segunda-feira, abril 02, 2007

Um post sobre nada e sobre tudo



É quase meia noite e eu não resisti a vir dar um saltinho ao computador. O C. está alegremente entretido na sala a jogar playtation e depois da vitória do seu Sporting, nem me atrevi a implicar com ele por estar em pleno horário de 'partilha comum', agarrado ao seu maior vício! Por isso, se ele está alegremente entretido, eu achei por bem, também entreter-me e vir dar asas à escrita, o meu único escape. Chove a potes neste preciso momento. Consigo ouvir a chuva a bater forte na janela da cozinha. O Gaspar dorme descansadamente ao meu cólo. Desde que cheguei que não me larga (nunca tive um gato tão carente de atenção). Já preparei tudo o que é necessário para enfrentar amanhã, mais um dia de trabalho. (roupa, almoço, etc, etc). Falei com a minha mãe e sogra ao telefone - um dois em um, tudo num só dia (lembraram-se ambas de me ligar) e fiquei a saber que na Gestosa faz frio e nas Caldas chove e troveja (elas insistem em dar-me a actualização meterológica). Falou-se também sobre a Páscoa - o tema mais recorrente nos últimos tempos - e ainda não sabemos muito bem como vai ser connosco, tudo dependerá do C. ir ou não trabalhar no Domingo. Custa eu sei, mas lá terá de ser.

No trabalho o dia foi calmo, mas as horas pareceram-me uma eternidade a passar. O que vale é que a semana é curta e quinta-feira há tarde livre e almoço de convívio (uma benesse da Sra. directora). E eu agradeço.

Hoje o tema do dia foi 'corte e costura' nos Globos de Ouro da Sic. O vestido branco da Bárbara Guimarães, a Floribella que parecia que levava o cortinado lá de casa, ou que tinha decidido saltar de paraquedas embrulhada num trapo verde, a Rita Ferro cuja transparência do vestido deixava antever os mamilos, and so on... o mulherio quando se junta é do piorio! E o que nos rimos durante o café matinal, notáva-se ali um verdadeiro sadismo global no puro prazer do 'maldizer'. Até lavámos a alma.

De regresso a casa decidi ouvir Maria Rita em altos berros enquanto fazia o jantar. O que me soube bem e depois, o gajo - que é como quem diz o C. - chegou a casa e dos gritos da Maria Rita, passei para os gritos em frente ao televisor - dele, claro, enquanto via o jogo. Frequência alternada e eis-me entretida com os meus próprios botões durante o tempo em que estive ao fogão a cozinhar o jantar, enquanto ele apenas dáva um ar de sua graça no intervalo do jogo e me vinha perguntar: 'precisas de ajuda?', ou se oferecia para lavar a loiça como descargo de consciência. Eu registei o comportamento, mas não teci comentários. 'Deixa-o estar' - pensei cá para comigo. E pronto, ganhámos 2-0 e o rapaz ficou satisfeito.
Aqui pelo bairro onde vivo, existe uma creche rodeada por bonitas árvores frondosas, mas neste preciso momento já só existe a dita creche, sem árvores. Cortaram-nas todas, coisa que me provocou uma verdadeira afronta! Então mas isso faz-se? E nem sequer avisam nem nada? Confesso que fiquei indignada! Mas mais arreliada fiquei, quando pude constatar que quem mandou cortar as árvores, deixou os restos das mesmas a ocupar a estrada. Eu até consigo visualizar um motivo lógico para o corte das ramas, mas não uma explicação plausível para fazerem-no agora. Durante o Inverno e nos dias de vendaval, por vezes acontecia algum galho se partir e cair em cima do capôt de algum carro que se encontrasse estacionado por baixo. Chegou a acontecer connosco e à conta disso, o carro do C. ganhou uns riscos na pintura, deixando-o a espumar pela boca. O corte de certas ramas fazia sentido, mas talvez fizesse mais sentido no Inverno, para evitar que isso tornasse a acontecer. Mas não. As árvores e as ramas continuaram intactas... até esta semana, altura em que decidiram cortá-las pela raiz. Já não há ramas, nem folhas, nem troncos, nem árvores. Não há nada. No lugar das árvores existe agora um vazio... enorme! E os despojos, sob a forma de galhos secos encontram-se depositados pelo chão... quais lágrimas de dor.
Ontem andei a 'cheirinhar' uns cds de tralha que tinha aqui esquecidos pelo escritório e dei de caras (que é como quem diz 'encontrei') estas fotos, da Praia da Galé, Verão de 2004! Não resisti a mostrar algumas! Foram umas férias óptimas, no sítio que já se tornou um 'habitué' todos os anos. Verão não é Verão sem o fim-de-semana de camping na Praia da Galé na Costa Vicentina e nós, para não fugirmos à tradição, continuamos a ir para lá, ano após ano. Chinelo no pé, biquíni, tenda, colchão, noites mal dormidas, muita praia e convívio, são ingredientes sempre presentes e a verdade é que eu, que nem sou uma rapariga muito dada a campings, duches frios e comuns a meio mundo, comida enlatada e excesso de sal no corpo, simplesmente adoro!
Confesso que por momentos, tive saudades do Verão...

4 comentários:

Gatinha disse...

O teu marido ainda pergunta se queres ajuda e até lava a loiça. Mas o meu não, mesmo se lhe peço não faz! Ultimamente desculpo-o porque depois de sair do trabalho vai para a quinta e chega cansado. Mas quando mudarmos para a quinta tem de se habituar a ajudar. Bjocas

Mafalda disse...

temos de os ir ensinando, senão nada feito! lol estas perguntas, já são fruto de vários anos de 'trabalho' lol ;)
um beijinho grandeeee*

Anónimo disse...

E se são filhos únicos, ui, ui, pior um pouco! Há quase cinco anos que ando a reeducar o meu e ainda nem a meio da difícil tarefa pedagógica eu vou...
;-)
(Acabo de verificar que os nossos amores têm em comum a paixão pelo mesmo clube, eh eh eh eh!)
Bjs

Mafalda disse...

pois, o C. é filho único!!!!! sei bem do que falas! também há 5 anos que ando a reeducá-lo! mas há vícios, que eles trazem da casa da mãe, que são difíceis de se perder! ;)

ambos com coração de lagarto? lol então é porque o teu, também é boa pessoa! ;) ****