quarta-feira, maio 31, 2006

blossom



















. Ontem comprei novas contas e como o tempo abunda agora por aqui, hoje decidi fazer novos colares. Há que torná-lo produtivo. Que tenho feito eu? Bom, curiosamente acordo bastante cedo - média às oito da manhã - é o que faz ter o organismo tão habituado para despertar a esta hora, deambulo um pouco sem rumo pela casa, leio, vegeto em frente à televisão, vou à net, respondo aos poucos anúncios que encontro, levo o telemóvel para todo o lado comigo (não vá ele tocar), ando a pé, oiço música e aturo a gata! Ontem decidi ir a pé de casa até ao metro na Praça do Chile. E hoje estou a pensar ir até ao Largo da Estefânia. Faz-se num instantinho, sempre vejo gente, descubro o meu bairro e aproveito para ter um novo olhar sobre Lisboa, que já há tanto tempo me passava despercebida. Ontem depois de muitos anos voltei a andar de metro. Fui até à Baixa, sentei-me na 'Brasileira' no Chiado a ler e a tomar uma bebida fresca, e acabei o dia a conviver com os amigos no Irish Pub, do Cais do Sodré. Pode parecer muito agradável para quem lê, e na verdade até é, mas por mais que tente não consigo sentir estes dias como férias - apesar de para todos os efeitos estar - e o desânimo continua a não me largar.

. Colar 'romantic' com fitas de cetim, missangas, e contas de madeira. (o habitual), ao preço de sempre, 15€.

sábado, maio 27, 2006

Pé ante pé



















O último dia de emprego chegou e como o meu estado de espírito já conheceu melhores dias, os amigos (os verdadeiros), apareceram todos para me dar 'um pézinho' e dizer que por muito negro que me pareça o momento, estou rodeada de coisas boas: eles!


Obrigada*

quarta-feira, maio 24, 2006

Red Hope



















. Hoje as notícias foram animadoras logo pela manhã e isso deu-me um certo ânimo. Duas possíveis propostas, apesar de não ser na minha área profissional poderão adivinhar-se no horizonte. Neste momento estou disposta a experimentar coisas novas e quem sabe, descobrir que afinal, me enganei na profissão e que o meu talento é outro. Seja como for, a verdade é que sempre me animou um pouco o espírito.
. Já repararam na quantidade de outdoors dispersos pela cidade, com meninas semi nuas e de corpinho ao leú, de fazer virar a cabeça, de cada vez que passamos por um? (o que o verão faz) Ora, um destes dias estava eu quase a chegar a casa quando fiquei de olhar atento e colado (literalmente) a um cartaz gigante, com várias meninas que anunciavam umas cuequinhas (ou aquilo que restava delas). O impacto visual foi tanto, que por pouco não parava na passadeira e atropelava uma série de pessoas. Sim, porque não me venham cá com histórias que toda a mulher olha para estas coisas, mais não seja para ver se a merecedora de semelhante destaque tem alguma coisa fora do sítio, para criticar, para comparar se está gorda, ou para invejar o ventro liso ou o peito 36... E se o cartaz me provoca semelhante efeito - imagino aos homens - o indíce da testosterona deve disparar a picos altíssimos e os efeitos secundários devem ser bem maiores, mas por motivos diferentes. Será isto o que se entende por boa publicidade. ;-)
. Outro colar disponível, 15€. Este, segundo o C., é o seu preferido até agora.

terça-feira, maio 23, 2006

packing & leaving



















Continuo a enviar currículos diariamente e a verdade é que acho a tarefa ingrata e desmotivante, mas tem de ser feita. Por enquanto limito-me a enviar por email, a pesquisar na net e a tentar a minha sorte através de candidaturas espontâneas. Também tenho visto alguns anúncios aos quais vou respondendo, mas até agora o meu telefone não tem dado sinal de vida.
Esta semana é a última semana, por aqui já quase não há traços da minha presença. Já limpei as gavetas e a secretária, assim como tudo o que tinha no computador. O cd com as 'memórias' deste último ano já se encontra dentro da minha mala. Está quase tudo embalado e pronto a seguir para outras paragens. Por enquanto é a mala do carro que serve de refúgio aos dois caixotes com 'tralha' que levo daqui.
E provavelmente por ali ficarão por tempo indefinido.

sexta-feira, maio 19, 2006

Renovação



















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O que fazer quando somos confrontadas com a notícia do nosso despedimento?
Respirar fundo, interiorizar a notícia, encontrar conforto nas palavras e nos gestos de quem nos ama e quer bem, alegrar-me com os amigos que me deram um apoio incondicional e partir para a luta outra vez, de esperanças lavadas, sem pesos nem culpas, de cabeça erguia e energias renovadas... porque aos poucos vamos encontrando força em pequenas coisas, mesmo aquelas que nos parecem sem importância.
E o espírito reforça-se, reveste-se de verde e volta a acreditar em si mesmo.
Sei acima de tudo, que dei o meu melhor. Se isso não foi suficiente, não vale a pena recriminar-me. Porque eu acredito piamente que tudo acontece na minha vida com um motivo muito próprio, mesmo que eu na altura não o veja.
E até agora, tudo se tem encaixado na perfeição. Por muito mau que nos pareça um cenário, ele nunca é assim tão negro. São as adversidades da vida que nos fazem crescer como pessoas e nos tornam mais fortes. E eu acredito que mais tarde ou mais cedo irei descobrir porque motivo isto aconteceu. E quando isso ocorrer, vou sorrir certamente.

. Entretanto fiz mais colares, este que vos mostro já se encontra vendido, mas prometo fazer mais.*

sábado, maio 13, 2006

The show must go on



















'Por morrer uma andorinha não se acaba a Primavera.'

Obrigado, pai!

quinta-feira, maio 11, 2006

Arquitecta de interiores




















. No fds passado decidimos ir até à terra dos meus sogros. Domingo foi dia da mãe e decidiu-se juntar as duas famílias, a minha e a dele, na Gestosa Cimeira. Vamos poucas vezes é certo, a viagem ainda é grande, o nosso tempo pouco, mas eu confesso que gosto da aldeia. As casas em pedra, o silêncio das paragens, a serra a perder de vista, o som da água que corre nos muitos riachos que existem... Este fds descobrimos que o avô do C. estáva a vender uma casa antiga que considera sem importância e que apodrece lentamente na paragem do tempo e na estagnação com que as pessoas da aldeia já se habituaram a lidar. Quando a vi fiquei apaixonada. É uma pequena casa com alpendre, toda em pedra, cuja estrutura ainda resiste impávida e serena à espera do declínio total, ou de melhores dias. Nós queremos ficar com ela.
O C. falou com o avô e pediu-lhe para não a vender e ao que parece ele acedeu, ou seja, tudo indica que será nossa! Já me estou a ver com o meu projecto de reconstrução total, a idealizar as divisões, a escolher materiais, a reconstruir o alpendre (adoro alpendres) a ter os tectos com barrotes de madeira...
Claro que será algo para ser feito com calma, até porque vai exigir-nos muito tempo, dedicação e dinheiro! Mas a verdade é que já ando rodeada de revistas de casas de campo a tirar ideias e a arquitectar tudo. Da próxima vez que for lá acima, fotografo-a!

. A saga do DUA continua. Na caixa do 2º Dto não se encontra... e eu ainda não tive tempo de ir à Estação de Correios de Cabo Ruivo, aliás, nem sei onde fica.
E sinceramente, nem sei se valerá a pena.

terça-feira, maio 09, 2006

Apanhada no sistema


















. 'Fui apanhada pelo sistema.' Era apenas esta a frase que me ocorria, quando no Sábado de manhã, me decidi a ir à Loja do Cidadão dos Restauradores pedir justificações àcerca do Documento Único Automóvel que tardava em chegar pelo correio. Quando há dois meses atrás decidi tratar da papelada do carro e mudar o nome que constava no registo de propriedade e no livrete - por causa de ter adoptado o apelido dele na altura do casamento - atribuiram-me uma guia provisória, cuja data acabava a 8 de Maio. Esperei que o DUA me chegasse pelo correio durante dois meses, mas nada. Sábado, último dia da guia, decidi tirar a história a limpo e qual não foi o meu espanto quando a senhora do Registo Automóvel me comunicou que o sistema informático dáva que o mesmo tinha sido entregue na minha morada a 26 de Março. (já lá vão quase dois meses.)
Expliquei-lhe que isso era impossível, pois não tinha o documento, e não podia ficar sem o carro porque necessitava dele para ir trabalhar. A explicação que me deram foi; 'da nossa parte não há nada a fazer.' Depois de uma troca de argumentos mais acesa, decidimos apresentar queixa por escrito. Levaram-nos para uma pequena sala privada, onde uma superior da funcionária tentava perceber o motivo de tanto alarido. Aparentemente, as senhoras da Loja do Cidadão diziam que da parte delas não havia nada a fazer e que a culpa, se a havia, era dos CTT. Que tinha de me dirigir à central de Correios de Cabo Ruivo - a que abrange o meu código postal - e perguntar pelo documento.
Eu achei a história surreal e disse-lhe que dado os meses que já tinham passado, era praticamente impossível o documento continuar nos correios, quando os próprios informavam que o mesmo tinha sido devidamente entregue. Pedi para me passarem uma nova guia provisória enquanto não tirava a história a limpo. A resposta que me deram foi que não o podiam fazer. Isso só poderia ocorrer caso a culpa fosse dos serviços do Registo Automóvel. Depois de outra troca acesa de palavras, decidiram-se a ligar para a 'Dra. Paula', outra superior, a perguntar qual o procedimento a fazer perante casos destes. Do outro lado a resposta que deram foi a de que deveriam de emitir nova guia sem cobrar nada pela mesma - esta provisória e de apenas 2 semanas - e que eu deveria de ir aos correios e apresentar queixa por escrito. Depois de resolvido - em parte - o problema da guia, resta-me a esperança de ter o documento nos correios - o que muito sinceramente duvido (nenhuma estação dos correios guarda correspondência e encomendas por mais de vinte dias úteis) ou numa opção mais dramática, arrombar a caixa do 2º Dto, o apartamento ao lado do meu que se encontra vazio e cuja caixa está a abarrotar até acima. Aparentemente pode haver a hipótese de o carteiro se ter enganado e colocado o documento noutra caixa. Uma coisa é certa, o meu documento não foi devolvido à base, nem destruído. Se isso tivesse acontecido, teria ido parar a Santarém e os serviços competentes teriam essa notificação. O que não é o caso.
O que mais me choca no meio disto tudo é mandarem documentos desta importância por correio normal, sem haver uma carta registada e estando apenas à mercê da competência de um carteiro. Quando confrontei as senhoras com esta questão a resposta que me deram foi: 'Optou-se por deixar de enviar correspondência registada porque as pessoas nunca estão em casa durante o dia.' Hello?! Que raio de resposta é esta? Não estão em casa, mas ao menos ficam notificadas de que têm um documento importante nos correios para levantar! mas isso parece estar fora de questão...
O C. hoje vai tentar arrombar a caixa do correio do apartamento vazio para ver se o DUA em meu nome, está lá dentro. Caso não esteja nem na caixa do correio, nem na estação dos CTT de Cabo Ruivo, estarei no 'limbo' do registo informático... sem livrete automóvel, título de propriedade, sem guia e sem provas. O mais caricato no meio disto tudo, é que se ficar provado que a incompetência foi efectivamente dos correios, poderei ser reembolsada... mas, acredite quem quiser, não será na totalidade do valor que paguei pelo processo (36 euros)! Caso o 'dito' não apareça de qualquer maneira, não me resta outra alternativa a não ser pedir emissão de novo documento e dar início a novo processo de pedido de documento único... e gastar mais 36 euros do meu bolso!
Entretanto, o DUA anda em paradeiro incerto, podendo estar nas mãos erradas e o meu nome a constar de carros roubados, falsificação de documentos e outras coisas em que nem é bom pensar.
Infelizmente é este o sistema temos e os serviços (competentes) em que nos fiamos!
O caso segue para o 'Nós por Cá' na SIC.

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Para desanuviar de um post pesado, espreitem os maravilhosos artistas/ilustradores deste site, do qual vos mostro apenas um cheirinho na imagem de cima.

sexta-feira, maio 05, 2006

Inspirações



















. Ainda Sevilha. Durante a nossa curta estadia comprei postais antigos da Feria de Abril. Tenho já uma verdadeira colecção de postais 'vintage' e estes prenderam-me logo o olhar. Todos os anos existe o cartaz que anuncia a Feria e como este acontecimento já se realiza há longos anos, é fácil encontrar cópias de cartazes de 1920 ou 1950 em postais, posters e quadros. Trouxe três (apesar de só mostrar dois) e um poster enorme - que irei emoldurar para colocar na sala.

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A minha Troca da Primavera chegou finalmente e foi esta menina que enviou! Fui hoje levantar a encomenda aos correios e já pude espreitar (meio à pressa) algumas das coisas que recebi! Prometo publicar um post a falar disso, até porque eu quero ver tudo com muito mais calma!

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Outro colar. Red, red, red... ou não fosse essa a cor dominante por terras andalusas. 'Olé'

quarta-feira, maio 03, 2006

Green days




















. Este fim-de-semana para além de prolongado, contou com a visita do casal RH+ à terra que me viu nascer. Apesar de ter sido por pouco tempo ainda deu para um convívio intenso e para uns banhos de sol na esplanada da praia.

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Ainda não tinha aqui falado da nossa ida a Sevilha. Voltei, ao fim de quase quatro anos de ausência, naquela que é a minha cidade preferida. Inicialmente quando pensámos num destino para os quatro dias de 'férias' que tivemos, o objectivo inicial era ir até Sevilha. Mas como calhava na altura em que começa a Feria, os preços inflacionaram e tornou-se extremanente complicado arranjar onde ficar. Decidimos por isso apenas ir lá de passagem - se bem que soube a pouco - numa espécie de impulso louco (claro que fui eu que tive a ideia) onde arrastei o C.um pouco contrariado. A verdade é que fizemos num só dia mais de 800 kms em que chegámos a Montemor, local onde estávamos alojados, já passava da uma da manhã... Mas eu acho que valeu a pena cada minuto. Adorei voltar a sentir a excitação do regresso e a felicidade de poder percorrer aquelas ruas a pé. De poder reviver o final do dia sevilhano, com as ruas cheias de gente a beber cañas e com aquelas cores - vermelhos, laranjas e amarelos - a envolverem-nos por completo. As tardes quentes, as noites de lua cheia, os passeios ao longo do rio cheios de gente, as bicicletas por toda a cidade.. e claro, os gelados da Rayas - a melhor gelataria do Mundo!

. Voltei a dedicar-me aos colares - depois de vários ataques de preguicite que me retiraram a vontade por completo - ei-lo, cheio de cores frescas, libelinhas, missangas, contas de madeira, botões e laços de cetim. Disponível aqui.