sexta-feira, abril 28, 2017

o universo pode tardar mas não falha


Cada vez me convenço mais desta máxima e não, isto não se tornou num blogue de auto-ajuda nem de positivismo feito de frases velhas e conhecidas de toda a gente. Serve a mesma apenas para ilustrar a situação que me aconteceu no sábado, em que fui ao supermercado e enquanto fazia compras tive sempre, ao longo dos expositores, uma mulher que me impedia de chegar aos produtos que queria. Ia aos iogurtes e lá estava aquela alma à minha frente, sem se mexer um centímetro que fosse para me deixar tirar a marca que eu queria, ia ao pão e lá estava ela outra vez, à minha frente, fui aos cereais, idem, lá estava ela sempre a impedir-me o caminho. Foram tantas as situações durante o tempo que estive no supermercado que, confesso, aquilo já me estava a incomodar. Não o facto de estar à minha frente, porque é normal no supermercado haver sempre pessoas, incomodáva-me sim e acima de tudo, o facto de eu querer chegar às coisas, ela perceber que eu queria chegar às coisas e nem um desviozinho para o lado para agilizar, nem um "desculpe", nem uma simpatia, nada de nada, mantinha-se estática e a ocupar o espaço todo como se o mesmo lhe pertencesse e sempre com um olhar de superioridade. Entretanto e feitas as compras, comecei a dirigir-me para a caixa, quando reparei que ela veio logo atrás de mim. Apesar de tudo cheguei primeiro, comecei a tirar as minhas compras do cestinho e a colocá-las no tapete rolante, a empregada foi registando e no final, enquanto me preparava para pagar juntamente com o arrumar as compras todas que estavam à espera e que ia colocando dentro dos sacos, a empregada começou a registar as compras da mulher que, durante o tempo todo que estive no supermercado, se mostrou pouco... digamos, 'colaborante'! 
Eu paguei, arrumei tudo e fui à minha vida, que é como quem diz, para casa.
Foi só quando cheguei a casa que reparei, ao tirar as compras dos sacos, que no meio da confusão do paga e arruma as compras trouxe produtos que não me pertenciam, nomeadamente, dois bolos que eram apenas e só da pessoa que estava na fila a seguir a mim, ou seja, da minha "companheira pouco colaborante".
E não os paguei! (porque me dei ao trabalho de ir confirmar o talão de compra).
Ou seja, a dita senhora pagou os bolos e não os levou para casa.
Fiquei a sentir-me um pouco mal, a pensar na mulher a chegar a casa e a constatar que não tinha os bolos (se fosse comigo ficaria piursa), mas depois também me lembrei de que foi uma forma muito simples de o universo fazer de sua justiça... É que a atitude dela durante todo o tempo que estive no supermercado foi apenas e só, estúpida. 
No final não sei quem ficou a ganhar ou a perder, mas eu senti que houve um ajustamento cósmico. (E não vou negar que gostei)


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