. Nesta época de fotografias digitais adoro pegar nas antigas - aquelas já amareladas pelo tempo, de papel ou cartão grosso - e ficar ali a olhar e a tentar recordar-me daqueles momentos. A fotografia provoca não só o fascínio do 'voyeurismo', como também da memória. Ninguém tira fotografias de momentos tristes - como dizia Robin Williams no filme 'One Hour photo', elas são sempre o reflexo de momentos felizes, passados em família, com os amigos, animais de estimação, bebés, flores, objectos... ou seja, tudo aquilo que torna a nossa vida igual a de tantas outras pessoas, mas que nos identifica na nossa singularidade. Tenho saudades de fotografias de papel. Aqui em casa praticamente deixaram de existir e a minha Cannon EOS 300 está a maior parte do tempo arrumada. A digital anda sempre na mala e segue-me para todo o lado, chega a ser um vício, mas a verdade é que as fotos digitais são muito mais impessoais. Não permanecem guardadas em álbuns, nem nos surpreendem nos momentos mais inesperados, quando andamos em arrumações ou a mandar papelada velha fora e ficamos ali, a olhar para elas, a recordar velhas história de sorriso tosco estampado nos lábios. Às vezes sinto apenas que nasci na década errada.
. Pregadeira em tecido para a nova estação com fitas de cetim. Quem quer? Disponível aqui.
. Ando apaixonada pelo 'look fashion' das japonesas. Isto sim é arrojamento no vestir.
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