domingo, fevereiro 24, 2008

Good vibes



















A semana tem sido pródiga em boas notícias, ou então sou eu, que tenho andado animada ao ponto de me sentir feliz e em harmonia com tudo o que me rodeia. (E há coisa melhor?)
Para começar, na sexta-feira, a minha chefe chamou-me, e em jeito de confidência, comunicou-me que serei uma das poucas pessoas a ser aumentada na agência! 'O quê? Desculpe, repita lá outra vez... Vou ser aumentada?!?' Só me apetecia gritar de tanta felicidade! Afinal, o meu desejo cumpriu-se, mas a verdade é que ainda nem acredito bem de que o mesmo se realizou! Acho que isso só irá acontecer quando vir o extracto do saldo bancário do ordenado do próximo mês. Não podia ter vindo em melhor altura.
Depois de saber que a Amy Winehouse vem ao Rock in Rio e de que actuará no mesmo dia que o Lenny Kravitzs a minha felicidade redobrou! O C. deve ser o maior fã de Lenny Kravitzs que conheço e já é antigo o nosso desejo de vê-lo ao vivo, em Portugal, e em conjunto. Quando soubemos que ele vinha cá para a edição deste ano, concordámos que iríamos vê-lo, mas saber que vai ser uma dobradinha, multiplica ainda mais o meu estado de excitação! Confesso que no dia em que ouvi a notícia (o C. ligou-me só para me dar em primeira mão), enviei sms para todos os 'Amy addicted' que conheço, e todos, sem excepção, tiveram uma semi 'paragem cardíaca' de excitação. Confesso que aos 29 anos, nunca pensei ter um comportamento tão adolescente em relação a uma cantora, mas a verdade é que a música da miúda me provoca taquicardias emocionais!! Dia 28 os bilhetes são postos à venda e eu quero garantir o meu lugar.
Por último, a minha querida R. está de volta! Tenho tantas, tantas, saudades daquela louca sonhadora inveterada! Estou desejosa de lhe dar um abraço enorme e bem apertado, de ficar fula com os atrasos dela ou com as perguntas inconvenientes que faz, com a análise justa com que me alerta sobre coisas que eu própria não consigo ver e com a forma como todos sentimos que o grupo agora volta a ficar completo com o seu regresso.
Acho que todos nós nos sentimos meio amputados com a sua ausência.
É bom ter-te de volta outra vez.*
(E esperemos que agora não fujas para o Cambodja!)

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

I´m addicted to Amy

Opá, opá, opá, ela vem cá!!! :)

É agora que vou ao Rock in Rio!!!

(Esta música não está no álbum, 'Valerie', e eu simplesmente, adoro-a!!)

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

eu tenho dois amores...


















Ter dois gatos não é tarefa fácil! Eles exigem atenções a dobrar, cuidados a dobrar, e paciência a dobrar, porque quando se lembram de desatar às corridas pela casa, empoleirando-se em tudo o que é sítio e fazendo-me perder a paciência, não há amor de 'dona' que resista! Nunca consigo ter nada devidamente estimado e muito menos no sítio, ou até mesmo 'limpo', porque os pêlos multiplicam-se a uma velocidade impressionante e por mais que tente ter tudo em ordem, não consigo! E para mim, que sou um pouco 'control freak', é um autêntico desafio, ficando a maior parte das vezes em estado de 'sítio', depois de me passarem as fúrias do primeiro impacto visual. Tudo isto para contar que agora, existem imensas pessoas que optam por ter dois gatos. Conheço várias. Com uma vida atarefada e ocupada com o trabalho a maior parte do tempo, o gato aparece como o animal mais 'óbvio' para quem vive sozinho, passa pouco tempo em casa e gosta de animais ao ponto de querer ter um. Eu, no entanto, sou suspeita, pois sempre gostei mais de gatos que de cães. São igualmente meigos, carinhosos, brincalhões, mas também são muito mais autónomos e independentes, faceta da sua personalidade que me agrada imenso. É que nunca gostei de pessoas e/ou animais extremamente carentes, não que eu seja uma pessoa fria - não é isso - mas gosto que até um simples animal não esteja completamente dependente de mim ao ponto de passar uma noite inteira a chorar - como acontece com um cão - se não o deixo dormir na minha cama, entrar para o quarto, ou ter de ficar sozinho em casa! Claro que deixar um animal sozinho é sempre difícil, seja ele um gato ou um cão, mas o gato, por saber lidar melhor com essa 'solidão' e por passar 90% do seu tempo a dormir, talvez não sofra tanto.

Quando decidimos ter um segundo gato, queríamos acima de tudo, dar um 'irmão' à Magali, alguém com quem ela pudesse brincar de forma a não se sentir tão sozinha. Eu notava no olhar dela, que por passar a maior parte do dia em casa, sem a minha companhia, andava deprimida (é verdade, os animais também sofrem). Foi mais ou menos nessa altura e depois dos meus sucessivos pedidos, que o C. trouxe para casa o Gaspar. Um presente de aniversário, que veio dentro de um caixote. O Gaspar era uma ternura em forma de bola de pêlo e com o tempo, transformou-se num enorme gatão, gordo e com uns irressístíveis olhos verdes. Mas sempre foi muito diferente da Magali, que apesar de brincalhona, sempre foi calma e sossegada, mas lá com o seu feitio 'especial'. Durante 4 anos foi a raínha e senhora da casa e de repente, eu coloquei cá dentro um 'intruso' para quem iam todas as atenções... durante uns tempos, a situação foi difícil de lidar e ainda hoje, continua a ser uma relação cheia de 'altos e baixos', consoante o humor da fêmea... (enfim, 'gajas'!!)

Hoje em dia as coisas acalmaram entre eles, se bem que ela de vez em quando tem ataques de fúria e ataca-o, mas ele nunca se dá por vencido durante muito tempo. É daqueles que não desistem e que chegam mesmo a tornar-se 'irritantes' por serem tão persistentes. Sempre de volta dela, prestando-lhe uma idolação cega, o Gaspar dá-lhe beijos, lambe-a, desafia-a para a brincadeira e acima de tudo, irrita-a! E ela gosta. Eu sei que gosta. Mas nunca se manifesta nesse sentido. Faz-se de difícil (como uma verdadeira senhora) e impõe o respeito, mas quando menos esperamos, é ela que o provoca, completamente excitada com as corridas loucas dele pela casa e com a sua personalidade 'spidada' e energia inesgotável.

Continua apesar de tudo, a reclamar imensa atenção. Adora festas, enroscar-se no meu colo, dar miados pieguinhas a pedir atenção, dormir aninhada num cobertor, ou sentar-se na mesa onde tenho o computador simplesmente ao meu lado (como está neste preciso momento). Eu sei que sou a sua 'mãe' e que ela me adora. A minha 'preta', como carinhosamente a chamo, foi o meu primeiro animal de estimação mesmo 'meu', quando tive a minha primeira casa 'mesmo minha'. O Gaspar é o oposto. Meigo, carinhoso, mas igualmente dependente e muito, muito enérgico (às vezes demais) é de uma vivacidade enlouquecedora e nunca pára muito tempo quieto no mesmo sítio. Adora andar debaixo dos nossos pés, entrar à socapa no nosso quarto, roer todas as minhas plantas, espalhar a água da tijela pelo chão fora e enrolar todos os tapetes, mas quando se enrosca e se sente confortável, agarra na cauda e chucha nela, como um verdadeiro bebé, até a mesma ficar completamente empapada em baba...

A vida nunca mais foi a mesma a partir do momento em que tivemos dois gatos. Claro que há coisas que se complicaram, como por exemplo, as férias, mas tudo se tem resolvido. A Magali adaptou-se à presença de outro elemento felino no apartamento, apesar de nem sempre continuar a lidar com isso da melhor forma, mas acho que até ela, mesmo não querendo dar a mão à palmatória, se sente feliz por tê-lo por cá.

domingo, fevereiro 17, 2008

coração alentejano


















Eram tantos os recantos românticos, os majestosos e convidativos alpendres, as cores fortes e apaixonantes, a beleza do tradicional revisitado, o romantismo e a paixão de cada detalhe, que sinceramente, nem sei por onde começar. A máquina (renovada e completamente operacional), disparou em todos os sentidos, tentando reter em imagens, aquilo que as pulilas dilatavam perante a beleza de semelhante local. O laranja forte entranháva-se na pele e a tranquilidade do sítio inspira-nos a relaxar e a apreciar a beleza da paisagem, a calmia e a paz de espírito destas planícies. A 'riscas', a carinhosa gatinha que percorria todo o monte com a certeza de que tudo quanto pisava lhe pertencia, vinha todos os dias dar-nos os bons dias, com um miado frenético e umas breves corridas, deleitando-se por fim com as festas que lhe fazíamos e sentando-se ao nosso lado, com aquela confiança e certeza de quem já é nosso amigo. O quarto em tons de azul, 'vêdere', proporcionou-nos sonos tranquilos e momentos românticos, onde nem a chuva e o vento que se fizeram sentir hoje pela manhã, quando acordámos, nos preocupou. Foram três dias magníficos, num sítio igualmente belo, que me fez sem dúvida ter a certeza de que há momentos de pura felicidade. Este fim-de-semana foi um deles.
Mais fotos, aqui.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

celebrate!


Dia muito positivo, a destacar:
- O ramo de flores silvestres - em tons verde e lilás - com que o C. fez questão de me presentear. (entre muitos outros mimos)
-Muito trabalho, mas igualmente boa disposição e bom ambiente. (mais dias destes é que é preciso)
- Véspera de fim-de-semana prolongado no Alentejo. (é já amanhã que partimos!!)
- Encontrei a minha velhinha câmara fotográfica no dia anterior a ir buscar a actual que já se encontra arranjada! (pelo menos ainda deu para tirar algumas fotos apesar de não terem ficado grande coisa. ando a perder o jeito)
- Jantar com os amigos, na comemoração dos 31 anos da L. (muito riso e histeria de grupo em uníssono)
- Confirmação médica de que estou oficialmente 'curada' do meu problema no cólo do útero! (a alegria do peso tirado de cima dos ombros)

Hoje, foi portanto, a comemoração de muitas coisas boas...



Weeeeeeee!!!


quarta-feira, fevereiro 13, 2008

one more day

A semana tem passado a um ritmo frenético e eu confesso que até gosto, pois prefiro mil vezes estar ocupada e mal ter tempo para me coçar, do que andar a inventar o que fazer. E esta semana com produções, making-offs, reuniões e afins, tem passado a voar! As notícias têm sido boas, pelo menos no que diz respeito ao meu trabalho, e ao que tudo parece, ganhámos mais uma conta onde fomos a concurso com mais outras agências. Ora, a particularidade de eu estar tão entusiasmada com a dita conta, deve-se ao facto de ser a account que irá trabalhá-la e isso confesso, motivou-me! entretanto, não sei se já tinha referido aqui, houve reestruturações internas ao nível das equipas e com as mudanças feitas, foi-me atribuída outra conta: de Spas! (fiquei maravilhada!) Por isso, até ver, as coisas têm estado favoráveis para os meus lados. Acho que para colmatar o aumento do volume de trabalho, e proporcionar uma motivação extra, um aumentozinho é que vinha mesmo a calhar! (nunca estiquei tanto o ordenado como actualmente... mas isso é outra história.)
Entretanto a minha chefe lá me deixou tirar a sexta-feira e a reserva na Herdade do Reguenguinho já está feita, pelo que se adivinham 3 dias de 'mini-férias' no Alentejo, apesar de as previsões meteorológicas preverem chuva... mas nem quero saber, quero apenas ir e descansar, passear, comer bem e namorar muito.
Entretanto amanhã, dia dos 'namorados', vamos comemorá-lo com um grupo de amigos. A L. faz anos e vamos todos conviver, no que promete ser um serão bem animado.
(e como sexta-feira não se trabalha, a noite promete!)

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Herdade do Reguenguinho















Pois é, já está marcada e eu comecei a bendita contagem decrescente! A nossa escapadinha romântica de 3 dias para celebrar a semana dita dos 'namorados' será para aqui.
A Herdade do Reguenguinho é em pleno Alentejo, perto da costa vicentina - como nós gostamos - e promete ser um local óptimo para retemperar forças e apreciar a calmia e a paz de espírito próprias da paisagem. Nós, somos suspeitos, pois amamos o Alentejo. Por nossa vontade já nos tínhamos mudado de malas e bagagens para estas planícies a perder de vista e feito algo do género: recuperar um monte e transformá-lo em turismo rural, mas vamos sempre adiando o sonho, demasiado presos que estamos à vida na cidade... quem sabe, um dia.
Por isso já sei que no próximo fim-de-semana (que para mim à partida, será de 3 dias pois já pedi a sexta-feira), o C. passará o tempo todo a suspirar com o coração meio apertado, por ver o sonho dele bem diante do olhos, mas a nossa vez parecer nunca mais chegar. Para mim, esta escapadinha terá cheiro a férias. É que ainda chegámos a fazer simulações para ir a Londres - que me anda atravessada na garganta há muito tempo - mas neste momento não podemos fazer grandes loucuras financeiras... e ir a Londres, mesmo que por 3 dias, significava gastar muito dinheiro. Por isso, ficamo-nos por Portugal, em ambientes de deleite como este, onde impera a beleza do natural e a política da tranquilidade e retemperamos forças, a dois.
Espero que a minha máquina já esteja 100% operacional, pois estou cheia de vontade de fotografar tudo o que mexe e o que não mexe.
O quarto também já está escolhido, será o vedere, em tons de azul marinho e inspirações árabes - a verdade é que já era dos poucos disponíveis tirando as suites - e eu, apesar de não ter no azul a minha cor favorita, terei certamente sonhos azuis e perfumados, debaixo do céu estrelado alentejano, onde as estrelas cadentes caem às dezenas por noite, sem pedir licença e onde eu me perco nos desejos pedidos.
Acho mesmo, que até já comecei a sonhar...




quinta-feira, fevereiro 07, 2008

pieces of me

Pois bem, a máquina digital continua avariada e eu continuo sem ter o meu 'apêndice' operacional. Confesso que acho um pouco estranho actualizar o blogue apenas com texto, sem ter nada de imagens para colocar, mas infelizmente, o tempo tem sido tão pouco, que nem tenho podido actualizar isto por aqui, por isso, durante uns tempos terá de continuar a ser assim, somente palavras. A verdade é que não sei onde coloquei a antiga e por isso, não a encontro e não tenho fotografado absolutamente nada. Entretanto fomos ao El Corte Inglés na segunda-feira, véspera de feriado, para irmos ao cinema, mas como chegámos cedo e ainda jantámos por lá, levámos a máquina para mostrar o que tinha acontecido e perguntar se a mesma tinha arranjo. Disseram-nos que à partida sim tinha, porque na realidade tinha sido apenas os cristais do ecrã que tinham partido, talvez devido a uma pressão qualquer (é o que faz andar com ela sempre na mala), mas que o arranjo da mesma se calhar iria custar tanto como comprar uma nova... vamos ver! De qualquer forma, teremos de a levar a outro sítio, ou seja, mesmo à marca, por isso espero que o C. a leve lá amanhã e que afinal as coisas se resolvam mais facilmente do que o previsto.
Entretanto, os contactos feitos com pessoas com ictiose vão de vento em poupa! Tanto, que amanhã, sexta-feira à noite, iremos todos jantar - pelo menos as pessoas que moram em Lisboa e arredores - para nos conhecermos. Confesso que estou um pouco ansiosa, mas também, receosa. Acho que amanhã seremos apenas umas quatro pessoas (realmente com a doença), mas acompanhadas pelos respectivos maridos e namorados. O C. vai comigo, nestas coisas, tenho um marido que gosta muito de conviver e que até acha piada a estas novas experiências em que o vou colocando. Eu confesso que acho piada e gosto que ele reaja assim, tão 'easy-going' e que isso também acaba por funcionar como um incentivo para continuar. A ideia do jantar surgiu um pouco de repente, de forma quase meio espontânea. Estava a falar na net com a C., uma rapariga praticamente da minha idade e que tem uma menina de 3 anos com o meu nome, quando ela disse:'gostava tanto de te conhecer. Temos de combinar qualquer coisa um dia destes' e como houve uma empatia tão grande entre nós, eu sugeri o jantar assim de forma meio louca e ela concordou logo! A partir daí foi enviar emails a todos os outros e perguntar se queriam estar presentes. As respostas não demoraram e toda a gente parece ter aderido à ideia, tirando uma ou outra pessoa que não pode estar presente por já ter planos feitos e por termos tido a ideia louca de combinar tudo assim em cima do joelho. Por isso, amanhã, lá nos vamos encontrar, na Pizzaria Capricciosa em Alcântara, para conviver, conhecermo-nos e trocar experiências de vida. Tem sido muito proveitoso falar com estas pessoas online. Não só porque falo com pessoas mais velhas que eu e com vidas diferentes da minha, como descubro que apesar de não as conhecer de lado nenhum, conseguimos ter conversas muito agradáveis e realmente úteis no que diz respeito ao assunto que nos une: a nossa pele.
Uma coisa que constato em relação às pessoas que tenho conhecido, é que aquelas que têm filhos, quase todas tiveram filhos saudáveis. A C. por exemplo, que é mãe de uma menina de 3 anos, tem uma filha perfeitamente saudável, e a A. que já é mãe de um rapaz de 23, idem... O que me faz constatar que no que diz respeito aos tais '50/50' de hipóteses de vir 'com' ou 'sem' a doença, é mesmo uma questão de sorte e de lotaria genética... mas pronto, não querendo ainda atirar-me de cabeça e pensar que há sempre essa boa possibilidade, irei tentar fazer até onde conseguir para tentar de futuro, conseguir garantir e salvaguardar a outra parte menos boa de ocorrer.
Outra novidade, é que hoje fui à médica da Cuf que me fez o exame do cólo do útero. Não pude ser examinada porque estou 'periódica', mas a consulta ficou marcada e adiada para a próxima semana. Entretanto, fiquei a saber os resultados da tipagem do vírus do HPV e infelizmente, eu tenho os piores e os mais perigosos de todos... apesar de à partida agora estar tudo bem, eles continuam cá no meu organismo e se não for regularmente vigiada corro sérios riscos de futuro de desenvolver um cancro do cólo do útero... mas pronto, confesso que neste momento não quero nem pensar nisso. Na próxima semana a médica irá examinar-me e provavelmente falaremos com mais calma sobre este assunto. Espero ficar esclarecida e ter boas notícias, mas sei que deste problema já não me consigo livrar até ao resto da minha vida... e pensar que andei durante anos a ser vigiada e a ir à médica ginecologista regularmente, a fazer papa-nicolaus que afinal, os resultados deram todos 'falsos negativos' e que o problema estava cá, mas que nenhum exame de rotina conseguiu descobrir... O que me vale é que tudo ainda foi descoberto e tratado a tempo e aparentemente, conseguimos livrarmo-nos do problema. Mas só na próxima semana saberemos se está mesmo tudo bem e se posso dormir tranquila durante uns tempos. Provavelmente esperam-me exames de rotina todos os 6 meses e uma vigilância apertada - um pouco à semelhança do que faço com o peito - mas isso é outra história... O que me faz constatar que para quem, como eu, ainda nem tem 30 anos, já começo a ficar com demasiados problemas de saúde para carregar pela vida fora...
De resto, no trabalho, tenho tido: muito trabalho! Parece uma contradição, mas as coisas têm andado agitadas e eu começo a ter mais responsabilidades, coisa que me agrada como é lógico e me dá um novo incentivo e estímulo, mas há dias que me apetece implodir o prédio todo e certas pessoas em particular.. ehehehe (eu e este meu mau feitio).
Ando cansada e a precisar de férias, mas espero na próxima semana conseguir fazer uma escapadinha de 3 dias com o C. e comemorar com mais calma a semana dita 'dos namorados', indo ou até à serra da Estrela, ou até ao Alentejo. Tudo irá depender da disponibilidade e de se ainda vamos a tempo de fazer reservas...

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

www.ictiose.blogspot.com

Tem acontecido algo maravilhoso nestas últimas semanas. Através do meu outro blogue, este, tenho conseguido dinamizar, escrever e até, informar um pouco sobre esta doença da qual eu sou portadora, e de que já por algumas vezes falei aqui, a Ictiose. Mas para além de tudo isso, tenho conseguido conhecer pessoas portuguesas que possuem o mesmo problema e que, tal como eu, anseiam por conhecer e partilhar experiências, vivências e trocar informação, de encontrar um espaço ou um grupo de outras pessoas, que saibam exactamente aquilo que elas estão a sentir sem de, para isso, terem de dar mais explicações... e a verdade é que já são várias as pessoas portuguesas que têm convergido até mim, dando-me ânimo para continuar com o blogue e entre muitas outras coisas, manifestando de que, finalmente encontraram alguém, que possui o mesmo problema que elas e sobre o qual podem falar. Confesso que nunca pensei que ao criar um simples blogue para falar de uma doença, conseguisse chamar a atenção de outros doentes que afinal, sentem exactamente o mesmo que eu! E tem sido maravilhoso constatar que tanto recebo emails de raparigas da minha idade ou mais novas, como de homens e de senhoras já mais velhas, mães de filhos quase com a minha idade, que me dão os parabéns e que mostram todo o interesse em continuar esta comunicação. Constato que sou uma espécie de 'bóia de salvação' para muitos, como se finalmente tivessem conseguido encontrar alguém que o compreende (e compreendo de facto), porque durante toda a vida nunca conheceram outra pessoa com o mesmo problema. Eu compreendo essas vivências todas. Muito bem mesmo, e sei que em cada pessoa há uma alegria autêntica em finalmente conhecer/falar com alguém 'semelhante'. Pode parecer quase irreal, mas é extremamente importante, tanto para eles, como para mim, estabelecer este contacto. Sinto-me verdadeiramente feliz de cada vez que recebo um novo email. Como se sentisse que este 'movimento' se expandisse, como se fosse algo que eu ansiei durante tanto tempo e que finalmente se revela. Que não estou só. Que somos muitos. Que sentimos e queremos todos o mesmo. Que temos todos histórias de vida diferentes mas que convergem todas no mesmo ponto.
Noto inclusive de que, de todas as pessoas que me têm contactado - algumas até do Brasil - possuo um conhecimento profundo da doença comparada com a maior parte. Existem muitas pessoas, principalmente portuguesas, que não chegam a saber sequer, que tipo de ictiose possuem, e que fogem a sete pés de ir ao médico. Eu compreendo e não julgo, pois sei bem o que é lidar com a ignorância médica neste assunto, tendo eu própria uns quantos episódios menos agradáveis para contar, mas noto que a maior parte se resigna, se deixa ficar, conformados com o destino que é ter de carregar esta doença no corpo. Eu confesso que não me conformo, nunca me conformei e talvez por isso, chegue à conclusão, que acabo por ser aos olhos de terceiros, esta tal 'bóia de salvação' de que falava atrás... O que não deixa de ser bom, mas que me deixa terrivelmente assustada.
À mais de uma semana recebi um mail de um senhor de 52 anos portador de Ictiose lamelar. Extremamente simpático e muito bem disposto, o 'Zé' como gosta de ser tratado, foi muito cordial na abordagem e pareceu-me de imediato uma pessoa muito positiva e dinâmica! Ele anda de bicicleta, ele pinta, ele toca guitarra, enfim, um verdadeiro homem dos sete ofícios. Mandou-me vários emails, quase todos seguidos, com fotos, falou-me da vida dele, da mulher, e mostrou-se bastante contente por finalmente ter encontrado uma pessoa com ictiose. Eu gostei de tudo o que li, mas no fundo, assustei-me! Gostei de receber os mails, ter o feedback, saber que existem pessoas com uma forma de ictiose bastante grave que conseguem ter uma vida normal e bastante preenchida, mas quando noto que a outra pessoa está a ir depressa demais, quase ansiando por mim, fico meio retraída e assustada, porque a verdade é que nunca sabemos quem é que está do outro lado quando o assunto é internet. De qualquer forma, respondi-lhe passados uns dias e fiquei a aguardar resposta. Ela não chegava, então hoje, decidi-me a anexá-lo no meu messenger e ver se ele aparecia online. À tarde ligou-se e meteu conversa, mas não sabia quem eu era. Quando finalmente lhe expliquei quem era, ficou tão feliz, que me confessou que quase teve vontade de chorar. Eu achei aquilo demasiado, mas depois penso: 'Será que estou preparada?' Bom, a verdade é que falámos um bocadinho no msg, eu sempre a tentar ser cordialmente simpática e ele sempre muito expansivo, muito 'prá frente', com uma confiança que quase me pareceu despropositada, mas depois penso: 'Calma, tudo vai correr bem, dá desconto, compreende o outro lado'. E lá me mentalizo de que, para alguém que teve 52 anos sem notícias de outro 'semelhante', é normal que essa alegria seja efusiva, autêntica, sentida.
Tem sido muito compensador trocar experiências de vida com todas estas pessoas, ver que aquilo que confiamos uns aos outros é não só, algo que nos une, como também uma forma de nos sentir vivos, de chegar à conclusão de que afinal, tudo isto faz sentido.
O mais fantástico no meio de tudo, tem sido constatar que a maior parte das pessoas mais velhas que possuem a doença e que já têm filhos, nenhum veio com a doença, algo que me intriga, devido às características da passagem genética e à forma como a mesma se manifesta. Quase todas as pessoas que me contactaram dizem não ter mais casos de ictiose na família, são portanto, casos 'unicos' de mutação genética e nem mesmo os descendentes são abrangidos pela mesma... Talvez isso signifique que nesta questão que é a 'lotaria genética', eu, caso não tenha oportunidade de fazer qualquer tipo de tratamentos, consiga ter à mesma o tão desejado filho saudável... mas pelo sim pelo não, e porque nunca tive muita sorte ao jogo, mais vale não remediar e jogar pelo seguro, mesmo que isso signifique ficarmos completamente desfalcados na nossa poupança...
O resultado do meu teste genético deverá estar pronto em inícios de Março e se formos a ver bem as coisas, já estamos em Fevereiro (é incrível como o tempo corre)... pode ser que a minha sorte esteja realmente a mudar... e mesmo que não esteja, acho que neste momento, já poucas coisas me assustam verdadeiramente.
Porque a verdade é que a vida tem-se encarregado de me mostrar que para onde quer que me vire, tenho imensas coisas boas em meu redor.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

The same, as usual...

Continuo engripada.
Continuo sem máquina fotográfica digital.
Continuo com um humor canino.

Como podem ver, não há novidades de interesse a relatar da última semana.
Continua tudo na mesma. Nada mudou.
Pode ser que o fds de Carnaval inverta esta tendência.