segunda-feira, junho 30, 2014

inspirações para começar a semana

A Olivia Palermo casou-se.
4 testemunhas, um modelito simples e uns sapatos lindos de morrer. Sem grande festa, sem complicações, sem alaridos. Quando se ama de verdade as coisas mais simples tornam-se naturais e resultam na perfeição.
 
 
 
(espero um dia fazer o mesmo)

quinta-feira, junho 19, 2014

deep green ireland

Regressada de férias e de uma curta escapadinha à Irlanda, o meu mood atual é um pouco a puxar para o sorumbático. Apetecia-me continuar de férias, pois sinto que passaram a voar e continuo cansada, soube a pouco. Tenho semanas duras pela frente e as próximas férias serão só na segunda quinzena de Agosto, pelo que tenho de esquecer que ainda faltam quase 2 meses de trabalho pela frente.
Da Irlanda, o que dizer? Há muito que tinha o desejo de conhecer este país e de ir a Dublin. Andei muito, muito mesmo. Serviu para compensar toda a quantidade de porcarias que comi, de fritos e de sidras que bebi. Dublin surpreendeu mas não encantou. Não da forma como outras cidades já me fascinaram e, nesse aspecto é um pouco decepcionante quando depositamos tantas expectativas num sítio e depois elas saem goradas. Achei a cidade cinzenta em demasia. Falta-lhe cor e luz e magia, mas tem um rio e eu sempre gostei de cidades com água.  Os irlandeses são de uma maneira geral bastante simpáticos, afáveis e bem dispostos. Bebem que se farta. Fazem a festa com pouco e estão sempre na maior. Desde que haja música e cerveja está-se "bem". Não há cá tempo para lamechisses como nós e nesse aspecto gostei bastante da forma de estar na vida. Quanto a elas, achei-as "assanhadas" e mais não digo com medo de sofrer represálias de alguma irlandesa séria e boa rapariga que eventualmente me leia. Ficámos em casa de um amigo, pelo que não tivemos custos com dormida, mas andámos sempre a comer fora e mesmo indo a take aways e coisas mais acessíveis, a comida é bastante mais cara do que cá. Um simples capuccino ou café expresso, nunca custa menos de 3 ou 4€.... por isso é um rombo bem grande na carteira. Comer, por pouco que fosse de manhã, nunca ficava em menos de 20 euros para duas pessoas. Mas em compensação, ao almoço, íamos a uma loja de conveniência tipo subway, onde comprávamos sandes gigantescas, bebida e fruta e sentávamo-nos em algum banco de jardim ou recanto da cidade a comer e simplesmente a observar a vida das pessoas.
Os pints são igualmente caros, mas em compensação dão-nos meio litro de cerveja num copo. Eu, que sou menina que não gosta assim tanto (ou quase nada) de cerveja, valeu-me a cidra. Confesso que continuo a preferir a Summersby que, curiosamente, lá não havia, mais docinha e sem tanto sabor a álcool, mas provei uma de morango e lima que me levou aos céus. Era de origem sueca, por isso tenho de ver se a descubro na loja do Ikea. Visitámos também a Guiness Storehouse. É giro sim, dão-nos pints no final (acho que é simplesmente por isso que toda a gente lá vai), mas não fiquei a morrer de amores, até porque não gosto assim tanto de cerveja para passar mais de duas horas num edifício totalmente dedicado à mesma. (Sou uma esquisitinha sim, eu sei!)
Tivemos uma sorte descomunal com o tempo, nunca choveu, o que para a Irlanda é algo inédito. Também não é tão frio quanto pensava. Eu, que tenho "raça de cão pelado" fui prevenida com camisolas e casacos e houve alturas em que tive tanto calor que até me senti mal. O ponto alto da viagem foi a visita à prisão de Kilmainham Gaol em Dublin. Desconhecia a história e é impossível sair dali sem nos sentirmos pequeninos perante tanta grandeza de alma e gente disposta a morrer por uma causa. Pelo meio ainda conseguimos visitar algumas regiões perto da costa e subúrbios "fancy" em torno de Dublin onde ficámos uma noite, ver a paisagem "deep green" irlandesa e, por momentos, fazer aquilo que os irlandeses fazem ao fim-de-semana: estar com a família, passear, comer, beber, rir e aproveitar a vida. Foram cinco dias que passaram a voar e que fizeram com que estas férias soubessem a pouco.
Ficam algumas imagens só para deixar uma ideia do que vimos e do que vivemos.

 
 

sexta-feira, junho 06, 2014

disturbing sleep, good news

 
Hoje adormeci e acordei uma hora mais tarde do que o devido. Nos últimos dias tenho andado tão cansada que geralmente às dez e meia da noite já estou deitada, o que é algo inédito, já que tenho tendência a ir para a cama entre a meia noite e a uma da manhã. Mas a idade, o trabalho e o cansaço acumulado vão fazendo mossa no corpo e esta semana tenho dormido mais horas do que o habitual, mas nem por isso ando com melhor aspecto ou com uma pele mais reluzente...  O que vale é que hoje é sexta-feira e na próxima semana estarei de férias, com uns diazinhos fora daqui... (mas sobre isso falarei e mostrarei depois).
Hoje quando acordei lembráva-me perfeitamente do meu sonho porque o mesmo me perturbou. Sonhei que tinha tido um bebé, mas que não fazia a mínima ideia que estava grávida. Tinha ido à casa de banho e tinha dado à luz, sem esperar e suspeitar, um bebé perfeitamente saudável mas inesperado. No sonho lembro-me de estar perturbada e de só pensar. "Mas como é que eu não sabia, como é que eu não sabia?" e de pensar que a barriga não me tinha crescido durante 9 meses - não mais do que aquilo que ela já é, com os típicos pneuzinhos residentes - e de estar desesperada por não ter absolutamente nada para a criança, nem uma simples peça de roupa para lhe vestir. E ali estava ela, nascida na sanita, indefesa, nua e inesperada. Acordei tão angustiada com todo o sonho que permanecia tão vivído na minha mente, que decidi pesquisar o seu significado na net só numa de tentar encontrar respostas. (Para além das evidentes!) 
Vale o que vale, ou seja, não acredito nestas coisas mas confesso que gosto de saber que significados lhes atribuem e foi por isso com prazer que li que, sonhar com gravidez quando não se está grávida sgnifica boas notícias, normalmente fases de prosperidade, conquista, projectos, sonhos ou renovação de ideias.
De uma criança nascida inesperadamente na sanita para notícias de prosperidade vai uma grande diferença, mas a ser verdade, venham elas, as boas notícias, novos projetos, sonhos e renovações... ah, e crianças também, sim, mas de preferência com enxoval feito!
 
 

colégio privado vs escola pública

Ando às turras com o meu ex-marido por causa da decisão de retirada da M. da escola actual, um colégio particular, para a colocar numa escola pública. O que me chateia não é o facto de ela sair de um colégio particular para uma escola pública, até porque não faço assim tanta questão que ela continue naquele colégio. O que me chateia a sério é o pai apenas ter comunicado essa decisão em finais de Maio, quando a maior parte das escolas públicas está a terminar o seu prazo de candidaturas e matrículas, sem termos visto nenhuma escola durante todos estes meses e quando eu já comuniquei no colégio que ela seguia para o primeiro ciclo.
Para além disso, as escolas públicas da minha área de residência são todas bastante mázinhas, com condições e instalações que me deixam com o coração apertado e que não me convencem em termos de segurança, disciplina, educação, actividades e condições. Tenho ainda o problema de que não tenho um trabalho das 9 às 5, geralmente saio bastante tarde e não consigo ir buscá-la cedo nem tenho ninguém que o possa fazer por mim (ou budget para pagar a quem o faça). Com a transição para uma escola pública e um horário a terminar perto das 16h00 ou 17h00, tenho ainda a questão de ter de arranjar actividades extra-curriculares, de preferência na própria escola, que garantam que ela fica ocupada até à hora em que eu terei disponibilidade para a ir buscar. Ainda há a questão de que a escola pública, ao contrário de um colégio particular, tem uma data para começar o ano lectivo, o que significa que após o final de Agosto - altura em que termino as férias - ela ainda ficará cerca de duas a três semanas sem escola e se no colégio eu podia colocá-la lá mesmo antes do ano lectivo arrancar "à séria" e ficar descansada porque têm as portas abertas, numa escola pública isso já não acontece...
Enfim, têm sido muitas as preocupações que me têm ocupado a cabeça nas últimas semanas ao ponto de andar com o couro cabeludo a escamar. (Sempre que tenho episódios de stress acontece-me isto).
Ela ainda nem sonha que vai mudar de escola, confesso que como ainda está tudo tão no "ar", com tantas incertezas em relação à decisão, ainda não tive coragem de lhe dizer e, apesar de saber que a maior parte das crianças que constituem a turma dela vão sair para outros colégios, custa-me que a aquela que foi a sua casa nos últimos 3 anos, onde já conhece as educadoras, assistentes e até, aquela que seria a sua professora no primeiro ciclo desde que tem 3 anos, deixe de o ser.
Tenho medo que regrida na educação, que não goste da  escola e de estudar, que passe por complicações, assusta-me a ideia de não ter um feedback tão directo da parte da escola ou que aquela cabeça no ar - que é a minha filha - simplesmente sofra com o assunto.
Bem sei que os miúdos se adaptam e que todas as mudanças nos deixam assustados. Acima de tudo sei que não a posso proteger sempre da maneira que muitas vezes gostaria e que isso não é o fim do mundo, mas  todas estas questões deixam-me ansiosa e com muito medo do futuro.
Sempre frequentei escolas públicas em toda a minha vida, da primária - agora tão pomposamente chamado de 1º ciclo - à universidade. Sempre achei que existem excelentes professores no ensino público - eu tive a sorte de ter vários - que eram realmente interessados, que gostavam do que faziam, que se preocupavam com os miúdos, que puxavam por nós, que fizeram a diferença no meu gosto pelos estudos, mas também sei que muito mudou nestes últimos 35 anos e agora, apesar de ter noção de que continuam a existir excelentes profissionais no ensino público, tenho dúvidas se os níveis de qualidade, rendimento, aproveitamento escolar e motivação ainda se prezam pelos mesmos valores e se a minha filha terá a sorte de encontrar alguns no seu percurso.
E também, porque considero que as bases que ela vai ter a partir de Setembro serão fundamentais para o seu futuro e percurso escolar.
Tudo isto me assusta e me deixa apreensiva e me faz desejar que o mês de Setembro tarde em chegar.
(e que o dia 15 de Junho não seja já na próxima semana)

dos finais de tarde e dos sonhos

 
Ontem foi dia de assistir à edição do primeiro livro de um amigo meu.
Já cheguei tarde demais. A sessão de apresentação começava às 18h30 e eu sabia que não ia conseguir lá estar antes das 19h30. Tivesse eu esta capacidade de prever o futuro em geral como tenho para as coisas mundanas da vida e estaria rica - ou seria uma mulher bem mais prevenida.
Cheguei já tudo tinha terminado, mas cheguei. Ainda a tempo de o felicitar e pedir-lhe que autografasse um exemplar.
Pequena cria foi comigo, que isto da cultura e o amor às letras e às artes é algo que se incute desde pequenino.
Um dia chegará a minha vez de realizar este sonho antigo e também terei a minha filha sentada na fila da frente.
 
 
 
(foto retirada da página de FB da editora Guerra e Paz)

quarta-feira, junho 04, 2014

I can't stand the noise of my biological clock

Pois é. É mesmo isto. Ele anda a fazer barulho alto e a bom som. E eu oiço-o e gostava de me deixar levar por ele, vontade não me falta, mas o bom senso diz-me que tenho de ter calma.
Não escondo, nem nunca escondi que gostava muito de voltar a ser mãe e agora, passados quase seis anos após ter tido a experiência, em que ela está autónoma e cada vez mais menina, a vontade de repetir a maternidade regressa como nunca. A juntar a isso, a quantidade de gente à minha volta que está grávida, ou ver como, um pouco por toda a blogosfera, está tudo a ir às segundas, terceiras e até quartas voltas. (É impressão minha ou quando uma pessoa anda a tentar controlar estes ímpetos e desejos de voltar a ser mãe novamente, todo o mundo decide ter bebés só numa de provocar?) Estou a brincar, obviamente, mas a verdade é que verifico que há um baby boom intenso. Em relação a isso desenvolvi a teoria de que o ter filhos, actualmente, é um grito do ipiranga, um acto de coragem. É como se tudo estivesse tão mau (que está) e o futuro tão negro e sem esperança, que ter filhos é a forma mais pura de felicidade, mesmo que isso acarrete um grande esforço e sacrifício dos casais.
Para além de tudo isto, como se não fosse já suficiente, tenho ainda uma filha a caminho dos seis anos que odeia ser filha única - tal como a sua mãe - em que todos os dias me pede um irmão, que comenta com as educadoras e auxiliares da escola que vai pedir um ao Pai Natal, que me pede sempre para ler a história "dos dois irmãozinhos" quando a deito, ou como ontem, em que me diz que não se importa de dividir o quarto e de partilhar os brinquedos.
Relógio biológico, aguenta a corda mais uns tempos por mim, sim?

terça-feira, junho 03, 2014

terça-feira era dia de...

 
Era. Passado. Pretérito perfeito.
O projeto A Vida de Saltos Altos chegou ao fim, pelo menos no formato em que o conhecíamos. A terça-feira passou a ser uma simples terça-feira e não o dia em que um texto meu estava online, assinado com o meu nome, recordando tempos idos de jornalista e num género que sempre apreciei: a crónica.
Foram perto de dois anos a escrever diariamente e sem ganhar um tostão com isso. Foram dois anos a arranjar temas e a dar a minha visão e opinião sobre os mesmos. Foram dois anos que passaram a voar, que conheci novas pessoas e que partilhei, com mais 5 incríveis mulheres, um espaço, numa casa que, por momentos, pude chamar de minha. Mesmo que não fosse. Mesmo que estivesse ali só de passagem.
Valeu acima de tudo pelo exercício de responsabilidade com que me obrigou a encarar aquele espaço onde a tutela "Expresso" pesa tanto quanto orgulha. Escrever para o "Saltos Altos" não me trouxe fama, nem me levou a ser oradora sobe a temática das mulheres no mundo actual, não editei livros, nem fui convidada como key opinion lider sobre a matéria, mas fez-me acreditar ainda com mais força na defesa dos direitos femininos e no poder que uma simples voz pode ter para abrir consciências, despertar interesse ou simplesmente desabafar sobre coisas que me revoltam.
Foi bom e ficarei eternamente grata por esta experiência.