Os aniversários das minhas primas são sempre motivo de celebração em família. Um em Abril e outro em Julho, é sempre nestas datas - tirando o Setembro, altura em que a família volta a reunir-se toda novamente para a festa lá na terra - que primos, tios, avós, sobrinhos e irmãos, se revêem, metem a conversa em dia, ficam a par das últimas novidades e claro, comemos em conjunto. Este ano o aniversário da M. não foi excepção. O dia aguentou-se sem chover, apesar de à noite estar um frio que entrava por baixo da roupa, nos fazia encolher e desejar ir para casa mais cedo, mas nem isso desmotivou a quantidade louca de crianças que todos os anos se encontram presentes e pulam e brincam e correm pelo jardim, numa histeria louca de gritos e gargalhadas, sinónimo de que na infância, estes sãos mesmo os nossos melhores momentos.
Nós chegámos por volta das seis da tarde, atrasámo-nos mais do que o costume, mas ainda fomos a tempo de ouvir cantar os parabéns e de partir o bolo. Confesso que me sentia tão preguiçosa e tinha tanto sono, que aproveitei parte da tarde de ontem para descansar e dormir. (coisa que ultimamente faço em abundância).
Tentei a todo o custo evitar dar a notícia de que estou grávida, não é que vontade não me falte, mas enquanto não fizer 12 semanas, quero salvaguardar-me um bocadinho e preservar ao máximo este assunto. Não deixa de ser irónico no trabalho já imensa gente saber, e na família, as pessoas que à partida me querem verdadeiramente bem, apenas pais e sogros vibrarem com a notícia... Mas depois penso sempre que se no trabalho sabem não foi porque eu quis contar, mas apenas porque de certa forma fui obrigada. Ninguém comentou nada ou fez qualquer reparo ao facto de me acharem mais gordinha (algo que no trabalho, por exemplo, me atiraram logo à cara mal souberam da novidade), o que me faz suspeitar de que a camisola verde que levei vestida, foi uma boa 'camulfagem'. O C. achou que eu fiz bem em não ter dito nada e a minha mãe - que já não me via desde a Páscoa - só se ria da minha barriga e fazia-me olhares cúmplices. O pior foi quando o louco do meu primo B. decidiu agarrar-me ao cólo e atirar-me ao ar quando nos preparávamos para tirar uma fotografia. Fiquei enfurecida. Ele agarrou-me sem eu ter tido tempo sequer, de reagir, e apesar de eu ter virado uma fera e de lhe ter pedido insistentemente de que queria que ele me metesse no chão, ele ainda mais se ria e mais me atirava ao ar. Claro que toda a gente ficou a olhar para mim como se eu tivesse enlouquecido e devem ter pensado que não se justificava tamanho ataque de fúria perante a situação, pois tratáva-se apenas de uma brincadeira, mas eu fiquei em pânico e não consegui disfarçar o mau humor e o facto de não ter gostado nem um pouco da ideia.
A estrela da festa, para além da aniversariante, foi o pequeno G., que com 18 meses, é o novo benjamim da família. Já fala, já anda e diz insistentemente um sonoro e muito afirmativo 'não', sempre que lhe tentamos pegar contra a sua vontade. Dá cinco com a mão sempre que lhe pedimos, bate palminhas e diz 'cão', correndo em direcção ao labrador gigante e muito preto, o 'Simão', que ficou toda a festa fechado na garagem. Saímos da casa da minha prima eram dez da noite com a promessa de novo encontro, desta vez em Julho, para o aniversário da minha afilhada - 11 anos. Aí, já estarei de 5/6 meses, - se tudo correr bem - e até lá, já toda a gente saberá, pois no final deste mês faço intenções de começar a dar a notícia.
Na sexta-feira, recuando um pouco mais no tempo, decidi ir novamente às urgências da CUF Descobertas queixar-me das dores abdominais que não me largavam há 3 dias. Depois de várias tentativas frustradas em falar com a minha obstectra e de ter ligado para o hospital a reclamar por ninguém ter dado seguimento ao meu pedido de que a mesma me contactasse, eis que na sexta-feira, a senhora lá me decide ligar, para me dizer de que ia a caminho de um congresso no Algarve e de que não me podia ver... (que conveniente!) Confesso que ando a duvidar e muito da capacidade de esta médica, que até à data foi minha ginceologista, de ser uma boa médica! Se tenho o azar de ter alguma emergência, não tenho sequer, o contacto directo dela, sendo obrigada a ligar para o hospital da Cuf Infante Santo - onde a mesma dá consultas - e onde serviço é tão mau, que andei dois dias seguidos a ligar e a pedir para falar com ela, queixando-me das dores e ninguém lhe deu o recado... Só perante o meu telefonema mais agressivo e revoltado perante a situação, é que a senhora me decide ligar, para afinal me dizer que não me pode ver, de que as minhas dores pela descrição podiam ser uma infecção urinária (apesar de não ter sangue nem ardor ao urinar) e que se calhar o melhor é ir às urgências... (até aí, já eu sabia!)
Não pretendo ser uma grávida 'mariquinhas', que à primeira dor decide ir a correr ligar para a médica, mas como inexperiente que sou no assunto e perante a insistência das dores, é natural que fique assustada e que queira a opinião de um profissional. A parva da minha médica ao dizer-me por telefone de que as dores que sentia podiam ser uma infecção urinária deixou-me em pânico! Eu já li sobre o perigo que uma infecção urinária pode provocar a uma grávida, especialmente no início da gestação e do que isso representa para o embrião e passei a tarde toda de sexta a desejar que fossem 18h30 para sair e ir a correr para o hospital...
Enfim, quando regressar à consulta no próximo dia 5 de Maio, vou manifestar o meu desagrado em relação ao assunto e se ela continuar a ser assim, acho que me decido por outro médico que me inspire mais confiança.
No entanto, na sexta-feira, lá fui à CUF, que abarrotava de gente, algumas pessoas bastante constipadas e a tossir ao meu lado e eu só pensava em sair dali para fora. Apesar de as grávidas à partida serem doente prioritários, tive de esperar e bem para ser chamada e vista. Lá me encaminharam para o serviço de ginecologia e obstectrícia do hospital onde fui vista por um médico. Quando entrei na sala fiquei retraída ao ver que era um homem que me ia ver - é que sempre tive ginecologistas mulheres - mas pensei: 'Que se lixe, vais ter de começar a habituar-te' e lá me queixei das dores abdominais que vão e vêm, na zona baixa da barriga, que muitas vezes apareciam sob a forma de dores intensas e agudas para logo passarem por tempo indefinido. Ele mandou-me deitar na maca e começou a apalpar-me a barriga perguntando-me onde me doía: 'Aqui dói?', 'Não', dizia eu,' 'E aqui?', e 'Aqui?', 'sim!!!'
Veredicto: Intestinos! 'Pois é minha querida, isto aqui não há bebé nenhum, isto aqui são intestinos e o mais provável é estar a sofrer com gases'! Gases? áááááááááá!!!
Senti-me tão envergonhada, tão estúpida, tão tudo! Mas pronto, ao menos fiquei tranquila. Pelo meio ainda me fez uma eco e saber que com o meu bebé está tudo bem. Pude ver a 'formiga' outra vez, que está bem maior desde a última vez que a vi, mas o mais emocionante, foi sem dúvida ver o coração a trabalhar a mil à hora, a bater com toda a força, mostrando-me que afinal é real, ele está ali, em pleno crescimento e de que está tudo bem com ele. Não pude evitar ter um sorriso enorme no rosto e de soltar uma lágrima perante a emoção. Senti-me ridiculamente feliz.
Não vejo a hora de que chegue dia 28 para puder vê-lo(a) outra vez. E desta vez, o paizão vem comigo! :D
2 comentários:
nos primeiros meses de gravidez eu tinha um sono e uns enjoos inacreditáveis, perdi a conta aos dias em que adormeci no trabalho!!!!! :|
devo dizer que as maiores dores que tive durante a gravidez derivaram de uma prisão de ventre abismal - como dizer isto sem ser demasiado escatologico? - estava muito entupida, e o puto já era grande e dava-me mtos pontapés no intestino... credo.. foi pior que as contrações :S
mas olha, não tenhas vergonha de ir às urgencias sempre que algo te parecer mal porque a ansiedade tb é prejudicial
mas os gajinhos se estão para ficar são mesmo fortes :D eu fartei-me de cair quando estava grávida :|
Eu também tive bastante sono no início da gravidez. Quanto aos intestinos, às 22 semanas tive uma crise de cólicas horrível. Fui às urgências e estive um dia inteiro a soro. Se sofres de prisão de ventre é melhor começares a prevenir-te, a minha médica receitou-me Duphalac xarope e pelo menos 1 vez por dia fazia, complementava com cereais de fibras.
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