sexta-feira, dezembro 21, 2012

E o mundo não se acabou

Para mim, o mundo tal como o conhecia,  já acabou há muito tempo.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

...

Ontem cuspi para o ar ao dizer que ninguém me ia tirar de casa e do sofá, certo?
Pois bem, não podia ter sido mais ao lado.
Notícias inesperadas, uma viagem à noite para ir buscar a minha pequena cria, regressar a Lisboa e pronto, tudo virado do avesso. Se juntarmos a isso o facto de nem o ordenado de Novembro ter recebido - estarmos no dia 13 e não há previsões - subsídio então já nem falo, ou de andar a discutir uma porcaria de um contrato de trabalho com claúsulas que são completamente ultrajosas...
Enfim, a minha vida no momento é um verdadeiro buraco negro.

quarta-feira, dezembro 12, 2012

write a letter


Cá em casa já se escreveu ao Pai Natal. A carta, endereçada a rigor, repousa religiosamente debaixo da nossa árvore com o seu pedido. Lá dentro, dois desejos: o barco dos Pinipons e a boneca I love Minie. (Esta última, uma estreia para mim, desconhecia semelhante coisa.) É impressionante como aos quatro anos eles já sabem o nome dos brinquedos TODOS, as músicas e os personagens, mesmo que nunca tenhamos falado neles em casa. Me-do!
 
Tive de refreá-la e dizer-lhe para fazer apenas dois pedidos ao Pai Natal - principalmente quando ela já andava com o catálogo de brinquedos do El Corte Inglés debaixo do braço e até dormia com o mesmo na cama - e decidir muito bem o que queria pedir, dando-lhe a entender que, apesar de querer aqueles brinquedos, podia não receber as duas coisas. Ela, claro, não ficou lá muito contente com a ideia mas mantém-se fiel ao pedido: Barco dos Pinipons e I love Minie. Falta o segundo.
 
E, por este andar, este será o único presente que comprarei este Natal.


Hoje eu não saio não, hoje eu vou ficar em casa Neném

 
Banda sonora mais do que apropriada para o serão de hoje. (A Marisa nunca me desiludiu.)
 
Está frio, demasiado frio, perfeito para estar em casa, enroladinha no sofá, com a mantinha, a lareira acesa, a caneca de chá quente entre os dedos e a procrastinar depois de um dia de trabalho.
É que hoje é o dia em que dá um episódio da nova temporada (a 4ª) da minha série favorita do momento - A Modern Family - e logo a seguir, estreia isto!
E eu não posso perder uma série que fala sobre as intrigas, bastidores e modus operandis, daquele que é o meu trabalho.
 
Por isso:

"Hoje eu não saio não
Hoje eu vou ficar em casa, neném
Hoje eu não saio não
Eu quero ver televisão
Hoje eu não saio não
Não troco meu sofá por nada, meu bem"

(Nem que o mundo acabe.)

terça-feira, dezembro 11, 2012

Pequena constatação

 
Dezembro não é um bom mês para me pôr a fazer dieta, pois não? :-p
 
É que sempre que vejo fotos minhas, acho que as minhas pernas parecem dois troncos... e de Natal!
Está bem que é Dezembro e estou encasacada até às orelhas e o padrão geométrico das calças também cria a ilusão de largeza, com aqueles padrões octogonais, mas acho que tenho de me deixar de fazer tantos bolinhos e fechar a boca a todas as tentações que se cruzam no meu caminho. E têm sido muitas, que isto com a idade parece que estou cada vez mais gulosa.
Mas nada disso parece abalar a pequena cria que ia felicíssima da vida, com a sua coroa e ceptro - comprados na HM - muito feliz da vida, qual princesa, assobiando alegremente enquanto descia a rua do Carmo. Foram várias as pessoas que sorriam ao vê-la passar. Se não for agora, com quatro anos, que se pode dar ao luxo de andar em plena rua coroada de princesa, quando será? Felicidade é isto!
 
Eu confesso que sou uma orgulhosa mãe de princesa!
 
 
E hoje também é dia de crónica no "A Vida de Saltos Altos" do Expresso, desta vez, ao som de Jorge Palma.

quarta-feira, dezembro 05, 2012

wish list ou carta aberta ao Pai Natal

Aproxima-se o Natal e eu, comum mortal, também tenho algumas coisas que gostava de pedir ao Pai Natal, ou à providência divina, caso a mesma esteja para aí virada. Até porque, este ano - Horribilis, Horribilis - eu fiz os maiores dos sacrifícios, penei que nem uma moura e abdiquei de mil e uma coisas. Por isso, bem que merecia ter alguns desejos atendidos! Aqui vai a minha wish list do momento. (Se até dia 24 de Dezembro a mesma aumentar, eu vou fazendo o update)
Este relógio da Swatch! Dreamnight Rose. Lindo de morrer!
Viajar. Umas férias, uma escapadinha, um fim-de-semana, o que seja, mas algo.


 Um telefone com uma câmara fotográfica decente, para conseguir registar as mil e uma coisas que vejo durante o dia e aceder ao Instagram. Sinto-me uma info-excluída.
Esta camisola baratíssima e maravilhosa que está esgotada em loja e estes baggy jeans.

Este curso em Brand Luxury Management no ISEG ou este na Católica! Por Deus, é que era MESMO isto que eu queria fazer!
 
Por isso, Pai Natal, divina providência, whatever, eu portei-me bem, tenho sido uma rapariga esforçada, trabalhadora, que se esfalfa "pr'a xuxu" e se tens a capacidade de transformar sonhos em realidade, de fazer milagres, ou de atender aos desejos, não me excluas da tua lista, sim? Já penei o suficiente.
 
(E não me venhas dizer que já não tenho idade para isso! Humpf.)
 

 
 
 
 

Statement of the day

I am Loved.
 
Sweatshirt da Berhska, em algodão e com enfeites metálicos.
Adoro. Sinto-me uma miúda.

terça-feira, dezembro 04, 2012

em jeito de balanço

Estamos a chegar ao final de 2012 e esta semana lembrei-me que logo no início, em janeiro, coloquei uma série de "to dos" e resoluções que, agora, me lembrei de vir verificar se assim aconteceram. Pois bem, o saldo não é lá muito positivo. Ora vejamos:
Pois, ainda não consegui ultrapassar. Sempre que tento divertir-me, ou faço algum devaneio em proveito próprio, começo a deitar contas à vida e depois vêm os sentimentos de culpa por achar que estou a fazer algo que não devia, ou porque o dinheiro que gasto em mim, ou em suposta diversão deveria de ser para pagar as contas, ou para poupar, ou para comprar isto ou aquilo para a pequena cria. A crise e a austeridade ajudam a tornar este sentimento de culpa ainda mais latente, de qualquer forma, tenho consciência de que sempre que gasto, é com moderação e que faço uma gestão bastante atinada das minhas finanças.

 Eu acho que sim, mas por outro lado, também estou muito mais fechada sobre mim mesma e com menos paciência para fazer fretes ou sorrir só para que me achem simpática. No meu intímo sei que sou boa pessoa, não desejo mal a ninguém, não tenho sentimentos de vinganças, nem de prazer só por saber a ou b mal. Aprender a perdoar e a não nos deixarmos invadir por este tipo de sentimentos faz de mim uma pessoa melhor, isso faz.  (Não quero parecer presunçosa ao dizer isto, como muita gente que bate no peito a afirmar algo que não é, sinto apenas que sei o que sou.)
 

















Este alcancei. :) A custo e derivado das circunstâncias, como diz o provérbio: "o que não nos mata, torna-nos mais fortes". Sem dúvida.
 Eu tento, eu tento, ainda não me considero "genuinamente feliz" mas sei reconhecer a felicidade quando estou diante dela, nas mais pequeninas coisas. E isso é bom.
Podemos saltar este sim? Para não entrar em depressão profunda.
Argh... pois, este também. Aliás, em 2012 a minha barriga ficou mais parecida com o boneco da Michelin do que com uma tábua de lavar a roupa.
Buáááááááááááááááááááááááááááá (o sonho eternamente adiado). Aqui já é auto-flagelação.
Outro assunto polémico. Entrei em 2012 com o cabelo a bater nos ombros, acabo 2012 um pouco mais "clara" com nuances em tons de mel (que muitos insistem em dizer que são ruivas), sem a minha típica franjinha curta e recta e com o cabelo um pouco abaixo da linha dos ombros. Decidamente, não era este o tamanho que queria quando no início do ano decidi que "ia deixar crescer o cabelo", mas foi o que consegui. Em 2013 é que vai ser! :-p
 
Buáááááááa. Também ainda não foi desta. Nem francês, nem voltar a estudar, nem tirar uma pós graudação, nem voltar ao ginásio, nem à dança, nem nada de nada...
Sim, sem dúvida. Aprendi a perdoar, a não ganhar rancor e a ultrapassar. Não perco tempo com coisas que me trazem más energias ou me deixam desgastada. Quero é paz e amor.
Buáááá. Não vamos falar sobre isto, sim? Senão dá-me fome emocional e vou já ali para a cozinha e fazer bolos e doces e empaturrar-me em chocolate.
Tentei, mas falhei. Ando uma preguiçosa e os que li ficaram muito aquém do que gostaria de ter alcançado.
Uma lição que aprendi todos os dias deste ano. A apreciar a vida e as coisas simples que a mesma nos proporciona, sem preço e sem custos. Priceless.
Uma aprendizagem em contínuo, porque a felicidade não tem rosto, nem cor, nem forma, sente-se.
 
E pronto, olhando bem o resultado/balanço não é lá muito positivo, pois não?
Uma série de resoluções falhadas e de objectivos por cumprir, de sonhos eternamente adiados marcaram o meu 2012. Mas também foi um ano de força, de coragem, de conhecimento interior, de sacrífico. Com tudo o que isso tem de bom e de mau.
 
E deixei de fumar! Se calhar isso compensa algumas das resoluções fracassadas. (bom, pelo menos a fome emocional e a ausência de abdominais de ferro, explicará de certeza!)
Quero acreditar que sim.

terça-feira é dia de?

Sim, isso mesmo, de textozinho no sítio do costume.
O desta semana fala de coisas sérias: violência doméstica.
Vão lá espreitar, vá.

segunda-feira, dezembro 03, 2012

ideias originais para combater a crise

A casa já está devidamente engalanada para o Natal. A árvore montada, as velas espalhadas pela casa e a decoração a preceito.
Nunca fui muito do Natal, mas este ano, derivado desta crise, deste negativismo, desta falta de esperança em tudo, apetecia-me muito fazer a árvore de Natal e deixar que o brilho das luzes, os enfeites e os tons vermelhos me aquecessem a alma e me dessem esperança no que aí vem.
No Sábado foi dia de tirar a árvore da arrecadação e pô-la em destaque no meio da sala e ontem, sem estar à espera, passei a tarde nos trabalhos manuais. Com um simples quadrado de feltro que custou um euro fiz estrelas, bolas e corações, que se encontram agora pendurados por toda a casa. A ideia, super simples, tirei-a da montra de uma loja de brinquedos tradicionais em Lisboa que fica no Largo do S. Carlos e da qual não sei o nome. Nela estavam várias meadas de estrelas em feltro vermelho unidas por linha e o efeito visual era muito bonito, simples e super original. Decidi copiar e inovar, juntando-lhe algumas bolas - que se fez dos restos que sobraram do feltro - e alguns corações. Em menos de uma hora tínhamos a casa cheia de estrelinhas vermelhas penduradas no varão do cortinado da sala, na lareira e até na porta, assim como velas acesas e aquela sensação de calor e conforto de alma.
Eu confesso que adoro.
As fotos foram tiradas com o telemóvel... daí a má qualidade das mesmas :-P

sexta-feira, novembro 30, 2012

1+1

Hoje gostava de fazer as malas e ir de fim-de-semana celebrar, mas infelizmente as circunstâncias  não permitem.
Bem sei que não é isso que faz com que sejamos mais felizes, ou que dita a nossa vida, mas caramba, gostava de nas datas especiais, ao menos ter a possibilidade de fazer algo de diferente, que não seja um dia banal e igual a tantos outros. E o facto de nem sequer ter essa hipótese no horizonte, desmoraliza-me.

terça-feira, novembro 27, 2012

E hoje é dia de?

De crónica em "A vida de Saltos Altos", aqui!

E de concerttooooooooo dos Black Keys (depois de muitos meses com o bilhete guardado)!

Espero, sinceramente, que não me desiludam.

segunda-feira, novembro 26, 2012

E você, sabe a sorte que tem?*


"...Quando ela ri, quando ela ri eu tenho vontade de chorar. Não de tristeza mas porque cada gargalhada é como uma nota musical que me toca o coração e me faz querer dançar.
Ela é tudo o que eu queria e nunca soube o que tive.
Aprende que a arritmia que sentes com ela é normal e que a falta dela é um vazio igual à morte
Espero que sejas tudo aquilo que eu nunca fui.
Espero que a trates bem, porque se lhe partires o coração, vais perdê-la para sempre.
Pudesse eu ter lido o futuro."
 
 
 
 
 
* porque hoje estou assim, melancólica.

quinta-feira, novembro 22, 2012

Pequenos desabafos #25

Estou doente!!

Barriga às voltas e estômago a parecer alfinetes.

Não aguento nada e até os cheiros me dão vómitos. Tenho frio e só penso na minha cama...


... e estou no escritório!

terça-feira, novembro 20, 2012

E é isto!

A partir de hoje também podem encontrar-me como cronista residente do blogue do Jornal Expresso: A Vida de Saltos Altos.
 
Todas as terças-feiras darei "ares de minha graça". (Ou assim espero.)
Eis a crónica que serviu de pontapé de saída. (E já com comentários inflamados.)
 
Vam'o lá!

segunda-feira, novembro 19, 2012

os meus pequenos nadas que me dizem muito

- Tenho a cara transformada na cordilheira dos himalaias. Não sei o que sucedeu, só sei que de um dia para o outro virei borbulha e atravesso uma nova puberdade.
- Sinto que preciso de férias e estou sem férias para gozar. Só me restam 2 míseros dias que não sei se conseguirei gozá-los nos dias que pretendo. (Natal e Passagem de ano)
- Todas as minhas calças de ganga me estão a ficar apertadas... (sem comentários)
- Hoje é segunda-feira e estou com humor canino, daquele que rosna.
- Se na semana passada estava muito animada - tralálá, passarinhos a cantar - esta o caso muda de figura. Estou em pólo negativo.
- Queria boas notícias e um bilhete na mão, para ir  - e mesmo que tivesse data de regresso -, me permitisse desanuviar a cabeça e recarregar energias. Tenho saudades de uma escapadinha e dos efeitos que o sair do marasmo do dia-a-dia e dos locais habituais, provoca.
- Pequeno oásis no horizonte: a minha filha chega hoje! Felicidade.
 (E para a semana há concerto dos Black Keys.)
 
E é isto.

quinta-feira, novembro 15, 2012

Pequenos desabafos#24

Não desapareci, não, não. Ando apenas a digerir uma novidade que tenho na calha, que me deixou bastante motivada e que entretanto revelarei.
Por enquanto, muita preguiça e inércia. Só me apetece dormir, vegetar em frente à televisão e estar no quente. Acho que estou a precisar de férias, mas já sem férias para gozar. Humpf.

segunda-feira, novembro 12, 2012


Resquícios de fim-de-semana. Fotos soltas das coisas que fizemos. Agora ando assim, qualquer coisinha e vou a correr buscar a máquina para fotografar. Mesmo as coisas mais insignificantes. Porque afinal, se são as nossas coisas, não podem ser assim tão insignificantes não é? E com este frio que se faz sentir na rua, o fim-de-semana foi praticamente todo passado em casa, no quente, entre mantas, lareira, plasticinas, castanhas, bolos, recortes e colagens, filmes e convívio.
Muita comidinha, muita brincadeira. Pequena cria faz questão de espalhar todas as mil e uma peças de pequenos brinquedos pelo chão da sala: pinipons, little pet shop, polly pockets, barbies, barriguitas e rucas. Ter uma criança em casa o dia todo faz com que tenhamos de ser imaginativos e em algum momento do dia dar-lhe actividades para ela se entreter, para além dos brinquedos, dos livros e dos desenhos animados. Há algum tempo que ando a guardar os rolos de papel higiénico e de papel de cozinha para fazermos uns fantoches ou colagens e este fim-de-semana ela deu-lhes uso, personificando-os, fazendo-lhes olhos e bocas, colando-lhes fitas cor de rosa a servir de cabelo e de "rabinho de porco". Fácil, barato, sem custos e ela fica um bom tempo entretida naquilo.
Ontem, dia de S. Martinho, assou-se castanhas, fez-se bolo de iogurte e maçãs assadas no forno com canela e vinho do Porto. No dia anterior foi a vez de experimentar chocolate quente e tentou-se fazer panquecas (eu tentei, mas agora a receita sai-me sempre mal), fiquei à beira de um pequeno ataque de nervos e desisti, mandando tudo para o lixo. Alguém me consegue dar uma boa receita de panquecas? É que a minha, ultimamente, não anda a resultar.
Estes fins-de-semana indoors têm a (des)vantagem de passarmos o tempo todo com uma vontade louca de comer. É terrível. Que o diga a minha barriga, eu já fujo da balança e nem me peso para não ter um colapso nervoso, mas quando estou aninhada no sofá, quentinha e com aquela sensação de paz e de que tudo está onde deve estar, há sempre um "buraquinho" que faz questão de me lembrar que, com qualquer coisinha doce a acompanhar, tudo era (ainda) muito melhor!
 
 
 



sexta-feira, novembro 09, 2012

Ai caramba

Sem esperar, eis que dou de caras com as minhas fotos da Quinta da Aveleda publicadas no jornal OJE.

Assim de repente, até me sinto assim meio "fotógrafa", é que tirando as duas primeiras fotos de abertura, todas as outras são minhas... mas e os créditos, na pas?


Vêem a foto da cabrinha? É miinnhhhaaa! Eu adoro a foto da cabrinha! 
 
(Pronto, nota-se muito que preciso de atenção? )

Pequenos Desabafos #23

Lavo o cabelo todos os dias. Se tal não acontece, fico com o cabelo a parecer um esponja de óleo. Pronto, o cabelo todo não, a franja, que é o meu calcanhar de Aquiles. E hoje, levantei-me, tomei banhinho, lavei a cabeça - as usual - e decidi colocar uma máscara de hidratação, porque desde que fiz as nuances, o cabelo ficou mais seco. Ora bem, o que é que acontece quando coloco champôs ou máscaras de hidratação em excesso no cabelo, entenda-se, zona da franja? Fico a parecer a tal da esponja de óleo. Parece que nem viu água de tão agarrado à cabeça e seboso que fica. Um pavor. O pior é que só dou conta quando o começo a secar com o secador e o noto pesado e de aspecto colado. E é aí que as campaínhas de alerta começam a tocar e eu começo a entrar em pânico. Como aconteceu hoje de manhã. É que eu, quando seco o cabelo, é a última coisa que faço antes de sair de casa de manhã e geralmente já estou atrasada - as usual -  por isso, quando constato que o mesmo está com estas "características" (forma "polite" para o descrever sem recorrer à utilização de vernáculo insultuoso) porque abusei na máscara de hidratação, já não há volta a dar, vou ter de me aguentar à bomboca pois já não há tempo para o ir lavar outra vez.
 
E pronto, hoje vim para o escritório com ar de lambida. Argh.

A minha opinião sobre as declarações da Isabel Jonet

Desde ontem que andava a ver nas redes sociais um enorme burburinho em torno da Isabel Jonet e das suas declarações de que "em Portugal não há miséria". Na altura, apesar de ter lido vários comentários e posts sobre o assunto no Facebook, não cheguei a ver o vídeo e, por isso, abstrai-me de comentar o que quer que fosse.
Só hoje, com tempo e calma é que vi a sua intervenção no programa da Edição da Noite da SIC Notícias e tenho a dizer que concordo com tudo o que a Isabel Jonet disse.
É verdade que nos habituámos a ter satisfação em bens e coisas que não nos são essenciais e que damos por adquiridos e eu contra mim falo. Esta crise leva a uma profunda reformulação de hábitos de vida e de consumo e custa muito aceitar algo que sempre nos habituámos a ter ou a fazer - de uma forma ou de outra - por uma situação nova que não nos beneficia. Viver assim e aceitar a não criar expectativas, custa! Como custa! É toda uma aprendizagem que é difícil e  exigente (e eu contra mim falo), que nos faz reavaliar prioridades, nos obriga a ser mais racionais, menos impulsivos, gastadores e acima de tudo, desprendidos. Aprender a viver com pouco e aceitá-lo, aprender a ser feliz com o que se tem sem se desejar o último modelo de Iphone ou Ipad, fazer férias no estrangeiro ou ter a mala da moda - não é algo para o qual estivessemos preparados - pelo menos a minha geração, que sempre viveu no conforto da democracia e da liberdade, do aumento do consumismo e do capitalismo desenfreado. Crescemos habituados a ter e nunca pensámos que a situação se pudesse inverter ou que chegasse a este ponto.
E percebo quando ela diz que em Portugal não há miséria quando comparado com uma Grécia. Claro que há casos graves, ela própria o saberá melhor do que ninguém uma vez que é voluntária no Banco Alimentar contra a Fome há mais de 20 anos, mas também acho que expõe o assunto e toda a temática de uma forma muito clara e perceptível, dando, inclusive, vários exemplos muito concretos.
Porque sejamos realistas, quem sempre comeu bife, habituou-se a ter sempre bife, muitas vezes achando até uma seca e torcendo o nariz, "O quê, outra vez bife?", nunca pensando que um dia o mesmo podia faltar, porque sempre viveu nesse facilitismo. Claro que estamos a generalizar. Nem todas as pessoas viveram assim e também é isso que interpreto e entendo quando a Isabel Jonet diz, "cá em Portugal não há miséria". Claro que há miséria, há cada vez mais miséria e gente pobre e pessoas a passar fome e muitas dificuldades e pessoas desempregadas sem expectativas de futuro (como ela o refere), e gente sem conseguir pagar a casa ao banco... mas ainda não chegámos ao ponto de uma Grécia (e espero sinceramente que nunca cheguemos, apesar de as previsões apontarem que estamos apenas a um ano de diferença...)
A frase pode não ter sido feliz, é verdade, e custa aceitá-la, mas parece-me que julgar as declarações da Isabel Jonet por uma simples declaração que, ainda por cima, aparece descontextualizada para causar maior impacto, é querer fazer como as avestruzes e meter a cabeça na areia porque a verdade é demasiado dolorosa para se ouvir.

quinta-feira, novembro 08, 2012

Les petits plaisirs de la vie

 
E ontem também foi dia de kiwis, -  "baby kiwis" para ser mais precisa - e framboesas. E se forem uns leitores atentos, saberão as memórias que este fruto me provoca. Até a pequena cria, que nunca tinha comido framboesas na vida, provou e gostou. O hipnotismo das baguinhas cor-de-rosa a adoçar-lhe o palato, coisa mais linda, orgulho da sua mãe!




Adenda: depois de escrever este post e de lhe dar um nome para título, olhei bem para ele e fez-se luz: Les Petit Plaisirs! Pois é isso! Está encontrado o "novo" nome que irá substituir o antigo "Casinha".
 

quarta-feira, novembro 07, 2012

Pequenos desabafos # 22

Disseram-me o nome de um site onde posso ver filmes e séries.
Meus amigos...  vocês nem imaginam! Eu vivia na ignorância e descobri um verdadeiro novo mundo!
Só ontem papei dois episódios da temporada 3 da série Modern Family! Assim, seguidinhos, sem intervalo nem nada, logo após ter dado o episódio na Foxlife. Estava tão feliz, mas tão feliz! Lareira acesa, pantufas, a casa quentinha, manta, sofá e a minha série preferida, o que mais pode uma mulher querer? (Bom, eu sei a resposta a isto, mas por agora abstenho-me de o dizer)
Confesso que hoje não vejo a hora de sair daqui e fazer exactamente o mesmo!

Quinta da Aveleda

 
Há duas semanas tive de ir ao norte em trabalho. Foi tudo muito rápido (e cansativo), - o típico ir e vir no mesmo dia, sair muito cedo e chegar muito tarde - onde já começa a faltar a vontade para aguentar estas empreitadas, mas nada nem ninguém me tinha preparado para o que iria encontrar.
Ter a oportunidade de ser recebida, almoçar e visitar a Quinta da Aveleda, em Penafiel, é um verdadeiro luxo. Esta quinta produtora de vinhos, empresa familiar e 100% portuguesa que já vai na 5ª geração - um feito louvável - é o mais próximo que conheço de conto de fadas. É que para onde quer que me virasse, o cenário em meu redor era tão lindo e tão perfeito, digno de um quadro impressionista, que era impossível não me sentir feliz e abençoada por ali estar.
O expoente das cores outonais que eu tanto amo, a simbiose perfeita de verdes, castanho terra, amarelos e bourdeaux, a paisagem de cortar a respiração, a calma e a tranquilidade de quem sabe que o tempo é um bem precioso que merece ser respeitado, tudo ali pede para que fiquemos mais um pouco e deixemos esta vida frenética que nos consome bem lá longe, como se fosse apenas uma recordação.
E depois há as histórias, as peculiaridades que fazem dos pormenores as marcas de referência que transcendem a sua própria grandeza, o detalhe da dedicação e da honra na família, o respeito pela riqueza que a terra nos dá e que é fonte de vida. É impossível não nos sentirmos esmagados por tanta beleza e um enorme respeito e orgulho por sabermos que, para além de toda a crise que assola este país, para além do cinzento com que pintamos as nossas vidas diariamente, ainda há cor, beleza e esperança em pedaços encantados de Portugal.
 
Se os lugares mágicos existem, este é certamente um deles.
 
 


Forward


Obama ganhou as eleições e eu fiquei mais descansada. Não que isso represente grande coisa para a melhoria da economia europeia, porque nem Obama nem Romney mostraram, durante a campanha eleitoral, estar interessados em atacar de frente os défices gémeos da economia americana - orçamental e externo - e salvar o velho continente europeu. Mas sempre gosto mais de pensar que a maior democracia do mundo tem à sua frente um casal que cresceu a pulso, sem grandes pretensiosimos e com uma cumplicidade natural, com a qual todos nos identificamos, em detrimento de um presidente que se questiona do porquê de as janelas dos aviões não abrirem, que afirma que as violações existem porque Deus assim o quis, ou de uma primeira dama que acha que os homens devem ganhar mais do que as mulheres apenas por uma questão de género...
E o que dizer desta foto? Esta foto é uma delícia, adoro tudo nela, os gestos, os sorrisos de contentamento, a descontracção, o espírito de equipa. Sim, porque Obama pode ter (e tem) carisma, força de vontade, determinação e uma ideologia política que visa a igualdade de oportunidades e uma sociedade mais justa, mas grande parte do seu sucesso reside também na sua mulher Michele, provando que o ditado "por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher", tem todo o fundamento.
Agora, agora são mais quatro anos forward! Espero que não estejamos enganados.

terça-feira, novembro 06, 2012

pequenos desabafos #21

Esta mania de me pôr a usar anéis no polegar tem destas coisas.
Uma pessoa vai à casa de banho para fazer xixi e quando puxa a roupa para baixo, eis que o dito cujo decide cair dentro da sanita. DENTRO DA SANITA senhores!
Há lá sítio mais nojento do que a sanita do local de trabalho? Quer dizer,  a água estava limpinha e eu ainda não tinha feito xixi, mas confesso que ainda hesitei em pôr a mão ali dentro para o tirar. É que saber que urina ali toda a gente do escritório, não é uma visão propriamente agradável. (Sim, aqui as casas de banho são partilhadas) Se não gostasse tanto dele, tinha lá ficado.
Agora vou ali lavar a mão com líxivia umas 500 mil vezes, para ver se a mesma não me cai até logo à noite, em que vou precisar dela para dar banho à criança e fazer o jantar.

Gente não é certamente e a chuva não bate assim... Fui a ver...

Hoje a pequena cria acordou muito assustada a meio da noite. Gritou várias vezes por mim, tendo, inclusive e em desespero de causa, chamado pelo meu nome muito aflita: "MA-FALLL-DDAAAAAAAA", em detrimento do "Mãe, Mãe, Mãe". "Eh lá" - pensei eu - "Se me chama pelo nome próprio é porque a coisa é grave".
Estremunhada e cheia de frio por sair do quente da cama, desci as escadas em direcção ao quarto dela. Quando abri a porta fui encontrá-la muito chorosa e piegas porque tinha sonhado com um... tubarão!
 
Um tubarão?!?!
 
Bom, quer-me parecer que oferecer-lhe um fatinho deste género para o próximo Halloween está fora de questão.
 

segunda-feira, novembro 05, 2012

Despojos do fim-de-semana

Foi um fim-de-semana de chuva lá fora, mas cá dentro...
 
Pequeno-almoço daqueles bons, com calma e tempo e tudo a que temos direito. 
 

A chuva forte da madrugada de Sábado fez estragos na minha sala e nos meus livros. Eram duas da manhã e quando o céu parecia que nos ia cair em cima da cabeça, qual Astérix, começou a ouvir-se pingar cá dentro. Alerta para chamar novamente o homem das obras e vir limpar os algerozes.

 
Prazeres de fim-de-seamana (para além de comer, óbvio!), ler a edição especial do 10º aniversário da Revista Vogue Portuguesa e espreitar o Expresso no Ipad.

 

Como sobrou imensa comida - principalmente frango - da festa de aniversário da pequena cria, e porque em tempos de crise  - assim como na natureza -  nada se perde e tudo se transforma, eis que depois de desfiado, se fez uma bela pizza! Com frango, milho, azeitonas, chouriço e cogumelos. A massa era de compra e já há bastante tempo que se encontrava no congelador à espera de um momento aúreo. E se teve um final digno!