domingo, outubro 24, 2010

Porque tenho de ser sempre tão complicada e insatisfeita? Confesso que estas características da minha personalidade me irritam solenemente.
E lidar com elas todos os dias não é pêra doce.

terça-feira, setembro 28, 2010

afinal nem tudo são coisas más


E pronto, para quebrar as bad vibes que assolam este blogue, eis que a semana passada tive uma boa notícia - afinal sempre vou a Paris! Weeeeeeeeeee - e mais do que isso, vou 3 diazinhos para um Eco Resort, na Bretanha Francesa, com tudo pago, a trabalho, mas que será apenas e só para estar de papo para o ar, comer bem, dormir ainda melhor e recuperar energias. E é já em Outubro, numa espécie de prenda de aniversário antecipada.
Afinal, o universo foi solidário comigo :)

quarta-feira, setembro 22, 2010

São 3h00 da manhã e eu não durmo. Esta semana tem sido assim.
Acordo a meio da noite e fico às voltas na cama a pensar em trabalho e mais trabalho e mais trabalho e dormir que é bom, nada.
Como se a privasão de sono não fosse por si só algo grave e que me deixa perturbada, hoje - ou melhor, ontem, uma vez que é de madrugada - tive um diazinho bera mas bera no respectivo trabalho, com reuniões atrás de reuniões e um volume imenso de coisas para despachar e sem ninguém a quem recorrer para além de mim mesma. Saí tarde, cheguei a casa mais tarde ainda, vejo a minha filha, em média, uns 45 minutos por dia - ou 1h30 - se tiver sorte.
Não lhe dou banho, não brinco com ela, não a vejo de manhã, não a vejo jantar, não a acompanho à escola. Sou, neste momento, uma mãe quase ausente, por isso, não é de estranhar que na hora de a deitar ela chame é pelo pai e não por mim.
Para culminar todo este dia 'horribilis', quando preparo um leite e uma sandes para me servir de "jantar" às 22h30 da noite, eis que na primeira trinca parto o dente da frente, assim, sem pré-aviso, sem estar minimamente à espera, logo hoje, num dia tão bera em que já me sinto um caco velho e decrépito.
Desato a chorar compulsivamente como uma criança assustada, ele tenta ajudar-me e dar-me apoio por me ver tão desesperada, mas a verdade é que não há nada que possa fazer por mim. Pela cabeça passam-me todo o tipo de coisas, mas, acima de tudo, de que a continuar assim, não sei para onde vou.
Entretanto, continuo sem sono, acordada, desdentada, estou na sala agarrada ao computador enquanto toda a casa dorme e são 3h22 da manhã.
Daqui a 3 horas tenho de 'estar de pé' e procurar um dentista.

segunda-feira, setembro 20, 2010

everthing is in your head

O que fazer quando acordamos às 4h30 da manhã e não conseguimos dormir mais porque, na nossa triste e miserável cabeça, só nos assolam à mente pensamentos de coisas pendentes para fazer no escritório, tais como: listas de prioridades, relatórios semanais, eventos para organizar, mails a clientes para responder, orçamentos para fazer, relatórios de clipping, números de notícias publicadas e afins.
Contam-se carneiros? Não.
Vira-se para um lado e para o outro e fecham-se os olhos com força a ver se o sono vem mais depressa? Também.
Salta-se da cama muiiittooooo mais cedo do que o previsto? Pois... talvez, mas nem mesmo assim esta angústia e agonia passam.
E eis que começa mais uma semana.

domingo, setembro 19, 2010

crises

Estivemos mais de uma semana chateados. Mas chateados a sério, como nunca tínhamos estado antes. Pouco falávamos para além do 'bom dia', 'boa noite', 'olá' e pouco mais. Tirando isso, o silêncio, a indiferença, a Madalena como o nosso único ponto em comum.
Prestes a fazer 5 anos de casados, atravessamos o ano de todas as crises.
Ontem fizemos as pazes, estamos 'bem', mas eu, que sou um ser complicadinho por natureza, questiono-me e pergunto-me 'quanto tempo durará o estado de graça'.
Viver um dia de cada vez. Um dia de cada vez.

quarta-feira, setembro 08, 2010

Nunca o tema "morte" mexeu tanto comigo como ultimamente. Nunca tomei tanta consciência da "morte" e daquilo que ela significa: a ausência, para sempre, de uma pessoa que amamos, como agora. Nunca tive tanto medo de morrer ou de perder aqueles que amo, como agora. Nunca me senti tão vulnerável e na corda bamba da vida, como agora.
Principalmente quando, num dia igual a tantos outros, na rotina das nossas pequenas vidas de casa-trabalho-trabalho-casa, de repente, no mais pequeno segundo, o telefone toca e tudo muda. Toda a nossa vida muda, tudo perde sentido e todas aquelas coisas de que sempre nos queixámos e dávamos por adquiridas, nos fazem falta e fazem todo o sentido.
Hoje, num desses dias igual a todos os outros, o telefone tocou e uma má notícia do outro lado surgiu. A vida mudou. A vida de pessoas que conhecia terminou. A vida dos que cá ficaram mudou para sempre. A vida, tão pequena e vulnerável, parece-me sempre demasiado curta para nos ser tirada. Principalmente assim.

terça-feira, setembro 07, 2010

Paris por um canudo

Afinal... Paris a quatro, com passagem por Amesterdão, já era! A minha amiga e o marido não podem. Tese de mestrado para terminar, incompatibilidade de horários, casamento em Itália pelo meio, muito trabalho da minha parte, da parte do Carlos, and so on e as datas disponivéis apontavam só lá para a segunda metade de Dezembro, o que dada a proximidade do Natal, é para esquecer.
Como tal, resta-me esperar que um qualquer raio de sol seja solidário com o meu desejo e me leve a Paris, ainda este ano, como por magia.
(algo que me parece difícil...)

sexta-feira, setembro 03, 2010

...

A Madalena regressou a casa depois de duas semanas e meia com os avós. A primeira semana correu bem, a segunda já mostrou de que garra é feita - dando 'ares de sua graça' com mega birras no super, na rua e por aí fora - e na terceira semana virou um 'pequeno monstro'.
Quando chegou a casa vibrou de alegria. Não tenho dúvidas de que parte do seu comportamento 'desviante' era provocado pela nossa ausência e saudades, quer dos pais, quer da sua própria casa, mas a verdade é que a minha filha atravessa uma fase complicada que me deixa sem saber muito bem como reagir.
O regresso à escola foi pacifíco. Nunca pensei que pudesse ter sido tão bom e calmo e isso, em parte, fez com que ficasse mais descansada. Não houve choros nem birras, o que acabou por me deixar relaxada e até feliz, o resto da semana. No fundo, acho que ela também já tinha saudades da escola, da educadora e dos outros meninos e coleguinhas, pois apesar de ter mudado de sala e ter uma pessoa nova na equipa que a irá acompanhar, quando viu a educadora, agarrou-se ao pescoço dela, trepou-lhe para o colo e deu-lhe beijos - coisa que comigo - muitas vezes, não faz.
Ciumeiras à parte, o que me anda mesmo a deixar com os nervos em franja é o mau feitio da rapariga. A minha mãe, que sempre disse que eu tinha 'uma filha santa', depois de quase 3 semanas com ela já lhe reconhece os defeitos e dá razão às minhas queixas. Ela não verga! É mais teimosa que uma mula velha e agora tem uma mania terrível quando é contrariada: guinchar.
Confesso que quando ela guincha a plenos pulmões e se atira para o chão numa das suas muitas birras, só tenho vontade de a encher de palmadas. É que não suporto crianças birrentas e mal comportadas, mas claro, como sempre, cuspi para o ar e tinha de me calhar uma que vale por 500 miúdos assim...
Isto faz com que sempre que saímos com ela para ir a algum lado o drama e os nervos se instalem. Sempre que a menina é contrariada, seja o que for, abre a boca e guincha. Guincha, guincha e guincha. E não adianta dar-lhe palmadas, ralhar ou mostrar desagrado, porque o efeito é aumentado. Como se aquele pequeno ser com menos de um metro, tivesse ligada a um megafone. A juntar à festa, tem ainda ataques de puro mau feitio, ou seja, não adianta ela já me estar a fazer uma fita de todo o tamanho, a envergonhar-nos a cara até ao sétimo céu, não satisfeita com isso, ainda manda e resoira com tudo o que apanha à frente, para o chão... do prato da comida, ao biberão da água ou à chucha, tudo o que apanha vai pelos ares.
O resultado? Uma valente chapada na mão, sempre, mas nem mesmo assim ela aprende ou deixa de o fazer/repetir numa próxima oportunidade.
Este comportamento, estes ataques de mau feitio, de faltas de respeito, de total ignorância dos meus apelos como mãe e educadora, faz com que esteja a passar por um período em relação à minha filha, que me faz duvidar quer de mim mesma, quer do amor que sinto por ela.
Não é fácil lidar com uma criança assim, impaciente, intransigente, birrenta, chorona e que nunca está bem, nem deixa estar. É um verdadeiro teste à paciência. São poucos os momentos em que me sinto em paz, em que conseguimos fazer os três coisas giras e brincadeiras ou passeios que depressa não terminem em gritos ou discussões, em que ela não nos teste a paciência até à exaustão.
Claro que amo mais do que tudo na vida, claro que ela foi a melhor coisa que me aconteceu, claro que as birras fazem parte da idade, de uma fase, sei lá, mas às vezes, às vezes penso que comigo tudo tem de ser mais difícil que as outras pessoas e claro, até um filho teria de me dar trabalho a triplicar do comum dos mortais.
Nunca esperei dizer isto mas, mais filhos? Sinceramente, acho que não! Só se tivesse a garantia que não me saía outra igual a esta, senão enlouqueço. That's for shure.

terça-feira, agosto 24, 2010

Sweet November


Ando a pedir ao Carlos, praticamente desde o início do ano, para irmos a Paris. Ele diz sempre que sim, que 'havemos' de ir a Paris, mas a verdade é que até agora... népias! Nem sinal da viagem no horizonte, nem tentativas de marcação, nem uma data sugerida, nada.
O meu marido é muito bom rapaz, é verdade e há que dizê-lo, mas no que diz respeito a ter iniciativa para ir a algum lado... argh... bom, já deixa assim um pouco a desejar! Tenho de andar a melgá-lo, a chorar-me pelos cantos, a lastimar-me, a dar-lhe uma verdadeira lavagem cerebral para que ele lá se mentalize e diga: "Pronto, vamos lá". É assim para tudo, não é só no que diz respeito às viagens ao estrangeiro. Também é assim para irmos a algum lado no fim-de-semana, ou fazermos algum programinha diferente, assim como não há férias nenhumas em que não seja eu a tratar das coisas e estas últimas, mesmo no Algarve e em casa emprestada por um familiar, não foram excepção.
Depois de muito me queixar, ele lá disse: 'Pronto, quando chegarmos a Lisboa, marcamos logo a viagem a Paris, é só escolheres a data' e eu vibrei! Escolhemos o fim-de-semana de 2, 3 de Outubro, para fazer ponte e colarmos com o feriado de 5 de Outubro, antecipando assim a comemoração dos nossos 5 anos de casados, mas qual não é o meu espanto quando, ao regressar ao trabalho, vejo que marcaram um evento para dia 7 de Outubro, o que significa que, sendo eu a responsável por aquele cliente, não posso fazer ponte nos dias que o antecedem... Fiquei para morrer. Culpei a porra do bad karma e do destino pelos planos todos que foram por água abaixo, já que até Novembro o trabalho vai ser tanto, que não poderei tirar dias.
Mas ontem, ontem voltei a ver a luz ao fundo do túnel quando, a minha 'irmã' Cátia me ligou, já passava das dez da noite e me fez a proposta mais tentadora dos últimos tempos: "Olha Maria - que é como ela sempre me trata - estava aqui a falar com o meu homem e temos uma proposta para vos fazer. O que é que dizem de vir a Paris connosco, lá para Novembro, e depois dali apanharmos o combóio e irmos até à Bélgica, depois Amesterdão e fazermos assim um 'giro' de mochila às costas, nós os quatro?".
A minha reacção imediata não foi de alegria pelas palavras que ela tinha acabado de proferir, mas sim de preocupação maternal: "E o que é que tu fazes às crianças?".
Resposta dela: "Não sei, não quero pensar nisso agora, logo se vê! Estou numa fase da minha vida em que preciso de um pouco de loucura!".
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E pronto, foi isto. Lá para Novembro sou capaz de fazer uma viagem, durante uma semanita, acompanhada pelos melhores amigos de sempre, de mochila às costas, armada em turista pé de chinelo, com promessa de momentos de diversão e loucura incluídos no pacote.
Porque também eu estou numa fase da vida em que acho que mereço 'a little bit of fun'.

sábado, agosto 21, 2010

good vibes

Há dias que começam iguais a tantos outros e acabam de forma inesperada, mas no bom sentido. Hoje foi um desses dias.
Há dias em que o passado nos entra porta adentro, sem bater, sem pedir licença e traz consigo uma mão cheia de boas memórias e recordações, de pessoas que partiram das nossas vidas sem deixar rasto, mas que regressam cheias de presentes e sorrisos.
Hoje foi um desses dias.
Há dias que julgamos dar demasiada importância a pormenores que, depois, se perdem com o tempo e deixam de ser relevantes.
Hoje foi um desses dias.
Há dias em que vimos que perdoar é bom e faz bem à alma.
Hoje foi um desses dias.
Há dias em que nos sentimos felizardas por tudo o que temos na vida.
Hoje foi um desses dias.

Há dias em que ficamos em paz com nós mesmas.
Hoje foi um desses dias.

quarta-feira, agosto 18, 2010

just keep dreaming

Copenhaga

Amesterdão

Nunca pensei voltar a dizer isto, mas ultimamente, a ideia anda a ganhar força e era capaz de voltar a fazer tal coisa:


"Acho que quero emigrar!"


E a Dinamarca ou a Holanda seriam, sem dúvida, das primeiras opções de países a considerar!
O problema é que na minha área (e respectivo cônjugue) é uma treta! Porque, basicamente, dependo da língua materna para viver e trabalhar...
Trabalhar como jornalista, account, relações públicas, assessoria de imprensa, whatever num país estrangeiro sem dominar a língua, sem saber quem são os jornalistas e a imprensa, como se movimentam, o que os move, como negociar peças e reportagens, como fazer eventos e ter meios confirmados... torna-se quase impossível!
A agravar a coisa vem o facto de não ser uma pessoa à procura de trabalho, mas sim duas pessoas adultas e uma criança...
Quando vivi em Madrid era solteira, não tinha família nem grandes responsabilidades a cargo, não tinha horários, nem restrições e fui para lá para trabalhar em português, escrever e falar em português e na minha área. Claro que depois conheci o marmanjo que hoje é meu marido e pimbas, toca de regressar a Portugal. Na altura não me arrependi nadinha - ainda hoje não me arrependo, porque o canal onde estava entretanto fechou - mas uma coisa é partir para um país já com trabalho garantido e na área, outra é partir sem saber o que esperar. Coisa que, é certo, nunca faria.
O meu inglês anda enferrujadíssimo, o espanhol idem - porque nunca mais falei, nem treinei a escrita - e por isso, resta-me o tão singelo e complexo português onde, muitas vezes, dou valentes calinadas!
Basicamente, acho que a minha área 'sucks'. Andei tantos anos a estudar, a tirar cursos, a fazer workshops disto e daquilo, a trabalhar em jornalismo, em televisão, em imprensa, em assessoria, em marketing, para não me especializar em absolutamente nada e em coisa nenhuma!


Humpf :-<





domingo, agosto 15, 2010

Fomos de férias e já viemos. Foram, chamemos-lhe, umas 'espécie' de férias, com Madalena a fazer birras por tudo e por nada: para andar nas maquinetas junto aos cafés, por querer andar na rua, por não querer estar sentada à mesa nos cafés e restaurantes, por não deixar os seus pais estarem sentados à mesa dos cafés e restaurantes, por não querer sair da água, por não querer sair da praia, por estar aborrecida, porque sim, porque não, por quase tudo e quase nada...
Foram 5 dias de 'stress', onde os nossos horários foram ditados por ela e em detrimento dela, onde as horas de lazer e descontracção foram poucas, onde as saídas estiveram quase sempre condicionadas pelos seus horários, pelo seu sono e pelo seu humor. Foram férias mas não souberam a férias, fizemos praia, mas ao mesmo tempo 'não fizemos' praia, estivemos no Algarve mas nem vi o Algarve, saímos à noite mas não saímos à noite.
Acho que quem tem filhos, em algum momento das suas vidas, acaba por ter este sentimento. Eu tenho-o, confesso, e de forma frequente. O sentimento de me sentir oprimida, oprime-me a maior parte do tempo, ou melhor, sufoca-me. Anda a sufocar-me e não devia. Até porque, como diz o pai desta casa, temos uma filha saudável que, apesar de nos dar muito trabalhinho, não deixa de ser uma criança, com todas as birras e desejos e vontades não compreendidas que lhe competem e próprias da idade.
O pior é que me sinto injusta e castradora a maior parte do tempo. Tempo esse que não volta atrás e um dia, vou acordar e pensar, nostalgicamente, que tenho saudades da minha menina pequenina, ou do tempo em que ir com ela de férias era um stress e uma pilha de nervos mas em que estávamos, efectivamente, todos juntos. Um dia, eu hei-de querer que ela vá de férias comigo e ela será a primeira a torcer o nariz e a sentir-se oprimida e, nessa altura, sentirei o vazio e a solidão a dizerem-me "olá" acenando-me o companheirismo.
Confesso que tenho inveja dos programas divertidos e glamourosos de quem não tem filhos, das saídas nocturna, dos jantares e das conversas fora de horas, das decisões ao sabor da vontade, sem limitações de qualquer espécie, mas também me tento lembrar daquela altura em que olhava os jovens pais de primeira viagem e me sentia num planeta à parte, como se ser mãe fosse algo me que estava vedado. E é nesse sentimento que tenho de me lembrar e é nesse desejo, que foi tanto, de ser mãe e de ter um filho que me tenho de centrar.
Porque como diz um provérbio chinês: "Cuidado com aquilo que desejas. Pode tornar-se realidade."
O meu tornou e agora, cabe-me a mim saber viver e lidar com ele, não como um entrave, mas como uma mais valia na minha vida.
Ser mãe mudou radicalmente a minha vida, impôs-me uma paragem própria, em termos pessoais e profissionais, deu-lhe um novo rumo e direcção, mas também me fez ficar mais perdida no meu 'eu', desejos e vontades. Apesar de aos poucos as coisas começarem a entrar nos eixos, eu ainda não me sinto alinhada, nem tão pouco convencida, mas vou aprendendo a viver com isso da melhor maneira que sei e posso, mesmo que haja muitos dias em que me sinta uma verdadeira besta.

quinta-feira, julho 29, 2010

Constatações

Há pessoas, que quanto mais as conhecemos, mais desilusões nos provocam.

terça-feira, julho 27, 2010

ah pois é bebé...

segunda-feira, julho 26, 2010

azares

Nem uma semana ainda passou desde que fui buscar o carro à oficina e já me riscaram a bom riscar o novo espelho retrovisor.
Foda-se para isto.

sexta-feira, julho 23, 2010

Baby Breath

AMO Gipsófila e gosto ainda mais do seu nome em inglês: Baby Breath. Acho aqueles pequenos botões brancos o expoente máximo de 'less is more' e, apesar de ser muito utilizada em ramos de noiva, decoração de casamento e igrejas, não é aí que gosto de a ver. Gosto de a ver assim, em casa, a decorar pequenos espaços, como que tornando-os cantos imaculados de puro bom gosto.
No fim-de-semana passado, quando fui ao mercado cá da vila, dei de caras com baldes de gipsófila na senhora onde geralmente compro flores.
Não resisti. Trouxe um enorme ramo para casa.

adorava morar numa antiga fábrica

Quando morava em Lisboa, num velho prédio de traça tipicamente Estado Novo, com uma fachada meio devoluta por fora, mas com a minha casa completamente remodelada por dentro, com pormenores giríssimos e absolutamente fantásticos, adorava o chão em madeira antiga. Claro que rangia por todos os lados, a vizinha de baixo - uma velha habituada a não ter inquilinos durante anos a fio - reclamava constantemente connosco e, acima de tudo, com os meus saltos logo pela manhã. Chegou a vir bater-nos à porta um par de vezes, uma deles às tantas da madrugada, mas nunca lhe fizemos grande caso. O nosso chão, em tábua corrida e envernizada, mas pouco insonorizado, era um dos ex-libris daquela casa.
Claro que tinha desvantagens, como estremecer à nossa passagem, mas tudo o que era colocado naquela sala, ganhava uma outra aura. Dáva prazer misturar móveis de linhas modernas com coisas antigas, fazer misturas e pensar que aquele pequeno T1 duplex, tinha potencial suficiente para aparecer nas revistas de decoração.
Não vou negar, no entanto, que quando saí de Lisboa, estava farta de não ter espaço, do prédio não ter uma fachada toda arranjadinha e pintada ou, tão somente, de o quintal enorme que possuía nas traseiras e que estava transformado numa pequena selva, não estar arranjado de forma a desfrutarmos dele como merecia. Também me chateava não ter varandas, ou de o bairro e os passeios estarem sempre cheios de lixo ou cócó de cão no chão, de ser um caos para arranjar sítio para estacionar à noite e de os inquilinos do prédio não estarem nem aí para se formar um condomínio que visasse os interesses de todos, mas gostava da zona ser calma e sossegada, de ter uma creche e o centro de saúde mesmo em frente à porta, de poder ver o rio da minha janela e de estar em Lisboa.
Tudo isto para dizer que sempre gostei de casas antigas com enorme potencial de recuperação. E quem diz casas diz pavilhões, diz velhas fábricas com paredes forradas a tijolo pequenino (que eu simplesmente AMO), diz espaços amplos que se podem transformar em lofts. Sempre que passo na avenida que vai para a Expo junto à zona portuária, reparo que existem uma série de pavilhões abandonados com estas características. O Carlos diz sempre que adoraria morar ali, mesmo que seja numa zona onde não abundam prédios chiques nem vizinhança requintada, nem facilidade de transportes, nem bairros com espaços verdes. Mas aquelas paredes, aqueles tectos altos, aqueles janelões, fazem-me lembrar os andares nova iorquinos que se vêem nos filmes (sim, porque eu nunca fui a Nova Iorque para constatar esta minha panca pessoalmente e ver se, é mesmo verdade aquilo que vejo nos filmes, de que existem casas assim!)
Ora, a minha casa de Lisboa, que ainda não conseguimos vender mas que alugámos, vai estar novamente vazia a partir de finais de Agosto. Os inquilinos - um rapaz acabado de se divorciar e a sua nova respectiva - não querem renovar o contrato, algo que me faz pensar que, se calhar, este novo amor 'já era' e cada um vai à sua vidinha. (pequeno aparte de cusquisse feminina: a casa ficava próxima do emprego da nova moça, logo, das duas uma: ou chatearam-se e ele fartou-se de a sustentar, ou também desgostaram do apartamento por todas as razões que eu aqui já inumerei.)
Seja como for, voltarmos para Lisboa, pelo menos para aquela casa, está fora de questão. Já era demasiado pequena para dois gatos pingados, então agora com miss Madalena e toda a sua quantidade brutal de brinquedos e acessórios adjacentes a quem tem crianças pequenas, é mesmo impensável. Claro que há pessoas que têm filhos e vivem em espaços mais pequenos com os mesmos, mas eu sou a 'raínha da tralha', só em roupa e sapatos encho vários armários, além de não ser minimamente despojada. Eu guardo tudo, tudo me traz recordações, tudo é importante, tudo se pode voltar a usar - mesmo que fique esquecido e refundido nos armários anos a fio - e é por isso que, até a nossa casa actual, que sempre me pareceu um casarão, já me começa a sufocar.
Não me importava nada, nada, nada, era de fazer com a Miss Carrie Bradshaw, que tem o privilégio de continuar a manter o seu antigo apartamento de solteira apenas para escrever e quando quer ter 'uma folga' do casamento alguns dias por semana, isolar-se do mundo, ter tempo só para si e/ou para as amigas. Isso é que era!
Claro que nunca estaria decorado com tão bom gosto como o dela, até porque está vazio, sem uma pequena presença de conforto, mas bastáva-me um colchãozinho no chão, o meu portátil e uns quantos cigarros, para sempre que sentisse saudades de Lisboa e dos ares da capital, colocar a chave na porta e estar em casa outra vez.









Fotos iniciais retiradas deste site. (Que é pura e simplesmente LINDO! Ideal para apaixonadas por design e decoração, perderem simplesmente a cabeça!)


quinta-feira, julho 22, 2010

back to my hands

Há uns 4 meses bateram-me no carro. Vinha eu a chegar ao trabalho, depois da horinha de almoço, quando uma louca qualquer decide cortar para o acesso ao parque subterrâneo e pimbas, escavacou-me o pára-choques, jante e deixou-me o lado do 'pendura' a modos que, todo metido para dentro. Depois de uma estopada infernal à chapa do sol, quase em pleno descampado, perdida entre Chelas e as Olaias - localidades tão bonitas e seguras para se estar e fazer sala - lá chega a polícia, 4 horas depois da ocorrência, com o mulherio todo já pelos cabelos, a desidratar à grande e sem chegar a um consenso. A senhora dizia que eu é que era a culpada e vinha em excesso de velocidade, eu dizia que ia na minha faixa e que a dita senhora é que se tinha, literalmente, atirado para cima de mim.
Depois de contactadas as seguradoras, de milhentasssss peritagens, de fotografias para aqui e acoli, de relatórios e autos da polícia, eis que a seguradora da senhora deu-me razão e declarou-me: INOCENTE!
Epá, que alegria! Que maravilha! Eu sabia que tinha razão, mas ser a seguradora dela a dizê-lo, teve ainda outro sabor.
Depois de uma semana e meia sem o meu 'Zé Pedro' (entenda-se: carro com matrícula terminada em ZP - que eu sou daquelas pessoas que baptiza carros com nomes próprios) eis que hoje fui buscá-lo.
E não é que estranhei 'o bicho'? Parece-me mais rígido, com a suspensão mais dura, com um manípulo das mudanças demasiado pequenino, mas pronto, é o meu e faz-me muita falta, até porque não tenho mais nenhum para fazer 100 kms diários. Além disso, ficou tão bonitinho e perfeitinho que parece novo! Nem sinal da jante riscada, chapa impecável, pára-choques imaculado!
Só é pena que não me tenham arranjado a porta da bagageira quando decidi fazer este disparate!

terça-feira, julho 20, 2010

The Back-up Plan

Ontem vimos este filme, The Back-up Plan (título original) que o C. conseguiu sacar da net com muito boa qualidade. Confesso que adorei. É o típico filme levezinho, para ver no cinema com um grande balde de pipoca (e eu nem sou apologista de se comer pipocas no cinema, mas este filme pedia!!) ou no conforto do lar enrolada nas mantas. É, também, a típica comédia romântica com parzinho amoroso (menino giro, giro, giro, encontra gaja gira, gira, gira - traduzida na boa e enxutona da Jennifer Lopez) e pronto, o resto é toda uma história em torno do assunto, com amores e desamores pelo meio, mas que no final fala mais alto e vence tudo e todos.
Este teve esses ingredientes todos também, não fugiu à regra, mas teve a agradável surpresa de ser bem disposto, de me provocar momentos de verdadeiras gargalhadas e puro riso e, além de tudo isso, de mostrar que a chegada de um bebé não é pêra doce, que o casal se ressente, que as mulheres são seres complicados e complexos por natureza, que a economia de um casal prestes a ser pai desaba e que, acima de tudo, é normal termos dúvidas e medos e incertezas de quem somos e como seremos "pré" e "pós" maternidade.
Apesar de "levezinho" e divertido, confesso que gostei da mensagem - a certa altura do filme - de que o ser pai ou mãe não nos deve anular enquanto pessoas e que é preciso um esforço sobre-humano para se conseguir aceitar todo este turbilhão em que a nossa vida fica transformada. Também morri de riso ao relembrar certos episódios da gravidez e da forma como ali, no filme, estavam retratados e caricaturados. (grávida é toda igual!)
... Para além de tudo isto, também gostei da forma inteligente e cómica com que gozava, literalmente, com todas as novas correntes e 'manias' a favor da amamentação até a criança já ser adulta, parto natural e humanizado - na água e em casa, rodeado pela família e os amigos, a comer bolinhos e com música - num acto de celebração da nova vida...
Ri-me tanto.

faço com cada figura!

Ando um caco emocional ambulante...

Tanto, que em conversa com a minha ainda actual directora, enquanto menciono a pena que me provoca a sua partida/saída, desato a chorar.


(...)

reviravoltas

Ora bem, chegou a hora de falar - ou tentar falar - sobre a minha angústia nos últimos dias em relação ao trabalho. É que depois de uma semana mais ou menos animada, onde até pensei que as coisas estivessem no bom caminho e me sentia mais motivada, eis que a bomba é largada: a pessoa que me contratou, a única pessoa que sempre valorizou o meu trabalho aqui dentro, com a qual tenho empatia e que é a minha chefe mais directa e directora geral adjunta desta casa, vai-se embora. E para longe, para fora.
Fui completamente apanhada de surpresa e, confesso, senti-me inclusive um pouco traída. Isto porque o motivo pelo qual não tinha já mandado isto tudo para o espaço, foi porque ela me pediu para ficar. Pediu-me para aguentar até Setembro, intercedeu por mim junto do director, pediu para a minha situação ser revista e o meu ordenado reposto - como devia de ter acontecido desde o primeiro dia em que me sentei a esta secretária - pediu-me para não me desmotivar e se assim me sentia em condições, ou pelo menos mais animada para continuar e nem uma semana depois, a bomba. Ela vai bazar.
No seu lugar vai tomar funções uma colega que, a julgar pela sua atitude, postura, comportamento e forma de lidar com os outros, ando a ter flashbacks na minha mente de tudo aquilo que já vivi na outra agência... ou seja, é uma 'espécie de cópia' da minha chefe anterior, controladora, arrogante, abrupta e autoritária. Daquele tipo de pessoas que mesmo não tendo qualquer tipo de poder em especial já acha que tem tempo suficiente de casa para tratar todos os outros e, principalmente, os mais juniores, abaixo de cão. Então agora que assumirá funções em inícios de Setembro... bom, nem quero pensar. Ou melhor, nem quero estar cá para ver.
Claro que a minha ex-chefe (mas ainda em exercício de funções) não tem nada de me ter em consideração na hora de fazer as suas próprias opções profissionais. Não sou dita nem achada e compreendo muito bem o seu desejo em sair daqui, em crescer profissionalmente, em ter outros voos, em não ter uma direcção esquizofrénica e intolerante como a que se vive aqui, mas senti-me traída, confesso que senti. Não me deixou a mim ir embora e agora vai ela.
Ontem tivemos reunião com a actual - e ainda em exercício de funções - directora e a nova, a que vai assumir o seu lugar e que acabou de ser promovida. Tal como esperava, a postura da nova direcção já se vê a olhos vistos. Sempre com aquele tom anasalado e irritante típico das"pseudo-tias", uma altivez e um autoritarismo na voz que, a mim muito pessoalmente, me deixa logo com os nervos à flor da pele e a antever que o futuro é negro, muito negro.
Quando é que será que as chefias deste país se irão aperceber de que não é com estilos ditatoriais que as pessoas fazem melhor o seu trabalho? Aqui quase nem é permitido rir, ou "brincar", descomprimir... nem em horário de expediente, nem entre colegas. O silêncio é sepulcral, porque o mesmo é sinónimo de trabalho, de concentração. Podes estar um dia todo calado, não abrir a boca para nada, com a cara colada ao ecrã do computador. Podes até passar o dia todo na net, mas desde que não andes a cirandar, a conversar com colegas, ou a ouvir música, é sinal de que estás a trabalhar.
Eu não me identifico com este tipo de posturas, a sério que não. Custa-me muito, muito mesmo, até porque já trabalhei em vários sítios e sempre gostei de ser quem sou nesses mesmos sítios. Aqui sinto-me oprimida a maior parte do tempo, não há qualquer tipo de motivação. Faz-me 'espécie' como é que tenho de estar confinada a um sítio a maior parte do meu dia e do meu tempo e de estar, literalmente, a fazer um frete por aqui estar, a ansiar por me ir embora, por chegar a casa.
Vai fazer 4 meses que estou aqui nesta casa e nunca senti nada igual anteriormente. Nunca tive tanto desejo de me ir embora de um sítio ao fim de tão pouco tempo, nunca me custou tanto. E sinto que, quase a fazer 32 anos, em vez de evoluir em termos profissionais, ando a bater no fundo.
Claro que eu sei que a situação está má, que existem milhares de pessoas desempregadas, que o trabalho é cada vez mais precário, que tenho muita sorte em ter contrato laboral, em ter um ordenado considerado 'acima da média' - mesmo que seja miserável - para o nosso país, mas acho que preciso de mudar. Ou mudo radicalmente, ou tenho de decidir o que realmente quero e se estou disposta a lutar por isso, a enfrentar contrariedades que irão surgir e se tenho realmente estofo e vontade para me meter em algo sozinha, lutando contra a maré em época de crise e má conjuntura económica.
Tenho ideias sim, mas também tenho muito medo de me meter nelas sozinha. Porque sozinha sinto sempre que não sou capaz.

segunda-feira, julho 19, 2010

O ponto do não retorno

Há coisas que me revoltam imenso e às quais eu não consigo ficar indiferente. Eu bem tento levá-las de ânimo leve e tal, não lhes dar a importância que lhes dou, ter uma atitude mais pacífica, menos extremista, menos emocional, mas pá... NÃO CONSIGO!!
E, ultimamente, há uma não me sai da cabeça. Acho pura e simplesmente vergonhoso que o pai da madrinha da minha filha tenha falecido e que ninguém e repito, - NINGUÉM - que intitulava do 'meu grupo de amigos' mais próximo e chegado, que estiveram inclusive presentes no casamento dela, se tenha sequer dignado a mandar um simples sms de condolências, quanto mais em aparecer no velório ou no funeral para lhe dar algum tipo de apoio emocional. E sabiam que ela tinha o pai doente e sabiam que as coisas não estavam bem. Até podiam não ter noção do quão más estavam, mas duvido que não tenham tido conhecimento de que ela perdeu o pai.
A sério, estas coisas revoltam-me tanto e deixam-me ao mesmo tempo tão chocada, que muitas vezes acho que estou num sonho e que, quando acordar, nada disto acontece na verdade, nada disto é real.
Belisquem-me, porque eu própria não quero acreditar que confiei durante dez anos (ou mais) em pessoas assim, para depois elas me desiludirem tanto.

I hate mondays

É segunda-feira, custa muito levantar da cama e ir enfiar-me num sítio que abomino. Custa ainda mais quando se teve um fim-de-semana inteirinho com os meus amores (coisa rara, já que o pai desta casa trabalha quase sempre ao Domingo e neste teve folga) e custa muiiiitttooo, quando se vem da redacção da SIC, logo às 9 da manhã, onde se respira boa disposição, descontracção e gente jovem e se pensa: 'Fogo, é mesmo aqui que eu me sinto bem. É mesmo aqui que eu pertenço. Foda-se para isto e para esta puta de vida que nos troca as voltas todas.'
Custa muito sim. Mas depois, vejo este sorriso e estas beiçolas e acalmo-me.
Por ela.

quinta-feira, julho 15, 2010

Madalena


Pronto, aqui ficam mais umas fotografias recentes da babe cá do sítio. Eu própria ando uma desnaturada e quase não lhe tiro fotos nenhumas... é o que dá chegar tarde e más horas a casa, estar no máximo, uma hora por dia (2 se tiver sorte) com ela e já não ter babyblogue para actualizar. As poucas fotos que lhe tiro nunca ficam nada de especial e, com isto, vou perdendo registos e momentos maravilhosos que já não voltam atrás. Hoje estou assim pr'ó melancólica em relação à minha filha. Cheia de saudades, confesso. De manhã custa-me muito vê-la a chorar no carro do pai, a chamar por mim, enquanto eu arranco para Lisboa e a deixo para trás lavada em lágrimas.
Há duas semanas estivemos na casa dos avós paternos, ela delirou. Vibrou com a bicharada toda que os meus sogros lá têm e veio todo o caminho de regresso a fazer os sons que se lembrava, com especial repetição nos "memés" (ovelhas) e nos "tatás" (patos) que ela adora.
Como o calor era tanto, tomou banho de piscina no quintal e claro, veio de lá doente, só agora começa a estar melhor. Mas adora água, parece uma pata e para a conseguir tirar de lá foi um castigo. Na véspera deste mesmo fim-de-semana também teve a festa de fim-de-ano na escolinha, onde dançou, tocou tambor e actuou juntamente com todos os meninos da sua salinha. Nós lá estávamos - juntamente com todos os outros pais, avós e famílias - de máquina em punho - a de filmar numa mão, a fotográfica na outra e ainda os telemóveis... mais cromos não podíamos ser, mas, para também não variar, as fotos não ficaram nada de jeito! (E como já era fim de tarde e estava um frio de rachar, ficou doente). Quase no final, olhou para o público e, no meio daquela montanha de gente, reconheceu-me (a sacanita) e já ninguém a conseguiu segurar. Avançou em direcção em nós, a gritar "mamã-mamã-mamã" muito aflita, a bater os pés e a bracejar e pronto, já não saiu do nosso colo.
E sim, ando com um ar "miserável", é verdade... mas desde que trabalho aqui que sinto que envelheci pr'ai uns dez anos em apenas 4 meses!

ainda do Optimus Alive 2010

Foi BOMMMMM. Foi MMMUIIIITTOOOO BOOOOMMMMM!
Dancei tanto, cantei tanto, diverti-me tanto, que por mim tinha ido os dias todos. Por mim, tinha sido regabofe todo o fim-de-semana.
O concerto dos Florence and The Machine foi algo que superou e muito as minhas expectativas. Se eu já gostava dela, depois de a ver e ouvir ao vivo, fiquei completamente rendida. Tem uma voz capaz de encarquilhar os pêlos dos braços e os dedos dos pés. Além de ter proporcionado um excelente momento musical, levou toda a gente ao rubro com êxitos como Dog Days Are Over, com aquela tenda do Palco Super Bock, Super Rock a ser pequena demais para tanto povo.

Do alto do seu 1,83m, descalça e de vestido branco rendado, ela foi uma visão meio angelical em cima daquele palco, nunca desafinando uma nota, tendo ainda dado a oportunidade a quem assistia, de ouvir duas músicas originais. Vim de lá tão extasiada, que não há dia que passe que não oiça (ainda mais) o seu álbum "Lungs". Já sei que vou enjoar e depois ficar meses infinitos sem conseguir sequer olhar para ele, mas por enquanto, ainda continuo em estado de graça.
Só tenho pena é de ter uma máquina fotográfica tão merdosa, que todas as pics que tiro ficam, ou desfocadas, ou tremidas, ou uma verdadeira cagada. Mas pronto, é o que se pode arranjar.
Soube-me tão bem fazer um programa que não envolvesse as palavras "bebé" ou "sítios para bebé", ou "fraldário", ou "amiguinhos" e coisas fofinhas e terminadas em "inho", que me senti solteira, desimpedida, sem obrigações, sem responsabilidades e VIVA outra vez!
Pena é que só durou até à meia noite e meia e depois, "ala-para-casa-que-se-faz-tarde", que no outro dia trabalha-se e caímos na real.
Mas aquelas 6 horinhas, foram de pura magia!

a minha miúda


A minha miúda está adorável é só o que me apetece dizer.

Adoro que já ande, que me dê a mão ou ma peça, que se explique quando quer uma coisa, que me dê beijos quando lhos pedincho, que me faça festas na cara e termine com umas palmadinhas repetidas - tal como ela aprendeu na canção que lhe ensinei do 'festinha gato' -, que cante a maior parte do tempo, que peça música quando está no seu quarto e quer que lhe coloque o cd infantil para dançar, que imite os sons todos dos animais e que os adore, que me peça para lhe ler histórias - enquanto segura no livro e espera que eu abra o meu colo para a acolher entre as pernas - que já fique deitadinha na sua caminha enquanto a aninho e tapo com os cobertores, passando-lhe o leite para a mão e dizendo-lhe "até amanhã bebé", que me dê abracinhos apertados e espontâneos quando quer e bem entende, que me faça uma grande festa sempre que chego a casa, que diga: 'MAMÃ' com um sorriso enorme de felicidade por me ver, que adore a minha comidinha e diga 'hummm' enquanto acena com a cabeça com um enorme ar de satisfação sempre que lhe ponho o prato à frente, que já seja vaidosa e me tire tudo o que sejam anéis e pulseiras para ela própria usar, que calce os meus sapatos (ou pelo menos tente, vá), que adore maluqueiras, cambalhotas, moches nas almofadas, rebolar em cima da cama, falar ao telefone, comandos de televisão, computadores, a DORA - a sua mais-que-tudo heroína (até eu já dou por mim a cantar as canções da Dora....grgrgrgr), and so on. A lista chega a ser interminavél.


Está numa fase tão deliciosa do seu desenvolvimento que, às vezes, até me esqueço de apontar as suas pequenas vitórias, como fazia antigamente de forma quase diária.


Sinto que a vejo tão pouco que nem me apercebo de como já está grande e crescida e querida, muito querida. Houve alturas em que a minha filha não foi um bebé fácil de cuidar, fases que me deixavam à beira de um ataque de nervos, que eram um teste à minha capacidade de relativizar, de não stressar, de respirar fundo. Mas depois, tal como nas tempestades, a seguir a essas fases mais 'beras' e que, confesso, não me deixam saudades - apesar de todas as idades deles terem coisas boas e más - há e houve, outras, pura e simplesmente deliciosas.


Esta, perto dos dois anos, é sem dúvida uma delas.

terça-feira, julho 13, 2010

definitivamente, eu sou uma mulher de paixões e este não é o meu amor

Será muito mau dizer que, após três meses e meio de trabalho me apetece tirar férias e desaparecer daqui? Parece? Pois bem, então que se lixe, porque é mesmo isso que tenho vontade de fazer, de meter férias o mês de Agosto todo (como se fosse possível) e de ficar a curtir o verão com o meu marido e filha, de ir de férias para o estrangeiro, de viajar, de ir à praia, de não ter horários, de não sentir a angústia que sinto, diariamente, por saber que me venho enfiar aqui dentro.
Odeio isto, odeio, odeio, odeio! Mesmo tendo sido recentemente "aumentada" - apesar de ainda não ter visto, efectivamente, nada no extracto bancário - e de, supostamente, isso me ajudar a 'engolir' melhor a minha presença por aqui...










(e com as mudanças anunciadas na sexta-feira passada, os próximos tempos vão ser ainda mais difíceis...)

Gossip. Heavy Cross.

Ando viciada. É excelente.

quarta-feira, julho 07, 2010

Dor

Tenho pensado muito nas pessoas que passaram e andam pela minha vida. Falo de amizades, sim, mais uma vez. Isto tudo porque ando a sentir-me sozinha e meio vazia.
Posso ter o meu marido e a minha filha - e eles são tudo para mim - mas também sinto muita falta de ter amigos por perto, de sentir que, de uma forma ou de outra, sou importante para eles, que lhes faço falta. E, neste momento, não tenho ninguém. Sinto falta de tudo e de todos, sinto que não sou verdadeiramente importante para ninguém e questiono-me, muito, se o erro é meu, se tenho as atitudes certas, se sou demasiado intransigente ou egoísta - onde a única prejudicada sou apenas eu - se sei manter uma amizade.
Não sei onde errei, ou o que aconteceu, mas nunca me senti tão só de pessoas, de amigos. Na realidade, os dedos de uma mão chegam para contar o número dos que, de momento, se consideram MESMO amigos e com os quais posso contar. Sejam amizades recentes, antigas ou casuais, o sentimento generalizado que tenho é dúbio: ou não sei ser amiga, ou não me sei dar aos outros.
Durante anos tive amigos que julguei serem verdadeiros amigos e hoje, vejo fotos deles todos juntos e eu não estou, ninguém me disse, ninguém me contou... e sinto uma tristeza tão grande cá dentro, mesmo daquelas de provocar dores fininhas que nos corroem e minam a alma de ciúmes que prefiro não ver, não saber.
Posso até ter 'amigos' novos, mas questiono-me muitas vezes se essas novas pessoas, - que passam pela minha vida - poderão ser consideradas de 'amigas', ou se é, apenas e só, o meu desejo de sentir que pertenço a algo, - nem que seja pouco palpável, irreal e mais inseguro que um baralho de cartas suspenso - a falar.
Sinto-me só, muito só e dói.

quarta-feira, junho 30, 2010

últimas

Sei que não tenho actualizado este canto faz tempo, mas de dia ando a mil e à noite, fico tão mas tão cansada, que nem abro o computador quando chego a casa. Já me basta estar o dia todo em frente a um.
De qualquer forma, as últimas novidades são que ontem tive a tal conversa com o senhor meu director geral e não é que o homem engraça comigo? Tanto engraça que, pelos vistos, gostou da minha frontalidade ao dizer que não estava satisfeita e que, sendo assim, me ia embora para me dedicar a projectos pessoais que tenho em mente. Vai daí, depois de uma hora a falar da crise generalizada, do panorama europeu e mundial, decidiu então dar-me o valor que, à partida e quando me contrataram, não me tinha sido atribuído e especificado no contrato (a tal 'confusão' entre brutos e líquidos...).
Por isso, nem tudo são más notícias e até Setembro - e se tudo correr bem e me renovarem o contrato e ficar cá por mais 6 meses - cá continuo.
O que, convenhamos, numa altura de crise generalizada, até nem é mau e posso considerar-me uma sortuda. Nos entretantos, continuo a desenvolver as ideias todas que andam nestas cabecinhas (minha e do meu gajo).

domingo, junho 20, 2010

então é assim:

Na última semana disse novamente que me queria ir embora e, basicamente, do outro lado, pediram-me para ficar. 'Que é difícil recrutar no Verão', 'se podia aguentar até Setembro', blá, blá, blá... e eu, que apesar de ter dito que me queria ir embora, não estava muito segura de mim mesma - mais por não ter absolutamente nada do que propriamente por gostar de lá estar - decidi aguentar mais um tempo... pelo menos até conseguir, pelo menos até Setembro.
Mas a verdade, é que sempre que chega o Domingo à noite fico deprimida, acho que o fim-se-semana passa demasiado rápido e só de pensar que amanhã terei de voltar para aquele antro dá-me naúseas.
Ando confusa, indecisa e baralhada. Sem um rumo muito claro do que fazer com a minha vida, a sentir-me cada vez mais sufocada - pessoal e profissionalmente - mas a saber que assim, como estou, não posso continuar, com risco de explodir sobre mim mesma.
E seria demasiada porcaria para limpar.

terça-feira, junho 15, 2010

ei-lo:


Pronto, criei um novo blogue (mais um, que eu deixo recantos cibernéticos ao abandono um pouco por toda a blogosfera!)
Este tem o propósito de ser um blogue onde só colocarei coisas que me fascinem a nível de moda, design, beleza, produtos, compras, criadores, enfim, tudo o que inspire e que, de uma forma ou de outra, esteja ligado ao universo feminino. Basicamente, que seja trendy & cool. (Ahahaha, ando tão armada em pacóvia com ares de cosmopolita que só me dá vontade de rir de mim mesma.)
Mas bom, retomando o propósito, o projecto ainda está muito crú e pouco atractivo. Quero embelezá-lo e dar-lhe um pouco mais de conteúdo, ter um cabeçalho bonito, por exemplo - mesmo sem perceber nada de HTML ou de web design e de não ter ninguém que mo faça - antes de o divulgar e, até, criar uma página com o mesmo nome no facebook.
Mas se quiserem fazer-se seguidoras - as poucas "privilegiadas"que me lêem e têm acesso - e irem mandando bitaites, sugestões, entre muitas outras coisas que se lembrem, força aí. Divulguem, passem palavra - se o acharem, de futuro, suficientemente interessante - aqui a 'je' agradece. :)

Ah, e já agora, até acho que arranjei um nome fixe, custou mas estou satisfeita. Agora é ter tempo para me dedicar a isto, porque dá trabalho. E mais outra coisinha, que eu sou chata como a potassa, alguém me ensina ou diz como se faz para eu criar um endereço de email no gmail só para o blogue? É que me chateia à brava ter o meu endereço pessoal associado a todos os blogues que crio e, mais ainda, não conseguir omitir a minha identidade.

Alguém me ensina?
HELPPPPPP.

reacção vs efeito

Como é que se faz para acalmar um coração que já decidiu que não quer mais continuar num lugar, mas o corpo ainda resistir, apesar de já só ter vontade de começar a correr e nunca mais parar?
Pois, não sei. Só sei que nos entretantos, tanta dúvida e indecisão, se traduziram em cólicas atrás de cólicas que me fazem dar corridinhas apressadas até à casa de banho...

segunda-feira, junho 14, 2010

fodeu

Apeteceu-me dar um título forte e incorrecto a este meu post porque, na realidade, não há palavra que descreva melhor aquilo que sinto no momento.
Na empresa, o "senhor bicha-doida-meu-patrão-que-odeia-gordos", não aceitou o meu 'ultimato'. Diz que os tempos são de crise, que agora não dá, que até Setembro muita coisa pode mudar naquela casa, que estão satisfeitos com o meu trabalho e que seria uma pena a minha saída, mas pagar mais que é bom, está quieto. A filosofia de «fazemos omoletes sem ovos» continua em grande em Portugal e ali encontra expoente máximo.
Agora resta-me duas opções, ou tentar regatear para que me aumentem nem que seja 50 euros, ou vir-me embora tal como prometido e ameaçado. Entre as duas venha o diabo e escolha. Na verdade, sei bem que ali não quero ficar, todos os dias é um sacríficio tremendo que faço para me ir enfiar, quase 12 horas, naquele antro. Sinceramente, apetece-me mandar tudo para as urtigas e para o espaço e nem pensar duas vezes, arrumar as minhas tralhas e dia 30 vir embora, mas a verdade é que não tenho mais nada. Absolutamente mais nada. E desistir assim, sem nada onde me agarrar, sem uma mísera hipótese de algo novo no horizonte, faz-me sentir derrotista.
Por isso digo, fodeu. Fodeu mesmo. Porque não sei o que hei-de fazer e esta semana tenho de tomar uma decisão.
O quanto antes, de preferência.

domingo, junho 13, 2010

a felicidade


"Era muito feliz e não sabia". Foi com estas palavras, com esta simples frase, que ela me desarmou.

A minha amiga, que passa por um momento na sua vida pessoal e familiar tão delicado, tão tramado, tão injusto, tão doloroso e tão sofrido, enfrenta tudo com uma rectidão de personalidade que deixa os demais envergonhados. Incluindo eu, que me queixo de barriga cheia, que me lamento por coisa nenhuma, que passo a vida a reclamar injustiças e a dramatizar pequenos nadas.

Não sei, sinceramente, qual a ordem que rege as nossas vidas, se aquilo que passamos ou temos que passar é karma, desígnios do destino, ou lei divina, mas ninguém - e repito -, ninguém, merece passar por tamanha privação e dor.


Por isso, e porque sei que sou feliz a maior parte do tempo mesmo que não o sinta como tal, este fim-de-semana dei valor a tudo o que tenho; ao tempo que passei com a minha filha, às gargalhadas que ela dá sempre que lhe faço cócegas, por ter um marido que me ama, me respeita e me adora, por ter os meus pais vivos e saudáveis, por ter família, por ter trabalho, por ter plena capacidade sobre o meu corpo e decisões, por todos os dias poder ver o mar da minha janela, por ter comer na mesa, por ter saúde, por poder andar, correr, dançar... por, de uma maneira ou outra, ser muito, muito afortunada e abençoada.

E, a maior parte das vezes, não sei dar valor a tudo isso, sou injusta, egoísta e intransigente.

Mas este fim-de-semana dei valor, muito valor, porque sei que de um dia para o outro tudo isso pode acabar, toda a nossa felicidade pode ser abalada, tudo pode mudar.

E aí, já poderá ser demasiado tarde.

sexta-feira, junho 11, 2010

Vontades

Ando viciada em blogues de moda. É um facto, estou viciadíssima. Passo os meus dias a ver looks de streetwear, de pessoas banais, geniais, que misturam peças com um estilo único, pessoal e cheio de personalidade, que faria as delícias de muitos editoriais de moda em muita revistinha.
Qual Pipoca Mais Doce ou Alfaiate Lisboeta - que este último, apesar de ser um bom blogue e de ter um registo muito semelhante ao Sartorialist, - tem concorrentes de peso lá fora.
Tenho tido vontade de voltar a ter um blogue (público), mas num novo registo, onde possa, igualmente - porque sou uma 'Maria vai com as outras' - expor a minha paixão louca e avassaladora por trapos.
Falta-me é o nome. Tenho de pensar bem nisto.

segunda-feira, junho 07, 2010

Há dias assim...

... em que acordamos decididas a fazer algo que, até há bem pouco tempo, nos parecia impossível. Em que nos enchemos de coragem e dizemos basta, em que queremos mudar algo na nossa vida e na nossa insatisfação crónica.
Foi o que fiz, hoje, em que me enchi de coragem e falei com quem de direito de que não estou satisfeita com o valor que me pagam tendo em conta o volume de trabalho que me anda a pender sobre os ombros. Querem um account sénior com responsabilidades de account sénior a trabalhar por tuta e meia? Não dá. Eu não quero, nem estou para isso.
Agora é ver se me revêem o ordenado para o valor pedido, caso contrário, venho-me embora. Está decidido.

domingo, junho 06, 2010

Fallie, simplesmente Fallie

Ultimamente tenho navegado muito por blogues de moda internacional e tenho descoberto verdadeiras 'pérolas', das quais já me tornei fanzérrima, que se encontram guardadas a sete chaves nos meus favoritos.
Entre elas está esta menina: http://fallie.blogspot.com/ que, com apenas 13 anos - sim, leram bem, 13 anos - tem uma visão peculiar e absolutamente transcendente, actual e visionária, do que são as tendências, moda e a arte tudo pendurado no mesmo cabide.
Confesso que fico parva com tanta coisa (boa) que encontro online. Há blogues que me deixam, literalmente, de boca aberta e roída de inveja, em que penso mil e uma vezes: 'fogo, eu já tinha lembrado disto, porque é que não me meti a fazê-lo?'.
Sinceramente, acho que de visionária tenho pouco. Quando abro os olhos já é sempre tarde e, cada vez mais me convenço, que já começo a ser um pouco 'velha' demais para tudo.
Principalmente quando existem miúdas de 13 anos, assim... Eu aos 13 anos ainda brincava com as Barbies... lá está, a minha teoria comprova-se, acordo para tudo demasiado tarde.

sexta-feira, junho 04, 2010

devaneios, porque não acreditar neles?

O Carlos está farto de me dizer que acha que está na altura de pensar em ter algo meu em termos de trabalho. Sempre achei a ideia surreal porque tenho pavor, mas mesmo pavor, de me endividar até ao tutano em algum projecto que depois dê para o torto e ficar a pagar dívidas, ou ter credores à perna, durante o resto da minha vida - e eu abomino essas coisas.
Mas ontem, ontem a ideia não me saía da cabeça e começou a ganhar uma forma mais concreta em termos de saber exactamente aquilo que quero, sei e gosto de fazer.
Não me interessa trabalhar nesta área de agência e relações públicas que abomino.
Não me interessa abrir uma loja ou um restaurante, ou seja lá que outra coisa for, e à qual fique confinada o resto da minha vida.
Não me interessa andar a mandar cv´s e a atirar o barro contra a parede para todo o lado e tudo o que me aparece é merda, merda e mais merda.
Não me interessa continuar a trabalhar muito e receber pouco, para que isso aconteça, então prefiro trabalhar para mim, que ao menos sempre faço aquilo que gosto.
Logo, como tal, o que me parece mais óbvio e aquilo que realmente sei e gosto de fazer são: Revistas!
Então, porque não criar uma? Se, ainda por cima, aquela que eu mais gosto nem existe em Portugal?
Gajola, tu que me lês, queres fazer o projecto gráfico para o número zero? (já sabes que o meu homem para estas coisas não tem muito tempo).
Estou mesmo a falar a sério! Se estivesses em Portugal já te estava a bater à porta com mil e uma ideias!
....
por agora só quero revelar isto, porque ainda está tudo em bruto.

terça-feira, junho 01, 2010

quando a arte imita a vida

O meu recente patrão, director geral daquela empresa, é um bicha do piorio. Mas daqueles bichas irados, mesquinhos e cheios de fel para cuspir. E eu podia logo ser acusada de homofóbica só por usar o termo 'bicha' para o designar, mas não sou. Sei sim, reconhecer um bicha do piorio quando tenho um à frente, logo, não me posso referir ao senhor sem utilizar semelhante termo. Porque é mesmo isso que ele é, bicha.
Como todo o bicha que se preze adora a vida do social, os vips e as fofocas, as intrigas e o diz-que-disse. Dá-lhe uma satisfação acrescida dizer mal de tudo aquilo que mexa e que respire, de tratar os outros com desdém e arrogância só porque sim, de mudar de disposição como o vento de direcção e, mais do que tudo o resto, odeia gordos.
Ora, importa também dizer que, o senhor "bicha-meu-patrão-que-odeia-gordos", já foi em tempos, ele próprio, um gordo. Um gordo a roçar o obeso, que um dia acordou e decidiu agrafar o estômago para reduzi-lo de tamanho e assim ser aquilo que ele sempre sonhara: magro.
E foi assim que o "senhor-meu-patrão-bicha-que-já-foi-gordo-e-agora-é-magro-mas-que-odeia-gordos" foi operado, reduziu o estômago para o tamanho de uma ervilha, andou meses a líquidos e a vomitar tudo o que engolia - que até os alimentos se recusavam a entrar naquele esófago - e perdeu peso. Muito peso. E hoje é, um bicha magro, muito magro e seco, muito, muito seco e com muito mau aspecto.
A semana passada, num jantar de beneficiência em que comparecemos, estive sentada bem de frente para o senhor e, quanto mais o olhava, mais eu sentia que aquela cara me era familiar. Mas não digo familiar como quem olha para outro alguém e diz: "Ah, você faz-me lembrar a minha 'tia-avó' adorável que me fazia umas panquecas quentinhas que eram uma delícia." Não. Eu olhava para ele e só me vinham à ideia desenhos animados, extraterrestres, seres híbridos e coisas estranhíssimas, mas sem qualquer ponto de referência. Até que se fez luz e eu consegui, finalmente, identificar o personagem que o "senhor-meu-patrão-bicha-que-já-foi-gordo-e-agora-é-magro-mas-que-odeia-gordos" me faz lembrar.

Ei-lo:


É ele. Sem tirar nem pôr. O meu patrão é o Mr. Burns! Em tudo! A magreza extrema e raquítica, o ar maquiavélico, o sorriso matreiro, aquela expressão de que nada de bom pode vir dali e até a careca (por Deus!), os olhos mesquinhos... Tudo, TUDO é igual.

Por isso, sendo a personalidade do senhor igualmente idêntica à deste personagem, bom... não é de estranhar que odeie, não é? Aposto que quando era gordo era uma pessoa bem mais agradável, que se ria com vontade, com sentido de humor e mais tolerante com o próximo. Agora, sempre que vê um gordo despreza-o, pois claro, porque vê-lo é ter noção de que ele próprio, num passado distante, já foi assim e, tal coisa, dá-lhe asco.

Prefere ser esta amostra de gente, encarquilhada e a destilar veneno por todos os pôros, que dá beijos de língua nos seus cães a pilhas chiwuaua porque, provavelmente, eles são os únicos seres que ainda lhe dão algum tipo de amor e/ou afeição.

Chega a ser cómico, não fosse a tristeza da realidade, ser a mais pura das verdades.

domingo, maio 30, 2010

...

Neste momento a minha vida está a modos que caótica: trabalho numa casa de loucos onde tenho dias em que faço 16 horas seguidas sem ganhar um tostão a mais por isso e onde, se chegar 15 minutos depois das 9 da manhã, me descontam ao minuto no ordenado..., a minha filha anda transformada num pequeno demónio - principalmente ao fim-de-semana -, não quer saber da mãe para nada - só chama pelo pai - e o meu casamento atravessa uma pequena (grande) crise. Não há rotina que não dê cabo do amor e é preciso duas pessoas para que isso aconteça...
Ora, se bem me lembro, diziam as previsões astrológicas no final de 2009, que 2010 ia ser o meu ano! O ano do escorpião, onde todos os meus sonhos se iriam realizar.... pois bem, já vamos a meio do ano e não vejo sequer sinais de isso acontecer.

segunda-feira, maio 24, 2010

diz que vão acabar com os portageiros...

...já a partir de Junho! E agora, como é? Se a Brisa vai rescindir contrato com 1200 trabalhadores/portageiros e substituir os mesmos por máquinas, como é que eu vou arregalar os olhinhos a caminho de casa, depois de um dia de trabalho, se não vejo o ' meu Adónis' que todas as semanas recebe o ticket e me deseja 'Boa viagem'? Humm?!?
Está mal!! Está muito mal! Acho que vou escrever uma carta à Brisa a queixar-me que nos habituam a um serviço de 'qualidade' e que depois, não basta já a malta pagar todos os dias a chulice de 4,20€ só para fazer uns míseros 20 kms (de ida e volta), como ainda nos tiram o único 'bombom' associado ao mesmo...
Mais 1200 pessoas para o desemprego, é o que é... Este país vai de mal a pior.
Outra coisa que ultimamente me fez ficar fula da vida é a questão do IRS ir aumentar já a partir do mês de Junho... Ora, se aquando da minha contratação me engaram em relação ao meu ordenado e eu já ganho menos do que aquilo que esperava (bem menos) e se, a partir de Junho, o valor que desconto para o IRS ainda será maior... bom, não tarda nada, mais vale ficar quietinha em casa e não gastar perto de 500 euros por mês em portagens e gasolina para ir e vir trabalhar, porque senão, qualquer dia, ainda tenho é de pagar para trabalhar! E dar graças a Deus por isso...
E depois aumenta tudo: a creche da miúda, a renda da casa, a água, a luz, o gás, o telefone, o pão, os bens mais essenciais, mas os ordenados estão cada vez mais magros, mais reduzidos e exigem à classe mais desprovida de poder de compra os maiores sacrifícios, retiram-nos o 13º mês, comem-nos parte das regalias, não usufruímos de nada: temos um serviço de saúde de merda, um abono de merda, creches de merda, regalias do estado de merda...
Confesso que nunca pensei ver Portugal assim e digo, com a reinvindicalista que há dentro de mim, que tenho medo, mesmo muito medo de onde isto vai parar. Assusta-me a ideia de uma guerra a nível europeu, por exemplo - num cenário mais extremista e fantasioso - e assusta-me ainda mais ter uma filha pequena a crescer num ambiente incerto, onde a mãe possui um trabalho precário sem qualquer tipo de salvaguarda e o pai, apesar de fixo, não pode dizer que de hoje para amanhã não será demitido. Porque já não há empregos seguros e porque sem um nome de família sonante, uma herança que nos garanta cunhas e um lugar confortável resultante do status adquirido, somos uns 'zés ninguéns', povo esquecido e resignado à sua condição mais insignificante.
Sim, tenho uma alma esquerdista muito forte dentro de mim. Cada vez mais.

quinta-feira, maio 20, 2010

curtas

  • O tempo tem sido pouco porque ando absorvida por trabalho e quando não ando, estou tão cansada que nem me apetece vir aqui escrever o que quer que seja. À noite, quando chego a casa e já depois de ter deitado a miúda, só quero a minha cama e dormir, nem ligo o computador. Acabaram-se os serões em redor do portátil e as horas intermináveis no facebook até às tantas da madrugada. Não dá, não consigo, basta-me fechar os olhos que adormeço em segundos.
  • O ambiente na agência tem dias, mas é, de um modo geral: MAU. A semana passada o senhor director regressou do estrangeiro - depois de um mês quase de ausência - e colocou logo a casa toda em rebuliço. A gritaria era tanta, que andava tudo à beira de um ataque de nervos. Em dois dias, duas megas discussões com dois colegas, mas mesmo daquelas baixo nível onde, entre outras pérolas, apelidou as pessoas de 'deficientes' e mandou-as para 'o raio que as parta'. É bonito de se ouvir, não é? (NOT) Eu fico sempre chocada com estes actos e gestos, principalmente por parte de quem chefia uma casa. Acho de uma prepotência sem limites, de uma falta de respeito pelos colaboradores, pela equipa que afinal, mete todo o seu negócio de pé, mas isso de nada parece valer sobre quem tem de ter sempre a última palavra mesmo que seja pelos piores motivos. Só digo isto: se fosse comigo, não teria a passividade que os meus colegas tiveram. Acho que me passava e rodava a baiana da mesma maneira histérica e descontrolada com que ele o faz. Podia ser despedida na hora, (era-o de certeza absoluta), mas vinha de alma lavada, porque mesmo sendo patrão, não tolero faltas de respeito. Que critiquem o meu trabalho, que digam cobras e lagartos sobre a minha competência, mas o insulto puro e duro, só porque 'acha que pode', comigo não resulta.
  • Por causa disso, tive dias em que só me apetecia dizer que me ia embora e que não estava para tolerar isto. Aliás, estou aqui há quase 2 meses e já foram despedidas umas 4 pessoas, além da rodagem de entra e sai - algumas pessoas nem 2 semanas cá estiveram - nos entretantos... Por isso, 2 meses meus aqui, uau, já está a ser a loucura! Mas pronto, há dias melhores e outros piores e nada que uma boa noite de sono não resolva. Há dias em que faço um esforço tremendo para estar aqui e outros em que penso: 'olha, ao menos estás a trabalhar, vai aguentando'. E pronto, assim se vão passando as horas.
  • Apesar de tudo ando a mandar cv´s e a tentar fazer contactos, mas isto está tudo menos fácil e as respostas não têm sido positivas, mas a esperança é a última a morrer.
  • As colegas são estranhas, pouco simpáticas e algumas um pouco falsas... Já começo a perceber quem é que empurra sempre trabalho para quem, quem se descarta e quem só é simpático comigo quando lhe é conveniente, além dos 'lambe-botismos' típicos de qualquer organização que se preze.
  • Tenho saudades de trabalhar em bons ambientes, de ter colegas porreiros, de saber que fora do trabalho posso, por exemplo, ir beber uns copos com eles, como acontecia nos meus primeiros anos de trabalho... queria muito regressar à imprensa e tenho feito contactos nesse sentido. Não tem dado em nada, mas acredito que vou conseguir! O pensamento positivo faz maravilhas... (ou assim espero).
  • E pronto, com estas me fico, que já devia de estar a caminho de casa - ou melhor, entalada no trânsito infernal com que me deparo todo o santo dia - para ir ter com a minha 'ferinha' júnior e tentar encontrar um pouco de paz longe daqui...

quinta-feira, maio 13, 2010

Fizz Limão

Tirando a minha cara de parva - que está uma coisa pura e simplesmente pavorosa - concentrem-se apenas e só no belo do geladinho, ok? É que ontem, depois de tanto ouvir falar no regresso do Fizz Limão na rádio, e de eu própria, quando era miúda, adorar o sacana do gelado e ter apanhado um desgosto quando o mesmo acabou, decidi sair na minha hora de almoço - que não posso passar a vida aqui enfiada sem respirar sequer ar "puro" durante 15 minutos - e descer à pastelaria que há em baixo do prédio para comprar o belo do geladinho.
Para começar achei-o pequenino e levezinho, depois, achei-o com muito gelo, e o tão aguardado creme, que era a cereja em cima do bolo (neste caso, o melhor do gelado)... Bom, achei que já não é o que era, nem tão cremoso, nem com o mesmo sabor.
Resumindo: o Fizz voltou mas não me convenceu. Ou isso, ou 20 anos sem provar uma coisa e com tamanhas expectativas em relação à mesma, deixam-me sempre defraudada.
Acho que tenho de comer outro para ter bem a certeza.

quarta-feira, maio 12, 2010

desabafo curtinho

Acho que envelheci uns dez anos (no mínimo) em mês e meio de trabalho.

Depois aprofundo, porque o tempo é-me cada vez mais escasso.

terça-feira, abril 27, 2010

sou casada mas não sou ceguinha

Confesso que há um rapazinho nas portagens da auto-estrada que, de duas em duas semanas, aparece para eu regalar a vista. Não está lá sempre, não é habitual, mas volta e meia lá deve fazer aquele turno e eu tenho oportunidade de, no fim de um dia de trabalho e de uma viagem de perto de 50 kms, poder - ainda que por uns breves 5 segundos - babar-me... enquanto tento não dar bandeira e fazer o meu ar dissimulado de 'não, não estou a olhar para ti' .



Ai se fosse solteira ;)

segunda-feira, abril 26, 2010

constatações

Quando estive desempregada ninguém da família me ajudou. Mesmo tendo algumas pessoas bem colocadas, mesmo tendo - supostamente - um ou outro 'bom' contacto. Liguei, falei, enviei CV e tal, mas já sabia, à priori, que mencionar o tema 'desemprego' causa desconforto à maioria dos demais. Sejam eles do mesmo sangue ou não.
As pessoas evitam perguntar para que no seguimento da conversa não nos lembremos de pedir qualquer 'coisinha', quando a vontade de ajudar é pouca ou nenhuma.
Foi assim comigo. Ninguém perguntava. Fazia tudo de conta que não sabia, ou então falavam à socapa, abordavam o assunto quando eu não estava presente, para não dar hipóteses de mais. E quem diz família, diz amigos. É impressionante como todos eles, sem excepção, durante os perto de 2 anos que estive em casa (pré e pós nascimento da Madalena), ninguém foi capaz de dizer algo do género: 'olha, envia-me lá o teu CV, não garanto nada, mas se souber de alguma coisa'.
Népias. O silêncio total. A minha pessoa confinada ao degredo.
Eu já sabia que para arranjar o que quer que fosse não me podia socorrer da boa vontade dos outros. Teria de ser pelos meus próprios meios, mas infelizmente neste país, nem sempre isso é suficiente e as candidaturas espontâneas não são bem vistas ou valorizadas quando comparadas com 'olha, tenho aqui este CV de um amigo meu, faz lá o jeitinho'.
Mesmo assim, contra todas as expectativas, consegui. Não precisei de pedir ajudas a ninguém, cá estou a trabalhar, mesmo quando estava prestes a ficar com a corda ao pescoço. Pode não ser o melhor do mundo, mas por enquanto e até ver, estou activa. (que isto nunca se sabe se daqui a 6 meses não ando a bater às portas novamente...)
Aos poucos a novidade foi correndo e agora é vê-los, os que me renegaram à insignificância durante demasiado tempo, a voltarem a renascer do mundo dos vivos. Como se o facto de eu já estar a trabalhar, fosse por si só, um indicador de que 'já não corro o risco de ela me pedir favores', ou 'não tenho de lhe aturar o lado depressivo e a mesma lenga-lenga da treta'.
Pois é, é triste mas é verdade. E eu assisto a isto tudo na bancada e sentada em primeira fila.
As mensagens que recebi na última semana foram mais que muitas, a maior parte devido a notícias que sairam na imprensa a respeito da minha contratação. Todos os que ainda não sabiam, passaram a saber e eu, por mais caladinha que estivesse, não tinha como contornar isso.
Ora, acontece que não sou rapariga de trato fácil quando me desiludo com os outros e, acima de tudo, estou numa fase da minha vida e numa idade em que não estou para fazer fretes com quem não merece. Por isso, todos os supostos 'amigos' que durante cerca de 2 anos se esqueceram que existo, mas que nas últimas semanas têm tentado a todo o custo tirar nabos da púcara bem podem esperar sentados pela minha resposta. Não virá. Lamento.
Não me esqueço das atitudes e do desprezo a que fui renegada durante demasiado tempo, excluída de todo o tipo de sinais de amizade ou de partilha perante os laços que nos uniam.
Estou sentida, admito-o. Demasiado sentida para perdoar.
O mesmo acontece com a família. No que diz respeito a eles, nada que eu não estivesse já à espera, mas é engraçado como o tempo, ou as circunstâncias, se encarregam de dar chapadas de luva branca a muita gente. Soube, esta semana, que uma prima minha - casada com um primo meu bem colocado e nora dos meus tios que passam a vida a gabar-se do trabalho da filha, do filho e do genro - foi demitida. Não fico feliz por sabê-la desempregada, ainda por cima quando estava no novo emprego há tão pouco tempo, mas confesso que me dá um certo gozo que as pessoas que julgam os outros e se consideram intocáveis, constatem que afinal a 'crise' e o 'desemprego' atinge qualquer um, mesmo os seus mais directos.
E nesse aspecto, pode ser que aprendam a ser mais humildes e se lembrem que se um dia é por mim, no próximo pode ser por eles.

eu queroooooo

Uma saia destas de tule, lindas de morrer, e que estão na montra de algumas Mango deste país. Ontem, dei um saltinho assim muito, muito, muito de fugida à Mango do CascaisShopping para ir comprar calças de tecido - obrigações laborais - e quando chego à montra, vejo 'isto', saias bem ao estilo 'fru-fru' de bailarina, que não se encontram para venda, mas que são lindas de morrer assim mesmo, conjugadas com t-shirts de tecidos vaporosos e laços de cetim.
Estou quase tentada a pedir à minha mãe que me faça uma.
Não trouxe uma saia fashion e completamente louca, antes pelo contrário, saí de lá com 3 pares de calças de tecido com vinco à frente, em 3 tons - preto, branco e vermelho - que é para me deixar de devaneios de adolescente e meter, de uma vez por todas na cabeça, que agora, os blazers e afins, passam a fazer parte do meu armário obrigando-me a 'crescer'.
ARGH.....

a moda que vem com não sei quanto tempo de atraso...

Sou só eu que já não suporto ouvir falar na moda (atrasada) dos 'Cupcakes' que habita em Portugal, ou há mais algum 'alien' que me faça companhia?
Mas esta gente agora descobriu a pólvora? Há quantos anos existem cupcakes, senhores? Há c'anos! E só agora é que se lembraram que os bolinhos do 'Sexo e a Cidade' são giros, fofinhos, imaculados, coloridos, originais, bombas calóricas e tudo e tudo e tudo, além de serem óptimos para temas 'glam' e 'fashions' q.b. para figurar em tudo o que é escaparate e revistas de moda?
Mas já alguém lhes explicou que aquilo, por baixo da 'maquilhagem' toda, é um simples 'queque'?!

Haja paciênciaaaaaa.

domingo, abril 25, 2010

mas porque nem tudo é mau...

... porque aqui 'a querida' recebeu uma malinha Carolina Herrera que andava a namorar há long, long time ago.


Estou tão apaixonada pela dita, que só não durmo com ela na cama, por vergonha.

1, 2, 3... inspira

As coisas cá por casa não andam fáceis. Nem com o pai, nem com a filha, provocando grande stress em todos os elementos da família. Desde que comecei a trabalhar que a Madalena me rejeita. Por vezes, basta olhar para mim e desata a guinchar, como se visse o demo. Pede o pai sempre que chora, como se a mãe já de nada lhe servisse no alívio do pranto ou do mal que a incomoda. A mãe virou a tirana que a abandonou e o pai o super-herói que a salva. Para ajudar à festa e contribuir para o stress generalizado, temos um pai que não pode ver/ouvir a menina gritar/chorar que a cobre de mimos, mesmo quando ela não tem razão, o que nos leva a ter 'situações' em que discordamos sobre a forma como a devemos tratar e/ou lidar perante a situação.
Grita a filha, discutem os pais. E é quando a minha mãe, que agora passa a vida cá em casa, não decide meter-se ao barulho, abrasando-me a cabeça com todo o tipo de lições sobre ser 'boa filha', boa mãe, 'esposa dedicada' e 'otária em geral'.
Não suporto que a Madalena seja tão birrenta, tão chorona e tão insuportável sempre que saímos de casa. Com as outras pessoas porta-se lindamente, é uma criança que toda a gente tece os maiores elogios, comigo, dá-me cabo da paciência até ao limite e sempre que me queixo, deixo toda a gente meio incrédula, como se estivesse a inventar as maiores barbaridades sobre um ser tão adorável e incapaz da mais pequena maldade...
Não há um único dia em que consiga ir aonde quer que seja com ela em que não me faça uma cena que só me apeteça dar-lhe umas valentes palmadas. Anda com mau génio e mau feitio, faz grandes birras sempre que é contrariada e está, a meu ver, a tornar-se uma pequena ditadora. E como eu não suporto crianças malcriadas, palpita-me que a nossa relação vá ser de difícil conduta.
Juro que tenho dias em que só me apetece mandar tudo e todos para o espaço.
Vou ali fazer exercícios de respiração e já venho.

quinta-feira, abril 22, 2010

todos os dias a mesma coisa...

... eu penso: "Hoje é que vai ser. Hoje vou para a cama às 22h30, às 23h00 já estou a dormir. É hoje que me vou disciplinar! É hoje."
Mas nunca é. Não consigo.
Por mais cansada que esteja, podre de sono, disléxica e a trocar cada frase, a não conseguir articular palavra, a ter o cérebro a latejar e os olhos a arder por dormir, em média, umas 5 horas por noite, a verdade é que eu não me consigo disciplinar na hora de ir para a cama.
Depois? Bom, depois acordo todos os dias às 6h50 para estar em Lisboa antes das 9 da matina com uns olhos inchados semelhantes a um besugo e chego à 5ª feira com uma cara de 'desenterrada' e umas olheiras onde mais pareço o Panda!
Como se isso não fosse suficiente e por si só, motivo de angústia, os nervos e stress a que tenho estado sujeita, despoletaram uma reacção de borbulhas em cadeia no meu queixo que não há meio de passar, o que me leva a ter verdadeiros ataques de pânico sempre que me vejo ao espelho e a sentir uma vergonha atroz quando tenho reuniões e me encontro com clientes.
E depois ainda dizem que trabalhar faz bem à saúde ;) LOL