quinta-feira, junho 19, 2014

deep green ireland

Regressada de férias e de uma curta escapadinha à Irlanda, o meu mood atual é um pouco a puxar para o sorumbático. Apetecia-me continuar de férias, pois sinto que passaram a voar e continuo cansada, soube a pouco. Tenho semanas duras pela frente e as próximas férias serão só na segunda quinzena de Agosto, pelo que tenho de esquecer que ainda faltam quase 2 meses de trabalho pela frente.
Da Irlanda, o que dizer? Há muito que tinha o desejo de conhecer este país e de ir a Dublin. Andei muito, muito mesmo. Serviu para compensar toda a quantidade de porcarias que comi, de fritos e de sidras que bebi. Dublin surpreendeu mas não encantou. Não da forma como outras cidades já me fascinaram e, nesse aspecto é um pouco decepcionante quando depositamos tantas expectativas num sítio e depois elas saem goradas. Achei a cidade cinzenta em demasia. Falta-lhe cor e luz e magia, mas tem um rio e eu sempre gostei de cidades com água.  Os irlandeses são de uma maneira geral bastante simpáticos, afáveis e bem dispostos. Bebem que se farta. Fazem a festa com pouco e estão sempre na maior. Desde que haja música e cerveja está-se "bem". Não há cá tempo para lamechisses como nós e nesse aspecto gostei bastante da forma de estar na vida. Quanto a elas, achei-as "assanhadas" e mais não digo com medo de sofrer represálias de alguma irlandesa séria e boa rapariga que eventualmente me leia. Ficámos em casa de um amigo, pelo que não tivemos custos com dormida, mas andámos sempre a comer fora e mesmo indo a take aways e coisas mais acessíveis, a comida é bastante mais cara do que cá. Um simples capuccino ou café expresso, nunca custa menos de 3 ou 4€.... por isso é um rombo bem grande na carteira. Comer, por pouco que fosse de manhã, nunca ficava em menos de 20 euros para duas pessoas. Mas em compensação, ao almoço, íamos a uma loja de conveniência tipo subway, onde comprávamos sandes gigantescas, bebida e fruta e sentávamo-nos em algum banco de jardim ou recanto da cidade a comer e simplesmente a observar a vida das pessoas.
Os pints são igualmente caros, mas em compensação dão-nos meio litro de cerveja num copo. Eu, que sou menina que não gosta assim tanto (ou quase nada) de cerveja, valeu-me a cidra. Confesso que continuo a preferir a Summersby que, curiosamente, lá não havia, mais docinha e sem tanto sabor a álcool, mas provei uma de morango e lima que me levou aos céus. Era de origem sueca, por isso tenho de ver se a descubro na loja do Ikea. Visitámos também a Guiness Storehouse. É giro sim, dão-nos pints no final (acho que é simplesmente por isso que toda a gente lá vai), mas não fiquei a morrer de amores, até porque não gosto assim tanto de cerveja para passar mais de duas horas num edifício totalmente dedicado à mesma. (Sou uma esquisitinha sim, eu sei!)
Tivemos uma sorte descomunal com o tempo, nunca choveu, o que para a Irlanda é algo inédito. Também não é tão frio quanto pensava. Eu, que tenho "raça de cão pelado" fui prevenida com camisolas e casacos e houve alturas em que tive tanto calor que até me senti mal. O ponto alto da viagem foi a visita à prisão de Kilmainham Gaol em Dublin. Desconhecia a história e é impossível sair dali sem nos sentirmos pequeninos perante tanta grandeza de alma e gente disposta a morrer por uma causa. Pelo meio ainda conseguimos visitar algumas regiões perto da costa e subúrbios "fancy" em torno de Dublin onde ficámos uma noite, ver a paisagem "deep green" irlandesa e, por momentos, fazer aquilo que os irlandeses fazem ao fim-de-semana: estar com a família, passear, comer, beber, rir e aproveitar a vida. Foram cinco dias que passaram a voar e que fizeram com que estas férias soubessem a pouco.
Ficam algumas imagens só para deixar uma ideia do que vimos e do que vivemos.

 
 

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