domingo, abril 29, 2007
algazarra
sábado, abril 28, 2007
Torga, Miguel Torga.
Buxo
s. m., Bot.,
género de plantas sempre verdes que serve de tipo às buxáceas;
a espécie anã é empregada para guarnecer jardins e a arbórea dá uma madeira muito densa e dura, utilizada para pequenas peças.
Tosar
do Lat. tonsare, freq. de tondere
v. tr.,
tosquiar;
aparar a felpa;
fig.,
roer;
pastar.
do Lat. tusare, freq. de tundere
v. tr.,
sovar, bater;
surrar.
Panasco
s. m.,
erva umbelífera para forragens;
pastinaga;
prov.,
terreno alagadiço em que cresce erva.
Opa
s. f.,
espécie de capa sem mangas, que tem, no lugar destas, buracos por onde se enfiam os braços, e é usada em actos solenes pelos membros de irmandades e confrarias religiosas;
Minho,
bebedeira
Sincelo
s. m.,
pedaços de gelo pendentes das árvores ou dos beirais dos telhados e resultantes da congelação da chuva ou do orvalho.
Anediar
de nédio
v. tr.,
tornar nédio;
alisar;
acariciar
Capilota
s. f., prov.,
tunda;
tareia;
sova
... todas estas palavras e muitas mais, em apenas um conto de 4 folhas... sim, eu sei que corro o risco de me tornar repetitiva, mas não consigo parar de ler os 'Contos da Montanha'. Suspeito que ainda hoje os acabe.
sexta-feira, abril 27, 2007
In my shoes
Sucumbi à tentação do desejo. Ao irresistível prazer feminino das compras, de gastar dinheiro em nós próprias. Sou uma pecadora que se deixou levar pela vaidade e pela luxúria de ter, não um, mas dois pares de sapatos abertos à frente. Há muito tempo que andava com ela fisgada confesso, mas ainda não me tinha apaixonado pelo 'tal', neste caso plural e 'tais', sapatos da minha perdição.
Fiquei indecisa nas cores - o modelito preto havia também em vermelho (eram lindos) - e branco, enquanto que os azuis, já noutra loja, são um namoro antigo que agora finalmente se concretizou. Têm um salto largo e estável, não muito alto, sendo os azuis mais baixinhos que os pretos.
vo-ca-bu-lá-ri-o
do Lat. reprobu
adj.,
malvado; abominado;
s. m.,
homem condenado.
Cantochão
de canto + chão
s. m.,
canto litúrgico da Igreja, movendo-se em escala diatónica;
o m. q. canto gregoriano.
Cibo
do Lat. cibu
s. m.,
alimento, comida (especialmente das aves);
fam.,
pedacinho de qualquer coisa.
É por isso que eu gosto do Miguel Torga, aprendo sempre, sempre palavras novas.
Segunda-feira estarei de férias. Fim-de-semana de 4 dias, porque também sou filha de gente, e desde Setembro que nem um diazinho de folga tenho!... áááúúúúú
quinta-feira, abril 26, 2007
apontamentos
O feriado a meio da semana tem sabor de Sábado e o regresso ao trabalho a uma quinta-feira tem sabor de segunda. Mesmo que sejam só dois dias. O melhor do bolo é que há a hipótese real de ficar em casa na segunda-feira, metendo um dia de férias. A chefe já regressou ao trabalho e durante o dia de ontem ocorreu-me esta ideia. Pedir-lhe a segunda e assim, aproveitar o próximo feriado para ficar 4 diazitos longe daqui, arejar a cabeça, ir ao centro de saúde buscar o meu cartão de utente, fazer as análises pendentes, e se possível, passear um bocadinho por Lisboa ao sabor da vontade.
O dia livre de ontem foi muito pouco produtivo. Mais uma vez, quando já estava tudo combinado para um lanche no ‘Pois Café’, eis que comecei a ficar com uma nova enxaqueca ‘daquelas’. Nem me conseguia mexer, parecia que toda a zona acima dos olhos ia explodir. Não percebo de onde vêm estas cefaleias quase crónicas. Tomei dois Ben-u-rons, e enrosquei-me no sofá mas não conseguia estar bem de maneira nenhuma. O encontro estava marcado para as cinco da tarde e eu ainda estava esperançosa que conseguíssemos ir. Não podia estar mais enganada. Tive de ligar a desmarcar e ir enfiar-me na cama, com o quarto completamente às escuras para poder ter algum conforto. A cabeça só encontrou alívio por volta das seis da tarde, altura em que decidi tomar um banho de imersão. Lavadinha e a sentir-me como nova, quis recuperar o tempo perdido de um dia livre desperdiçado. Decidimos sair para jantar no chinês e talvez, ainda conseguir ir ao cinema. Ficámo-nos apenas pelo jantar, porque ao contrário do que é habitual, demoraram a servir-nos e já não dava tempo de ainda ir para o El Corte Inglés, escolher filme, estar na fila e tentar ver alguma coisa decente. Decidimos ir até à Area do Colombo e à Fnac. Eu sei que é horrível enfiar-me num centro comercial num feriado, mas como a hora já era tudo menos a convencional, o centro estava quase vazio e pudemos ver tudo com calma e à vontade. Tinha curiosidade em ver a colecção de Primavera/verão da Area e tem coisas lindas, modernas e maravilhosas… jarras de vidro e pratos decorativos, magníficos, e cor, muita cor, mesmo como eu gosto! E móveis de design e o candeeiro ‘Arco’ da Flos, pelo qual o C. se baba, que nos fazem sonhar com uma casa de sonho…
Mas a minha perdição foi mesmo na Fnac. Não resisti e tive de trazer dois livros. ‘Cemitério de pianos’ do José Luís Peixoto e ‘Os contos da Montanha’ de Miguel Torga. O primeiro cativou-me pelo simples excerto que se encontra disponível na sua página pessoal. Nunca li nada do José Luís Peixoto, apesar de saber que as críticas, de um modo geral, lhe são favoráveis. ‘Cemitério de pianos’ tem uma característica que me agrada, a de ser uma história dentro de histórias. Um conjunto de analepses e prolepses que me prendem e fascinam. A sua escrita é cristalina, com pormenores descritivos das personagens, quase emotivos. Há uma sensibilidade inerte nas suas palavras. Há uma preocupação quase feminina em integrar, descrever, contar, situar. Há toda uma ligação e simbologia familiar que o leitor vai tentando perceber à medida que a história avança e recua no tempo. É uma história familiar e eu gosto disso. E depois o Miguel Torga, com a sua escrita portuguesíssima, onde aprendo sempre alguma palavra nova enquanto leio os seus contos. Além disso, gosto daquela tendência quase popular de descrever as personagens, aquela envolvência rural, aquela ligação à terra. Os seus contos são contos de um Portugal real, de personagens que consigo visualizar mentalmente, porque já ouvi pais ou avós falarem de alguém assim. Há uma pureza de escrita que aprecio e até costumo dizer, em jeitos de brincadeira, que ‘quando for grande quero escrever assim’. Não resisti a começar a ler os dois quando cheguei a casa e antes de dormir, apesar dos protestos resmungões do C. por estar até às tantas com a luz acesa. Só quando o sono me venceu é que desisti. Mas hoje, vieram os dois dentro da mala para adiantar novamente a leitura, à hora do almoço não me escapam!
terça-feira, abril 24, 2007
a espuma dos dias
domingo, abril 22, 2007
O fds do 'há muito tempo'
quinta-feira, abril 19, 2007
above the clouds
storm
quarta-feira, abril 18, 2007
recantos
O bendito telefonema da revista afinal ainda não se concretizou, se calhar, nem se concretizará. Se calhar era apenas mais um mail de cortesia como tantos outros que já recebi. Se calhar não tem de ser. Como uma série de outras coisas na vida. E eu acredito em coincidências.
terça-feira, abril 17, 2007
emoções fortes
Fiquei tão animada, que no regresso a casa comprei um gelado e fui a ouvir Incubus o tempo todo. Achei apropriado. E à noite fui ao cinema, mas o ‘23’ revelou-se uma péssima escolha. (não recomendo a ninguém).
A Magali anda com o cio e está IN-SU-POR-TÁ-VEL!! Mia sofregamente e rebola-se no chão como se não houvesse amanhã! O Gaspar olha para ela com aquele ar de interrogação, como quem pergunta: ‘Mas o que é que se passa contigo?’ e apesar das insinuações dela acho que ainda não sucumbiu à tentação. Mas ela bem tenta. Ontem levámo-lo ao veterinário por causa das vacinas e para saber quando será operado (vamos mandar castrá-lo). O veterinário aconselhou a operação para dia 22 de Maio, mas há um risco de entretanto ele dar à Magali aquilo que ela quer! Por isso andamos sempre stressados em casa, a ver onde é que os dois estão, não vá o Gaspar estar em cima dela!
Hoje de manhã fui ao médico das pernas, levar o exame que fiz a semana passada. O resultado é aquele que se previa. O médico virou-se para mim e perguntou-me:”Quando é que quer marcar a cirurgia?” - E eu fiquei logo toda melindrada. Segundo me explicou, será um internamento breve. Entro num dia e saio no outro, com uma pequena incisão junto da virilha e cortes que deixarão cicatrizes mínimas ao longo das pernas. A recuperação será de 3 semanas. Podia ser menos, mas devido à minha profissão, em que passo cerca de 8 horas diárias sentada, ele acha que tenho de estar 3 semanas em casa, em repouso absoluto e dar muitos passeios. Os pontos serão retirados ao fim de 1 semana. Agora tenho uma quantidade de exames que terei de fazer antes de marcar a cirurgia. Já os marquei para o início do próximo mês… além de análises! Fiquei meio abatida com a notícia. Sim, eu sei que já o esperava, mas sei lá, agora que é um facto fiquei com medo. É que eu nunca fui operada na vida… além de ser alérgica a adesivos, pensos e todo o tipo de material que geralmente utilizam nas cirurgias, ter uma pele sensível e problemática, que pode prejudicar na recuperação… enfim…
E hoje de manhã voltei a passar por um carro da polícia que tinha um radar… e eu vinha a setenta e tal kms/h… fiquei cheia de medo! Não houve operação stop em lado nenhum, por isso, agora estou com medo de receber alguma cartinha lá em casa… a continuar por este caminho, ainda me suspendem a carta! Oh my….
Só espero que os astros me protejam, porque segundo o meu signo, a minha vida ia mudar (no bom sentido)… vamos aguardar!
segunda-feira, abril 16, 2007
'Cores de Almodovar, cores de Frida Kahlo, cores'
domingo, abril 15, 2007
Another wedding day
quinta-feira, abril 12, 2007
work worries
terça-feira, abril 10, 2007
alguém me rifa?
Mafalda, a revolucionária
Segundo a mãe, com a qual já falei hoje a dar os parabéns, a Mafalda nasceu à tarde e à hora a que escrevo este post, já cá estava, a gritar a plenos pulmões! Tal como a mãe - com a qual partilha as semelhanças físicas - a Mafalda adora um bom pé de dança, vibra com música e canta as canções da Floribella de trás para a frente (para mal dos meus pecados!!) enquanto faz a coreografia. Fala pelos cotovelos, é toda despachada e quando está com sono fica extremamente rabujenta! O ano passado, pelas férias do Verão, foi acampar connosco e com os pais para a praia da Galé (já aqui mencionada) e adorou! Dizia: ‘Vamos para a casinha’, quando se referia à tenda e adorou as tardes na piscina, quer no camping, quer na nossa casa na Ericeira, onde também passou uns belos dias de Verão. A última vez que esteve na minha casa, aqui em Lisboa, foi no longínquo feriado do dia 1 de Novembro, altura em que conheceu um Gaspar pequenino e ainda meio assustado. Entretanto ele e ela cresceram, muito! E estão os dois, uns verdadeiros, ‘bebés grandes’.
Parabéns minha querida*
domingo, abril 08, 2007
páscoa
A Páscoa adquiriu recentemente o estatuto de sinónimo de 'mini-férias' e não é para menos, eu por exemplo, desde quinta-feira que estou em casa e aproveitei grande parte do meu tempo a fazer uma coisa: dormir. Sempre fui dada a uma boa sesta, nesse aspecto, acho que os tempos que passei em Sevilha permaneceram para sempre e nada me sabe melhor do que meter o sono em dia. Nestes 4 dias, vinguei-me, mas mesmo assim fiz muita coisa. Senão vejamos:
quarta-feira, abril 04, 2007
universo feminino
Há coisas curiosas na natureza humana. Coisas que me fazem muitas vezes parar e reflectir, apesar de a maior parte das vezes me rir com elas e nem pensar muito no assunto. Habituamo-nos a lidar com certos ‘clichés’ ou ‘sabedorias populares’ previamente adquiridos, para depois apenas acenarmos a cabeça em jeitos de concordância e pronto, deixando-nos levar pela maré. Uma delas é a eterna relação ‘entre mulheres’ ou num estágio mais avançado ‘sogras vs noras’, o que também não deixa de estar incluído na primeira categoria. Diz-se que trabalhar com mulheres é complicado, que muito mulherio junto dá sempre problemas, que mulheres chefes são piores com as outras mulheres, que os homens no trabalho são mais cavalheiros e tolerantes, mais justos e práticos e eu não posso deixar de concordar com tudo isto, porque já passei (e continuo a passar) por situações dessas no meu dia-a-dia. Já trabalhei em ambiente só de homens e só de mulheres. Guardo melhores recordações da primeira, mas também tenho consciência de que as mulheres são aquilo que elas quiserem ser, uma faca de dois gumes, enquanto que os homens são como são e pronto, não enganam. As mulheres conseguem ser dúbias, cínicas, sonsas, intriguistas, invejosas, mas também as há amigas sinceras, prestativas e verdadeiras. No entanto, quando o ambiente é de trabalho todos mudam. Também há homens intriguistas e com todos os defeitos anteriormente mencionados, as mulheres, na minha opinião, são é mais inteligentes na habilidade da subtileza. Mas quando a relação de mulher para mulher (como dizia a canção pimba da Romana) evolui para a relação de ‘sogra vs nora’, a coisa ganha outros contornos. Há quem as odeie e quem tenha sorte, há quem se ame (uma rara minoria) e quem não se suporte, mas conviva de forma mais ou menos pacífica (ou disfarçada sob um ambiente de guerra fria) para não prejudicar o ambiente familiar. Ora, toda esta conversa para dizer que esta rivalidade feminina, chamemos-lhe assim, parece encontrar a sua forma máxima já no próprio útero. Hoje, acabadinha de chegar da hora do almoço, deparei-me com a seguinte conversa entre colegas: ‘Os meninos deixam as mães bonitas, ao contrário das meninas que deixam as mães inchadas, com manto na cara e gordas’. Ora eu já conhecia esta teoria, mas o que mais me fascina é que são as próprias mulheres a acreditarem nela e a fomentá-la, além disso, se tivermos em conta que quem estava a ter esta conversa eram as minhas colegas ‘novinhas’ (ou seja, com idade inferior a 24 anos), mais eu me convenço de que afinal esta relação de ‘empatia’ feminina já é uma coisa quase visceral, que nasce connosco, que já vem de dentro. Será por isso que as mães de filhos homens desenvolvem uma relação tão especial com eles que permanece para toda a vida? Será por isso que a maior parte dessas mães de filhos homens posteriormente se transformam em sogras intragáveis e possessivas? Será que é porque nós, mulheres, sabermos à partida que um filho homem, será sempre o nosso homem para toda a vida? Ou porque também sabemos, à partida, que a relação com outra mulher, por muito boa que seja, nos deixa sempre em determinados momentos com um certo amargo de boca? Ou melhor, será porque durante a gravidez comemos que nem umas lontras e depois se for menina, a culpamos pelos quilos a mais? Será que até no ventre temos de pagar pelos pecados das outras mulheres? Não sei, mas estas coisas todas e a conversa vigente, fez-me pensar neste turbilhão que é o universo feminino.
segunda-feira, abril 02, 2007
Um post sobre nada e sobre tudo
É quase meia noite e eu não resisti a vir dar um saltinho ao computador. O C. está alegremente entretido na sala a jogar playtation e depois da vitória do seu Sporting, nem me atrevi a implicar com ele por estar em pleno horário de 'partilha comum', agarrado ao seu maior vício! Por isso, se ele está alegremente entretido, eu achei por bem, também entreter-me e vir dar asas à escrita, o meu único escape. Chove a potes neste preciso momento. Consigo ouvir a chuva a bater forte na janela da cozinha. O Gaspar dorme descansadamente ao meu cólo. Desde que cheguei que não me larga (nunca tive um gato tão carente de atenção). Já preparei tudo o que é necessário para enfrentar amanhã, mais um dia de trabalho. (roupa, almoço, etc, etc). Falei com a minha mãe e sogra ao telefone - um dois em um, tudo num só dia (lembraram-se ambas de me ligar) e fiquei a saber que na Gestosa faz frio e nas Caldas chove e troveja (elas insistem em dar-me a actualização meterológica). Falou-se também sobre a Páscoa - o tema mais recorrente nos últimos tempos - e ainda não sabemos muito bem como vai ser connosco, tudo dependerá do C. ir ou não trabalhar no Domingo. Custa eu sei, mas lá terá de ser.
No trabalho o dia foi calmo, mas as horas pareceram-me uma eternidade a passar. O que vale é que a semana é curta e quinta-feira há tarde livre e almoço de convívio (uma benesse da Sra. directora). E eu agradeço.
Hoje o tema do dia foi 'corte e costura' nos Globos de Ouro da Sic. O vestido branco da Bárbara Guimarães, a Floribella que parecia que levava o cortinado lá de casa, ou que tinha decidido saltar de paraquedas embrulhada num trapo verde, a Rita Ferro cuja transparência do vestido deixava antever os mamilos, and so on... o mulherio quando se junta é do piorio! E o que nos rimos durante o café matinal, notáva-se ali um verdadeiro sadismo global no puro prazer do 'maldizer'. Até lavámos a alma.