quinta-feira, maio 31, 2012

Nunca é tarde

Se há coisa que lamento, que tenho mesmo, mesmo pena, é de não viajar mais. Ou melhor, de pura e simplesmente, não viajar.
Nem digo viajar numa de turista, mas viajar para conhecer outros povos, culturas e o Mundo. Somente isso: conhecer o Mundo onde vivemos. Que é tão grande e tão vasto e tão bonito.
Lamento imenso não tê-lo feito quando era mais nova, de não me ter aventurado mais, de não ter arriscado mais e lamento agora que não tenho possibilidades para o fazer.
Para mim viajar é sentir-me um pouco mais viva, é aprender, é crescer. É deixar de olhar para o meu próprio umbigo e sentir que existe muito mais vida para além disto, desta bolha em que geralmente vivemos e estamos inseridos, neste "ram-ram" de casa-trabalho-escola, com todos os problemas mundanos que ditam as nossas vidas, que achamos sempre que são opressivos e depressivos e que nos consomem.
Hoje tive a oportunidade de, numa situação de trabalho, conhecer algumas pessoas que pura e simplesmente partiram à aventura e fazem das viagens o seu modo de vida, uma filosofia. Pessoas que sabem que viajar é respeitar outros povos, culturas e tradições e que fazem deste enorme planeta a sua casa. De ouvir as suas histórias sempre de sorriso no rosto e de viajar com eles só de olhar para o colorido e beleza das fotografias que trouxeram consigo.
Pessoas que respeitam outras pessoas e que também se tornam melhores pessoas por isso mesmo. Porque só saindo da nossa zona de conforto, ou pelo menos daquela que nos acolhe a maior parte do tempo - levada com maior ou menor dificuldade - é que conseguimos estar despertos para tantas situações que nos escapam, ser mais tolerantes ou apurar o sentido de justiça. Só lidando com as situações e vivendo-as, é que podemos apreciar a liberdade que temos e que, muitas vezes, desvalorizamos.

Confesso que tive vontade de largar tudo. Ninguém devia de vir a este mundo sem ter a oportunidade de o conhecer por inteiro. É quase um desperdício de tempo de vida não o podermos fazer. Porque há algo maior. Muito maior.

E já agora, para saberem do que falo, espreitem esta fantástica jornada de pai e filho numa Renault 4L por África.



E, tal como o nome que lhes serve de mote, nunca é tarde. Por isso, para mim, ainda há esperança!


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