quinta-feira, dezembro 31, 2015

Último post de 2015! Olá 2016!

Não podia terminar 2015 sem escrever um último post aqui no blogue. Ainda nem tive tempo de vir aqui contar-vos como foi o nosso Natal, primeiro do Afonso – que com a excitação típica da época e a casa cheia de gente, passou a dar noites complicadas outra vez ficando com os sonos todos trocados – e já o ano novo chega, a todo o vapor, com brilhos e purpurinas a condizer.
Fazendo um balanço rápido, o meu 2015 foi marcado pela minha gravidez e pelo nascimento do meu segundo filho. Foi um ano um pouco sofrido que acabou por correr bem mas que me fez viver alguns momentos de muita ansiedade e outros de pura saturação. Confesso que já há algum tempo que ansiava pelo fim deste 2015, desejosa que estou que chegue 2016 e com ele uma nova lufada de ar fresco, com novas promessas de oportunidades, ideias, objetivos, sonhos e projetos.
O meu 2015 foi um ano de paragem obrigatória, introspetivo e solitário. Foi um ano de força interior, de fé, mas também de gratidão. A minha gravidez, que de um momento para o outro se tornou tão atribulada e nos fez viver meses de grandes incertezas, acabou por chegar a bom porto e hoje temos este pequeno homenzinho nas nossas vidas – que nos dá noites muito difíceis, é certo – mas que veio animar ainda mais os nossos dias e fazer-nos crescer enquanto família. Foi um ano de resistência onde todos fomos postos à prova. Acredito que com todas as adversidades que enfrentámos em 2015 e que conseguimos ultrapassar, 2016 tem tudo para correr bem. Só peço que não me falte saúde para conseguir acompanhar e criar estes meus dois filhos ainda tão pequeninos e trabalho. Com isso, temos tudo para ser felizes.
Deixo-vos o nosso ano em fotos. 

Um FELIZ e FABULOSO 2016!

 

quarta-feira, dezembro 23, 2015

A virgem e o menino

O tempo tem sido curto, muito curto para tanta coisa. 
Muito trabalho, casa, filhos, compras de Natal, família. O típico desta altura do ano em que os minutos nos escorregam entre os dedos. Por isso e também porque já sei que amanhã, dia 24, vou andar a mil - com uma viagem pelo meio - não podia deixar de vir aqui ao blogue e de vos desejar a todos um Feliz Natal! Espero que em 2016 consiga actualizar o blogue de uma forma mais regular, mas a verdade é que desde que terminou a minha licença e regressei ao trabalho, quase não tenho tempo para mais nada. Por pouco não chegava ao dia 24 sem presentes até para os meus filhos, pois só esta semana consegui ir às compras.
Apesar de não estar com grande espírito natalício, este Natal será o primeiro como mãe de dois, o primeiro do Afonso, assim como o primeiro Natal em que tenho os meus dois filhos comigo. Tem tudo para ser especial.
Espero que amanhã o meu espírito deixe de estar tão turvado e que a magia do Natal baixe em mim! Qual "scrooge"!
Deixo-vos com uma fotografia da minha "virgem e o menino"! 
Feliz Natal*

terça-feira, dezembro 15, 2015

Falta uma semana para o Natal


E eu ainda não comprei um único presente! 
Nem um! 
Nem para os meus filhos.
Só de pensar em meter-me num centro comercial até me dá taquicardias. Já tenho em mente o que hei-de comprar para os miúdos (mais ou menos), mas preciso de arranjar tempo para o fazer, sendo que tempo é coisa que me falta actualmente. Hoje dei-me conta de que faltam 15 dias para o final do ano e 9 para o Natal e comecei a hiperventilar! 
Ontem, quando levei a mais velha à natação pensei que seria boa ideia, enquanto ela estava na aula, dar um salto ao shopping e ir adiantando alguns presentes. Deixei a miúda na piscina, meti-me no carro e assim o fiz. Sabia o que queria ir comprar e dirigi-me logo à loja para o fazer, acontece é que o tempo era curto e quando olhei para o relógio faltavam 10 minutos para a miúda sair da piscina e ir para o balneário e dei-me conta de que ou saía logo naquele preciso instante, ou não ia conseguir chegar a horas. Larguei tudo o que tinha nas mãos e saí a correr. Fiz uma verdadeira maratona contra-relógio para estar na piscina à hora de saída dela e lá consegui. Quando cheguei já estava no balneário, muito chateada comigo por não estar lá quando ela saiu da água. Lá lhe expliquei que tinha tentado ir ao centro comercial comprar alguns presentes e que tinha perdido um pouco a noção das horas e acabei por não trazer nada. 
Por isso, voltei à estaca zero. Sem presentes de Natal e com a lição de nunca mais pensar em fazer coisas durante a aula da miúda, ou corro o risco de ela me rifar enquanto mãe. 
É só a mim que esta época do ano provoca uma ansiedade tremenda? 

quarta-feira, dezembro 09, 2015

a eterna noiva

Fiquei noiva há um ano. Em Novembro de 2014, quando fizemos anos de namoro. Em um ano pari um filho, mudei de casa, ele foi pai de primeira viagem (eu de segunda). O anel continua no dedo, mas data para oficializar a coisa nem vê-la. Não há orçamento que nos valha neste momento, pelo que digo muitas vezes a brincar que serei a 'eterna noiva'. Não que eu queira um casamento com pompa e circunstancia - até porque já tive um assim - mas gostava de ter uma pequena cerimónia intimista e especial, só com o 'núcleo duro', onde pudesse vestir um vestidito catita e fazer um penteado bonito, colocar uma aliança no dedo e ter uma refeição cheia de significado para, em seguida, partir de lua de mel. Mas não há verba que o permita neste momento. Nem auguro que tão cedo ou nos próximos anos. E isso, confesso, deixa-me triste. Mas pronto, a vida é assim mesmo e que remédio temos senão vivê-la da melhor forma. 
Foi por isso que quando vi o passatempo da Pipoca a oferecer todo um casamento nem hesitei! TINHA de participar. Pedi ajuda e eis que me fizeram um vídeo todo catita onde contávamos a nossa história. Ontem foi o dia em que anunciavam os 10 finalistas e, infelizmente, não fui uma das seleccionadas.. (C'um caraças, até já me estava a imaginar na República Dominicana de papo para o ar a beber uns mojitos ou umas piña coladas... mas pronto, vai ter de ficar para outro dia!) 
Mas como não quero que um vídeo tão giro só fique visível para dois gatos pingados, aqui fica ele. Apresento-vos a nossa história!

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Afonso, may the force be with you!

Nunca fui grande adepta da saga Star Wars, mas confesso que quando vi este babygrow da C&A na página de Facebook da marca mudei ligeiramente de ideias!

Acho que o meu pequeno homenzinho ia ficar o máximo vestido de Stormtrooper! 

Fins de semanas bons...

... Geralmente passam a voar! 
E agora que já voltei ao trabalho a 100% anseio pelos fins de semana e para estar com a família. E este foi tão bom, tão preenchido e tão cheio de coisas que passou a voar! 
Começou logo cedinho no sábado de manhã onde fui com a mais velha ao cabeleireiro e arranjar as unhas. Um "Programa de meninas", como ela lhe chamou, enquanto o pai ficou com o pequeno homenzinho em casa. É o que tem de bom em ter uma menina já mais velha, nesta fase é uma verdadeira companheira! Ela adorou ir com a mãe ao cabeleireiro e sentir-se mais "mulherzinha" e mimada e eu fiquei feliz por levá-la comigo e passear com ela por Lisboa sem estar preocupada com fraldas ou leites. Além disso, este tipo de programas são bons para ela perceber que apesar de existir um irmão - que ela adora - que continua a ter a minha atenção e que o lugar dela no coração da mãe é só dela e de mais ninguém. Porque os corações das mães são uns sacos extensíveis onde cabe todo o amor do mundo pelos filhos!

Depois de nos termos ido "embonecar", à tarde fomos ver a peça "O macaco do rabo Cortado" no Museu do Teatro e da Dança. A Madalena, apesar de já conhecer a história, ADOROU a peça! Fartou-se de rir, participava com os actores quando eles interagiam com o público e  até o nosso pequeno homenzinho, com apenas 5 meses, ficou muito quietinho e atento, portando-se lindamente do princípio ao fim. Se ainda puderem ver, uma vez que vai estar em exibição até dia 19 de Dezembro, não percam! É óptimo para levar os miúdos e se o dia estiver bom ainda podem dar um passeio pelos jardins do Museu!
E ainda tivemos tempo, após o teatro, de dar um saltinho à baixa de Lisboa e sentir a agitação natalícia que já invade as ruas. Foi um pouco caótico conseguir lugar para estacionar, mas mesmo depois de tantas voltas à procura valeu a pena! Os miúdos adoraram o passeio - principalmente o mais novo que só quer é festa e pessoas e 'lareú' - e nem o frio nos demoveu! Não há nada que um casaco bem quentinho não resolva, não é? 
Ontem, Domingo, estivemos o dia todo em casa no quentinho e aproveitámos para fazer a árvore de Natal ao som de músicas natalícias e descansar. 
Gosto destes fins de semana de Dezembro, mesmo com frio, em que desfrutamos muito mais da companhia uns dos outros e nos refugiamos em casa entre mantas, canecas de chá, sestas e bolos. 
Quem disse que o Outono não é bom?


quarta-feira, novembro 25, 2015

A dermatite atópica


Quem tem crianças com dermatite atópica sabe certamente o drama que é conseguir controlar a coisa e como ela pode aparecer do nada e quando menos se espera. As chamadas "crises" que podem ser despoletadas por vários motivos e geralmente têm o 'dom' de nos deixar assustadas e desesperadas por conseguir encontrar aquele produto milagroso que permita aliviar a pele dos nossos bebés. (Aqui o termo 'bebé' aplica-se até aos 18 anos! Afinal, os nossos filhos serão sempre os nossos 'bebés'!) 
Esta semana tive conhecimento de que a marca Uriage lançou, recentemente, uma aplicação gratuita, disponível para sistemas IOS e Android, telemóveis e tablets - a ATOPEDIA* – onde se pretende ajudar os pais a controlar a dermatite atópica dos filhos e.que ajuda a controlar cada passo da patologia através de 3 áreas diferentes: COMPREENDER – área destinada aos pais; ACOMPANHAR - área destinada a pais e médicos e JOGAR – área destinada às crianças.
Criaram igualmente uma linha de apoio - a SOS Atopia - com um número verde disponível todos os dias da semana das 9h00 às 18h00 - 800 919 254 - e um email para esclarecer todas as dúvidas que surjam  - sos.atopia@uriage.pt.
Nesta aplicação, além de toda a explicação sobre a dermatite atópica e as suas características na área "Compreender", conseguimos ainda ter, na área "Acompanhar", o registo de crises do nosso filho, ou filhos - já que permite ter o registo de várias crianças - com toda a informação relativa a cada um, nomes dos médicos, medicamentos - se é oral ou tópico - tratamentos, activar lembretes, números de emergência e todos os dados relativos à manifestação de crises ou incidências.

Acho verdadeiramente útil até porque, tendo eu uma doença de pele, sei bem o quão desesperante é andarmos à procura de informação fidedigna e como este tipo de coisas podem ajudar e muito a qualidade de vida do doente, mais não seja pelo registo detalhado de informação caso seja necessário. 
O Afonso felizmente não herdou a minha 'carga genética' no que diz respeito à pele, (graças a Deus!) mas tem tendência a ter a pele do rosto sensível e a zona junto aos olhos mais seca e, por isso, todos os dias aplico loções e cremes nessa zona de forma a evitar a descamação. Não é nada de mais, mas quando fica com aquela zona mais irritada fico logo preocupada.
Por isso já sabem, pais com dermatite atópica ou que tenham curiosidade sobre o assunto, nem que seja para estarem mais informados, esta app é para manter debaixo de olho, mesmo! Ou melhor, na ponta dos dedos e ao alcance de um toque. 
 

Primeira semana de trabalho. E que tal?



Uma semana depois de ter regressado ao trabalho tenho (temos) conseguido manter as rotinas dentro da ordem e tocar todos os instrumentos, metafóricamente falando.
Não é fácil e sinto-me cansada, mas não vou negar que até tem corrido relativamente bem. Principalmente as manhãs, que eram a minha maior preocupação.
Os finais de tarde também são intensos e todo o meu tempo é quase cronometrado ao minuto desde que saio do trabalho até que me deito. É muito puxado todo o ritmo trabalho, crianças pequenas, casa, família, escola, etc.
O Afonso tem estado com uma constipação ‘daquelas’, mas tem conseguido aguentar-se estoicamente sem faltar à creche e sem febre. Tosse imenso e custa ouvi-lo por ser daquelas tosses feias cheias de expectoração, mas o soro – que ele odeia pôr no nariz – e os aerossóis têm ajudado bastante.
As noites é que continuam a ser o drama desta casa e não há meio de normalizarem. O Afonso acorda em média, quatro a cinco vezes por noite, às vezes mais. Chega a ser desesperante. Ora quer leite, ora é a chucha que caiu, ora fica acordado a ‘cantar’ e a falar sozinho no berço acabando por se saturar, aborrecer e chorar por atenção.
Eu sei que ele é pequenino e só tem 5 meses. Eu sei que nestas idades ainda é ‘normal’ nem todos os bebés dormirem a noite inteira, mas caramba, será que dava para ter um filho – um que fosse – que dormisse a noite inteira ou que só acordasse uma a duas vezes? A Madalena só me deu uma noite inteira de sono aos 9 meses e suspeito que com o Afonso a coisa ainda demore mais a acontecer. É miúdo que não gosta de dormir – de dia despacha as sestas em meia hora – e de noite se for preciso está a acordar de hora a hora e a beber leite como um desalmado. Já tentei de tudo: dar papa ao jantar para ficar cheio e não pedir leite. Sem resultado. Dar papa ao lanche e ao jantar para ficar ainda mais cheio (conselho da pediatra). Sem resultado. Dar papa no biberão. Sem resultado. Não dar leite e tentar ‘enganá-lo’ com a chucha. Sem resultado.
De noite despacha biberões de 210 ml a uma velocidade que durante o dia não se reproduz.

Alguém tem sugestões milagrosas para matar a fome a este comilão nocturno? 
Tenho sono e já estou por tudo.

quinta-feira, novembro 19, 2015

Então e o regresso?


Nestas duas últimas semanas não actualizei o blogue porque o tempo foi, efectivamente, curto! Quis aproveitar cada minuto, hora e oportunidade de estar com o meu bebé antes do 'fatídico' dia do regresso. Quando digo 'fatídico' não tem de ser no sentido negativo, mas apenas aquela data que marca uma nova etapa nas nossas vidas - na minha e na dele - com novas rotinas e com o tempo passado a dois bastante mais reduzido do que até agora.
E o tempo voou e o aguardado dia chegou. Num ápice. Num estalar de dedos. Num piscar de olhos. 
E todos conseguimos adaptarmo-nos a ele. O Afonso já tinha começado a fazer a adaptação à creche há uma semana, pelo que o dia do meu regresso ao trabalho nesse aspecto foi tranquilo. A minha única preocupação prendia-se com o tempo que poderia despender de manhã, a despachar-me a mim a ele e à mais velha, a rotina de toda a família e se haveria ou não atrasos, mas com planeamento e gestão lá conseguimos todos cumprir os nossos horários e chegar aos nossos destinos - os miúdos à escola, os pais ao trabalho. 
O regresso foi tranquilo e ameno. Após 9 meses de ausência, soube bem. Foi bom ver os colegas, voltar a sentar-me no meu lugar - que permanecia inalterado desde a minha ausência - e sentir que todo este tempo que me pareceu tão longo em alguns momentos foi apenas o tempo necessário para todos. 
As manhãs são uma 'luta' a contra-relógio, mas uma luta que até dá gosto. É um novo desafio, uma nova vida e sabe sempre bem voltar para um sítio onde sabemos que somos bem recebidos.
Foi assim que me senti ontem. Porque eu própria já sentia saudades desta dose de loucura diária. 



segunda-feira, novembro 02, 2015

Da festa


Já aqui o disse e referi: organizar uma festa de aniversário para os miúdos hoje em dia dá tanto trabalho como um casamento. Sim, estou a exagerar, mas é quase semelhante - embora numa escala mais pequena. 
Tem de ser tudo pensado com o devido tempo de antecedência: do menu aos convites, passando pelo espaço e decoração. A escolha do tema e do bolo são outros dos pontos centrais da atenção, a ementa e diversidade do menu idem, assim como a animação e número de presenças. Só não tive de fazer as mesas e decidir quem se senta ao lado de quem (ufff), mas tive de controlar mais de vinte crianças em fúria levados pela adrenalina e excitação descontrolada perante a presença de insufláveis ou trotinetes. Um turbilhão de energia como só os miúdos de 7 anos sabem ter.
Mas valeu a pena. Mesmo que aquelas 3 horas tenham demorado semanas a pensar ou o último fim-de-semana a tratar de pormenores. Ela reviu amigas que já não via há muito tempo, teve os amigos por perto e divertiu-se. É isso que conta, certo? 
Agora, no rescaldo da festa e já no dia a seguir, debato-me com a quantidade de comida que sobrou e cujo frigorífico já não possui nem mais um centímetro para albergar, com a loiça de plástico, talheres, copos e taças que não sei igualmente onde arrumar, ou com o facto de que não tirei fotografias quase nenhumas. (O que não tem de ser necessariamente mau, já que significa que vivi o momento e não estive tão preocupada em registá-lo). 
Quanto ao tema... Bom, já perceberam qual foi, não já?
O sítio da festa foi no Colégio dos Salesianos de Lisboa - que tem um recinto exterior fantástico com insufláveis, trotinetes e muita brincadeira. 
Contratei ainda os serviços da Suspiro. A Susana foi incansável: pintou as caras dos miúdos, vestiu-se de Minion, fez-lhes balões das mais variadas formas e ainda lhes contou histórias com fantoches.
E o bolo, bom, o bolo foi 'A' estrela da festa! Estava lindo e maravilhoso, a pequenada adorou e os adultos ficaram rendidos. 
Foi feito pelas mãos da talentosa Mara da Milmil, assim como as diversas bolachinhas. Escolhemos um minion princesa, de tiara na cabeça e tutu cor-de-rosa, como a menina cá de casa anda tantas vezes. Tão perfeito que até dava pena de comer.
Fotografei-o sim, mas acho que a foto que a Milmil colocou na sua página e que eu me atrevi a 'roubar' para colocar aqui é que lhe faz a devida justiça.

7


A mais velha fez anos. 7.
Apenas um dia depois de mim.
Trinta anos certinhos que nos separam, com a diferença apenas de um dia.
São sete anos dela, sete anos meus, sete anos nossos.
Sete anos!
Caramba, o tempo voa!

domingo, novembro 01, 2015

37

Os 37 chegaram. Calmos e serenos. Sem dramas, sem 'blues', sem medos.
O último ano não foi dos mais fáceis, foi exigente e de ritmo lento, mas trouxe-me a segunda maior dádiva da minha vida: o meu filho. 
Festejar este 37º aniversário trouxe também o sabor das certezas de quem me ama e me quer bem, do verdadeiro significado da palavra "gratidão" e do quão afortunada sou diariamente. Deve ser isso o que de bom traz a idade: o sabermos exactamente que a vida é como é e que não podia ser de outra maneira. Aceitar. Não viver angustiado por isso. Ser feliz. O tempo encarrega de pôr tudo no seu lugar.
Eu confesso que tenho tendência para sofrer por antecipação, mas depois acabo sempre por verificar que não deveria ter consumido tanta energia com determinados assuntos. Que deveria querer-me mais e melhor. Ser mais solidária e meiga comigo. 
Que estes 37 me tragam a felicidade feita das pequenas coisas, como foi o dia de ontem, tão simples e tão bom. A família, tu, eu, nós, os nossos. 
O meu chão.

Doce ou travessura?

É um doce, mas está cada vez mais travesso e eu já não consigo passar sem ele. 
Só tenho vontade de o esmagar de beijos.

Feliz Halloween!

Camisola e calças - Zara Kids
Sapatilhas  - Primark

quarta-feira, outubro 28, 2015

Das noites


Tem sido um horror. Sinceramente não percebo como é que agora, aos 4 meses, o Afonso decidiu acordar quase de hora a hora durante a noite levando-me à exaustão do cansaço. Se ele já tinha tendência a acordar uma média de 2/3 vezes por noite e já me custava, quando acorda quase de hora a hora - pelos mais variados motivos, seja chucha, porque quer leite, porque quer brincar, ou apenas porque sim - eu perco um pouco o discernimento e os meus níveis de tolerância atingem sinais vermelhos. Porque sinceramente não entendo. A pediatra na última consulta e perante as minhas queixas sossegou-me, tranquilizando-me com a introdução da papa e de que ele ia ficar de barriga tão cheia que ia dormir a noite toda deixando-me descansar. 
Eu, parva, acreditei.
Ele fez questão de mostrar o contrário.
Não há papa que me valha. Nem leite. 
Se por um lado não gosta de ter de dar à boca e do processo (e trabalho) que implica 'comer', estando ainda a aprender a lidar com a colher e a deglutir, por outro, com o leite, nunca bebe grandes quantidades e assim leva o dia e a noite a mamar ao sabor da vontade. 20 ml aqui, mais 30 ml ali ou de hora a hora. É um desespero. 
Aconselharam-me o cosplepping para ver se lhe dava a volta (algo que fui sempre contra e que nunca fiz com a minha filha mais velha), porque se é para dormirmos todos, então mais vale ele estar bem e nós também. Hoje, no limiar do desespero e do sono e da rabugisse que tenho noção em que estava, mandei o meu princípio 'anti'-cosplepping', tirei-o da cama dele e meti-o na nossa. Nem assim sossegou. Às 6 da manhã todo ele se ria e estava cheio de energia para começar o dia.
E não pensem que de dia repõe o sono perdido dando-me grandes sestas. 
Naaaaa. 
Despacha o assunto em meia hora e está feito. Às vezes nem tempo tenho de tomar um banho decente ou terminar o almoço de forma calma e tranquila (às 3 da tarde!).
Sinto-me cansada e de muito mau humor.
Daqui a duas semanas regresso ao trabalho e se as noites continuam assim rapidamente faço 'tilt'.

Ursinho com nome personalizado - Loja Naturapura.

segunda-feira, outubro 26, 2015

Da sopa



Começou hoje a comer sopa.
Fiz-lhe um creme de batata, cenoura e cebola que, provei eu, estava delicioso.
Ele? Bom, ele... DE-TES-TOU!
Assim que lhe metia a colher na boca fazia as mais variadas expressões de agonia e vómito e cuspia tudo.
Cuspiu praticamente tudo.
Agora dorme, mas antes, chorou tanto com fome que tive de lhe dar um biberão de leite.
O malandro.

Festas de aniversário do Séc. XXI



Desde quando é que organizar uma festa de aniversário para os miúdos se tornou numa logística tão complicada e complexa, quase semelhante à organização de um casamento? No meu tempo não era nada assim. Havia um bolo, geralmente feito pela nossa mãe e nós já ficávamos felicíssimos com isso e se, pelo meio, os pais pudessem juntar na mesma mesa alguns familiares e amigos da escola, era a loucura! Não me lembro de ter tido festas temáticas, distribuir convites com duas semanas de antecedência na escola, da minha mãe andar louca com o tema da festa ou com a produção de um bolo em cake design, nem tão pouco de ter animação, insufláveis ou qualquer tipo de brincadeiras criadas com o único propósito de nos entreter. Aliás, não me lembro de ter quase festas de aniversário. Lembro-me do dia em que fiz 5 anos e em que recebi uma maleta de médico. Em todas as fotografias tiradas nesse dia lá está a famosa maleta agarradinha à minha mão como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. E eu vestida com um vestidinho bordeaux que tinha um laço de veludo no peito e uns sapatinhos de fivela, qual Doroty do Feiticeiro de Ozz. 
Hoje em dia as festas de aniversário entraram num patamar tal de show-off, que damos por nós a hiperventilar vários meses antes à procura do sítio, a deitar contas à vida por cada cabeça e criança que a cria quer convidar, a ver e a tirar ideias do pinterest para recriar, a procurar na internet contactos de animação e pinturas faciais, ou a encomendar com mais de um mês de antecedência o bolo de acordo com o tema geral. Resumindo: a gastar uma pipa de massa para umas horas, já para não falar na nova tendência de festas com loiças de porcelana e os produtos expostos como se fosse uma apresentação temática, que essas disparam qualquer orçamento. 
Até a Madalena fazer 6 anos as festas foram sempre em casa, apenas com a família mais chegada e com um almoço ou jantar onde, no fim, temos bolo e mesa farta com coisas feitas por mim. Só o ano passado é que dada a situação de ir fazer 6 anos me predispus a fazer uma festa num sítio onde ela pudesse convidar os amigos da escola. Mas isto de se fazer anos em Novembro e de não se ter casa grande é um pau de dois bicos... é que por um lado, para convidar os amigos temos de alugar ou encontrar um sítio/espaço que permita que caibam todos e, em Novembro, não há parque que nos salve devido ao tempo, o que significa que temos de abrir a carteira e pagar por uma festa num espaço fechado. 
Como o ano passado ela teve isso, este ano também quis fazer algo semelhante. Tive sorte e encontrei um sítio onde não pago pelo espaço mas fica a meu cargo toda a decoração e comida necessárias. Tive igualmente de tratar dos convites e de fazer as coisas com algum tempo de antecedência de forma a garantir que fica tudo feito a tempo e horas. É já Domingo que a cria mais velha faz 7 e, claro, está em ânsias. Já eu, estou com o nervoso miudinho para que corra tudo bem e que termine, para finalmente poder descansar!
Ah, e pelo meio, também eu faço anos! Mas isso, acho que já nem conta!

quarta-feira, outubro 21, 2015

Da papa


Tivemos indicação para começar pela papa nesta nova etapa de vida e do desenvolvimento do Afonso. Durante esta semana ao almoço vai ser assim, habituar-se a engolir, a comer com uma colher, a uma textura diferente - mais espessa e consistente - e a um sabor diferente que não o do leite. 
A papa aconselhada pela pediatra foi esta que podem ver na imagem - Primeira Papa da Nutriben de Milho/Arroz. 
Quando a pediatra referiu 'milho/arroz' achei logo que a mesma devia de ser intragável e com um sabor horroroso, mas quando a fiz e provei um bocado, qual não foi o meu espanto de a achar doce e agradável. Ele claro, adorou. Ainda não sabe muito bem o que fazer à língua, cospe alguma fora, mas o truque é enfiar-lhe a colher na boca de forma a que o reflexo imediato seja mais de engolir do que de deitar fora. E resulta.
Agora o pequeno e único 'senão' desta história: a papa é de facto doce e saborosa e isso despertou a minha curiosidade em ler a composição e lá estava a palavrinha temida - "açúcar" - na mesma. A pedi tinha dito "nada de açúcar e nada de sal" - o que é óbvio num bebé tão pequenino, mas sendo assim, com uma papa com açúcar na sua composição deverei continuar a dar-lhe? Mais, foi ela que a prescreveu, será que sabe que a mesma leva açúcar? 
Pelo sim pelo não vou enviar-lhe um email a questionar esta situação e ver o que me diz. 
Falaram-me nas papas dos supermercados Miosótis, que não têm qualquer conservante e são completamente biológicas (assim como de sabor intragável, segundo me disseram) - em que poderia, eventualmente, colocar um pouco de sveltia (um adoçante 100% natural), mas confesso que me custa dar algo de sabor tão 'duro' a uma criança que está agora a habituar-se a comer e a desenvolver o paladar. Bem sei que é para o bem dele, mas nessas coisas não sou extremista e opto pelo bom senso. 
Trabalho com marcas e não sou nenhuma ingénua, sei bem o que interessa ou não destacar numa comunicação ao consumidor, assim como também sei que as marcas de comida, por estarem sujeitas a uma série de regulações, estão cada vez mais atentas a estas questões, alterando e modificando muitos dos ingredientes da sua composição por outros mais saudáveis a fim de evitarem crises, seja junto do público/consumidores, seja dentro da própria indústria.
Não sei se será o caso da Nutriben, mas quero acreditar que sim. Para já vou-lhe dar o benefício da dúvida - pelo menos até ter a resposta da pediatra. 

I feel it all


Há alturas na minha vida em que me sinto muito, mesmo muito abençoada. 
Já sei que o sou, mas há momentos, alturas, pequenos episódios do dia-a-dia que me fazem ter essa consciência de uma forma mais forte e vincada. Em que fecho os olhos e sorrio, em que o peito quase rebenta de tamanha gratidão, em que agradeço a quem me guia, acompanha e protege. Mesmo que nem sempre o transpareça. Mesmo que os meus actos nem sempre o demonstrem. Porque sentir demais tem tanto de bom quanto de angustiante, mas eu não consigo deixar de ser de outra maneira. 
Tudo intenso. Tudo em estado bruto. E puro. E transparente.E brutalmente honesto.

Dos dentes

Gel gengival Primeiros Dentes da Nutraisdin

Mordedor (com parte de silicone para pôr no frio) Nuk

Girafa de borracha para os dentes "Sophie - la giraffe" - internet

O Afonso apesar de só ter 4 meses anda aflito dos dentes há várias semanas. Começou cedo os 'rios' de baba gigantesca, as mãos na boca e, basicamente, tudo o que consiga morder para aliviar. Não imagino a sensação, assim como a dor ou impressão, que possa provocar dentes a nascer - e, ainda bem que não nos lembramos pois acredito que não seria uma memória nada agradável de se ter. 
Para já coloco-lhe um gel da Isdin várias vezes ao dia para alivar e tento 'ensiná-lo' a coçar as gengivas com os poucos apetrechos de que disponho para o ajudar. 
Com a compra do gel/bálsamo gengival da Isdin veio este mordedor da Nuk - que podem ver na imagem em cima - que dá imenso jeito. Tem uma parte de silicone dura e outra de silicone mole que se pode pôr no frigorífico de forma a ficar fria e proporcionar-lhes um maior alívio. Ambos os mordedores unem-se através de uma pega de encaixe ou podem ser utilizados separadamente. 
Também encomendámos a girafa 'Sophie', o mordedor/brinquedo 'it' do momento. É maleável e molinha e as arestas da cabeça permitem ao bebé coçar as gengivas quando a coloca na boca. Também apita e ele anda com ela para todo o lado, apesar de ainda estar a descobrir e a aprender como se pega nos brinquedos, agarra nas coisas e se leva à boca. Tudo menos as mãos, que essas já sabem o caminho.
As consequências desta fase do nascimento dos dentes é que além de os tornar mais rabugentos, irritadiços ou dar azo a outros efeitos secundários mais graves - como acontecia com a minha filha mais velha que ficava com o rabinho completamente assado - não há roupa que resista à quantidade industrial de baba. Tenho de estar munida de vários babetes e ir substituindo os mesmos ao longo do dia já que ficam completamente empapados em pouco tempo, caso contrário fica com a roupa, os bodies, ou o peito molhado.
E desse lado, também há bebés com dentinhos a romper?

terça-feira, outubro 20, 2015

4 meses e novidades ao nível do paladar


Há precisamente 4 meses a esta hora já estava na maternidade em trabalho de parto. Um parto santo, diga-se de passagem! Confesso que estava cheia de medo da "segunda volta" por já saber ao que ia e afinal, a segunda volta foi tão pacífica, calma e tranquila - tão diferente da primeira - que ainda hoje fico estupefacta com a forma como tudo se passou. Mas bom, não foi para falar do parto que decidi escrever este post, mas sobre ele, o meu pequeno homenzinho que já tem 4 meses. Hoje foi dia de pediatra e, tal como esperava, a indicação foi para começar a introduzir novidades na sua alimentação que não apenas o leite. Já ia preparada para isso, o que eu não contava era começar pela papa convencida que estava que ia começar pela sopa - como aconteceu com a minha filha mais velha. O plano é ligeiramente diferente e confesso que ainda estou a assimilá-lo. Então, durante esta semana começar a dar papa ao almoço e as restantes refeições continuar com o leite. Na semana seguinte passar a papa para a noite e começar a dar sopa ao almoço. A base será de batata, cenoura e cebola. Uma semana inteira desta sopa. Já se sabe, sem azeite cozinhado e com indicação de que posso congelar em várias doses de forma a ficar logo despachada para a semana toda. Na terceira semana introduzir na sopa o caldo do borrego. Uma semana de sopa de base de batata, cenoura e cebola cozinhada no caldo do borrego. Na quarta semana introduzir o borrego na sopa e começar igualmente a dar a maçã e a pêra cozidas. 
E pronto, foi isto. Confesso que fiquei um pouco baralhada por ser tudo tão diferente da minha primeira cria. Então e os outros legumes? Introduzo logo a carne mas não vou diversificando a sopa da criança com outros sabores de vegetais? E a fruta é só quase no final do mês?
Como é sempre tudo tão a correr quando estou na consulta com a pediatra geralmente saio de lá com coisas que não me lembrei logo de perguntar ou que não questionei no momento - foi o caso desta minha última dúvida relativamente à introdução de outros legumes. Vou deixar passar estas duas próximas semanas em que vou introduzir a papa e a sopa base e depois tento questioná-la sobre este assunto. Até lá, vou tentar divertir-me com as novidades que esperam a este pequeno homenzinho que terá de se habituar à colher e à deglutição de algo que não seja apenas líquido.
Amanhã é 'O' grande dia e eu já tenho papa, prato, cadeira e colher a postos! 

sexta-feira, outubro 16, 2015

Da casa


Já vivi em muitas casas. Muitas mesmo. Em todas gosto de ter o meu cunho pessoal, de senti-las como minhas, de deixar a minha identidade, mesmo que tenha noção de que a minha presença nas mesmas possa ser passageira. Não gosto de mudar de casa, detesto aliás. O encaixotar a vida e carregá-la para outro espaço começando tudo de novo é coisa para me demover, mesmo quando tem de ser. Não gosto do processo, mas gosto do depois, do decorar, do encontrar novos sítios para as coisas, de comprar outras novas consoante as necessidades que vamos encontrando, de vê-la 'crescer' e ganhar forma. A mudança para esta casa, por ter sido na altura que foi - logo no primeiro mês do meu pós-parto, o estar sozinha em casa a fazer a maior parte das coisas - tanto antes como depois - o de ter um bebé tão pequenino para cuidar, sinto que exigiu demasiado de mim. Ao fim de dois meses de vivência neste novo lar as coisas já encontraram o seu sítio - embora nem todas me deixem particularmente satisfeita. No processo de mudança, seja ele qual for, há sempre coisas que nos tiram da nossa zona de conforto, que nos colocam à prova, que nos testam, mesmo que seja apenas a mudança de uma casa. Neste novo lar ganhámos  numas coisas mas perdemos em outras. Eu confesso que ainda me estou a adaptar ao facto de ter muitos mais vizinhos (alguns bem barulhentos por sinal), ou o viver numa zona muito mais movimentada da cidade onde há barulho dia e noite. Mas em compensação os meus filhos têm um quarto cada um para dormir e brincar e a mais velha tem até um parque infantil em frente onde todos os dias, mal chega da escola, pede para ir.  
E isso, por enquanto, basta-me.