quarta-feira, outubro 28, 2015

Das noites


Tem sido um horror. Sinceramente não percebo como é que agora, aos 4 meses, o Afonso decidiu acordar quase de hora a hora durante a noite levando-me à exaustão do cansaço. Se ele já tinha tendência a acordar uma média de 2/3 vezes por noite e já me custava, quando acorda quase de hora a hora - pelos mais variados motivos, seja chucha, porque quer leite, porque quer brincar, ou apenas porque sim - eu perco um pouco o discernimento e os meus níveis de tolerância atingem sinais vermelhos. Porque sinceramente não entendo. A pediatra na última consulta e perante as minhas queixas sossegou-me, tranquilizando-me com a introdução da papa e de que ele ia ficar de barriga tão cheia que ia dormir a noite toda deixando-me descansar. 
Eu, parva, acreditei.
Ele fez questão de mostrar o contrário.
Não há papa que me valha. Nem leite. 
Se por um lado não gosta de ter de dar à boca e do processo (e trabalho) que implica 'comer', estando ainda a aprender a lidar com a colher e a deglutir, por outro, com o leite, nunca bebe grandes quantidades e assim leva o dia e a noite a mamar ao sabor da vontade. 20 ml aqui, mais 30 ml ali ou de hora a hora. É um desespero. 
Aconselharam-me o cosplepping para ver se lhe dava a volta (algo que fui sempre contra e que nunca fiz com a minha filha mais velha), porque se é para dormirmos todos, então mais vale ele estar bem e nós também. Hoje, no limiar do desespero e do sono e da rabugisse que tenho noção em que estava, mandei o meu princípio 'anti'-cosplepping', tirei-o da cama dele e meti-o na nossa. Nem assim sossegou. Às 6 da manhã todo ele se ria e estava cheio de energia para começar o dia.
E não pensem que de dia repõe o sono perdido dando-me grandes sestas. 
Naaaaa. 
Despacha o assunto em meia hora e está feito. Às vezes nem tempo tenho de tomar um banho decente ou terminar o almoço de forma calma e tranquila (às 3 da tarde!).
Sinto-me cansada e de muito mau humor.
Daqui a duas semanas regresso ao trabalho e se as noites continuam assim rapidamente faço 'tilt'.

Ursinho com nome personalizado - Loja Naturapura.

segunda-feira, outubro 26, 2015

Da sopa



Começou hoje a comer sopa.
Fiz-lhe um creme de batata, cenoura e cebola que, provei eu, estava delicioso.
Ele? Bom, ele... DE-TES-TOU!
Assim que lhe metia a colher na boca fazia as mais variadas expressões de agonia e vómito e cuspia tudo.
Cuspiu praticamente tudo.
Agora dorme, mas antes, chorou tanto com fome que tive de lhe dar um biberão de leite.
O malandro.

Festas de aniversário do Séc. XXI



Desde quando é que organizar uma festa de aniversário para os miúdos se tornou numa logística tão complicada e complexa, quase semelhante à organização de um casamento? No meu tempo não era nada assim. Havia um bolo, geralmente feito pela nossa mãe e nós já ficávamos felicíssimos com isso e se, pelo meio, os pais pudessem juntar na mesma mesa alguns familiares e amigos da escola, era a loucura! Não me lembro de ter tido festas temáticas, distribuir convites com duas semanas de antecedência na escola, da minha mãe andar louca com o tema da festa ou com a produção de um bolo em cake design, nem tão pouco de ter animação, insufláveis ou qualquer tipo de brincadeiras criadas com o único propósito de nos entreter. Aliás, não me lembro de ter quase festas de aniversário. Lembro-me do dia em que fiz 5 anos e em que recebi uma maleta de médico. Em todas as fotografias tiradas nesse dia lá está a famosa maleta agarradinha à minha mão como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. E eu vestida com um vestidinho bordeaux que tinha um laço de veludo no peito e uns sapatinhos de fivela, qual Doroty do Feiticeiro de Ozz. 
Hoje em dia as festas de aniversário entraram num patamar tal de show-off, que damos por nós a hiperventilar vários meses antes à procura do sítio, a deitar contas à vida por cada cabeça e criança que a cria quer convidar, a ver e a tirar ideias do pinterest para recriar, a procurar na internet contactos de animação e pinturas faciais, ou a encomendar com mais de um mês de antecedência o bolo de acordo com o tema geral. Resumindo: a gastar uma pipa de massa para umas horas, já para não falar na nova tendência de festas com loiças de porcelana e os produtos expostos como se fosse uma apresentação temática, que essas disparam qualquer orçamento. 
Até a Madalena fazer 6 anos as festas foram sempre em casa, apenas com a família mais chegada e com um almoço ou jantar onde, no fim, temos bolo e mesa farta com coisas feitas por mim. Só o ano passado é que dada a situação de ir fazer 6 anos me predispus a fazer uma festa num sítio onde ela pudesse convidar os amigos da escola. Mas isto de se fazer anos em Novembro e de não se ter casa grande é um pau de dois bicos... é que por um lado, para convidar os amigos temos de alugar ou encontrar um sítio/espaço que permita que caibam todos e, em Novembro, não há parque que nos salve devido ao tempo, o que significa que temos de abrir a carteira e pagar por uma festa num espaço fechado. 
Como o ano passado ela teve isso, este ano também quis fazer algo semelhante. Tive sorte e encontrei um sítio onde não pago pelo espaço mas fica a meu cargo toda a decoração e comida necessárias. Tive igualmente de tratar dos convites e de fazer as coisas com algum tempo de antecedência de forma a garantir que fica tudo feito a tempo e horas. É já Domingo que a cria mais velha faz 7 e, claro, está em ânsias. Já eu, estou com o nervoso miudinho para que corra tudo bem e que termine, para finalmente poder descansar!
Ah, e pelo meio, também eu faço anos! Mas isso, acho que já nem conta!

quarta-feira, outubro 21, 2015

Da papa


Tivemos indicação para começar pela papa nesta nova etapa de vida e do desenvolvimento do Afonso. Durante esta semana ao almoço vai ser assim, habituar-se a engolir, a comer com uma colher, a uma textura diferente - mais espessa e consistente - e a um sabor diferente que não o do leite. 
A papa aconselhada pela pediatra foi esta que podem ver na imagem - Primeira Papa da Nutriben de Milho/Arroz. 
Quando a pediatra referiu 'milho/arroz' achei logo que a mesma devia de ser intragável e com um sabor horroroso, mas quando a fiz e provei um bocado, qual não foi o meu espanto de a achar doce e agradável. Ele claro, adorou. Ainda não sabe muito bem o que fazer à língua, cospe alguma fora, mas o truque é enfiar-lhe a colher na boca de forma a que o reflexo imediato seja mais de engolir do que de deitar fora. E resulta.
Agora o pequeno e único 'senão' desta história: a papa é de facto doce e saborosa e isso despertou a minha curiosidade em ler a composição e lá estava a palavrinha temida - "açúcar" - na mesma. A pedi tinha dito "nada de açúcar e nada de sal" - o que é óbvio num bebé tão pequenino, mas sendo assim, com uma papa com açúcar na sua composição deverei continuar a dar-lhe? Mais, foi ela que a prescreveu, será que sabe que a mesma leva açúcar? 
Pelo sim pelo não vou enviar-lhe um email a questionar esta situação e ver o que me diz. 
Falaram-me nas papas dos supermercados Miosótis, que não têm qualquer conservante e são completamente biológicas (assim como de sabor intragável, segundo me disseram) - em que poderia, eventualmente, colocar um pouco de sveltia (um adoçante 100% natural), mas confesso que me custa dar algo de sabor tão 'duro' a uma criança que está agora a habituar-se a comer e a desenvolver o paladar. Bem sei que é para o bem dele, mas nessas coisas não sou extremista e opto pelo bom senso. 
Trabalho com marcas e não sou nenhuma ingénua, sei bem o que interessa ou não destacar numa comunicação ao consumidor, assim como também sei que as marcas de comida, por estarem sujeitas a uma série de regulações, estão cada vez mais atentas a estas questões, alterando e modificando muitos dos ingredientes da sua composição por outros mais saudáveis a fim de evitarem crises, seja junto do público/consumidores, seja dentro da própria indústria.
Não sei se será o caso da Nutriben, mas quero acreditar que sim. Para já vou-lhe dar o benefício da dúvida - pelo menos até ter a resposta da pediatra. 

I feel it all


Há alturas na minha vida em que me sinto muito, mesmo muito abençoada. 
Já sei que o sou, mas há momentos, alturas, pequenos episódios do dia-a-dia que me fazem ter essa consciência de uma forma mais forte e vincada. Em que fecho os olhos e sorrio, em que o peito quase rebenta de tamanha gratidão, em que agradeço a quem me guia, acompanha e protege. Mesmo que nem sempre o transpareça. Mesmo que os meus actos nem sempre o demonstrem. Porque sentir demais tem tanto de bom quanto de angustiante, mas eu não consigo deixar de ser de outra maneira. 
Tudo intenso. Tudo em estado bruto. E puro. E transparente.E brutalmente honesto.

Dos dentes

Gel gengival Primeiros Dentes da Nutraisdin

Mordedor (com parte de silicone para pôr no frio) Nuk

Girafa de borracha para os dentes "Sophie - la giraffe" - internet

O Afonso apesar de só ter 4 meses anda aflito dos dentes há várias semanas. Começou cedo os 'rios' de baba gigantesca, as mãos na boca e, basicamente, tudo o que consiga morder para aliviar. Não imagino a sensação, assim como a dor ou impressão, que possa provocar dentes a nascer - e, ainda bem que não nos lembramos pois acredito que não seria uma memória nada agradável de se ter. 
Para já coloco-lhe um gel da Isdin várias vezes ao dia para alivar e tento 'ensiná-lo' a coçar as gengivas com os poucos apetrechos de que disponho para o ajudar. 
Com a compra do gel/bálsamo gengival da Isdin veio este mordedor da Nuk - que podem ver na imagem em cima - que dá imenso jeito. Tem uma parte de silicone dura e outra de silicone mole que se pode pôr no frigorífico de forma a ficar fria e proporcionar-lhes um maior alívio. Ambos os mordedores unem-se através de uma pega de encaixe ou podem ser utilizados separadamente. 
Também encomendámos a girafa 'Sophie', o mordedor/brinquedo 'it' do momento. É maleável e molinha e as arestas da cabeça permitem ao bebé coçar as gengivas quando a coloca na boca. Também apita e ele anda com ela para todo o lado, apesar de ainda estar a descobrir e a aprender como se pega nos brinquedos, agarra nas coisas e se leva à boca. Tudo menos as mãos, que essas já sabem o caminho.
As consequências desta fase do nascimento dos dentes é que além de os tornar mais rabugentos, irritadiços ou dar azo a outros efeitos secundários mais graves - como acontecia com a minha filha mais velha que ficava com o rabinho completamente assado - não há roupa que resista à quantidade industrial de baba. Tenho de estar munida de vários babetes e ir substituindo os mesmos ao longo do dia já que ficam completamente empapados em pouco tempo, caso contrário fica com a roupa, os bodies, ou o peito molhado.
E desse lado, também há bebés com dentinhos a romper?

terça-feira, outubro 20, 2015

4 meses e novidades ao nível do paladar


Há precisamente 4 meses a esta hora já estava na maternidade em trabalho de parto. Um parto santo, diga-se de passagem! Confesso que estava cheia de medo da "segunda volta" por já saber ao que ia e afinal, a segunda volta foi tão pacífica, calma e tranquila - tão diferente da primeira - que ainda hoje fico estupefacta com a forma como tudo se passou. Mas bom, não foi para falar do parto que decidi escrever este post, mas sobre ele, o meu pequeno homenzinho que já tem 4 meses. Hoje foi dia de pediatra e, tal como esperava, a indicação foi para começar a introduzir novidades na sua alimentação que não apenas o leite. Já ia preparada para isso, o que eu não contava era começar pela papa convencida que estava que ia começar pela sopa - como aconteceu com a minha filha mais velha. O plano é ligeiramente diferente e confesso que ainda estou a assimilá-lo. Então, durante esta semana começar a dar papa ao almoço e as restantes refeições continuar com o leite. Na semana seguinte passar a papa para a noite e começar a dar sopa ao almoço. A base será de batata, cenoura e cebola. Uma semana inteira desta sopa. Já se sabe, sem azeite cozinhado e com indicação de que posso congelar em várias doses de forma a ficar logo despachada para a semana toda. Na terceira semana introduzir na sopa o caldo do borrego. Uma semana de sopa de base de batata, cenoura e cebola cozinhada no caldo do borrego. Na quarta semana introduzir o borrego na sopa e começar igualmente a dar a maçã e a pêra cozidas. 
E pronto, foi isto. Confesso que fiquei um pouco baralhada por ser tudo tão diferente da minha primeira cria. Então e os outros legumes? Introduzo logo a carne mas não vou diversificando a sopa da criança com outros sabores de vegetais? E a fruta é só quase no final do mês?
Como é sempre tudo tão a correr quando estou na consulta com a pediatra geralmente saio de lá com coisas que não me lembrei logo de perguntar ou que não questionei no momento - foi o caso desta minha última dúvida relativamente à introdução de outros legumes. Vou deixar passar estas duas próximas semanas em que vou introduzir a papa e a sopa base e depois tento questioná-la sobre este assunto. Até lá, vou tentar divertir-me com as novidades que esperam a este pequeno homenzinho que terá de se habituar à colher e à deglutição de algo que não seja apenas líquido.
Amanhã é 'O' grande dia e eu já tenho papa, prato, cadeira e colher a postos! 

sexta-feira, outubro 16, 2015

Da casa


Já vivi em muitas casas. Muitas mesmo. Em todas gosto de ter o meu cunho pessoal, de senti-las como minhas, de deixar a minha identidade, mesmo que tenha noção de que a minha presença nas mesmas possa ser passageira. Não gosto de mudar de casa, detesto aliás. O encaixotar a vida e carregá-la para outro espaço começando tudo de novo é coisa para me demover, mesmo quando tem de ser. Não gosto do processo, mas gosto do depois, do decorar, do encontrar novos sítios para as coisas, de comprar outras novas consoante as necessidades que vamos encontrando, de vê-la 'crescer' e ganhar forma. A mudança para esta casa, por ter sido na altura que foi - logo no primeiro mês do meu pós-parto, o estar sozinha em casa a fazer a maior parte das coisas - tanto antes como depois - o de ter um bebé tão pequenino para cuidar, sinto que exigiu demasiado de mim. Ao fim de dois meses de vivência neste novo lar as coisas já encontraram o seu sítio - embora nem todas me deixem particularmente satisfeita. No processo de mudança, seja ele qual for, há sempre coisas que nos tiram da nossa zona de conforto, que nos colocam à prova, que nos testam, mesmo que seja apenas a mudança de uma casa. Neste novo lar ganhámos  numas coisas mas perdemos em outras. Eu confesso que ainda me estou a adaptar ao facto de ter muitos mais vizinhos (alguns bem barulhentos por sinal), ou o viver numa zona muito mais movimentada da cidade onde há barulho dia e noite. Mas em compensação os meus filhos têm um quarto cada um para dormir e brincar e a mais velha tem até um parque infantil em frente onde todos os dias, mal chega da escola, pede para ir.  
E isso, por enquanto, basta-me.

quinta-feira, outubro 15, 2015

Faltam 15 dias!

Para o 7º aniversário da minha filha Madalena e hoje acordei com a ânsia de "Meu Deus, tenho de começar a organizar as coisas antes que seja tarde demais!". 
A verdade é que este ano o espaço já está reservado e nesse sentido não preciso de me preocupar, mas ao contrário do ano passado, em que a festa que fiz tinha diversão + comida incluída no preço final, este ano os comes e bebes terão de ficar sob minha alçada e responsabilidade. 
Ora, o meu maior 'problema', chamemos-lhe assim, é o tema. A minha filha está numa idade em que os seus gostos já não vão tanto para o cor-de-rosa purpurina - embora seja uma 'pirosa' do pior. Pediu-me uma festa com a temática do "Inside Out", ou "Divertidamente", o filme da Disney e eu fiquei logo em modo "pânico total". Primeiro: Não vi o filme, ela foi ver com o pai e nem sei os nomes dos personagens ou a história. Apenas sei que é sobre as emoções e cada bonequinho representa um estado de espírito: raiva, alegria, medo, etc.
Segundo: aposto que só devo encontrar alguns apontamentos decorativos nas lojas da Disney, o que significa que se fizer a festa sobre esta temática, o mais provável é rebentar com o orçamento. 
Já andei a tirar ideias e a ver coisas no Pinterest. Há coisas muito excessivas, com as quais não me identifico, mas é sempre giro ver o trabalho a que algumas pessoas se dão para fazer festas para os filhos. O outro tema alternativo ao "Divertidamente" é o dos "Mínimos". Confesso que acho este segundo mais fácil de fazer algumas coisas giras para decorar a festa, mas ainda não estou totalmente convencida nem com um, nem com outro. Mas a festa é para ela e, como tal, vou deixá-la decidir dentro das limitações que possam surgir entre cada uma das temáticas.
Uma coisa é certa, não sou apologista de se gastar uma fortuna numa festa de aniversário. Nem sou apologista da nova tendência de festas de aniversário onde tudo é bonitinho, perfeito, imaculado e digno de capa de revista. Uma festa de aniversário para crianças tem de ser isso mesmo: uma festa de aniversário para crianças. Coisas práticas e deliciosas que eles gostem de comer, espaço para brincar, saltar e pular, copos e talheres de plástico (e não porcelanas e taças de chá!), gelatinas, mousses de chocolate, pipocas... Por mais bonitas que as novas festas que agora abundam pelas redes sociais sejam, fico sempre a pensar que não são para crianças mas sim para os adultos, porque criança que é criança se toca na maior parte das coisas que estão presentes nessas mesas, parte metade.
Na festa que irei dar para a minha filha vou convidar todos os colegas da turma dela, mais alguns meninos do terceiro ano - que ela já conhece há vários anos do colégio - assim como amiguinhas que já saíram do colégio mas com as quais ela ainda mantém contacto e filhos de alguns amigos pessoais. Não vai ser coisa pequena. Estou a pensar que deve rondar uns 30 meninos (mais pais e família), pelo que me espera ainda muita dor de cabeça.
Mas para já, o espaço está garantido e o bolo já apalavrado. Só falta mesmo decidir o tema! 
Todas as imagens foram retiradas do Pinterest*


quarta-feira, outubro 14, 2015

You have to f**king eat


Almofada "It's the little things" - Primark Home

Balão "Hello", pendente de porta - Primark Home


Prateleiras - Ikea 

Carrinhos e boneco articulado de madeira - Tiger


Cá em casa já tínhamos, há vários anos, o livro "Go the Fuck to sleep". Tinha a Madalena uns 3 anos, acordava duas e três vezes durante a noite - sempre a pedir e a beber leite - quando mo deram de presente. Não podia ser mais apropriado. Apesar do título pouco pedagógico e baby friendly, este livro é uma delícia para jovens pais (bem humorados e resolvidos) nesta coisa da maternidade/paternidade. Trata-se de um livro para adultos, apesar das imagens ilustrativas a puxar ao universo infantil onde, em meia dúzia de páginas e com muito humor à mistura, se conta em jeito de rima as frustrações que todos já sentimos quando os nossos pequenos não querem dormir - e quando nós o que mais queremos é descanso! O livro, na altura do seu lançamento foi um sucesso, com um número brutal de vendas e aclamado pela crítica dos mais diversos jornais de referência. Agora, o pai desta casa - que foi quem já me tinha oferecido o anterior  e ainda longe de saber que um dia iria ser pai comigo - comprou o novo livro do mesmo autor onde o tema é a comida. "You have to Fucking Eat" é a nova história que segue as mesmas linhas e pisadas do irmão 'mais velho', cuja história gira em torno dos dramas à mesa. Sono e comida, ou seja, as necessidades básicas das crianças, mas como aposto que não vai ficar por aqui, quase que estou tentada a lançar um quizz para descobrir qual será o tema do terceiro. Sim, porque não há duas sem três, já diz o provérbio.
Até lá, decidi colocá-los nas estantes do quarto do miúdo. Além de ficarem lindos de morrer, ele ainda é bem pequenino para saber que apesar de serem o máximo são também "politicamente incorrectos". Mas nós lidamos bem com isso.

DMB


Bem sei que o concerto já foi no Domingo e hoje já é quarta-feira, mas tinha de falar sobre ele mesmo que já toda a gente o tenha feito. O concerto de Dave Mathews Band foi gigantescooooo (em vários sentidos) e prolongado no tempo. Tanto que não conseguimos ficar até à última e derradeira música. Estávamos há mais de quatro horas de pé e os relógios já passavam da meia noite (o concerto começou às 20h15!) e começámos a ficar preocupados com os miúdos e por já ser tão tarde. Enquanto nós acusávamos já o peso das horas, das pernas e do cansaço, eles continuavam em palco com uma energia inesgotável e uma actuação que não dava mostras de abrandar. O prazer era deles e não nosso enquanto público que estava ali a ouvi-los actuar. A voz sem dar sinal de quebrar, um som límpido e intimista como se estivéssemos num clube a ouvi-los, assim foi o concerto da noite. Temas novos, outros revisitados mas em todos, quase todos, a diferença da banda em tocar ao vivo prolongando canções de 4 minutos para 10 ou 15, em solos que alternavam entre os vários membros da banda fazendo-os brilhar. O som no Meo Arena não desiludiu.
Dos novos temas gostei particularmente deste: Blackbird, que é daquelas músicas mesmo boas para nos relaxar enquanto degustamos um bom tinto e de preferência em boa companhia.
Coisas menos boas ou melhor, "coisas que eu se calhar já estou a ficar velha e que já me custam": o calor abafado e irrespirável e que me fez sentir mal em vários momentos. O cheiro a erva forte mesmo ao meu lado quando eu só queria era um pouco de ar fresco para me sentir viva. A sede - nem no intervalo fomos buscar água ou uma cerveja para não perdermos o nosso lugar privilegiado na frente - e que quase me fez trepar por cima das pessoas que estavam ao meu lado quando vi o rapaz com o barril da Super Bock às costas já no final - tratou-se de uma questão de (quase) sobrevivência! (Acho que nunca uma cerveja me soube tão bem na vida!)
Chegámos a casa cansadíssimos e a cama soube-nos pela vida. 
A Dave Mathews Band continua em grande forma, com um som excelente e com músicas a valer mesmo muito a pena. Nós é que apesar de gostarmos muito deles, já estamos noutra frequência. Concertos de 4 horas em pé não são o nosso forte. Mas caso os rapazes voltem novamente a Portugal, para a próxima já sabemos: só lugares sentados!

sexta-feira, outubro 09, 2015

Baby vanity

Em Campo de Ourique há lojas de roupa para crianças lindas de morrer. Uma delas e onde perco a cabeça é a Pó de Talco. Foi lá que me perdi de amores por este fofo cinzento (uma das minhas cores favoritas para meninos - e até para mim mesma! Cinza is the new black!) para o baby Afonso. Trata-se de uma peça já da nova colecção, quentinho e confortável, com pormenores que o tornam distinto dos demais sem ser demasiado 'girly' - como acontece com algumas peças que, mesmo sendo para meninos, não deixam de ter os folhos e as rendas. Não é que não goste, mas para mim e em especial para vestir um menino, as golas não podem/devem ser demasiado grandes, nem os folhos demasiado destacados. De preferência peças simples e sem grandes adornos, laços ou bordados. Gostei deste precisamente por não ser assim, mas pela textura quentinha e apetecível e os apontamentos de branco à mistura. Vai vesti-lo amanhã, em dia de festa de família, para ir lindo e confortável. Bom para ser completamente esborrachado de beijos, mimo e colo por todos.

October blues


Já aqui falei várias vezes de como gosto do mês de Outubro. Mas assim como gosto do mesmo, também lhe há sempre associado um sentimento forte de melancolia e até, tristeza. Outubro traz-me sentimentos ambíguos que todos os anos vou tentando resolver e ultrapassar ao longo do mês. Outubro é sinónimo de recordações - boas e más - de alegrias e tristezas e, no fundo, se há quem faça reset em Setembro ou em Janeiro, eu faço-o em Outubro. Por ser o meu mês de aniversário é também aquele onde coloco o ano anterior em perspectiva e faço a minha catarse. Ainda ontem falei aqui de uma das datas de Outubro que ainda hoje, passem os anos que passarem, me recordo. Não é fácil ultrapassar memórias e há alturas em que mesmo quando a vida já encontrou o seu caminho ou seguiu o seu rumo, insistem em saltar da gaveta e acenar-nos, recordando-nos de como há certos momentos nas nossas vidas em que temos de saber aceitá-los como parte de nós. Como nos moldaram e construíram. Como nos tocaram. E como há pedaços em que mesmo que não façamos de propósito para que aconteçam, ou mesmo que tentemos não os ver, eles arranjam forma de nos mostrar que não adianta fingir ou fugir dos mesmos. Foi o que aconteceu ontem, dia em que me casei, em tempos, há muitos anos atrás e em que dei por mim de manhã cedo, na casa que comprei com o meu ex-marido, igualmente há muitos anos atrás. A casa vazia, despojada, livre de tudo, a reclamar ser vendida para encerrar um capítulo, pôr um ponto final a uma história. Eu, ali, com um novo filho ao meu lado, sozinha e confrontada entre aquelas paredes, perdida entre recordações. 
Por instantes quase tive vontade de chorar. O simbolismo da data, o simbolismo do momento, esta minha mania de encontrar explicação nos simbolismos das coisas, ou de como o universo tem esta forma estranha de me fazer encontrar respostas nas formas mais inesperadas. Mas naquele instante em que ia tropeçar na tristeza do momento e deixar-me levar, respirei fundo e olhei para o meu filho que dormia profundamente dentro do ovinho. Se não tivesse havido um fim não havia um novo princípio. Se não tivesse havido um fim, não tinha avançado. Se não tivesse havido um fim ele não estaria aqui, tão calmo e perfeito. Acho que o que mais me custa, ao fim destes anos todos, é o saber - e tal como ouvi há poucas semanas uma figura da nossa praça dizer na televisão - que o divórcio não deixa de ser um fracasso nas nossas vidas. Ninguém se casa com a ideia de um dia mas tarde se separar, ou pelo menos assim gosto de pensar. Eu, pelo menos, não casei com isso em mente. Ainda hoje detesto que o meu estado civil seja "divorciada" e não solteira. Acho discriminatório. Ainda hoje sinto falta de uma aliança no meu dedo anelar esquerdo. Ainda hoje me custa saber que a minha filha mais velha não tem o pai e a mãe o tempo todo e que tem de se revezar entre eles, mesmo que tudo flua de forma tranquila. Mas, para mim, são as pequenas coisas que me custam. Custa-me a ideia da família falhada, de como se fazem planos e se investe a vida num propósito que depois não é como idealizámos.
Mas não lamento, nem queria que tudo continuasse como estava. Nem queria estar como estava, mesmo que tenha feito passar por muita dor e sofrimento, mesmo que isso me tenha mudado irremediavelmente.
E assim, lentamente, fechei as persianas e as janelas, peguei no meu filho e nas minhas coisas e fechei a porta da casa sem olhar para trás. Porque é bom quando certos capítulos se fecham, mesmo quando Outubro chega e nos deixa melancólicas. 

segunda-feira, outubro 05, 2015

Então e que tal tem sido a experiência com o carrinho da Greentom?


FANTÁSTICA!! Não encontro outra palavra para descrever o quão contente e satisfeita estou por ter optado por este carrinho e este modelo! Se ainda andei algum tempo indecisa, a verdade é que nada melhor do que a utilização diária para tirar a limpo todas as dúvidas e incertezas em relação a um produto. O carrinho UPP da Greentom, além de ser super leve e feito de material 100% reciclado, tem ainda a vantagem de ter um design bonito e apetecível, com cores lindas que nos fazem vacilar na hora de decidir - já que são todas maravilhosas!
Optei pela conjugação que sempre me arrancou palpitações: chassis branco e cadeira/forra verde água (ou menta). A cadeirinha ainda não a utilizo - só a partir dos 6 meses e o Afonso ainda é pequenino - mas como tinha o ovinho da Maxicosi que já era da Madalena, o UPP da Greentom permite a sua utilização através de adaptadores, o que resolveu o problema de ter ovo mas não ter carrinho com o qual fosse compatível. 
Para além disso, a grande vantagem que noto mesmo no UPP é ser tão prático de transportar e fácil de manusear. Fácil é mesmo a palavra mais adequada para o descrever! É fácil de abrir quando o tiro da bagageira do carro, é fácil de guiar na cidade, é fácil de transportar na mão  quando tem mesmo de ser, é fácil de subir passeios na cidade, de virar em espaços apertados e é bonito! Faz tudo o que qualquer outro carrinho robusto faz com a vantagem de não ser um'trambolho' pesado (perdoem-me a expressão). O espaço que ocupa na bagageira do carro é pequeno e dobra-se com uma facilidade que impressiona qualquer um que me vê a fazê-lo. Não deixa de ser curioso notar como já mais do que uma vez vi pessoas na rua a olhar e a comentarem entre si o carrinho, ou a gabarem-lhe as linhas, o design e até as rodas. Também já recebi alguns emails a perguntar onde o tinha comprado e qual a minha impressão/experiência com o mesmo. Por isso achei por bem fazer este post. 
A minha experiência tem sido para lá de positiva e a satisfação a 100%. Só para vos dar um exemplo conto-vos este episódio: há cerca de um mês tive de ir com o Afonso ao Hospital da Estefânia fazer um exame logo de manhã cedo. Fui sozinha, já que o pai foi trabalhar e não achei que se justificasse estar a faltar ao trabalho para me acompanhar. Quando cheguei ao departamento onde era suposto me dirigir informaram-me que o exame seria realizado no primeiro piso e não havia elevador. Ora, eu estava com o carrinho, o ovinho, o saco com as tralhas todas (fraldas, cremes, mudas de roupa, biberões, essas coisas que andamos sempre carregadíssimas quando somos mães...). O rapaz que me atendeu virou-se para mim e disse: "Está sozinha? Bom, olhe, como não há elevador, deixe o carrinho aqui e leve o bebé só no ovinho, suba as escadas." Fui tão apanhada de surpresa - por não haver elevador num hospital e ter de ir de escadas - que me recusei a deixar o carrinho. Olhei para as escadas e decidi levá-lo pelas minhas próprias mãos. No espaço de segundos tirei o ovo, fechei o chassis - que fica dobradinho em forma de quadrado - e levei tudo em braços com a maior das facilidades. A mala num ombro, o ovo na mão e lá fui eu, a subir as escadas até ao primeiro andar. Tenho noção de que se fosse com outro tipo de carro era impensável, mas o UPP é tão leve e adaptável que permite fazer este tipo de coisas. Mas não pensem que por ser leve e prático é frágil ou pouco seguro! Essa ideia eu também a tinha antes de o comprar. Achava que por ser de material feito de plástico não era suficiente forte podendo colocar em perigo o bebé. Não podia estar mais errada. O UPP é resistente e cumpre todas as normas de segurança aplicáveis a esta indústria e à segurança dos bebés. Porque nessas coisas não se brinca em serviço.
Por tudo isso achei que estava na hora de fazer um post a falar sobre o UPP da Greentom, porque na minha opinião é mesmo um carrinho revolucionário perante a oferta existente no mercado. Cumpre todas as minhas exigências além de ser lindo de morrer! E o preço? Bom, o preço também é uma das suas melhores vantagens! Por menos de 300€ têm um carrinho topo de gama.
E agora, ainda continuam com dúvidas? ;)

Pelos caminhos da fé

Fomos a Fátima com o Afonso. Quando nasceu a minha filha mais velha fiz o mesmo. Gosto de ir agradecer a bênção concedida, deixar um ramo de flores e acender velas a pedir protecção e luz para toda a família. Tivemos sorte com o tempo, o dia esteve ameno, com sol e não choveu. Foi um passeio que se fez bem e o Afonso portou-se lindamente, Ainda mamou em pleno santuário e dormiu uma grande sesta - ao ponto de ressonar alto e bom som - quando estávamos dentro da Basílica da Santíssima Trindade com cerimónia a decorrer, levando-nos a controlar o riso. O santuário está ligeiramente diferente, com obras a decorrer na antiga basílica que nos impossibilita de visitá-la - com grande pena minha já que é a minha favorita - mas vale a pena a vinda, mesmo após tantos anos, agradecer e renovar energias.