segunda-feira, setembro 25, 2006

Algures





















Sinto falta das folhas, da terra, dos frutos, da abundância. Sinto falta do verde que cobre os campos de onde a vista alcança e me faz desejar pelos tons vermelhos e dourados do Outono. Sinto falta do silêncio e da paz, do bem-estar que o isolamento característico destas paragens traz com ele, do passar calmo do tempo, da lentidão das horas, do raiar lento do dia. Sinto falta do contacto com o natural, numa cidade feita de betão. Sinto falta da terra, das gentes da minha infância. Das minhas referências naturais. Sinto falta de ver crescer, sentir a vida seguir o seu curso natural. Sinto falta de ser mais autêntica.

domingo, setembro 24, 2006

Slow




















Estar uma semana sem actualizar o blogue é para mim, no mínimo estranho. Mas confesso que depois de um dia de trabalho a última coisa que tenho vontade é a de ainda passar mais tempo diante de um computador. Claro que não resisto ao vício e venho espreitar as páginas alheias, ver os mails e ler o que me interessa, mas o tempo que eu tinha para produções fotográficas, a actualizar o blogue, ou a escolher fotos e a trabalhá-las no photoshop... já lá vai! De manhã saio mais cedo do que era habitual no meu anterior trabalho, a luz para as fotos - que muitas vezes eram tiradas durante o pequeno-almoço - também não ajuda, a pressa e a responsabilidade dizem-me para não perder tempo com coisas que neste momento não são prioritárias e a razão acompanha, fazendo soar as campaínhas do 'deixa para depois'. Ao fim de uma semana, posso dizer que ainda não estou feita a este novo ritmo de deitar cedo e cedo erguer. Que dois dias de descanso souberam a pouco e que neste momento já conto as horas que restam para terminar este Domingo chuvoso que fez as minhas delícias. Talvez por isso, tenha dormido mais do que o habitual, a sesta de hoje à tarde tenha sabido por mil e a vontade de fotografar tudo o que os meus olhos vêem tenha esmorecido um pouco.
E finalmente chegou o meu tão aguardado Outono.*

terça-feira, setembro 19, 2006

It´s a bright, shining day




















Voltei a ter o dia ocupado, a acordar ao som de um despertador, a ouvir rádio e as notícias pela manhã, a andar no meio do trânsito, a preocupar-me com o que vestir, com as horas a que saio de casa, com o que levo para comer ao almoço. Voltei a ter colegas - que ainda não decorei os nomes e com os quais ainda não me sinto à vontade - a ter secretária (que já fiz questão de personalizar) - com arquivadores e gavetas em acrílico vermelho, a cantar no carro, a stressar à procura de lugar para estacionar, a levar e a lavar a marmita, a beber dois cafés por dia, a desejar que chegue as seis da tarde, a ter a gata à minha espera à porta quando regresso a casa e sentir que não há nada melhor do que voltar ao meu canto.

Voltei a mim outra vez.
(suspeito que durante os primeiros tempos este blogue fique um pouco ao abandono, mas prometo que será apenas nos primeiros tempos. Vou tentar fazer um esforço.)*

domingo, setembro 17, 2006

ah, Pois é, café!




















O dia esteve soalheiro, mas os fins de tarde já são frios e frescos. O local escolhido agradou-me. É raro passear para os lados da Sé ao Domingo à tarde. Aproveita-se a vista para as fotografias e espera-se que o destino, uma vez chegado, compense a subida íngreme e as ruas estreitas, os passeios de calçada portuguesa escorregadios. À chegada, a euforia do reencontro dá lugar à curiosidade. Tudo aqui me agrada. Desde o espaço amplo e arejado, à mistura do velho com o novo, ou ao aspecto 'cosy' que tudo tem. Agarro a máquina logo como instinto - a vontade é a de começar a disparar - e todos me troçam. 'Essa vai para o blogue, já te estou a ver'. Mas a caneca de chá com joaninhas faz-me sentir em casa e isso é bom sinal. À porta, um antigo quadro de ardósia com ábaco, regista o horário de funcionamento e a velha chaminé de pé alto que se encontra na cozinha, faz-me lembrar a minha velhinha casa dos tempos de Campolide.
Gostei, recomendo. Quero voltar mais vezes.
Pois Café
Café Austríaco
Rua de S. João da Praça, 93-55
Lisboa

(re)começos




















Lembro-me de me erguer. Sempre. De emergir como uma fénix das cinzas. Lembro-me de ir buscar força nos convins das entranhas e de seguir em frente, confiante de que por aqui é que é o caminho. Lembro-me de me deixar contagiar de ânimo e de felicidade sempre que ao meu encontro vinham respostas positivas. Lembro-me da ansiedade da espera, da incerteza do momento. Lembro-me de me sentir abandonada pela sorte, resignada com o meu destino, vazia de valor... mas também me lembro de sorrir sempre que uma pontinha de esperança me acenava radiante.
Amanhã é tempo de recomeçar. Um verbo que me soa a familiar. E tal como tantos outros recomeços na vida, tudo o que é familiar, tem aquele gosto de conhecido, do à-vontade. De quando chegamos a casa da nossa mãe e nos deitamos naquele sofá que tantas vezes nos serviu para a sesta, sem pudores nem vergonhas, ou nos deixamos embriagar pelo cheiro típico dos pratos tradicionais de Domingo que borbulham na cozinha.
Quero voltar a sentir aquele prazer calmio, aquela paz interior, mas neste momento sinto-me em ebulição. Como se a ansiedade e os nervos me dominassem e o medo me invadisse por completo. Quase que pressinto que hoje nem conseguirei dormir, ou então, só o farei já tarde e a noite será insuficiente para repor as energias necessárias ao dia que se adivinha.
Quero ter um sonho bom e um despertar ainda melhor.
Acho que o mereço.

Colar 'Deep Blue', disponível, aqui.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Balanço





















Hoje o 'Casinha de Botões' faz anos. 'Um', porque ainda é pequenino e anda a dar os primeiros passos. Em um ano, obriguei-me a criar, a sentir, a ver com outros olhos tudo o que me rodeia. Em um ano sinto que cresci, que dei de mim a cada foto, a cada palavra, a cada post. Foi o revelar do meu mundo a uma dezena de conhecidos e a outras centenas de anónimos que me seguem as palavras e penetram no meu canto. Não consigo deixar de me sentir quase invadida quando isso acontece, porque se pensar bem a sério, revelo mais de mim em cada post, do que aquilo que faria pessoalmente. Talvez seja essa a magia de um blogue, da escrita que sempre me serviu de escape e de libertação. Eu não falo, eu escrevo. E brinco, e ralho, e sonho em cada palavra que me serve de arma.
Em um ano, tornei a minha Cannon PowerShot A400 na minha melhor amiga. Tenho-a tratado mal é certo, a julgar pelos riscos que apresenta de tanto andar aos pontapés dentro da mala, mas com ela aprendi a descobrir um novo olhar: o do quotidiano.
Em um ano conheci pessoas novas que me serviram de inspiração e descobri outros gostos que me deixam feliz. Troquei materiais, sorrisos, confidências, mas acima de tudo, sinto que recebi muito mais em troca.
E em dia de aniversário, nada como uma fatia de bolo.*

quinta-feira, setembro 14, 2006

green news, renovated hopes




















"Lágrimas Tormentos
Quantas desilusões
Foram tantos sofrimentos e decepções
Mas um dia o destino a tudo modificou

Minhas lágrimas secaram
Meus tormentos terminaram
Foi uma nuvem que passou"

Ando que nem louca, todos os dias de volta das contas, dos fios, das lãs. Parece que quero recuperar o tempo perdido e que de repente fiquei febril outra vez. Ontem choveu o dia todo e andei sempre de sorriso nos lábios. (Já tinha saudades do cheiro do frio e da terra molhada). Nada como tomar café em pleno Chiado com a H., enfiarmo-nos as duas na HM e delirar com as coisas da nova estação, ir à pastelaria Bennard com desejos de croissant de chocolate e não haver (nem de propósito) e acabar a noite na Sé, no restaurante 'Viagem de Sabores' para o aniversário da M., que eu não me lembrei! (shame on me).
Ando a queimar os últimos cartuchos, porque segunda-feira é dia de novos começos. Finalmente irei (re)começar a trabalhar. (Nem imaginam o alívio). De repente, sinto que a vida voltou a entrar novamente nos eixos.
Hoje para terminar o dia, café com a C. para tagarelar todas as novidades e depois, quem sabe, cinema.
Colar disponível, aqui.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Purple dress




















Apaixonei-me por ele. Assim de passagem, enquanto deambulava sem rumo pelo El Corte Inglés, sem ideia do que levaria ao casamento que se aproxima a passos largos e que é já no final deste mês. Vi-o pendurado, achei-lhe piada. Havia e há qualquer coisa na cor que me fez logo cair em tentação de o provar. 'Não tenho corpo para ele pensei', mas afinal até tenho e quando me vislumbrei ao espelho, confesso que me senti uma espécie de estrela de carpete vermelha. Comprei-o de impulso, já que o tamanho 38 era o único existente. Não resisti a vesti-lo para mostrar ao C., orgulhosa que estava da minha compra, assim que cheguei a casa. Tem um ar esvoaçante que me faz lembrar os antigos vestidos gregos, que estiveram tão em voga este Verão.
É comprido e ata atrás do pescoço. É de um púrpura profundamente marcado, como se o meu interior tivesse jorrado para fora. Acho que mais do que um vestido, é uma verdadeira terapia.
E pensar eu que andava à procura de um conjunto de calça-casaco.
Pregadeira 'winter is back'. Aqui.

terça-feira, setembro 12, 2006

...




















A minha mãe dizia-me, quando era pequena, que sempre que se ouvia o som da gaita de beiços de um amolador de tesouras, era sinal de chuva. E eu sempre gostei daquela musiquinha que se ouve a metros de distância e que era indicador de pingos. E agora, estava aqui sentada ao computador, e ouvi-o... sim, porque até em Lisboa ainda existem amoladores de tesouras com a sua típica canção. E eu bem que ando precisada de um pouco de chuva para me lavar a alma.
Hoje faltam-me as palavras, custam-me a sair. Não estou nos meus dias.

Comprei contas novas e o resultado está à vista. Colar 'pink love' para as mais românticas, originais e apaixonadas. Disponível, aqui.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Happy :)





















É bom ter notícias destas, é bom abrir o meu email e ver uma surpresa como a que a C. me enviou. Não uma, mas duas fotos com o meu colar vaidosamente posto para a fotografia e com autorização para publicar no blogue. E eu claro, rejubilei de alegria. Depois de vários pedidos às pessoas a quem vou vendendo coisas para me enviarem fotos, a C. foi a primeira a ter o cuidado de atender ao meu desejo. Sexta-feira foi um dia difícil de passar, com mistura de ansiedade sempre que o telefone tocava, mas numa dessas vezes, a chamada vinha do outro lado do Atlântico revestida de um sotaque madeirense carregado e lindo! A C. quis agradecer pessoalmente o envio das coisas e encheu-me tanto o ego ao longo dos quase 40 minutos que durou a conversa, que a minha sexta-feira revestiu-se logo de outro sentido. Mudaste o meu dia, menina!
E agora, receber um email teu, depois de um telefonema desses é sentir que me enchem de mimos.
Estou feliz :)

sábado, setembro 09, 2006

fly away...




















... até à Austrália, se chegar são e salvo. É difícil imaginar algo meu que foi feito numa pacata tarde de Sábado, do outro lado do Mundo. Mas não deixa de ser curioso. Acho que o sentimento é o mesmo de quando aqui venho e através do contador de pessoas online, verifico que às vezes existe alguém da India, das Filipinas, da Roménia, ou do México a espreitar a minha página. Penso sempre: 'Mas como é que vocês vêm cá parar?' É que eu confesso que apesar de ser uma 'blogue adicted', tenho pouca pachorra para andar a pesquisar outros e de outras nacionalidades.
Talvez isso explique o facto de, em menos de um ano, já ir a caminho das 15 mil visitas!
É bom saber :)

sexta-feira, setembro 08, 2006

'M' de MARAVILHOSA



Os novos cd´s da Marisa Monte, 'Universo ao meu Redor' e 'Infinito Particular', foram provavelmente a melhor surpresa musical do ano. Mal os ouvi pela primeira vez, nasceu em mim aquele sentimento arrebatador da paixão. Ela consegue ter aquele dom de pôr harmonia nas coisas que faz, de uma simples letra fazer uma grande canção, de escolher as palavras certas para descrever aquilo que nos vai na alma, mas que de uma forma ou de outra não sai cá para fora. Será a segunda vez em cinco anos que irei vê-la ao vivo, na mesma cidade, na mesma sala. Na altura, o seu disco 'Memórias, Crónicas e Declarações de amor', foi a minha banda sonora durante os tempos vividos em Sevilha. Era o meu fiel companheiro, aquele pedaço que me fazia sentir em casa. Ouvi-o até à exaustão, tanto, que hoje sempre que o oiço vêm-me à memórias as imagens vivas de um tempo ido. Sabia de cor todas as músicas, entoáva-as como um hino.
Hoje não será excepção.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Open your eyes... look around you




















'De todas as coisas podemos trazer inspiração', esta máxima aprendi-a com Gaudí, ao ver os seus esboços de abelhas, de flores, de botões a desabrochar, da natureza transladada para o topo de edifícios, de torreões que pareciam filetes de alfazemas. Vejo-a nos quadros de Picasso, ou de Miró, com as suas mulheres enfeitiçadas pela lua, rodeadas de pássaros imperceptíveis sob o signo das estrelas. Sinto-a nos bocados de lã que escolho para dar cor e forma a algo pequenino, mas eu que vejo como grande.
E hoje tenho o coração apertado de emoção. Sinto que está quase.


Pregadeira 'Miró' disponível. Casinha_de_botoes@yahoo.com

quarta-feira, setembro 06, 2006

hot green




















Voltei a fingir que é Outono e voltei a pegar nas agulhas e a dar-lhes forma. Pensei já me ter esquecido dos jeitos, dos manejos, mas felizmente assim que a linha me correu nos dedos, deu-lhe o hábito familiar que procurava. Ainda bem. Ainda tentei com linha de algodão, mas não há solução possível. Não gosto da textura, enrola-se, puxa fios e o resultado final não fica tão bonito quanto com lã. Por isso pensei cá para comigo: 'Que mal tem fazer já algumas coisas com aspecto mais quente? É apenas uma questão de semanas até as temperaturas arrefecerem'. E hoje até parece que me fizeram a vontade, coisa que agradeço. Só faltava chover para a minha felicidade ser completa. Não há coisa melhor do que sentir o cheiro de terra molhada com as primeiras chuvas Outonais. (suspiro) Cá por casa vejo este, este e esta, atravessarem o Atlântico até à ilha que é um jardim, ao encontro desta menina. (Obrigado Claudinha*)
. Vi o episódio do CSI dirigido pelo Quentin Tarantino e A-DO-REI! (como seria de esperar). Para quem como eu consegue identificar o dedo do realizador, o episódio dirigido pelo mesmo, além de maior que o habitual é também mais sinistro, psicológico, com delírios 'à la Tarantino' a preto e branco, banda sonora excelente e até uma certa reminescência e ligação com o Kill Bill 2... ele tem um fetiche qualquer por pessoas enterradas vivas...
. Também vi, já muito atrasada em relação ao comum dos mortais, The Motorcycle Diaries, de Walter Salles.... e fiquei sensibilizada, a sentir-me pequenina, arrebatada por esta história baseada em factos verídicos que conta a juventude do jovem Ernesto, que queria ser médico, mas cuja viagem pela América Latina deu origem ao nascimento de um ídolo ainda hoje aclamado mundialmente:Che Guevara. O filme é demasiado tocante para ser deixado em branco e demasiado importante para não ser lembrado. Recomendo vivamente a todos aqueles, que tal como eu, ainda possuem esta 'lacuna'.

auto flagelação


















Às vezes gostava de ter mais comentários no meu blogue, mas não tenho.
Às vezes gostava de ser menos sôfrega, mas não sou.
Às vezes gostava de ser mais mais contida, mas não consigo.
Às vezes gostava de estar quieta, mas não deixo.
Às vezes gostava de conseguir escrever coisas com sentido, mas não dá.

Às vezes, ainda bem que não é sempre.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Only the good die young




Nasci em 78, nos resquícios do pós Vietname, do peace & love americano, do sexo, drogas e rock & roll. Nasci na calmia do pós 25 de Abril, quando os filhos da liberdade ouviam música em gira discos com agulhas saltitantes que liam os pequenos 45 rotações, os famosos singles que mais tarde deram origem aos L´ps. Cresci a ouvir música na aparelhagem lá de casa, com colunas enormes e pesadas, que quando ligadas no máximo se ouviam no início da rua e faziam estremecer as estruturas do prédio. Cantava de microfone usado em punho, os êxitos dos discos de vinil criteriosamente guardados pelo meu pai nos seus tempos de juventude. Ouvia atentamente, o relato pormenorizado de um concerto, no outro lado do Atlântico, nessa América onde quase nasci, onde o vocalista se passeava de coroa e ceptro envergando um majestoso manto. Vi vezes sem conta as fotos a preto e branco que o comprovavam, onde o meu pai afirma ter ficado tão perto do palco que quase lhe podia tocar. Tinha 13 anos, quando em pleno despertar musical, a notícia da sua morte na televisão caiu em mim como uma bomba, e lembro-me de pensar: 'então agora que eu estava a gostar dele, o gajo vai e morre?'.
Nasceu nesse momento a maior frustração musical da minha vida: a de nunca ter tido a mesma sorte do meu pai, a de ver os Queen actuar ao vivo. Partilho com ele o mesmo fascínio por um homem que quis ser maior que a própria vida e que tal como os grandes ídolos, morreu novo, passaporte garantido para a eternidade. Ele com as imagens vivas do ídolo vivo na sua mente, a recordá-las e a revivê-las sempre que lhe apetecer, eu com as imagens idas do ídolo morto, projectadas na televisão e nos cd´s que abundam cá por casa.
Não quero ser nenhum velho do Restelo, saudosista e inconformada e dizer que as grandes músicas já estão todas feitas, mas quase que apetece. Em aniversário da sua morte, não consigo deixar de sentir uma melancolia misturada com uma pontinha de tristeza, ao ver as imagens de algo que me foi tirado demasiado cedo. Queria tê-lo cá mais tempo, senti-lo envelhecer comigo, vê-lo de jaqueta amarela e ténis da Adidas, em poses arqueadas sob um pano de milhares de cabeças em delírio. Queria ser uma delas. Queria tê-lo de calças justas e olhos pintados, entoando áreas dignas de operetas, ou rindo, com um bigode desproporcional à sua imagem, com os seus dentes da frente salientes, que o deixavam 'sopinha de massa' sempre que falava. Freddie era a alma do grupo, o seu impulsionador, aquele que se comportava como uma estrela, mesmo antes de o ser. Porque tinha com ele a certeza daqueles que estão destinados às coisas grandes. O seu legado foi a sua importalidade.
Como dizia a canção: 'The show must go on.' E pelo menos para mim, continuará, sempre.