domingo, abril 29, 2007

algazarra




















Ontem, quando estava eu embrenhada na leitura, toca o telefone. Era a Cátia. Estava em Lisboa, queria ver-me. Foi remédio santo para me obrigar a sair do sofá, ir a correr tomar banho, vestir-me e ala para o Parque das Nações. Tinha vindo a Lisboa juntamente com as colegas do trabalho ver o musical do Filipe la Féria, Música no Coração, no Politeama, mas até à hora do espectáculo decidiram fazer tempo por estas bandas. Ainda bem, assim ainda deu para matarmos saudades e tomarmos cafézinho juntas. Falámos da ida à terra. Isto anda difícil. Provavelmente já não será em Maio, mas sim em Junho a nossa ida conjunta até à Gestosa. Melhor assim, com os dias mais quentes de Junho, podemos aproveitar as praias fluviais e as cachoeiras naturais que abundam por aquelas paragens. Ainda metemos a conversa em dia - pelo menos os tópicos mais importantes - falámos das férias, que este ano não coincidirão, pelo que não poderemos ir acampar, ou pelo menos, combinar alguns dias em conjunto como fizemos o ano passado na Ericeira. (ora bolas) E pronto, ela teve de ir. Foi pouco, mas bom. O mais curioso, e o que nos faz sempre rir é esta espécie de telepatia que existe entre as duas. Estava eu em casa, a acabar de mencionar o nome dela e a dizer ao C.: 'Temos de dizer à Cátia para irmos passar o tal fds à terra' e telefona ela! Fartei-me de a gozar claro, 'não podes ser boa, tu!' - dizia-lhe a rir - e do outro lado só ouvia as gargalhadas dela! Como ainda era cedo e estávamos no Parque das Nações, decidimos aproveitar para ir visitar não uma, nem duas, mas as três feiras a decorrer na Fil! A dos automóveis usados, a dos clássicos e a das viagens! (esta sim, interessáva-me!) Foi mais pelo C., que é um aficcionado por tudo o que seja 4 rodas, mas eu confesso que até achei piada à feira dos clássicos. Os automóveis antigos têm uma beleza sui generis que me fazem prender a atenção e chegar mesmo, a ficar fascinada. Coisa que não acontece muito com os novos modelos, nem mesmo os topo de gama. E ele... bom, ele parece uma criança numa feira de brinquedos! 'Olha ali aquele Corvette, e aquele Lamborghini, e aquele Ferrari, são lindos, lindos' e pronto, eu mostro verdadeiro interesse, mas é só isso. Não consigo sentir o formigueiro nos pés como ele!
Depois do passeio, decidimos vir a casa jantar e eis que nos metemos a caminho de mais uma saída. Tínhamos combinado um copo de Sábado à noite, uma vez que a nossa ideia do lanche no dia do feriado também tinha 'ardido'. O local: Cais do Sodré, horário: 22h30. Local: Irish Pub, O´Gillin´s. O mesmo de sempre. Quando não sabemos onde ir, o que fazer, o O´Gillin´s na Rua dos Remolares, é o nosso escape/ponto de encontro. Há dez anos que frequentamos o espaço. Conhecemos o dono, os empregados, enfim, sentimo-nos em casa, apesar de nos últimos tempos as coisas estarem diferentes. Os preços subiram e muito, o serviço às vezes, deixa um pouco a desejar e à noite é particularmente barulhento, pois é procurado por muitos estrangeiros - normalmente ingleses e irlandeses - que bebem 'pints' de Guiness, como se fossem baldes de água. Ao Sábado, normalmente, há sempre música ao vivo. Durante alguns anos a banda residente, era constituída pelo próprio dono do bar e outros irlandeses de gema e tocavam uma música celta lindíssima. Depois desintegrou-se e para continuar o chamariz das noites de música ao vivo, várias outras bandas, de caractér diverso e vários estilos musicais, começaram a ocupar lugar. Ontem foi a vez da 'Companhia Algazarra', uma banda ao mais puro estilo do Kusturica, 'Gato preto, gato branco', que marcou a animação. Eram muitos para um espaço tão pequeno, mas a música convidava à dança, animaram toda a gente e por debaixo das mesas, os pés andavam numa roda viva, a querer rodopiar.
Deixo-vos um 'cheirinho'.

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