tentada a dar um irmão ao meu pequeno.
Muitos parabéns e felicidades
Que delícia!!! E que bom que tudo foi pacifico!
Muitos muitos Parabéns!!
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