Um bocadinho já fora de prazo e quase uma semana depois, aqui fica o resumé do meu 1 de Maio e da última semana:
- Tentativa de ida ao World Press Photo no Museu da Electricidade no 1 de Maio. Digo tentativa, porque de facto desloquei-me ao local mas bati com o nariz na porta. É incrível como num feriado o WPP estava fechado. Senti vontade de reclamar com direito a envio de email e tudo. Mais uma prova de como neste país continuamos a não saber rentabilizar os negócios. E não devo ter sido a única, porque a julgar pelo número de pessoas que na terça-feira à tarde andava a passear à beira rio, provavelmente, teriam sido muitos os visitantes no feriado. Perderam receitas, mas pelos vistos fizeram justiça ao dia do trabalhador. (só espero é que não tenham decidido enfiar-se no Pingo Doce).
- BES Photo. Pois quando uns estão fechados, estão outros "estalando", uma pequena adaptação do provérbio popular... Ora, se o WPP estava fechado, rumamos ao CCB e fomos ver o BES Photo. Claro que é mais pequeno, não tem o mesmo impacto e vê-se num instante, mas tem a vantagem de valer pelo passeio, de ser grátis e de ser sempre boma ir ao CCB (eu pelo menos gosto sempre). De uma acentada vê-se uma série de exposições temporárias gratuítas. O senão: por já ser tarde, vi tudo a correr, fecham às 19h00.
- Do Pingo Doce e do 1 de Maio. Pois que desconhecia. Não tive qualquer conhecimento sobre o assunto e vivi o dia todo na santa (e bendita) ignorância. Só fiquei a saber do caos, da promoção, da polícia, das facadas e da loucura, ao final do dia, perto da hora do jantar, quando a minha mãe me ligou e depois de um dia completamente desligada do mundo, vi as notícias.
Decididamente, não sou o público alvo. (Graças a Deus!)
- Concerto do Frankie Chavez no CCB. Três dias depois do BES Photo eis que regresso ao CCB para ver Frankie Chavez. Concerto maravilhoso. Pequeno (mas com a sala cheia), intimista e muito, muito bom. Excelente música a fazer-me relembrar os vinis do meu pai, as batidas e ritmos dos anos 70, ou as influências de blues. Vim de alma lavada. É bom ver músicos portugueses com tanta qualidade. É de encher o peito de orgulho. (eu pelo menos fiquei)
- Depois de ter visto o episódio do Anthony Bourdain sobre Portugal (sim, já vi, não resisto, adoro o homem), fiquei cheia de vontade de ir ao Ramiro na Almirante Reis. É que eu, tenho tanto de lady como de camionista, reconheço, e dêem-me petiscos e pregos e sou a mulher mais feliz do mundo.
E como não tinha jantado e fui a correr para ver o Frankie, depois de comida para a alma, chega a comida para o corpo. E nem à meia noite o ritmo abranda, já que o número de pessoas à espera de mesa chega a ser intimidante. Não arredei pé e lá tive a experiência sensorial. Gambas, perceves, ameijôas à bulhão pato e a sobremesa, um prego.
Gostei, as gambas com alho foram as minhas preferidas, mas o prego, o prego caramba, desiludiu-me, além de o empregado me olhar com ar de gozo sempre que pedia um "panaché". Sim, sou uma menina que não gosta de cerveja e que gosta de a traçar com gasosa. What's the problem?
Seja como for, quero voltar.
- Brunch sábado de manhã/tarde no Pão de Canela. É bom, mas já cheguei demasiado tarde, a maior parte das iguarias já tinha "voado". Seja como for, vale sempre a pena lá ir. Gostei
- No conforto do lar vi o "Deus da Carnificina" do Roman Polanski. Quando esteve nas salas de cinema tive um certo interesse em vê-lo, mas acabei por deixar passar. Gostei, mas é aquele filme cuja situação retratada me faz transpirar, me deixa ansiosa, que mexe comigo. É cómico sim, mas dentro desta comédia há todo um desenrolar de personagens que levam as suas angústias, desilusões e expectativas a um extremo que não deixa de ser angustiante, quase constrangedor. Excelente argumento e excelentes interpretações, principalmente da Jodie Foster que faz um papelão. (mas que se se cruzasse comigo na vida real, me tinha tirado do sério).
- Domingo e Feira do Livro. Dia de sol, apesar do vento frio e toda a minha gente saiu à rua. Muita gente. Muita, muita gente. Vi tudo de fugida, mas ainda acabei por comprar a compilação de contos do Miguel Torga a um preço simpático. Já o comecei a ler. Sempre gostei de contos.
- Por fim, perdi o Indie Lisboa. Todo. E não foi por falta de oportunidade. Foi mesmo por falta de vontade e nem lamento assim tanto. (Shame on me)
E agora ando em repeat com esta música, ouvi-a pela primeira vez na sexta-feira à noite e bateu forte.
1 comentário:
muito gaiteira sim senhora :)
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