quarta-feira, julho 31, 2013


Hoje foi o dia em que me despedi dela para só a voltar a ver a 15 de Agosto.
Deixei-a na escola, despedi-me duas vezes, cravei-a de beijos e olhei-a, enquanto me afastava e ela ficava entretida com os coleguinhas, como se quisesse reter na memória aquela imagem. Saí de lá com o coração do tamanho de uma grainha de tão mirrado que estava.

Foda-se para isto que custa tanto.

terça-feira, julho 30, 2013

Mudam-se os tempos, mas não se mudam as mentalidades

A propósito dos "pobrezinhos" - que tanto andam a dar que falar por essa imprensa fora e nas redes sociais - lembrei-me do António Lobo Antunes e desta passagem.

telegenia

 
Foi mais uma experiência engraçada, uma conversa que passou a voar. 3 mulheres, todas diferentes, mas muito iguais nos universos que as tocam. (E a minha super maquilhagem! Agora que vejo o vídeo é que noto o quão "carregada" estava!)
E pronto, não há volta a dar, definitivamente, não sou telegénica.
Mas como diz o povo "O que não tem remédio, remediado está". 
 
 
 
Pode ser que um dia a minha filha veja e ache graça ao ver a sua mãe na tv a falar sobre depilação!  ;) 

terça-feira é dia de...?

A Vida de Saltos Altos, o blogue mais feminino da imprensa nacional!
O tema de hoje não fala apenas do herdeiro real, fala da real barriga da mãe do herdeiro real!
(E não gostámos todas de a ver?)
Uma Kate Middleton de barriguinha pós-parto e vestido às bolinhas ficará para sempre na nossa memória colectiva.
Para ler, comentar, partilhar, fazer "like", aqui.
 

quinta-feira, julho 25, 2013

Foi assim que aconteceu

Já foi, já gravámos e correu tudo muitíssimo bem. A equipa da SIC é excelente, deixaram-nos belíssimas - fizeram-me uma super maquilhagem que não tenho vontade de tirar NUNCA - e pentearam-me que foi um primor. (Isto realmente não há nada como ter a possibilidade de levar com um "make over" feito por profissionais para aumentar a auto-estima e colocá-la nos píncaros. A Ana Rita Clara foi super simpática e falou com todas, fazendo perguntas concretas sobre os textos e o estilo de cada uma.
Mas para mim, o melhor mesmo de toda a experiência, foi ter tido a oportunidade de estar à conversa com a escritora Maria João Lopo de Carvalho! É que ainda por cima estou a ler o livro que ela escreveu sobre a vida da Marquesa de Alorna e adorei trocar algumas impressões e dar-lhe pessoalmente os parabéns pela obra.

Aqui fica um "cheirinho" do que poderão ver no próximo dia 29 de Julho.
Tudo a pôr as boxes a gravar às 17h30 na Sic Mulher! ;)

Os meus cinco minutos de fama

Algumas das meninas que integram o blogue “A vida de Saltos Altos”, no qual eu me incluo, estarão hoje a ser entrevistadas pela apresentadora Ana Rita Clara no programa “Mais Mulher” da Sic Mulher. (que depois será transmitido no dia 29 de Julho, às 17h30).
É a segunda vez que irei à televisão no âmbito da minha participação no blogue “A Vida de Saltos Altos” e espero, muito sinceramente, que desta vez consiga estar um bocadinho melhor e não parecer um cachalote que deu à costa.
Sempre ouvi que a televisão “engorda” – pelo menos 5 quilos – e sim, eu sabia, mas caramba, nada me preparou para o choque de ver a minha própria imagem aumentada.
 
 
Isso e o facto de ter ficado com o cabelo “lambido”, de a roupa que levei ser dos mesmos tons do cenário e quase nem se dar por ela, de estar sempre marreca e curvada, enfim… foi um grande erro de “casting”. (Apesar de toda a gente ter dito que “falei muito bem” – acho que é o triste consolo de quando não há nada mais agradável a dizer, certo?)
Bom, hoje e com tudo isso em mente, preparei as coisas de outra maneira. Vamos lá ver se o resultado final fica um bocadinho melhor.

Às 13h30 lá vou eu.
 
Wish me luck.

terça-feira, julho 23, 2013

terça-feira é dia de?


Já me esquecia que hoje é terça-feira e, como tal, dia de lerem o que vou escrevinhando por outras bandas, de preferência, de Saltos Altos!
Para já, aqui fica uma imagem para aguçar o apetite.

 
E vocês, acham que foi propositado?

quinta-feira, julho 18, 2013

Ver a vida de maneira diferente

 
Este vídeo da Coca-Cola deixa-me de sorriso nos lábios.
É tão bom ver campanhas positivas feitas por grandes marcas que pretendem mostrar o lado bom da vida. Porque nem tudo é crise e é verdade. Há coisas que não têm preço e são preciosas.

energias positivas!


Ontem lá fui à sessão de Reiki. Foi uma experiência bastante agradável e, ao contrário do que pensava, consegui relaxar e deixar-me ir. No final da sessão alguns pontos a reter: tenho as costas num farrapo. Motivo: “Carrega demasiadas responsabilidades”. Check!

“Pensa demasiado”. Check! Esta “caixinha” nunca consegue desligar, nunca consegue descansar e anda sempre a mil, sempre, sempre, sempre. Canso-me a mim mesma.

“Não faça tantos cenários. Tente viver o agora”. Check! Um dos meus principais defeitos – e que se tem acentuado nos últimos anos. Ando sempre com medo, a prever conjunturas, a fazer hipotéticos cenários, a tentar ser o mais precavida possível para nada me apanhar de surpresa, sempre a analisar todas as situações, sempre a escrutinar tudo até ao tutano dentro desta minha cabeça em brasa.

“A sua parte emocional anda demasiado contida. O que é que se passa?”. Check!

É verdade. Sinto que actualmente penso demasiado e não verbalizo. O que nem parece meu, porque sempre fui uma pessoa expansiva, mas o tempo e as circunstâncias da vida modificaram-me. Já não me dou como me dava, nem digo as coisas que dizia. Constato que as palavras são perigosas e que muitas vezes a interpretação que delas fazem não é a mesma com que as disse, o que gera entropias que nem sempre me são benéficas. E, por isso, ando muito mais contida, limitando-me a pensar muito e a exteriorizar/verbalizar pouco, como se o meu peito fosse um saco onde enfio os sentimentos sem lhes prestar a atenção devida. Isso claro, ressente-se na minha postura, nas minhas costas, na minha barriga – que fica muito mais bloqueada (sim, ele disse isto!) - e nas minhas energias.

Um conselho que me deram: chorar é bom. Purifica e liberta. Não deve ser encarado como uma coisa negativa, mas como uma descarga. Logo eu, que sou de lágrima fácil.

Ontem senti-me bem, saí da sessão e rapidamente abria a boca, cheia de sono. Dormi profundamente durante a noite, apesar de ainda não ter sido suficiente, preciso de fazer uma cura de sono.

Uma coisa curiosa: estive a sessão toda de olhos fechados e deitada, mas assim que começámos, senti a minha barriga saltar como se tivesse um bebé dentro dela aos pontapés – é a analogia que encontro mais verdadeira para ser motivo de comparação. E quando passou pela zona da cabeça, senti calor, muito, muito calor, mesmo por cima da sobrancelha, o que não deixa de ser curioso e o que traduz mais à letra a expressão de “cabeça em brasa”.

Também senti as pernas a saltitar, como se o sangue tivesse finalmente encontrado o seu caminho e andasse desenfreado a galopar dentro delas. No final consegui relaxar a sério, senti a respiração a ficar cada vez mais profunda e se tivesse demorado mais uns minutos acho que tinha mesmo “apagado”.
Já tinha ouvido muita coisa acerca do reiki e sempre tive curiosidade. Há bastante tempo que andava para experimentar, até que comprei um voucher e ontem lá fui. Sempre acreditei que as energias que uma pessoa emana, podem ser boas ou más consoante a nossa atitude perante a vida, as nossas mágoas, ressentimentos e forma de estar na vida.
No início perguntaram-me o que pretendia daquela sessão. A minha palavra imediata foi ‘tranquilidade’.
E acho que sim, que o objectivo foi alcançado.

Gostei. Sem dúvida a repetir.

quarta-feira, julho 17, 2013

let's talk about nail's


Eu realmente sou uma pessoa a quem fenómenos e coisas estranhas acontecem. A semana passada foi o carro, com aquela cena de chegar à garagem e de ver o mesmo a servir de coluna de som enquanto o empregado lavava os carros alheios (o que, convenhamos e para meu ego, comprova o meu bom gosto musical!) E hoje foi dia de ir arranjar as unhas e de vir de lá com as mesmas em brasa, tudo porque há 3 semanas, quando fui colocar gelinho, tive uma “saga” daquelas bem ao meu jeito. Mas primeiro vamos lá contar a história por partes.
Eu não era rapariga de ficar dependente de gelinhos ou de géis. Pintava as unhas e pronto, isso bastava-me. Mas, (há sempre um “mas”) a verdade é que isto de andar a pintar as unhas todos os dias, a retocar verniz, a tirar e a pôr, já me andava a chatear à brava e como odeio ver unhas lascadas, com verniz a saltar e afins, decidi-me a colocar gelinho. Dura mais tempo, não precisa de ser retocado e apenas exige manutenção.
Pois, mas a manutenção chateia-me. Isto porque as unhas começam a crescer e começa a ficar visível a parte da unha, em baixo, que é uma coisa que me irrita assim ligeiramente e depois porque não consigo arrancar aquilo sozinha, tenho de ir propositadamente à manicure para esta, com uma broca, desbastar o verniz todo. E nem sempre é fácil conseguir marcação, assim como não é totalmente indolor. Resumindo e concluindo, chateia-me também o estar dependente de uma coisa que não posso retirar sozinha quando quero e me apetece.
Ora, há cerca de 3 semanas, fui fazer as unhas e decidi-me a colocar uma cor nova. Verde! (Não se assustem já) Era um verde-escuro, a puxar para o verde-garrafa e como agora é verão e tal, eu gostei e decidi-me a arriscar. Na altura recordo-me que não gostei do serviço, achei que tinha sido tudo feito à pressa, sem o cuidado a que estava habituada e vim de lá a achar que as unhas tinham ficado mal pintadas. Mas encolhi os ombros e fui à minha vida. Ora, no dia seguinte, olho para uma das mãos e tinha uma unha a querer lascar. “O quê? Já?!?!”, pensei - e nem deixei arrastar mais tempo, fui logo ao centro comercial reclamar do serviço. Quando viram a unha, a senhora que estava a atender disse logo: “Ai, isso vai ter de tirar tudo, ainda ontem a minha colega falou em si, já estava à espera que entretanto viesse cá, porque essa cor tem defeito e vai-lhe acontecer o mesmo a todas”. Posto o cenário animador, lá consegui marcação para o dia seguinte, um Sábado, às 16h00 – o que é sempre boa ideia enfiarmo-nos em centros comerciais em pleno fim-de-semana (not!).
No Sábado lá estava eu à hora marcada como menina bem-mandada que sou. O corner das nails cheio até à pinha, as marcações todas atrasadas e o centro comercial a abarrotar pelas costuras. Quando fui atendida, olharam-me para as mãos e disseram que não valia a pena fazer tudo, bastava apenas arranjar a unha que estava a lascar e mais uma ou outra que ameaçavam ir a seguir. Disse que não tinha sido isso que me tinham dito no dia anterior, que seria necessário fazer a mão toda e ela continuava: “Ah, não, a cor está boa, não é preciso”. Mais uma vez, encolhi os ombros, resignei-me e lá me arranjaram 3 ou 4 dedos, desbastaram a cor, voltaram a aplicar a base que segura o verniz e toca de pintar por cima. Quando já tinha pago o parque de estacionamento do shopping e me encontrava com o carro cá fora, eis que olho bem para as mãos à luz do dia e verifico que tenho uma das unhas que tinha acabado de ser arranjada a saltar. Fula da vida, dou meia volta à rotunda, volto a entrar no parque de estacionamento e a dirigir-me ao corner para mostrar o estrago. Claro que quando cheguei todas as marcações que estavam para lá de atrasadas continuavam em espera, sendo eu mais uma. Mostrei o “estrago” e não tive outro remédio a não ser sentar-me e a aguardar novamente a minha vez. Entre mais duas ou três clientes, lá me foram atendendo à pressa, entre serviços. Não tiveram outro remédio a não ser retirar o verniz todo –  voltar a desbastar-me as unhas pela terceira vez – e a colocar uma nova cor que, garantiram-me, “esta não tem defeito” e foi assim que do verde passei para o salmão. Saí do shopping eram quase oito da noite – foram 4 horas com a “saga” das unhas para colocar o dito “gelinho” - e, por pouco, não chegava atrasada ao espectáculo que ia ver nessa noite.
Durante as semanas seguintes a nova cor lá se foi aguentando, até que chegou a hora que reclamava por manutenção. Ontem, quando fui a um centro de estética que há aqui perto de trabalho, verifiquei que também faziam as unhas e perguntei quanto era: “10€” responderam-me. Metade do que pago - pensei eu - e acedi logo a marcar. Hoje, lá fui arranjar as unhas – que estavam vergonhosas – e quando a rapariga me começa a desbastar as mesmas com a broca para retirar o gelinho que ainda tinham agarrado… bom, ia morrendo!
Como aplicaram gelinho e base de fixação tantas vezes seguidas, o que restava da cor salmão que ainda trazia, estava de tal forma agarrado às mesmas e as unhas tão sensíveis e fininhas, que sempre que ela tentava desbastar aquilo, eu pulava da cadeira.
Toda eu já suava com os nervos, a rapariga já sem saber o que fazer acabou por retirar os resquícios de “gelinho” manualmente e lá se(me) safou. Foi uma hora e meia a contrarrelógio – porque fui durante a minha hora de almoço e não me queria atrasar – em que vi a situação muito mal parada, mas ela lá conseguiu.
O trabalho ficou bem feito, as unhas estão como novas e pintadas a cor-de-rosa, além de ter pago metade do que é habitual. (o que sempre dá para arranjar as unhas mais vezes!)  
A partir de hoje uma coisa é certa, voltar ao shopping para arranjar as unhas naquele corner demoníaco, jamais! A menina brasileira do gabinete de estética tornou-se a minha melhor amiga (salvo seja), bom, pelo menos a melhor amiga das minhas unhas! E até estou tentada, numa das minhas próximas visitas, a arranjar os pés. (E acreditem que isso sim, é que é uma grande prova de confiança da minha parte!)
Mas agora, que a saga das unhas já terminou, doem-me a valer até quando escrevo ao computador.

Help!

devo ter os chackras todos desalinhados


 
Hoje vou experimentar uma sessão de reiki pela primeira vez na minha vida.

Não sei ao que vou, nem o que me espera.

Só sei (acho) que preciso!

sexta-feira, julho 12, 2013

I'm a freak magnet

O meu carro anda imundo. Por dentro e por fora. E quando digo “imundo” é mesmo “imundo”, com flores agarradas, “gosma” de árvores (quando venho para o trabalho estaciono-o num sítio que tem imensas árvores e quando chego ao final do dia, tenho sempre o carro cheio de uma seiva que mais parece cola que as árvores deitam e se agarra à chapa que nem uma lapa) e por dentro… bom, por dentro então é o descalabro total… migalhas e restos de bolachas da Madalena, é assim algo ao qual já perdi a conta, fora o lixo que se agarra aos pés, o pó – sim, sim, tenho pó no meu tablier – e outras coisas que já me andavam a fazer comichão com o sistema nervoso.
Hoje, decidi-me a colocá-lo para lavar e aspirar na bomba de gasolina que existe ao lado do trabalho. Alguns colegas meus já o tinham feito e diziam que compensava, o carro ficava “impec” e que o preço era acessível. Não hesitei. De manhã, antes de entrar (eram 9h30!), fui colocá-lo na garagem e falei com o rapaz que lá estava. Perguntei se podia ir buscar o carro ao final do dia, por volta das 18h30/19h00 ao qual ele torceu o nariz e pediu para ser antes às 17h00. Anui. "Afinal, trabalho ao lado, posso sempre sair 5 minutinhos para dar cá um salto e buscar o carro", pensei.
Enganei-me.
 
Eram 10 para as 5 da tarde e decidi sair por uns instantes do escritório para ir buscar o carro. Avisei os colegas de que ia só ali ao lado e que voltava a seguir. Quando chego à garagem deparo-me com o meu carro ainda sujo, com as portas todas escancaradas, com o rádio ligado e a tocar o meu CD da Amy Winehouse alto e bom som, enquanto aquela “figura” que me atendeu de manhã, andava a limpar o carro do lado, descontraidamente, a ouvir a MINHA música, no rádio do MEU carro.
 
Bem… passei-me!
 
Primeiro porque tinha deixado o carro de manhã cedo e chego à hora que me pediram para ir buscá-lo e encontro-o naquele estado, ainda todo por lavar e aspirar. Segundo, porque se isso não fosse só por si suficiente, ainda encontro o carro a servir de “coluna de som” para toda a garagem ouvir, enquanto aquela alminha anda a trabalhar. Mais, eu não tinha o CD da Amy Winehouse no leitor do rádio. Há séculos que não oiço Amy Winehouse, andava a ouvir os Deolinda, o que significa que estiveram a mexer nos poucos cds que lá deixei, na porta, na zona lateral, pois tive o cuidado de retirar os que se encontravam ao pé do rádio – que eram ainda bastantes e alguns dos quais, os meus preferidos – e trazê-los comigo.
 
Terceiro, aquela alminha ainda me pede para vir buscar o carro “dali a um bocadinho”, como se nada fosse e não visse mal nenhum por eu ter presenciado toda a cena.
Saltou-me a tampa. Disse-lhe que não estava para voltar a sair do trabalho para ir buscar o carro “dali a um bocadinho” para que o menino pudesse sair mais cedo, quando fora o próprio que me tinha dito para ir às cinco da tarde. Agora seria eu a decidir as horas a que iria levantá-lo, por isso, voltaria às 19h00. E  quando já tinha virado as costas para me vir embora, fula da vida, voltei atrás e disse-lhe: “E faça o favor de desligar o rádio, que o meu carro não é para servir de entretenimento enquanto faz o seu trabalho, além de me estar a gastar bateria”.
 
Ele calou-se e assentiu. Eu, furiosa, virei costas e vim-me embora. Mas agora que aqui estou – e que entretanto tenho de ir buscar o carro porque a hora se aproxima – fico a pensar se fiz bem em deixar lá o carro, mesmo sem ter o serviço feito e se não o devia de ter tirado logo e mandar o dito cujo ir dar uma curva.
 
Acho que para além de outra valente descasca que lhe vou voltar a dar, ainda vou pedir livro de reclamações e apresentar queixa.
Sempre estou para ver se quando o for buscar estará lá tudo o que deixei ou se me furaram os pneus.

Sou só eu que acho que estas coisas só me acontecem a mim?

High heels


Descobres que já não vais para nova quando decides calçar uns sapatos de salto alto de manhã, porque já tens saudades e já nem te lembras da últimas vez que calçaste uns, porque te queres sentir alta, magra e poderosa – e porque fica a matar com a roupa que decidiste vestir hoje – e sais de casa a pensar que sim, que te sentes gira, alta, magra, poderosa e essas coisas todas que já há algum tempo não sentias.
Chegas ao trabalho e constatas que os ditos saltos fazem um barulhão gigantesco no open space e que sempre que te levantas e dás dois simples passos, que ressoam – alto e bom som – por todo o dito open space – como se fosse uma manada de búfalos que chegou à sala.
À hora do almoço já não aguentas os pés, pareces uma aleijadinha com andas e decides render-te, sentar-te na cadeira e trocar os ditos cujos pelas sandálias rasas que, sabiamente – e a idade te ensinou a ser uma mulher prevenida – trazias na tua mala XXL.

E assim, já sem a sensação de estares alta, magra e poderosa, te sentes confortável por finalmente teres os pés bem assentes na terra.

quinta-feira, julho 11, 2013

episódios da vida quotidiana


 
Algures, a meio do meu dia.

- Oh Mafalda, não conheces ninguém que esteja à procura de trabalho?
- Conheço sim, tenho uma amiga que está desempregada e precisa mesmo de trabalhar. Estudou comigo, é super organizada e profissional, mesmo boa gente.
- Que idade é que ela tem?
- Tem a minha idade.
- Que idade é que tu tens?
- 34.
- Tens 34? A sério? Eu ia jurar que eras muito mais velha do que eu, mas eu também acho que toda a gente é mais velha do que eu.

(…)

Mulheres. Sempre prontas a espetar o ferrão nas mais inesperadas situações ou conversas.

less is more?


Lembram-se de um dos meus últimos posts, onde dizia que também tinha de fazer reset e de ter menos e comprar menos e blá, blá, blá?
Pois bem, ontem, quando abri a porta do armário do meu quarto – depois de me decidir a arrumar a quantidade louca de roupa que andava um pouco espalhada por todo o lado – dou de caras com a trave que sustenta todos os cabides (muitos, muitos mesmo) no chão.

Partiu-se com o peso.
E agora? O que é que eu faço? Onde é que vou pôr aquelas montanhas de roupa e casacos?

Acho que o universo me anda a enviar mensagens.


Revivalismos sempre actuais

Hoje, quando entrei no blogger vi que este meu post, que data de 2012, tinha tido muitas visualizações.
Voltei a lê-lo para me recordar do que tinha escrito.
Foi aí que reli aquilo que tinha escrito sobre o Paulo Portas. O que, face aos acontecimentos destas últimas semanas, não podia estar mais actual.
Como disse o MEC, a vontade dele era mesmo "mandar nesta merda toda".

terça-feira, julho 09, 2013

jumpsuit issues

O jumpsuit é daquelas peças colocadas na “wish list” e nas páginas de shopping das revistas no verão, que são das tendências mais cobiçadas. Sempre fui fã de jumpsuits (nome pomposo para traduzir o tão aportuguesado e pouco glamouroso “fato-de-macaco”). São super práticos, leves e frescos e nestes dias muito quentes, são a solução ideal, pois permitem vestir e já está! Dão para andar na cidade, na praia e no escritório e com os acessórios certos, fazem um vistaço. No meu armário conto pelo menos 4, mas sempre que quero ir à casa de banho, é uma canseira, principalmente os que têm botões atrás nas costas. Isso e o facto de ficar seminua.

sexta-feira, julho 05, 2013

Reset

Depois de ler isto e isto, com o qual concordo a 100%, acho que está na hora de fazer um reset e de me livrar das pilhas de roupa que tenho em casa – algumas das quais já não visto há séculos – e desta minha tendência consumista por roupa em troca de pequenos instantes de felicidade e vaidade pessoal.
Porque é tal e qual como a autora do Locais habituais diz, “ Fiz e continuo a fazer um grande mea culpa, abrindo diante de vós a largueza da minha vergonha porque eu, que andei na universidade e que leio os jornais todos os dias, devia saber isto e quando soube, era tarde. Quando soube, tinha já anos de consumo estúpido para resgatar, tinha já milhares de momentos de fugaz e inútil prazer de compra impulsiva para pagar, tinha já um guarda-vestidos com uma dimensão absurda para o meu estilo de vida. E eu tinha todas estas culpas a pagar sem nunca ter gasto tanto dinheiro em roupa como a Garance Doré ou a Pipoca Mais Doce.”
A verdade é que os meus armários estão a chegar a um ponto caótico, em que já não consigo inserir nem mais um cabide, ou onde enfio, apertadamente, mais uma peça nas gavetas da cómoda. Mudei-me para esta casa há 2 anos e, na altura, tempo de grandes mudanças, livrei-me de uma quantidade impressionante de roupa que já não usava. Foram sacos e sacos de roupa mal-amada e já sem utilidade que abdiquei, dando origem a novos começos e a armários mais despojados.
Se na altura fiz um reset em relação a várias coisas na minha vida – pessoal, bens materiais, financeira, etc. – hoje, 2 anos depois, ela transborda (pelo menos os armários), cheios de trapos que vou comprando sempre a preços que considero baixos e que, por isso, não vejo problema em comprar, mas que somados, já daria para fazer a tão desejada viagem que eu tanto almejo e que insiste em nunca mais chegar.
Estou a tornar-me numa acumuladora e a verdade é que não gosto disso.
Tempo de parar para pensar.

 

Restored

 
Cortei o cabelo.  Um valente senhor corte. Voltei ao bob e à franja.
Livra que já me sinto mais eu, que isto de ter cabelos compridos e risco ao lado não é, "definitivamente", para mim!
 
Mood: "I'm sexy and I know it!"

uma questão de centímetros

Esta semana, uma cliente, a meio de uma reunião e quando falávamos de pessoas altas, vira-se para mim e diz: “Eu nem acho a Mafalda uma mulher alta”, e aquilo soou-me estranho.
Não me acha alta? Como assim não me acha alta? 1,74 de altura numa mulher não é considerado alto? Bem sei que não sou nenhuma viga nórdica, muito loura, muito alta e muito magra, mas caramba, para a média da mulher portuguesa, até vejo por cima da cabeça de muita gente…  e a verdade é que sempre gostei!
Hoje, uma colega vira-se para mim e diz-me: “Estás alta! Estás de saltos?” (quando eu tenho calçado umas sandálias rasas sem terem, sequer, um mísero centímetro de sola.)
Então mas afinal, no que é que ficamos?

quinta-feira, julho 04, 2013

episódios da vida de uma divorciada #2


Tenho saudades, mesmo muitas saudades de ser surpreendida.
E mimada.
Preciso de pequenos apontamentos e “mimimis” constantes para me sentir segura, feliz e confiante.
(Nota-se muito que sou filha única?)

terça-feira, julho 02, 2013

ainda a propósito do post anterior...

... no dia em que recebo a dita cuja mensagem do "amo-te, tanto, tanto", que não me era dirigida, apercebo-me que hoje é dia 2 de Julho, nem mais nem menos, a data em que me mudei novamente para Lisboa, deixando para trás uma vida que já não me preenchia.
 
Faz hoje 2 anos! (isn't it ironic?)
 
Há 2 anos que estou "by my own" e entre muitas lágrimas e algumas dificuldades, lá me tenho safado!
 
I can do it!

episódios da vida de uma divorciada


O meu ex-marido, depois de uma semana de férias em parte incerta, onde não ligou para saber da filha, hoje, a meio da manhã, enganou-se e, by the way, enviou para mim uma mensagem romântica onde eu não era a sua destinatária e onde se lia “amo-te tanto, tanto, tanto”, repetidamente.

Aquilo cheirou-me a esturro… e achei que ele o fez de propósito, só numa de me espicaçar, mas lá lhe devolvi a mensagem a dizer que se tinha enganado e para a próxima ter mais cuidado. Respondeu a desculpar-se, mas não sem antes dar a entender que eu não era “definitivamente” (palavra utilizada pelo próprio), a destinatária da mesma.

(como se eu não o soubesse já!)

Que ele tenha outra pessoa, epá, fantástico, mas dispenso estes joguinhos. Mesmo.

Acho tão, tão...  adolescente!