quarta-feira, abril 16, 2014

O mundo ao contrário

Para além de ter saído da Primark a sentir-me uma lontra gorda e flácida, com o sex-appeal de uma avozinha do que aquele que ainda é suposto sentir-se aos 35 anos de idade, ontem ainda tive de presenciar uma conversa que me deixou banzada. Dizia uma colega - magrérrima por sinal - sobre outra igualmente magrérrima, que a segunda era - e passo a citar - "gorda".
 
"Deve vestir para aí um 36, é gorda".
 
...
...
...
 
36!
 
"gorda"
 
...
...
...
 
Se isto não é o mundo ao contrário, não sei o que é.
 

odeio o verão e odeio ter de experimentar roupa de praia

Ontem fui à Primark, fazer umas compras de última hora antes de ir de viagem e aproveitar o resto de saldo que ainda tinha num cartão oferta, com o objetivo de comprar um fato de banho. Tinha visto um num catálogo da marca e que andava a namorar há bastante tempo, mas que pelos vistos ainda não chegou às lojas - ou pelo menos na Primark do Colombo não havia.
Acabei por experimentar dois fatos de banho simples e sem nenhuma beleza adicional só porque sim. Um em azul escuro completamente liso com alças e outro, estilo cai-cai, às riscas azuis, que acabei por trazer só por descargo de consciência mesmo não gostando propriamente do padrão. É super frustrante constatar que existem dezenas de biquinis giros, às cores, com padrões super apetecíveis e os fatos de banho são o oposto, feios, sem graça nenhuma e quando os vestimos ficamos a sentir-nos uma velha gorda.
Fiquei deprimidíssima quando os experimentei e cheguei à conclusão de que este ano, na praia, só mesmo de burka.
Já vos disse que odeio o verão?

o fato de banho que ia à procura e que não encontrei...
e um biquini de cuequinha subida - que me agrada muiiittooo - mas do qual também não havia sinais.
 

terça-feira, abril 15, 2014

gestão interna

 
De hoje a uma semana, a esta hora, estarei a viajar para o outro lado do mundo. Será um dia inteiro no ar e em trânsito. Já ando a pensar na mala e que tipo de roupas deverei levar tendo em conta que o calor é muito, assim como a humidade, e que não posso ir carregada com grandes quantidades de roupa... E eu sou péssima, péssima a fazer malas, do piorio, porque acho que tudo me faz (ou vai fazer) falta! Para agravar a situação irei andar todos os dias com a mala de viagem, pois nunca ficarei mais do que um dia/noite no mesmo hotel. Serão muitos check-ins e check-outs - assim como voos internos - e andar com um malão pesado e enorme a reboque não é lá muito prático. Isso significa que terei de ser multifacetada nas escolhas para conseguir viajar o mais leve de peso possível e eu não sou MESMO a pessoa mais indicada para aplicar esta regra. Avizinham-se portanto, momentos de stress e de escolhas difíceis reservados para segunda-feira à noite, já que será a única altura em que terei oportunidade de me dedicar ao asssunto. É que antes ainda irei passar a Páscoa ao Algarve, com partida na 5ª feira a seguir ao trabalho e regresso no Domingo ao final do dia. Ora, quando chegar a Lisboa no Domingo à noite, seja a que horas for, ainda terei de 'refazer' a mala da miúda e planeá-la para uma semana. É que com a minha partida na terça-feira às 6 da manhã, não tenho outra hipótese a não ser pedir aos meus pais que a venham buscar na segunda, o que significa que terei de levar a mala da criança logo de manhã para a escola para os meus pais irem buscá-la a meio do dia. Vai ser uma logística de doidos e pouco tempo para me dedicar a planeamentos. Mas, como boa portuguesa que sou, apesar de saber que me espera toda essa quimera, já só penso é no feriado e no fim-de-semana prolongado a sul!
 

terça-feira é dia de...?

 
O de hoje fala das modas detox em extremo e da morte de Peaches Geldof.
Eu, como boa adepta de comida, prefiro ser roliça mas feliz com um bom pastel de nata ou uma bola de berlim, do que magra alimentada a líquidos.
(Mas isso sou eu.)
Desta foto, tirada na lua de mel, apenas retenho os olhos naquele anelão lindo e gigantesco - que deduzo que seja o de noivado - e pergunto-me: porquê rapariga? Porquê?

segunda-feira, abril 14, 2014

Das despedidas

Segunda-feira é sempre dia de despedidas e geralmente o Domingo à noite é sempre sinónimo de ansiedade. Há semanas que correm melhores que outras, em que ela está animada e não lhe custa tanto e depois há outros dias, como ontem, em que me disse que ia ter saudades minhas e eu, tentando minimizar a saudade e animá-la, disse-lhe que a mãe está sempre com ela mesmo quando estamos afastadas. A mãe nunca a abandona. A mãe está sempre no coração. E que sempre que ela se sentir com saudades e pensar na mãe, que se lembre que nunca está sozinha.
Ela emocionou-se tanto que, apertou-me forte contra o seu peito num grande abraço e disse: "Vou chorar de alegria". 
E chorou.
 
Porra, custa muito tudo isto.
 

fim de semana boommm

Costuma dizer-se que quando estamos bem e felizes, o tempo voa, não é? Aquela sensação de peso do tempo, a languidez, a demora, o arrastar das horas... tudo deixa de existir quando o tempo é bem aproveitado, seja na companhia da família, dos amigos, dos filhos, de um amor...
Este fim-de-semana teve esse sabor. O sabor do tempo que voa e que nos deixa de sorrisos nos lábios. Aquela sensação de: "ainda ontem era sexta-feira e estava a sair do trabalho e hoje já é domingo à noite". Valeu a pena, deu ânimo e vontade que o próximo chegue igualmente depressa.

sexta-feira, abril 11, 2014

aiiii

A propósito do post de ontem, afinal a coisa piorou e o countdown é agora ainda maior, pois a data foi antecipada.
Aiii senhores que morro de nerbios.

quinta-feira, abril 10, 2014

Countdown

 
Este mês vou fazer uma viagem de trabalho - durante uma semana - para um país... exótico.
À primeira vista é muito apelativo e eu tenho consciência disso. Não há ninguém, mas absolutamente ninguém, que quando saiba para onde vou não fique com aquele ar de "Bitch, que sorte que tu tens" e a rogar-me pragas secretamente, mas eu myfriends... Eu, eu, eu... Estou borradinha de MEDO!
 
Medo da viagem de quase um dia inteiro no ar, medo dos voos internos que vou ter de fazer diariamente como quem apanha o autocarro para ir trabalhar, da minha rica filha que deixo cá e que vou estar quase 3 semanas sem pôr a vista em cima, de ser assaltada ou ter um acidente, de não ter como contactar as minhas pessoas, medo de que algo de muito mau aconteça.
Enfim, chego à conclusão de que sou mesmo é pobre. Só pobre pouco habituado a estas coisas é que tem um medo destes.

E já só faltam 12 dias.

you made my day


Lembram-se deste post?
Pois bem, a minha colega 'fofinha', faladora e expansiva hoje, enquanto eu partilhava uma curiosidade que presenciei ontem na escola da Madalena (e sobre a qual também hei-de falar aqui), vira-se para mim e pergunta: "Que idade é que tu tens?". Eu respondi, "35". Do outro lado um ar surpreso e de admiração: "35? Não parece nada!".
Pronto, acho que foi a forma simpática de ela ver se eu quebro.

quarta-feira, abril 09, 2014

a minha filha é mesmo gaja

 
Hoje de manhã, depois de a ter chamado para se levantar da cama várias vezes e quanto, já vencida pela insistência, decide percorrer o corredor da cozinha em direcção à casa de banho para o xixi matinal, ainda estremunhada com sono, olhou para mim, mirou-me de alto a baixo, encostou-se à pequena mesa que tenho na cozinha e ali ficou, a olhar para os meus pés.
 
"- Uau mãe, adoro os teus sapatos!"
 
Não há dúvida, é mesmo gaja!

terça-feira, abril 08, 2014

O que é que tu fazes mesmo?

 
Isto de se ser 'R.P.' (relações públicas), consultor de comunicação, gestor de projectos de comunicação, assessor e todos os restantes nomes pelos quais somos chamados e que nunca ninguém sabe muito bem ao certo no que é que se traduz, tem mesmo muito que se lhe diga. Uma delas é que, até hoje, se perguntarem aos meus pais o que é que a filha deles faz, os mesmos não saberão explicar. Depois de anos no jornalismo, onde apesar de todas as contrariedades e salário miserável, ainda é uma profissão que toda a gente sabe no que se traduz - mais não seja "escreve uns textos e o nome dela aparece no jornal" - mudar para a assessoria e relações públicas é como fazer parte do lado negro da força, uma espécie de limbo que traduz as nossas vidas, ao contrário dos eventos sociais que a grande maioria acha que nos movimentamos. "Conheces imensa gente", "Vais a festas", ou "Passas a vida a viajar", são algumas das ilações que se ouvem, onde dizer que se trabalha em RP é sinónimo de sermos comparados à tia Maya e às festas de verão no Algarve. Pois bem, deixo-vos com um apanhado cheio de humor e resumido de forma (quase) certeira, sobre o que é isto de se trabalhar a comunicação de clientes.


Read and weep myfriends.

Terça-feira é dia de...?

Texto no outro estaminé.
O tema de hoje toca-me em particular e, por esse motivo, achei que devia de escrever sobre o assunto.
Porque a maquilhagem é mais do que uma questão estética e tem muito de impacto na auto-estima de uma pessoa. E a pele que nos cobre, é só uma e temos de aprender a viver com ela, de preferência, sem auto-comiseração e da forma mais sensata possível.

segunda-feira, abril 07, 2014

Flashbacks


Descobri recentemente este blogue (que também é novo, tem pouco mais de um mês) e o tema, como devem calcular, diz-me muito. (Se forem novos por aqui no estaminé e não souberem do que falo, basta perderem um pouco de tempo a ler alguns posts mais antigos e perceberão do que me refiro).
Mas ao ler o texto de hoje, revi-me praticamente a cada linha, tanto, que até deixei um comentário! (Coisa rara, que não sou de deixar comentários em muitos blogues)
Se há coisa boa que o meu divórcio me proporcionou foi a libertação da sogra e o deixar de sentir cada convívio ou reunião familiar como um martírio, uma pilha de nervos, ou com a ansiedade que sempre se apoderava da minha pessoa e me fazia estar condicionada, pressionada para agradar, ou contida para não arranjar conflitos, contribuindo para a (podre) harmonia familiar. Não havia vez nenhuma em que não estivesse com aquela pessoa sem sentir que a mesma tinha ultrapassado os limites do razoável, ou que não me sentisse humilhada e desrespeitada. E é por isso que hoje, olho para trás e sinto que apesar de ela ter voltado a ocupar a casa onde eu vivia com o filho e que ela sempre louvou como "uma maravilha", ou "que não há outra igual", como "a qualidade máxima de vida" que, no fundo, no seu intímo, quando deita a cabeça à noite na almofada, ou quando a minha filha lhe vai dizendo, na ingenuidade própria da idade e típica das crianças, do que é que a mãe faz e que exemplos lhe dá, ela me sente a falta e me admira a coragem de ter tomado a decisão que tomei e de ter seguido a minha vida, mesmo que para tal tenha deixado a dela virada de pernas para o ar.
Porque eu sentia necessidade de voltar a ser eu outra vez, de respirar e de me sentir livre. Para mim família não é aquele martírio, não deve ser aquela sensação, não deve ser aquele sentimento, não deve ser a anulação do que sou, do que penso, do que gosto ou de como quero viver de acordo com as aprovações de terceiros.
E por tudo isso hoje sou, sem dúvida, mais feliz em tantos aspectos.
 

já não faço fretes

Não tenho 50, mas há muito que deixei de conseguir disfarçar. Aliás, quem me conhece sabe que uma das minhas qualidades (ou defeito, depende sempre do ponto de vista), é que sou tão transparente que basta olhar para mim para escrutinar o que me vai no pensamento.
E se essa é uma características dos 50, deve ser por isso que me considero uma alma velha.

as coisas como elas são

 
Começou uma nova semana e ela deixou de usar aquele anel simples, amarelado e sem qualquer adorno, semelhante a uma aliança, que lhe deixava o dedo verde do uso, mas que lhe proporcionava algum conforto emocional e que lhe permitia não se sentir tão desamparada quando olhava para a sua mão despida.
 
Não adianta fingir aquilo que não se é.

sexta-feira, abril 04, 2014

porque devemos escrever sobre o que nos dói

Foi o que li neste post e depois, andei aqui a ver posts antigos deste blogue e dei de caras com este, que já foi há 5 anos e constato que continua tudo igual.
O relacionamento com a minha mãe está cada vez pior, mas o comportamento dela não mudou - em NADA - desde esta altura. Se na época me queixava do stress do Natal, dos sogros, dos pais, de como me abrasava a cabeça por causa do marido, da filha, da casa e das demais coisas sobre as quais ela achava que devia de opinar e meter-se, entretanto veio o meu divórcio e aí sim, a relação complicou-se a sério. Com ela e com o meu pai. Foram anos difíceis, em que o apoio familiar teve muito pouco de apoio e quase tudo de crítica. Eu que me senti mais sozinha do que nunca,  Felizmente, consegui, sozinha, mostrar a tudo e todos que sim, dou conta do recado. Que sim, tenho emprego e pago as minhas contas sem recorrer a ninguém, que sim, a minha filha é uma criança bem educada e estável, que sim, sei ter um relacionamento cordial com o meu ex-marido e pai da minha única filha, que sim, continuo a lutar pelos meus ideias e objectivos e a conseguir realizar alguns deles, que sim, voltei a amar e não me arrependo disso, que sim, há diferentes formas de ser feliz e que devemos sempre livrar-nos de tudo o que nos oprime e nos faz mal.
Mas ela simplesmente não entende. Acha que sou má filha porque - e citando-a: "não lhe dou valor" - recorre à chantagem emocional para ver se me toca ao sentimento, faz-se de vítima e de sacrificada como forma de me atingir e fazer sentir culpada e só estaria bem se lhe contasse absolutamente tudo sobre a minha vida, se andasse sempre com ela para todo o lado, se estivesse, em média, uma hora por dia ao telefone a contar desde o que comi a onde fui e com quem estive. Com a idade e a falta de ocupação de tempo - está desempregada há muito - tornou-se obsessiva, teimosa, emocional, depressiva, instável. Não tem objectivos, não procura evoluir, vive consumida pela crise e pelo casamento destrutivo que tem e que o meu pai tanto contribuiu para isso.
Suga-me a vida e a paciência e faz vir ao de cima o que de pior tenho em mim. Consegue perturbar-me como mais nenhuma outra pessoa o faz. Ela. Ele. Ambos. É um amor destrutivo este. Gosto deles, mas tenho noção de que só à distância consigo ter alguma paz, manter o meu discernimento, ser eu e conseguir reconhecer-lhes valor. Porque de perto fico com a visão turva e o espírito perturbado.  
Actualmente fujo de tudo e de todos que me fazem mal - não mal no sentido físico (claro que esse também), mas mal no sentido psicológico. Fujo de pessoas tóxicas, de pessoas pessimistas, de pessoas que se metem e intrometem, de pessoas que opinam demasiado sobre a vida dos outros mas não conseguem sequer orientar a sua. Sejam essas pessoas meus pais ou os amigos de sempre.
Porque a vida ensinou-me que, geralmente, esses comentários sempre tão altivos, certeiros e depreciativos, têm pouco ou quase nada de ajuda e preocupação e muito de inveja e maldade.
 

quarta-feira, abril 02, 2014

Ontem foi dia de...?

Ando uma esquecida! Não tenho partilhado os meus últimos textos da Vida de Saltos Altos.
Aqui fica o de ontem, que aborda o desastre dos resultados eleitorais das autárquicas francesas e a mulher de sangue andaluz que salvou a honra do convento.
Para ler, aqui.

terça-feira, abril 01, 2014

quotes


"Second marriage is the triumph of hope over experience" by Oscar Wilde.

Ouvi ontem e achei tão, mas tão verdade.