quarta-feira, abril 18, 2007

recantos





















Recantos pessoais, expostos aos olhos de quem acede a este meu pedaço. Hoje estou abatida, aborrecida. Acho que são influências das notícias de ontem, nem sei explicar. Só penso na cirurgia e no seguro de saúde, na data em que deva marcar e como vai ser a recuperação, se fico em Lisboa, se vá para as Caldas ou Ericeira, se opto por ter o colo e o conforto da casa dos pais, se, se, se. Ontem virei-me para o C. e disse-lhe: ‘quando for operada vou precisar muito da tua ajuda cá em casa’, resposta dele: ‘a tua mãe vem para cá’. Disse tudo. Os homens de hoje, apesar de estarem ligeiramente ‘moldados’, de lavarem a loiça e aspirarem a casa (a custo), ainda continuam à espera que seja a mulher a ter tarefas como ‘fazer o jantar’, mesmo que esteja doente. Na altura nem lhe respondi, mas hoje estou farta de pensar nisto. Talvez seja eu que também estou com os azeites e pré-periódica e pronto, tudo é motivo para implicar. Ando desanimada. Com uma série de coisas. Com uma série de pessoas. Ou então sou sempre eu que espero demais dos outros, ou pelo menos na mesma proporção com que me dou e depois apanho grandes, grandes desilusões e nunca mais aprendo. Continuo a bater com a cabeça nas paredes e a esperar que os outros se lembrem que existo, ou que pelo menos estou ‘aqui’. Custa.
O bendito telefonema da revista afinal ainda não se concretizou, se calhar, nem se concretizará. Se calhar era apenas mais um mail de cortesia como tantos outros que já recebi. Se calhar não tem de ser. Como uma série de outras coisas na vida. E eu acredito em coincidências.
Nota: preciso urgentemente de fotografar coisas novas, mas nem o tempo ou as situações têm abonado a meu favor.

2 comentários:

Anónimo disse...

Então Mafaldita,
que tom murchinho é este! Toca a animar!
Não te quero ler assim. Vamos lá a arrebitar.
Vais ficar com um par de pernas de fazer inveja à Sharon Stone e ainda estás assim? ;-)

"Ando desanimada. Com uma série de coisas. Com uma série de pessoas. Ou então sou sempre eu que espero demais dos outros, ou pelo menos na mesma proporção com que me dou e depois apanho grandes, grandes desilusões e nunca mais aprendo. Continuo a bater com a cabeça nas paredes e a esperar que os outros se lembrem que existo, ou que pelo menos estou ‘aqui’. Custa."

Quanto a isto, só um comentário a fazer:

Ai como eu te compreendo, nem imaginas o quanto!

Um abracinho apertado com esperança no futuro.

Gatinha disse...

Vá lá! Não fiques assim, vais ver que não custa nada! Força. Bjocas