sábado, maio 31, 2008

rock in rio


Ok, confesso que ver a Amy Winehouse ao vivo foi uma grande desilusão e se tivesse comprado o bilhete só para ir vê-la, sentir-me-ia defraudada. Além de ter actuado com cerca de 45 minutos de atraso - e quando já toda a gente começava a pensar que a senhora não vinha - quando chegou, estava tão bêbada, drogada e sem voz, que mal se conseguia aguentar em pé, ou colocar sequer, o microfone no grampo de suporte... E a verdade é que pudemos ver uma Amy quase a estatelar-se em pleno palco diante de 90 mil pessoas, enquanto assassinava algumas das suas melhores músicas, saltando partes da letra, ou balbunciando coisas sem nexo ou que mal se entendiam. Confesso que houve alturas em que pensei que ela ia sair do palco e já não voltava, mas depois de meia dúzias de músicas e de ter pedido desculpa pelo atraso uma série de vezes, saiu à pressa, deixando-nos com Valérie (a minha música de eleição) a fechar, mas tão mal cantada, que achei tudo deprimente e triste, em vez de me sentir satisfeita por ouvi-la ao vivo.
Já mister Lenny Kravitzs foi a estrela da noite! Que som, que postura, que atitude e finalmente, que música! Isto sim, um concerto digno de registo, com um som brutal e uma voz espectacular. Para mim, que nunca o tinha visto ao vivo, fiquei rendida. Sempre gostei das músicas dele, mas não me sentir 'enganada' por aquilo que oiço no cd e aquele que vejo, é o 'top 5' da confiança que deposito num artista!
De resto, o Rock in Rio valeu pela experiência - foi a primeira vez que fui - e mesmo tendo ficado mais de 6 horas de pé, de ter sentido algumas pontadas na barriga, de ter suportado mares de gente a fazer de mim ponto de passagem, tudo correu bem. Hoje sinto-me cansada é certo, mas para dar a despedida dos concertos durante uns tempos, até foi nice. :D


sexta-feira, maio 30, 2008

com a casa às costas





















As nossas férias - que estão quase a terminar - têm-se pautado por um ritmo frenético, num lufa-lufa de idas e vindas à Ericeira, de pedidos de orçamentos, escolha de materiais e compras a pensar na reestruturação da casa. Resumindo, adiantámos muita coisa nesta última semana, mas foi tão cansativa, que quase que precisávamos de mais férias para descansar destas. Para já, conseguimos ter orçamento para as obras, assim como construtor e se tudo correr bem, arrancam já em Junho. Também já escolhemos as tintas com que vamos pintar a casa e as várias divisões, repensámos no novo design para a lareira da sala, mandámos fazer os móveis para as casas de banho e já escolhemos os materiais - chão e pedra para as paredes. Entretanto, os meus sogros já levaram tudo o que tinham lá em casa, incluindo mobílias, loiças e electrodomésticos. A casa está praticamente nua e pronta para receber uma nova cara. Também vimos creches e já fizemos uma pré-inscrição no Centro Social da Ericeira, apesar de já não haver vagas para o próximo ano lectivo!!! Ou seja, a criança ainda nem nasceu ou se sabe o sexo, mas já não há lugar para ela. Espero ter sorte e conseguir, através de alguma desistência, ser chamada. Também fomos a Mafra ver a creche da Santa Casa da Misericórdia. Tem muito bom aspecto, é ampla, novinha em folha e tem muito espaço para brincar. Gostei do que vi, apesar de me ter restringido apenas à zona da recepção e pouco mais. Tentámos fazer inscrição, mas pedem tantos documentos, que teremos de ter fotocópias de tudo e de mais alguma coisa, logo, teremos de lá voltar. Andámos igualmente às compras no Ikea a ver mobílias, e está decidido, o berço de barras brancas é de longe o meu favorito! É simples, bonito e prático e será a caminha que vamos comprar. Para completar a mobília, iremos escolher uma cómoda branca e um muda fraldas e está o quarto praticamente feito. Não necessitamos de guarda-fatos pois temos um armário enorme imbutido na parede que nos irá dar muito jeito, por isso, assim que saibamos o sexo da criança, começo a tratar do quartinho. O Ikea tem realmente coisas muito giras, práticas e em conta para as crianças, por isso, suspeito que vá lá comprar quase tudo! Desde o edredon, a lençóis e cortinados...
Acrescentámos ainda mais umas coisinhas ao nosso esparco enxoval, como uma toalha de banho (outra, já é a segunda), um casaquinho verde de manga comprida e capuz, assim como um conjuntinho turco de calça e camisolinha em tons de amarelo. Começo a sentir-me frustadíssima por não encontrar nada de jeito em tons 'neutros' e tudo se limitar à divisão entre azul e rosa, por isso, durante este mês, vou tentar conter-me e esperar pela segunda eco, que já está marcada para a última semana de Junho - altura em que saberemos o sexo- weeeeee :D
Ao contrário do que sucedia no primeiro trimestre, ultimamente sinto-me bastante bonita. Agora que a barriga já se começa a notar 'a sério', eu sinto-me mais confiante, mais de 'bem' com a minha gravidez e a ostentar visivelmente o meu orgulho. Dizem que o segundo trimestre é o melhor para as grávidas e eu, até ver, continuo a sentir-me óptima - apesar de nesta semana ter sentido algumas dores -, mas suspeito que terá sido por causa deste ritmo alucinado em que vivo e em que nem grávida, páro um segundo.
Seja como for, ontem fui à médica e está tudo bem. Voltei a ouvir o coraçãozinho frenético da 'fumiga' e fiquei mais descansada (porque isto de não saber se a criança está bem ou não, e de ainda não a sentir, chega a ser um pouco aflitivo).
Hoje fui também à consulta materna no centro de saúde... Ora, tal como eu suspeitava, as senhoras enfermeiras começaram logo por dizer que eu 'não posso ser seguida no privado e no público' e que se até já exames tenho feitos, não compreendiam o que estava ali a fazer, uma vez que sou uma utente sem médico de família e que só pode ir a consultas de recurso. Lá lhes expliquei que tinha uma doença de pele de origem cromossomática com 50% de hipóteses de transmissão fetal e que, como tal, gostaria que me encaminhassem para as consultas de risco da Maternidade Alfredo da Costa a fim de ser seguida. Depois de longas explicações - e de as senhoras nem sequer terem ouvido falar em 'ictiose' ou saberem soletrar a palavra - lá enviaram um fax para a maternidade dando ocorrência do meu caso. Agora é fazer figas e esperar que de lá me contactem, tendo o bom senso de me aceitar. (vamos ver, pensamento positivo é que é preciso!)
Hoje há ainda a registar a nossa ida ao Rock in Rio ver a muito decadente - mas senhora de uma grande voz -, Amy Winehouse!! weeeeee!! (isto é, se ela se aguentar em pé e se lembrar das músicas), assim como o Leny Kravitzs! Com o tempo a ameaçar chover, terei de ir bem agasalhada para não me constipar, esperando também, aguentar-me todas aquelas horas de pé, ao frio e se calhar, à chuva.
Outra surpresa boa do dia: o postal do Guernica de Picasso que a Ana me enviou pelo correio! Adorei linda, obrigado!! :D
Ainda bem que as minhas dicas sobre Madrid te foram úteis!!
Beijos a todos(as) e bom fim-de-semana*

segunda-feira, maio 26, 2008

16 semanas



















Hoje fazemos 16 semaninhas e chegámos à barreira dos 4 meses! weeeee :D
Até agora tem corrido tudo muito bem, apesar de nos últimos dias ter bastantes dores na zona do baixo ventre e de não fazer ideia se é um sintoma normal ou não. Como as dores não são sempre persistentes ou fortes, ainda não senti necessidade de ligar à minha médica - até porque esta 5ª feira tenho consulta - e na altura tiro algumas dúvidas. Também ando desejosa de saber o sexo do bebé e de que a médica me marque a próxima ecografia para saber se está tudo bem. Penso imensas vezes se ele estará bem e sempre que leio histórias de mães que perderam os seus bebés, fico sempre muito arrepiada e aflita... Como sucedeu este fim-de-semana, enquanto lia a reportagem da Cherie - mulher do ex primeiro-ministro inglês, Tony Blair, na revista Única do Expresso - e onde a mesma revela que na segunda eco, do segundo filho, aos 45 anos, o coração do feto tinha deixado de bater.
Pensamentos negativos à parte, a minha barriga (e eu) continua(mos) em franca expansão, apesar de dar por mim a pensar muitas vezes, que se nota 'pouco' que estou grávida e a desejar que a mesma se torne mais proeminente. (taras)
Este fim-de-semana foi ainda decisivo para a nossa mudança para a casa da Ericeira, com os meus sogros a virem cá abaixo e a levarem tudo o que lá tinham para cima. Claro que a minha sogra não estava propriamente bem disposta, apesar de nunca ter sido desagradável comigo, mas lá ia soltando uns, 'onde é que eu vou pôr tanta coisa?' Eu limitei-me a dizer que não queria quase nada do que eles lá tinham, desde loiças, a lençóis, a toalhas de banho, a móveis e a bibelôts... afinal, se a casa é nossa, eu não sou obrigada a viver com as coisas dela e, como tal, terão de levar tudo aquilo que não queremos e não nos faz falta. Trouxeram a carrinha - que foi cheia a abarrotar - mas ainda terão de regressar durante esta semana - provavelmente no próximo Sábado - para levar frigorífico, máquina de lavar roupa, mobília de quarto, cadeiras da sala e mais umas quantas tralhas que ainda por lá andam, nomedamente livros.
Como estava 'fria' comigo, não me perguntou uma única vez como é que eu andava, se me sentia bem, ou como tenho passado. Limitou-se a chamar-me de 'gordita' e pouco mais, tendo ainda dito numa conversa alusiva ao bebé 'tomara que ele venha mas é perfeito' - coisa que a mim me soou como se me estivesse a pôr o dedo na ferida por causa do meu problema de pele. Na altura percebi perfeitamente onde é que ela queria chegar com semelhante comentário, mas limitei-me a ficar calada e nem fiz qualquer tipo de reparo, mas se eventualmente o meu bebé nascer com o mesmo problema que eu e se esse tipo de observações forem feitas à minha frente ou ouvidas por mim, a coisa azeda forte e feio. Tenho perfeita noção de que este fim-de-semana o ambiente estava tão frio por causa do comportamento deles cá em casa a semana passada e das coisas que disseram em relação aos nossos móveis - de que devíamos era de vender tudo e ficar com os que estavam na Ericeira. Ora, como o filho lhes deve ter dito que não gostei da atitude, desta vez, limitaram-se a cumprir as ordens que lhes dávamos e a arrumar tudo aquilo que dizíamos 'não querer', com ela muitas vezes a insistir para eu ficar com toalhas de linho bordadas à mão e estatuetas da sagrada família e eu a dizer que não valia a pena e com ela a torcer o nariz...
Mas pronto, dentro dos possíveis, correu tudo bem e a coisa 'vai andando'.
Hoje, que estamos de férias, o C. levantou-se cedo e foi ao banco falar com o gerente de conta para pedirmos um empréstimo para obras e à tarde vai mostrar a casa ao construtor e pedir-lhe um orçamento tendo em conta aquilo que queremos fazer. (só espero que não seja estupidamente caro...) Temos ainda de durante esta semana escolher materiais para as casa de banho, mandar fazer os móveis, escolher loiças e torneiras e as cores das tintas - apesar de já termos uma ideia. Sinceramente, espero que até Julho - altura em que contamos mudarmo-nos - consigamos ter tudo pronto...
Entretanto comprei uma caixa enorme para ir guardando as roupinhas do bebé que vou comprando - pois não tenho espaço nos armários cá de casa para guardar mais nada e com a mudança nem vale a pena. Juntámos mais uns bodiezinhos brancos de manga comprida ao nosso 'espólio', meias, um gorro e outro brinquedo. A minha mãe deu a camisinha branca e as calcinhas collants e a coisa aos poucos, vai-se compondo.
Esta semana espero comprar mais.


sexta-feira, maio 23, 2008

menino ou menina?


















O feriado foi passado em família, apesar de a minha mãe me dar cabo dos nervos e de não saber falar de outra forma que não seja aos berros... O C. costuma dizer que parecemos uma família de italianos, pois é tudo muito expansivo, emotivo e acima de tudo, falamos todos muito alto, mas eu acho que nos últimos tempos assemelhamo-nos mais a uma família de doidos do que outra coisa. Também recebi os primeiros presentinhos - da minha mãe, claro - de roupa para o bebé, mas tudo muito simples. Uma blusinha para vestir por baixo de um casaquinho, umas calcinhas collants com pezinhos e umas meias, tudo branquinho, porque enquanto não se souber sexo, não há cá preferências. Também trouxe um babygrow que a minha amiga C. me deu na minha longínqua despedida de solteira e que pertenceu à minha querida 'sobrinha' Mafaldinha. É em turco e amarelinho e eu acho-o tão fofo, que vou mesmo vesti-lo à minha criança.
Entretanto, na minha ida às Caldas de ontem, aproveitei para ver correr todas as 'capelinhas' e visitar toda a gente. A minha tia Margarida e a minha avó estavam delirantes comigo, mas a minha avó estava ao rubro com o primeiro bisneto e fartou-se de falar da gravidez dela quando foi do meu pai, um rapazão que nasceu com 4.600kgs, de parto natural, em casa!!! (claro, naquele tempo, outra coisa não seria de esperar) Também me fez uma pergunta intrigante, virou-se para mim e disse: 'oh, tens a mão mascarrada' e eu nem percebi o que ela me queria dizer com aquilo e olhei para a mão que permaneceu exactamente na mesma posição em que se encontrava, ou seja, com as costas da mão viradas para cima. Foi então que a minha avó começou a rir descontroladamente e a dizer:'é um menino, é um menino' :-S
Segundo ela, se eu tivesse virado a mão ao contrário - ou seja, com a palma da mão para cima - seria uma menina, mas como deixei a mão normal, 'é menino'... fartámo-nos de rir, porque a verdade é que acho um piadão a estas teorias dos antigos e como é a minha avó dou-lhe o desconto! :D Apesar de toda a gente ao longo do dia quando me via dizer: 'vai ser uma menina', incluindo a minha mãe.
À parte de todas estas emoções, tive ainda oportunidade de matar o desejo que me atormentava há dias de bacalhau com natas e de arroz doce e vim para Lisboa completamente saciada! Hoje estou cansada pois passei a noite em branco - acho que as insónias começaram - mas só de saber que a partir das seis da tarde estarei de férias durante uma semaninha, longe daqui, fico logo outra!
Para todos os curiosos, aqui fica uma foto minha e da minha barriga em crescente expansão, tirada ontem, na casa dos meus pais.


terça-feira, maio 20, 2008

15 semanas



















Pronto, é verdade, mais umas roupitas. Nada de especial, trata-se apenas de 3 bodies porque a criança apesar de já ter 2 babygrows, uma chucha, um urso, uma fralda e uma toalha, pouco mais tem… e eu, enquanto o meu ordenado me permitir (e como ele já vai escasso este mês!!!) vou continuando a comprar coisinhas giras, úteis e a preços acessíveis. Talvez por isso recorra à Zippy mais do que nunca. Pronto, a minha criança vai ser uma ‘marca branca’, mas nem por isso menos ‘in’ que as outras. Depois há também a dificuldade acrescida de comprar coisas de enxoval para bebé sem se saber o sexo da criança – é difícil – e torna tudo mais complicado! Vimos coisinhas amorosas em rosa, em azul, mas depois como temos de ficar ali naquele intermédio de não ser carne nem peixe, acabamos por ir sempre para o branco ou para os amarelos, os verdes e os laranjas… o problema é quando não há nada de jeito nessas cores (porque eu sou uma gaja futura mãe esquisita). Seja como for, hoje em conversa com a minha mãe no messenger, mandei-lhe as fotos das roupinhas que já tenho e ela gostou de tudo, chegando mesmo a dizer que hoje à tarde já ia comprar umas coisinhas para o neto(a). (já lhe incuti o vício)
Decidi-me a comprar estes bodies, porque mesmo que seja menina, também veste azul e achei-os tão amorosos que não resisti! Também havia bodies cor-de-rosa, lindos de morrer, às bolas e com bonecos, mas consegui resistir à tentação… mais um mesito e talvez já possa controlar esta minha ansiedade.
De resto, acho que este fim-de-semana, enquanto estava deitada a vegetar no sofá, senti algo que me pareceu o bebé, mas depois fiquei na dúvida, porque lá está, não sei se aquilo que senti era um movimento do bebé ou não. A minha amiga C. disse-me que quando sentisse o bebé, ia parecer algo muito suave, como se fosse o toque de uma borboleta na nossa pele e quando eu senti ‘aquilo’, só me lembrei disso. Era algo muito suave, quase repentino e que não voltei a sentir novamente por mais que ande atenta.
Entretanto, por aqui no trabalho, as coisas acalmaram. Depois de uns burburinhos que andavam a circular de que eu ia sair da minha equipa de trabalho e passar para a outra, afinal, a mudança não foi assim tão radical e até me agradou. Para além das contas que já trabalhava, irei ficar com mais uma – que por sinal até já trabalhei em tempos. Entretanto a minha chefe, em conversa comigo, sondou-me e perguntou-me se eu estava a pensar trabalhar até ao final da gravidez, ou se ia meter baixa. Fiquei lixadíssima, porque é mesmo típico de pessoas manipuladoras e calculistas – não dá ponto sem nó a velhaca – e quando eu me preparava para meter baixa na próxima semana, ela faz-me aquela pergunta. Que timming perfeito! Por isso, como até ver as coisas agora estão mais calmas, vou aguardar mais uns meses e quando estiver com a barriga maior, então aí, meto baixa.
Mas por agora, cortou-me as asas…
E falta uma semanita para fazermos 4 meses. :D

sexta-feira, maio 16, 2008

money makes the world go round



















Agora que descobri o prazer de comprar coisas para o bebé não quero outra coisa! Ontem, aventurei-me na compra do primeiro peluche - um ursinho de um material muito maleável e fofo - que poderei colocar na caminha dele, na alcofa, enfim, que poderá ser o seu melhor amigo e dois babygrows, um verde com uns animais (que eu acho uma ternura) e outro às riscas cinzentas e brancas, ambos da C&A (que vende tudo bastante em conta). No dia anterior comprei ainda a primeira chucha - da Chicco e própria para recém-nascidos - e um prende chupeta de contas de madeira coloridas. Os que possuem bonecos de peluche são muito giros, mas toda a gente diz que ficam sujos rapidamente e que são uma fonte de bactéricas, por isso, decidi-me por este, mais simples e prático. Este fim-de-semana quero ver se vou com o paizão comprar mais umas coisitas, porque ele ainda não teve o prazer de comprar nada para o bebé e, apesar de tudo, também gosta de dar a sua opinião. (apesar de aprovar todas as minhas compras até á data, com excepção das meias brancas com o laço de cetim que já aqui referi...)
Hoje recebi ainda uma boa notícia logo pela manhã. A minha médica obstectra ligou-me a dizer que não há problema em antecipar a consulta de dia 30 de Maio, para dia 29 ao final do dia. Assim, dia 30, quando for ao centro de saúde para a consulta de saúde materna, já levo o papel a recomendar-me baixa e se Deus quiser, será meio caminho andado para mandar isto tudo para o espaço. Vamos ver como é que irão reagir por aqui (bem não será de certeza, but i just dont give a dam).
Também tivemos logo às 7h30 da manhã os meus sogros a baterem-nos à porta com mais um carregamento de comida... e muitas ideias já concebidas (na cabeça deles, claro está) da nossa ida para a Ericeira. Isso irritou-me solenemente e foi o suficiente para me deixar mal humorada o resto do dia. Partiram do princípio de que não levaríamos mobílias nenhumas da nossa casa actual de Lisboa para a casa da Ericeira - que já se encontra em parte mobilada - e que, como tal, quando vendessemos a casa, venderíamos igualmente as mobílias. Aquilo irritou-me! Primeiro porque as mobílias que temos são nossas, fomos nós que as comprámos com o nosso dinheiro, do nosso bolso e foram escolhidas por ambos (esta parte convém frisar), segundo, porque as mobílias da Ericeira não têm nada a ver comigo, não foram escolhidas por mim e não fazem parte dos meus gostos. Claro que nem tudo é mau e há coisas que vão ficar, mas esta prepotência de 'agora vendem isto', como se tivessemos uns cacos que não valem um peido (desculpem-me a expressão) e aquela atitude de 'nós é que sabemos', foi o suficiente para me deixar a bílis logo a expelir fel o resto do dia. Para ajudar à festa, percebi, durante a conversa, de que não fazem ainda a menor ideia de que vão ter de levar a mobília do quarto deles para cima, porque ali vai ser o quarto do bebé. O meu marido, ainda não ganhou coragem para o dizer aos pais, apesar de eu já ter repetido o assunto até à exaustão e mais uma vez, fico eu - a má da fita, a respondona - com a batata quente na mão e no papel de 'nora que expulsa os sogros'.
Enfim, fiquei bastante irritada, o que nos dias que correm é o bastante para me deixar com um mau feitio 'daqueles' e como se não bastasse, irrita-me solenemente, as colegas de trabalho todas darem 'palpites e opinanços' sobre A) as compras que devo fazer, B) a escolha dos nomes, C) o facto de ir morar para a Ericeira, D) se tenho uma ou duas médicas, and so on...
Será que as pessoas não vêm que não têm absolutamente nada a ver com o assunto, nem tão pouco, com a minha vida? Se não gostam do nome, limitem-se a pensar e não a dizê-lo, a escolha é minha e quem vai ter um filho sou eu, não elas, quem prepara um enxoval sou eu, não elas e quem paga as contas lá de casa e gere a logística financeira da mesma sou eu, não elas, então mais lhes valia irem dar uma volta ao bilhar grande mais as suas teorias e comentários da treta...
Sinceramente, ando sem qualquer pingo de paciência para gente parva, mas infelizmente, estou rodeada dela por todos os lados.

quarta-feira, maio 14, 2008

o início


















Ontem fiz as minhas primeiras comprinhas (simbólicas, muito simbólicas) para o bebé. Como ainda não sei o sexo, resisto à tentação de comprar roupa, mas confesso que já me sentia um pouco ‘mãe desnaturada’ por não ter sequer, uma simples chucha. Como estava um pouco aborrecida e desanimada, à hora do almoço, enfiei-me no Vasco da Gama e comprei uma fraldinha com bordado inglês, para pôr por cima do carrinho, do ovinho, da alcofa, etc., quando o bebé quiser dormir, ou quando quisermos sair, para termos uma coisita mais apresentável. Comprei também uma toalha de banho turca, debruada a verde e com o boneco de uma girafa. É engraçada e tanto dá para menina como para menino, por isso, tentei ser o mais imparcial possível. Para rematar o leque de coisas ‘simbólicas’ do enxoval da minha criança, comprei uma meias, brancas (pois claro), apesar de haver em azul e em rosa, com um lacinho de cetim. O C. não achou muita piada à parte do laço, porque se for menino, acha aquilo um pouco afeminado, mas eu acho que é giro. Os bebés quando são recém-nascidos usam estas coisas e não somente babygrows e jardineiras. (mal sabe ele que mesmo que seja rapaz, eu quero lhe comprar um coeiro!)
E pronto, nestas 'míseras' peças gastei 25 euros... vai ser lindo durante estes restantes meses! Vou ficar depenadíssima!

terça-feira, maio 13, 2008


















Ontem levantei-me super cedo. Mas depois de uma noite mal dormida, nem custou assim tanto. Acho que a seguir à fase do sono ‘in extremis’, estou a passar para a fase ‘insónia’, que convenhamos, vem um bocadinho cedo demais. Lá fui até ao centro de saúde para falar com a senhora enfermeira e para que a mesma me marcasse consulta. Lá consegui para dia 30 de Maio, às 11h30, sendo que à tarde, terei igualmente consulta com a minha médica obstectra, mas desta vez, no particular. Vou tentar que ela antecipe esta consulta, para que, quando for ao centro de saúde, já leve o seu papel de recomendação de baixa. Confesso que não vejo a hora de tratar disto! Mas a verdade é que já falta pouco, pois daqui a duas semanas estarei de férias e nessa altura, vou mexer os cordelinhos nesse sentido.
Entretanto, por aqui no trabalho, o início da semana foi calmo, em parte porque a minha chefe tem o marido internado e não veio ontem, nem hoje. (oh que chatice) Daí tudo ter estado tão calmo e eu andar relativamente serena. Amanhã, o cenário já mudará de figura e muito provavelmente será o dia em que a tal fatídica reunião provavelmente ocorrerá. Sinceramente, já me estou a borrifar. Ela que me tire da equipa se assim o entender, que me despromova, que me tente pôr na prateleira, whatever.
Só espero é que a médica do centro de saúde seja boa pessoa e não embirre com o facto de lhe pedir baixa. Há médicas que quando não conhecem as utentes se mostram relutantes e implicativas, mas vamos ver o que me espera. Além disso, também tenho receio que a senhora embirre com o facto de ser seguida por uma particular e, tal como o médico anterior, queira que eu opte por ‘um dos dois’, mas vamos ver o que me diz. Além de tudo isto, já sei que o hospital que corresponde á minha área de residência é a Maternidade Alfredo da Costa, o que de certa forma me agrada pois caso algo corra mal, é dos melhores hospitais de Lisboa para os cuidados neonatais, com uma área completamente especializada e devidamente equipada para prestar auxílio caso o bebé nasça com algum problema. Isso de certa forma tranquiliza-me. Claro que não terei o conforto de uma CUF, mas neste caso é em prol da saúde dele e acho que é melhor assim. Irei ocultar o facto de que vou mudar de casa e que irei viver para a Ericeira, pois se o fizer, perderei direito às consultas no centro de saúde (depois de tamanha batalha por um médico) e serei logo recambiada para outro hospital - talvez o de Torres Vedras - que não me convém nadinha, por isso, vou ficar de boca calada, até porque, para todos os efeitos, ainda vivo em Lisboa e a casa ainda é nossa sem perspectivas de venda à vista.
Entretanto ando com desejos de comer ameixas. As ameixas amarelas e suculentas que todos os anos os meus sogros têm aos pontapés, aos baldes e caixotes e que são simplesmente maravilhosas. Acreditem que só de falar nisso já me sinto a salivar. Também ando a contar os dias para ir de férias. Dias úteis de trabalho faltam 7. Há que ter paciência de santa e acreditar que quando regressar, será para ir para casa outra vez.

domingo, maio 11, 2008

rescaldo da semana


















Não tenho vivido um início de gravidez tranquilo e particularmente feliz. Parece quase um contrasenso, uma pessoa desejar tanto engravidar, ter um filho, sentir-se no papel de mãe, para depois, quando se vê efectivamente nessa situação, não conseguir estar a 100%. Eu sinto-me assim. Ando angustiada, nervosa, quase deprimida, confesso que tenho dias em que só me apetece chorar. Tudo em grande parte devido à situação e ao clima que vivo no meu trabalho. Na sexta-feira, decidi pôr um dia de férias para ir até ao centro de saúde tratar do médico de família. Infelizmente, como sou uma das várias centenas de utentes 'sem médico', tive de ir para uma consulta de recurso e ser atendida por um médico que nunca vi nem mais gordo ou mais magro. Se eu já não gostava do serviço nacional de saúde, passei a odiá-lo. Na sexta-feira, estive a maior parte do meu dia enfiada no centro, para ter a simples sorte de conseguir ser a utente 'número dois' e o direito a uma consulta, quando só haviam seis senhas e a sala se encontrava cheia de gente que após horas de espera, se viu assim privada de assistência médica... Após mais umas quantas horas e de o médico em questão ter chegado atrasadíssimo e de nem uma simples bata branca ter vestida, lá entrei para o consultório para lhe dizer que necessitava de passar a ser vista pelas consultas de saúde materna do centro e que, como tal, necessitava que o mesmo me encaminhasse para lá, dando-me igualmente a isenção a que tenho direito. Levei todos os exames, análises e eco que fiz até à data, além da minha caderneta de grávida, para que o 'sô doutor' retirasse informações minhas, mas pelos vistos, o médico que tinha à frente era tão mentecapto, que olhou para tudo aquilo como um burro para um palácio, não sabendo sequer, procurar a informação das consultas de obstetrícia a que já fui, na caderneta da grávida... Com tudo isto, depois de horas de espera, cheia de fome - pois ainda nem tinha almoçado e já eram quatro da tarde - o meu mau feitio hormonal estava ao rubro e a minha paciência nos limites. Aparentemente, fez muita confusão ao dito médico, eu já ter exames feitos - algo normal, quando já se tem quase 14 semanas de gestação, não?! (coisa que aliás, ele nem perguntou!) - e implicou pelo facto de eu ser vista no sector privado, dizendo-me que, 'Ou era vista pelo sector privado ou pelo público, não havia escolha'. Isto deixou-me a meio caminho do enfurecimento, pois toda a grávida pode ser vista pela sua médica do sector privado e ser seguida igualmente pelo público, além de que, num caso de gravidez, necessitarei sempre de ter a parceria do público, pois se quero ter a criança num hospital do estado, são eles que me têm de encaminhar para lá. Mas não, com este médico não havia meio termo. Só para o calar, disse que sim, que iria desistir de ser vista pela minha médica - yeah, right - para que ele me passasse o dito papel e saísse dali quanto antes. Mas a coisa explodiu quando ele me pede a 'análise de gravidez'. Eu, mostrei-lhe as análises que fiz após a primeira consulta de obstetrícia, mas ele continuava a insistir: 'não, não é isto', atirando-me o papel como quem afasta uma doença. Mostrei-lhe então o rastreio de sangue e a reacção foi igual. Ele repetiu: 'a análise de gravidez, a análise que diz que você está grávida'. Nessa altura, explodi. Não tenho, nem nunca tive, uma análise que diga 'estou grávida' e perguntei-lhe se as análises de sangue que tinha, a caderneta da grávida, o rastreio de sangue e a eco não eram suficientes. A única coisa que tinha, comprovativa que estou grávida - para além de uma barriga de 13 semanas - era o teste de urina caseiro que tinha feito em casa, era isso, que ele queria que eu levasse para a consulta? E sabem o que ele disse? 'Escute, eu não estou a duvidar que está grávida (eu ia-me passando com esta resposta), mas que sim, que se calhar, deveria ter trazido o teste de urina!' Confesso que aqui, só tive vontade de me atirar ao pescoço do homem e espancá-lo até à exaustão! (ando muito agressiva, eu sei), mas se isto era resposta para um médico dar, então, até uma criança de cinco anos, se calhar, teria maior discernimento. Lá se conformou com a eco que levava e passou a dita isenção, encaminhando-me para a consulta de saúde materna, que teria de ir marcar a outro centro de saúde (este em frente à minha casa). Saí dali a espumar da boca, farta por ter tirado um dia e não ter conseguido tratar de nada, enervada e esfomeada. Dirigi-me então ao outro centro, para marcar a consulta de saúde materna, mas como já passava das quatro da tarde, já ninguém se encontrava e mandaram-me regressar segunda-feira, às oito da manhã...
Amanhã terei então, de levantar-me quando as galinhas para ir falar com a senhora enfermeira do centro, para que a mesma, decida então (e não médica, esta parte convém frisar) se me aceita (ponto número 1) e se me marca um dia para ir à consulta (ponto número 2). E é com este belo panorama em mente que me deparo, tudo para conseguir ter uma médica do serviço nacional de saúde que me encaminhe para o hospital da estefânea ou para a maternidade alfredo da costa para ir ter a criança, e que me passe uma baixa para conseguir estar em casa e ver se me acalmo com tudo e com todos.
Como se não bastasse, na quinta-feira passada tivemos uma inundação em casa. De manhã quando acordámos, não havia água e fomos os dois trabalhar, sem ter noção de que tínhamos deixado a torneira da cozinha completamente aberta no máximo... a água apareceu no prédio por volta da uma da tarde, altura em que começou a correr com toda a força e nos inundou a cozinha num abrir e fechar de olhos. A água passou ainda para os andares de baixo, chegando à casa da vizinha do primeiro andar e do rés-do-chão. A nossa sorte, foi que um dos nossos vizinhos veio a casa almoçar e mais sorte ainda, é canalizador, tendo fechado imediatamente a torneira de segurança do prédio. Não temos por isso noção de quanto tempo a torneira esteve aberta, se 15 minutos, ou meia hora, mas foi o suficiente para fazer estragos. Nesse dia, eu cheguei a casa à uma da manhã e o C. à meia noite e meia. Foi ele que se deparou com o cenário dantesco da nossa casa. A cozinha e o escritório completamente inundados, água por todo o lado, tudo sujo do barro lamacento que saiu das primeiras golfadas de água que foram expelidas... a tragédia podia ter sido bem maior se não fosse o facto de o nosso vizinho nos ter salvo! Às horas a que chegámos a casa do trabalho nesse dia, certamente nos iríamos deparar com bombeiros e polícia, porta arrombada e estragos incalculáveis... Entretanto tudo voltou à normalidade e já avisámos o seguro, que mandará um perito fazer uma avaliação. Para azar dos nossos azares, agora temos a intragável velha do primeiro esquerdo e atazanar-nos a vida e a vir bater-nos à porta a queixar-se do 'chão', já com a fisgada, de lhe pagarmos as obras. O chão dela não há-de estar em pior estado que o meu, que até ver, está completamente normal! Por isso, se ela me vier novamente chatear o juízo como fez ontem, quem lhe canta a cantiga do bandido sou eu! Isto numa altura em que temos a casa à venda e a queremos despachar rápido, não podia ter escolhido pior timming...
Para a minha semana começar bem, amanhã espera-me uma reunião com a minha 'querida' chefe, que pelo que já percebi, me quer 'despromover' e retirar-me da equipa dela, passando-me para outra... Ora, isto até podia ser bom, o de não ter de ficar mais sob a alçada dela e passar a fazer outro tipo de trabalho, acontece que as contas da outra equipa, não têm nada a ver comigo, não são da área beauty - que é a que eu trabalho e na qual tenho prática e experiência - e sinceramente, ando farta destas jogadas de bastidores, nas quais ela é tão perita e que agora, que estou grávida, são uma óptima forma para me passar um atestado de estupidez ou ineficiência aos olhos da direcção, mas também de me tramar bem tramada. Pode ser que me engane, mas sinceramente, sei que é isso que vai acontecer, pois não só conheço a 'peça' com quem trabalho, como já me venho apercebendo de que tudo caminha nesse sentido há algum tempo. Resta-me esperar pela confirmação da minha, quase sempre certeira, intuição...



terça-feira, maio 06, 2008



















Ontem lá fui à médica mostrar os resultados da eco e o rastreio de sangue para as despistagens das trissomias 13, 18 e 21. Tudo ‘fine’, valores normais, risco praticamente inexistente, tensão arterial ‘au point’ e batimentos cardíacos do bebé a bom ritmo. Claro que saber que está tudo bem me tranquiliza e muito e sempre que tenho oportunidade de ouvir aquele minúsculo coraçãozinho a bater como uma locomotiva desenfreada, constato que afinal é verdade, ele existe mesmo e não é apenas um conceito ‘abstracto’ ou fruto da minha imaginação (já que a maior parte das vezes é isso que me parece).
Queixei-me do meu ambiente de trabalho, dos nervos e do stress e a médica disse que é impressionante a quantidade de grávidas que se queixa do mesmo. Que a partir do momento em que comunicam nos seus locais de trabalho de que estão grávidas, a coisa muda de figura e começa o martírio da perseguição psicológica. Disse-me para tratar do médico de família – que não tenho – porque assim que tiver, que ela (minha médica) é a primeira a passar as recomendações para que me mandem para casa de baixa, com gravidez de risco, de forma a que possa receber a 100%. Dia 30 de Maio regresso ao consultório e espero até lá, já ter estas coisas tratadas. Também lhe perguntei se dáva consultas em hospital público, mas a resposta foi negativa. Cada vez mais me convenço, de que o ideal é ir para um público e não pagar um tostão, do que optar pelo privado e ter um rombo na conta bancária caso algo corra mal. Tenho mesmo que ir ao meu centro de saúde e saber qual é o hospital que compete à minha área de residência, para começar a ir às consultas e a ser seguida por lá. De resto, engordei mais um quilito! E ontem uma colega disse-me: ‘Estás mesmo com cara de grávida’. Confesso que sinto uma aspereza muito grande no meu local de trabalho em relação à minha situação. É um pouco como se quisesse ser mais apaparicada e toda a gente se mostra indiferente à minha presença. Por mais que tente não dar importância este tipo de coisas magoa-me. Porque penso: ‘será que sou assim tão intragável para não despertar nenhum tipo de simpatias, ou o problema não sou eu, mas os outros?’ Sinceramente, confesso que não sei a resposta. Há dias em que me sinto carente de afectos da parte de terceiros. Hoje é um deles.

p.s. - Enviei a sinopse das minhas duas obras infantis para outra editora. Não desisto do sonho...

domingo, maio 04, 2008

dia da mãe


















Este fds fomos até à Ericeira. Aproveitámos para tirar medidas, ver bem a casa, pensar onde vamos pôr o quê, e tratar das reestruturações e obras que temos planeadas. Para começar, temos de despejar o apartamento com imensa coisa que lá está e que não é minha, nem do C., mas sim da mãe dele. (vai ser uma guerra, eu sei, mas venha ela) Também vimos as casas de banho e tirámos ideias - é que ambas as casas de banho vão ter de ser partidas e refeitas -porque a verdade é que são pavorosas e têm uns móveis de lavatório que não lembram nem ao menino Jesus, em mármore, e eu já me estou a ver nas minhas casas de banho com móveis em madeira e com paredes em pastilha. Para economizar os recursos, decidimos que numa das casas de banho iremos manter os azulejos (que são brancos com uma única tira a preto) e que assim, apenas mudamos o chão - colocando mosaico preto - e mandamos fazer o móvel do lavatório, substituindo também torneiras, sanita e bidé e colocando uma porta de acrílico na banheira. A outra casa de banho - a do nosso quarto - é que terá de ser toda partidinha, pois tem uns azulejos pintados simplesmente horríveis e eu recuso-me a ficar com ela assim. Fora isso, também andámos a ver o que podemos fazer ao nível das pinturas pela casa. Decidimos pintar uma das paredes da sala de castanho - já vi em várias revistas de decoração e acho que fica lindo - assim como a parede da lareira da mesma cor. Acho que o castanho vai combinar com o laranja do nosso sofá e com a cor da madeira dos móveis, tornando tudo acolhedor. O quarto que é actualmente dos meus sogros terá que desaparecer (oh que pena!) e a mobília, uma cama enorme, duas mesas de cabeceira e uma cómoda, levada para a terra. Já sei que vão espernear e tentar demover-me da ideia, mas eu não vou vacilar, ali, vai ser o quarto do bebé e já está mais que decidido entre mim e o C., dependendo do sexo da criança, logo decidimos se pintamos o quarto em tons de azul, ou rosa. No nosso quarto, que é bastante grande, estamos tentados a pôr papel decorativo na parede que nos serve de cabeceira à cama e provavelmente, teremos de comprar mais uns quantos móveis, inclusive um camiseiro ou cómoda, porque não sei onde vou pôr tanta roupa e calçado meu. Temos uma parte tipo closet, mas tenho de a 'estudar' bem e ver como a posso rentabilizar ao máximo. O terceiro quarto será uma espécie de 'quarto/escritório'. Como é bastante amplo, podemos colocar a cama onde dormimos actualmente - que é estilo japonês - e colocar também as coisas que temos no nosso escritório em Lisboa. Assim, teremos sempre uma cama para receber visitas e um sítio onde podemos ter os nossos computadores quando necessitarmos de trabalhar. Há ainda uma terceira casa de banho, mais pequena e de cariz social - que fica perto da sala - e que como tal, nem se justifica mexer. Os azulejos também são brancos com uma simples barra amarela, por isso, nada que justifique gastar-se dinheiro com mais obras. A cozinha é em tons de branco e cinza. Inicialmente tínhamos pensado em comprar uma cozinha no Ikea, moderna e em vermelho, mas sinceramente, acho que por enquanto, aquela está óptima e actual. Vamos sim comprar um dispenseiro para termos mais arrumação e umas prateleiras para pôr na parede. Já tenho umas ideias para decorá-la e ficar 'au point'. No hall de entrada, que é enorme, vamos pôr o nosso aparador e comprar uma pequena mesa redonda para colocar ao meio, assim como um candeeiro grande e vistoso para ficar pendente do tecto sobre a mesma. Acho que no final, a casa vai ficar gira e eu confesso que já começo a ficar super entusiasmada com a ideia de vir aí outro 'desafio' bem ao meu género!
Aos poucos vou-me habituando à ideia de mudar de cidade e aprendendo a apreciar cada recanto e beleza da vila. Vai ser uma verdadeira prova para mim, habituada que estou a viver em Lisboa, mudar radicalmente de vida, de ritmo, ter de fazer cerca de 80 kms diários para chegar ao trabalho e vir para casa, estar longe dos meus amigos e mal os ver... mas aos poucos, vou sendo mais receptiva e tolerante. Vem aí uma causa maior e acho que isso, só por si, vale a pena todos os sacrifícios que tenha que fazer.
Aproveitámos ainda para passear bastante a pé e comer peixinho grelhado. Os dias estiveram agradáveis e apesar de hoje estar mais frio, andáva-se bem na rua. No final deste mês de Maio temos uma semana de férias e queremos começar a fazer as primeiras mudanças, a levar coisas, a pintar e a organizar tudo. Está no entanto difícil conseguir arranjar pedreiros e pintores. Pedi ajuda ao meu pai que conhece meio mundo, mas o problema é que ninguém das Caldas quer ir fazer o serviço à Ericeira, por considerarem longe e fora de mão, o que nos dificulta a vida... Vamos tentar contactar o empreiteiro da casa e ver se ele nos pode dar uma ajuda nesse sentido, caso contrário, não sei como vamos fazer isto.
Hoje, dia da mãe, decidi ligar à minha, apesar da zanga que tivemos durante a semana. Falámos bem e ela pareceu pôr a discussão para trás das costas. Pareceu-me inclusive um pouco 'chocha', mas ao menos não ficou um mês sem me falar como às vezes faz...
Quanto ao resto, amanhã vou à consulta de obsterícia mostrar o resultado da eco, apesar de ainda não ter o resultado do rastreio de sangue pronto! Isto, mete-se um feriado pela semana e Portugal inteiro pára para férias...
Confesso que só de pensar que amanhã tenho de regressar ao trabalho, revolta-me as tripas... Ando com uma aversão imensa a todo aquele sítio, a toda aquela gente. E nem mesmo pensando em 'um dia de cada vez', ou tentando concentrar-me só no meu bem estar e no bem-estar do bebé, consigo superar. É difícil quando nos sentimos rodeadas de más energias por todo o lado...
A minha chefe, desde que sabe que estou grávida, mal me fala, e quando o faz, é apenas para me criticar ao máximo. Eu sei que ela na verdade está roidíssima de inveja por eu estar grávida, quando ela é que passava a vida a apregoar que em 2008 era ela, que ia engravidar... Como eu me 'adiantei', ela agora, abomina-me e quase me fulmina com os olhos. É uma sensação bastante desconfortável por mais que tente ignorá-la, porque a verdade é que me apercebo esino-me sempre bastante stressada e incomodada por ela. Acho que ninguém gosta de trabalhar num local onde não se sinta bem e neste momento, eu sinto-me assim: desconfortável.
Mas por agora, enquanto ainda restam algumas horas deste meu prazeiteiro Domingo, nem vale a pena sofrer por antecipação. Amanhã é um outro dia e hoje, só me resta desejar, um feliz dia da Mãe a todas as mamãs deste Mundo.