Mais um dia de casamento, desta vez do meu amigo P., que depois de alguns anos de namoro com a menina catequista lá do bairro, decidiram finalmente dar mais um passo e seguir para a frente com todas as formalidades como manda a tradição. Conheci o P. no meu primeiro emprego, criámos empatia e ficámos amigos, chegámos inclusive a fazer férias juntos - foi com ele que visitei Madrid pela primeira vez, mal sabia eu que dali a uns anos ia para lá viver - e mesmo depois de ele ter saído da empresa, o contacto nunca se perdeu. Gosto do P., é bem disposto, divertido, lagartão enferrujado (por isso, ele e o C. têm sempre tema de assunto para falar) e trata-me sempre de uma forma carinhosa que me deixa assim meio enternecida (vêem porque é que eu gosto mais de trabalhar com gajos? eles são muito mais cavalheiros connosco!). Tive pena quando ele me disse que não podia ir ao meu casamento. Confesso que gostava de o ter tido lá, mas ontem, não perdi a oportunidade de ver o 'gaijo' todo bonito, de colete e gravatinha, com a sua 'gaija', igualmente toda bonita, os dois, felizes da vida dentro de um Citröen antigo, a desfilar pelas ruas da capital em direcção à quinta. Também tive oportunidade de rever antigos colegas. Não que tivesse muita vontade de me cruzar com certas pessoas, mas no final as coisas até correram bem. A maior parte nem sabia que eu já estava casada (e se já o sabiam, fingiram que não estavam informados), mas não me bombardearam com perguntas como pensei que o iam fazer. De uma maneira geral correu tudo muito bem, apesar de o C. ter ido para o casamento com uma directa de trabalho em cima. Quando acordei às 7h30 da manhã, ele ainda não tinha chegado a casa. Já sabia que o dia ia ser longo, demasiado longo para ele e, por isso, o ideal era não o deixar parar - além de que nem havia tempo para isso, pois o casamento foi super cedo - às 11h00! Ele lá se aguentou durante a missa - apesar de haver partes em que o via quase tombar e mais tarde, nem mesmo os 5 cafés que ele foi bebendo ao longo da manhã, ajudaram. A solução passou por ir dormir a sesta para o carro a seguir ao almoço. Foram duas horas de sono profundo que pelo menos, permitiram que ele se aguentasse até ao corte do bolo dos noivos. Nas últimas horas de festa ainda pudemos ver fogo de artifício e dar um pezinho de dança, mas os meus pés deviam de estar inchados e as sandálias que levava estavam, literalmente, a matar-me! Chegámos a casa às dez da noite, com um C. sonolento e extremamente cansado, que mal caiu à cama, adormeceu numa questão de segundos - eu confesso que não sei como é que ele conseguiu aguentar tanto tempo. Hoje foi a minha vez de acordar sonolenta e cansada. Tenho um convite para uma festa de anos, mas não tenho vontade sequer, de me vestir. Por isso, não vou. Os noivos partem amanhã para as Maldivas (que inveja!! lol) e a mim espera-me mais um dia de trabalho. Falta menos de um mês para as minhas férias - comecei a minha contagem decrescente. Mais, aqui.
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