segunda-feira, setembro 24, 2007
as fotos...
E pronto.... estas foram algumas das imagens que consegui.
Claro que há mais, mas estas servem para aguçar a vossa curiosidade.
domingo, setembro 23, 2007
i´m still here
segunda-feira, setembro 17, 2007
revisão geral
Hoje fiz o que andava à adiar há muito tempo: ir ao médico das varizes e marcar finalmente a operação. E voilá, a data já existe e eu estou assustadíssima: dia 22 de Outubro darei entrada na CUF Descobertas e se tudo correr bem, terei alta no dia seguinte. Nem é a operação propriamente dita que me assusta, mas sim o pós-operatório. É que como nunca fui operada, nunca levei pontos, nem nunca me ataram as pernas - ou qualquer outra parte do corpo com adesivos - estou em pânico, porque não sei como é que a minha pele irá reagir. Uma certeza eu tenho: bem não será de certeza, mas é um mal necessário. A verdade é que não posso adiar mais este assunto, porque corro sérios riscos de desenvolver um problema de saúde sério e grave, como por exemplo, uma trombose. E depois do Verão, esta parece ser a melhor altura para fazer a operação, mesmo que em termos de trabalho não seja propriamente a mais calma. Aliás, estava com medo que as reacções por aqui não fossem boas, mas aparentemente foram recebidas com calma e sem stresses. Coisa que me surpreendeu pela positiva.
Outra coisa que me preocupa é o facto de não saber ‘a priori’ se o seguro do trabalho cobre a operação. É que o meu pessoal da Medis, eu sei que não cobre e se o da Multicare for pelo mesmo caminho, então terei de desembolsar do meu próprio bolso cerca de 4.500€!!! (o valor aproximado da operação) O que a acontecer, me deixará depenadíssima por muitos e longos anos… E pronto, o panorama é este. Dia 22 de Outubro e a uma semanita de fazer 29 anos, vou à faca pela primeira vez na vida. No próprio dia entrarei por volta do meio-dia e serei operada às 16h00. Vou levar epidural (qual grávida) e terei de estar em jejum absoluto (inclusive água) a partir das dez da manhã (não sei como, mas pronto).
Ainda não sei como irei fazer e onde irei ficar: se vou para casa dos meus pais para as Caldas, se vou para a Ericeira, se fico por Lisboa. Tenho vários problemas logísticos relacionados com este assunto: se ficar em Lisboa, tenho de subir escadas para chegar a casa e tenho de subir mais escadas para ir da cozinha ao quarto, o que enfaixada das duas pernas não é nada conveniente. Por outro lado, na minha casa tenho net e TV Cabo, o que me permite estar em constante contacto com a agência e trabalhar a partir de casa – o que vai acontecer certamente. Apesar de o ficar em minha casa ser a opção que mais me agrada, tenho um grande inconveniente, não tenho onde deitar ninguém. Se por acaso a minha mãe viesse para Lisboa para me ajudar, não teria onde deitá-la. Este fds descobrimos que o sofá-cama da sala está partido. As molas da cama deram de si e se tiver que pagar a operação, não teremos dinheiro tão cedo para comprar outro…
Por outro lado se for para a Ericeira tenho todas as comodidades: elevador, casa plana, mas sem net e sem TV Cabo! Ora se eu ficar 3 semanas de baixa, a ideia de ficar em casa restringida a apenas 4 canais, é de dar em louca. Além disso, o mais provável é a minha sogra ainda querer vir cuidar de mim e depois, além de enfaixada das pernas, tenho-a a chatear-me a cabeça, panorama que não me agrada nem um pouco. Depois há a hipótese Caldas… que também me agrada, teria o colinho e a atenção da mãe e várias mordomias, mas há uns quantos ‘senões’: os meus pais ainda não se mudaram para a casa nova e duvido, pelo andar dos acontecimentos, que isso aconteça até à data marcada. Depois, ainda não escolhi a mobília do meu quarto, o que significa que não tenho cama e por último não tenho net em casa deles. Poderei sempre tentar pedir uma placa aqui no trabalho, mas não sei se haverá uma disponível para eu monopolizar durante 2 a 3 semanas...
Hoje quando falar com a minha mãe já sei que a mesma vai entrar em pânico, não será mais do que sinto actualmente. Tenho mês meio para me mentalizar e organizar. Vamos ver.
domingo, setembro 16, 2007
tonalidades
Hoje, como o tempo me sobrou, decidi pegar nas coisas que há muito tempo se encontram esquecidas, fechadas, em caixas amontoadas e dar-lhes forma. Saiu outro colar, em tonalidades púrpuras para fazer parelha com as cores da próxima estação. Tem ligeiras diferenças dos habituais, como a fita em cetim a servir de fecho sob a forma de laçada. Está disponível e podem vê-lo aqui e adquiri-lo por mail: casinha_de_botoes@yahoo.com.
Gosto de ter tempo só para mim, como hoje. É estranho para uma filha única habituar-se a estar sempre acompanhada. Não sou eremita, mas os meus momentos de solidão são-me fundamentais. Necessários.
A semana passada foi dura emocionalmente. Numa consulta de ginecologia fiquei a saber que a minha ferida do cólo do útero ainda não cicatrizou. Depois de dois tratamentos de 'crio...qualquer coisa', que me doeram o suficiente para me fazer derramar várias lágrimas na marquesa, o veredicto final não é animador. Terei de fazer algo mais forte e eficaz. Confesso que a notícia me arrasou. A ginecologista passou-me a receita de um exame e mandou-me para a CUF Descobertas. Já não dependia dela disse-me, e eu saí do consultório com o peito apertado de dor e com a cara contorcida de esforço para não chorar. A meio da semana passei pelo hospital depois do trabalho para marcar o exame. Decidi que não valia a pena sentir-me triste, que acontece e que tenho de tratar de tudo e ficar boa quanto antes. Mas mesmo que eu me tentasse mentalizar repetidamente com este tipo de pensamentos, a data que queriam marcar para a consulta arrasou-me: 16 de Novembro! 'Novembro?' disse eu perante o ar impávido e sereno da recepcionista! 'Nem a meio de Setembro estamos e eu só vou poder fazer um exame daqui a 2 meses e meio, num hospital privado??' Os meus comentários devem ter sido de tal forma reactivos, que a rapariga achou por bem encaixar-me num 'extra', num dia em que aparentemente as marcações já estavam lotadas. Agradeci encarecidamente e até um pouco arrependida da minha atitude inconformada mas eficaz. De 16 de Novembro passei para 27 de Setembro, uma melhoria significativa, convenhamos.
Entretanto, o meu blogue sobre a Ictiose - que pouco vai sendo actualizado é certo - começou a dar os primeiros frutos. Recebi um mail de uma rapariga, que o viu e que decidiu entrar em contacto comigo. Trata-se da primeira pessoa portuguesa portadora da doença que me escreve. E o mais curioso de tudo, é que é de Oeiras, aqui tão pertinho. Tem 34 anos e possui Ictiose Lamelar, um tipo bem mais gravoso do que o meu. Apesar de ainda me sentir um pouco desconfortável a falar com alguém que me é perfeitamente desconhecido sobre algo que me é tão intímo, lá me fui libertando. É que não só me é estranho falar com ela sobre isto, como me é estranho falar sobre isto com alguém que também o tem e que fala a mesma língua que eu. Apesar de tudo não deixa de ser produtivo e benéfico, pois fiquei a saber que afinal existem mais 'ictiosos' portugueses do que alguma vez sonhei, pois ela conhece uns quantos. Não duvido que daqui a uns meses esteja a escrever um qualquer post sobre um hipotético encontro.
O 'Casinha' fez dois anos de vida ontem - dia 15 de Setembro - e ao contrário do ano passado eu nem assinalei a data... Sinceramente, em dois anos de existência deste blogue, ele mudou tanto quanto eu. Começou por ter uma finalidade: mostrar e vender as minhas criações e acabou por tornar-se uma espécie de diário virtual privado, onde me exponho demasiado. Tenho noção disso e confesso que só não o terminei de vez, quando estava decidida a fazê-lo, porque tenho um certo carinho por ele. Não me agrada que saibam tanto de mim, principalmente quando isso só serve para alimentar a curiosidade alheia de quem me conhece mas pouco me fala. Mas pronto, que se lixe.
A escrita é o meu alimento diário e o meu universo. Cada vez mais.
sexta-feira, setembro 14, 2007
vida 'tutti-frutti'
Claro que tento ao máximo que isso não aconteça, mas dou por mim tipo bomba-relógio à espera de ser detonada. Felizmente tenho aprendido a controlar-me, muito em parte graças aos ensinamentos do ‘The Secret’. Pode parecer uma perfeita imbecilidade, mas se eu fizer um esforço para acreditar ou pôr em prática os ensinamentos do livro e do dvd, e se com isso conseguir andar mais bem disposta e feliz, então porque não? Uma amiga emprestou-me o dvd e a verdade é que já o vi umas 3 vezes. Numa delas o C. viu comigo. Ficou impressionadíssimo! Tanto, que decidimos comprar um placar de cortiça e encher com imagens de tudo aquilo que queremos atrair e ter na nossa vida. Ele não fez as coisas por menos. Foi ao Aki e trouxe o maior placar de cortiça que lá havia, uma espécie de ‘A3’, gigantesco. Quando o vi chegar com aquilo a casa fartei-me logo de praguejar! (arruinando por completo as boas energias que me restavam!) ‘Onde é que vamos pôr isto?, ‘Não havia nada mais pequeno?’, ‘Para que é que precisas de um placar tão grande? Metade disso chegava!’ Resposta dele, depois de resmunguices de parte a parte: ‘Eu quero muitas coisas!’ Ok, acho que com este argumento ele arruinou os meus. É esta a diferença entre nós. Ele pensa em grande, eu limito-me a pedir o básico. Espírito pequenino? Talvez, mas eu não necessito de ter o Ferrari Vermelho na garagem ou a aparelhagem da Bang & Olufsen para me sentir realizada, mas a publicação de um livrito enchia-me as medidas, confesso!
Agora é aguardar que o universo me dê aquilo que eu peço. Senão mando todas estas teorias à fava.
quinta-feira, setembro 13, 2007
a casa da minha avó
A casa da minha avó sempre foi o ponto de centralidade de toda a família. Desde que ela morreu, há onze anos, que continua ali, intacta mas frágil, como um marco de tempos idos, que nos habituámos a ter por perto. Antigamente, em Setembro – mês por excelência de encontro e reunião familiar – que a pequena casa onde a minha mãe nasceu e onde os seus cinco irmãos foram criados, se enchia de gente, filhos, netos, primos, genros, cunhados e cunhadas, tornando-se demasiado apertada e pequena para uma família demasiado grande.
Quando entramos, somos invadidos pelo cheiro a mofo, pelos tectos baixos, pelo quarto interior, sem luz e com o velho candeeiro a petróleo sob a mesa de cabeceira, pelo chão que range a cada passo, pelas fotos, muitas fotos, que permanecem nas mesmas prateleiras, pontos acumuladores de pó ancestral que deixam vislumbrar embaciadas imagens nossas, de infância vivida. Sempre gostei de entrar na casa da avó e ficar ali, a olhar para um enorme quadro de talha dourada cheio de fotos a preto e branco, onde via caras conhecidas, casamentos de tios que não presenciei, de bebés que já só conheci adultos. Depois perguntava: ‘Quem é este senhor mãe?’ ‘Era um tio de Sintra’, respondia-me ela, e eu ficava ali, a digerir a surpresa de tamanha novidade, incrédula por só agora saber que os laços familiares tinham chegado às imediações de Lisboa. Habituei-me desde muito nova a ter a presença da família mais directa e chegada por perto. Apesar de filha única, este convívio familiar foi importante para a minha formação. As minhas primas eram as minhas companheiras inseparáveis, talvez isso explique o facto de, hoje em dia, ser madrinha da filha de uma delas.
Quando éramos miúdas e em Domingo de festa, a avó sentáva-nos na mesa redonda da entrada para almoçarmos juntas o tradicional cozido à portuguesa e ali ficávamos, em grande algazarra, enquanto os adultos comiam na mesa rectangular da cozinha com o tampo forrado a plástico, onde se sentavam umas quinze pessoas. A casa era pequena, mas transbordava de amor. Não importava mais nada, havia calor, comida e alegria e isso enchia as nossas pequenas almas.
A avó era devota. Muito. Por isso, em dia de procissão e Domingo de missa, a toalha de crochêt branco e imaculado que se colocava sob o altar da igreja, era dela. Ainda hoje lá permanece como sinal da sua presença e dedicação. Depois seguia-se a procissão, onde na sala da eucaristia da igreja, nos vestíamos de branco com asas de anjo e nos sentíamos vaidosas pela indumentária. Ainda hoje gosto de rever as fotos desses tempos. Tenho uma favorita, aquela em que estamos as quatro primas, pequenas e vestidas de branco, encostadas a um velho Ford em frente à garagem da minha tia Madalena.
A porta da sua casa estava sempre aberta adornada pela velha árvore de flores lilazes que lhe embeleza o rosto e lhe dá um ar romântico. Não havia nada que despertasse o interesse alheio para roubar o que quer que seja. Era casa de gente pobre, cujos maiores tesouros eram as imagens de santos no quarto e o fio de ouro que lhe acompanhava o decote com a imagem de Jesus crucificado. A cortina branca esvoaçante, a chave do lado de fora, eram sinais de presença. Entráva-se por aí adentro e gritáva-se ‘ó da casa’, sem medos nem vergonhas, habituádos que estamos àquela sensação de pertença.
Em dias de festa como agora, em que a avó já lá não está, em que as primas estão crescidas, casadas, com filhos, em que os tios que nos habituámos a ter desde sempre se separaram, seguiram outras vidas, outros rumos, a porta da velhinha casa continua a estar aberta, com a mesma cortina branca esvoaçante, invocando os momentos de outros tempos.
A diferença é que já lá ninguém entra.
terça-feira, setembro 11, 2007
raizes
sexta-feira, setembro 07, 2007
Rosa Brava
A mãe de Rosa, de lenço na cabeça e rosto enrugado pelo tempo, mostra no discurso a dureza da vida que sempre viveu. ‘A Rosa é precisa. A Rosa daqui não sai.’ E Rosa ri-se, resignada com a sua sorte, escondida atrás da porta. Nem as técnicas da segurança social lhe tiram o sorriso do rosto, nem quando ouve a sua mãe dizer alto e bom som, ‘ela que se desemerde’. A Rosa tem apenas 16 anos. A Rosa sonha, diáriamente, do alto da serra, rodeada por orvalhos matinais, neblinas geladas e terrenos acidentados. A Rosa tem apenas 16 anos e passou a ser a minha heroína.
Esta reportagem maravilhosa de Pedro Coelho merece ser revista e revista e revista. Eu emociono-me sempre e já a vi três vezes. A Rosa é brava, como no poema de Ary dos Santos, mas aquela vivência, aquela realidade, eu encontro-a nos livros de Miguel Torga. A Rosa entra nos Contos da Montanha. Eu já a conhecia.
quinta-feira, setembro 06, 2007
repentinos desejos
Vejo duas blusinhas que me despertam a atenção, vou experimentá-las aos provadores, agradam-me vestidas e pronto, está decidido: ‘É isto! Eureca!’ Agarro-as de seguida com ar vitorioso e dirijo-me para a caixa antes que a consciência acorde e me volte a chamar à razão. Até aqui tudo bem, a rapariga da caixa, atenciosa, diz-me o total e eu saco do cartão multibanco que menos uso e onde vou amealhando alguns trocos. (já que ia cometer um devaneio, ao menos que não me pese no orçamento mensal. Devaneios destes são permitidos, ainda que só de vez em quando.)
O problema foi lembrar-me do código. É que como cartão de ‘poupança pessoal’ que é, e que raramente utilizo, o código esvaneceu-se da memória, ocupada que está com tantos outros códigos (o pin do telemóvel pessoal, o pin do telemóvel do trabalho, o código dos outros cartões multibanco, o código da porta do prédio, o código para aceder à página do banco pela internet, as passwords do computador, and so on…) Resultado? Marquei os números, invertendo a ordem dos mesmos, convencida que estava que ‘agora é que é’ e nada. Sempre erro. Ao fim de três tentativas fiquei com o cartão bloqueado. Como fico sempre muito envergonhada com estas situações, porque já não é a primeira vez que me esqueço do dito código, saco logo de outro cartão, não vá a menina da loja e todas as pessoas que estavam atrás de mim, pensar que das duas uma: ou gamei o cartão a alguém, ou estou sem dinheiro na conta.
E pronto, agora que estou com o cartão definitivamente bloqueado só me resta ir ao banco e pedir novo código – que terei novamente de fixar para mal dos meus pecados.
É o que faz ter impulsos consumistas repentinos. Não só nos arruinam a carteira, como ainda mostram que a nossa memória se recusa a compactuar com eles.
quarta-feira, setembro 05, 2007
no peito dos desafinados também bate um coração
Eu nem tenho andado triste. Mas hoje, assim de repente, fui invadida pelos sons da Melancolia, que abriu as portas e se instalou bem no meio do peito. Provocou-me um aperto profundo, a Angústia, sua prima, veio atrás. A Melancolia é minha amiga, mas às vezes, só às vezes, consegue ser uma amiga ingrata, daquelas que magoam. Profundamente.
Hoje, a Melancolia apareceu sem avisar, e eu não gosto de visitas surpresas. Chegou e acomodou-se, como se o meu peito fosse a sua casa e o meu coração o seu sofá. Reclamou a si os meus pensamentos, bebeu as minhas lágrimas para matar a sede e deixou-se ficar, exausta, a dormitar no meu ombro. Não gosto de sentimentos abusados, que entram sem pedir licença, que reclamam para si aquilo que eu quero manter. A Melancolia hoje foi Ingrata. Outra amiga com a qual faz parelha.
Tenho demasiados sentimentos no meu peito e um sofá demasiado pequeno para os receber.
segunda-feira, setembro 03, 2007
summertime
Foi um fds de convívio intenso. Começou logo na sexta-feira, com o R. e a H. a virem ter a nossa casa para um pequeno tête-a-tete, quando já passava da meia-noite, hora em que a H. saiu do trabalho. Apesar de tarde, não me importei. Tinha o dia seguinte para dormir e apetecia-me conviver, além disso, como estava em casa e não tinha de sair do ninho, melhor ainda. Decidida a receber bem os meus convivas, meti mãos à obra e preparei um bolinho de iogurte quentinho e delicioso, além de uma mousse de maracujá. A minha sogra enviou-me uma série de maracujás que eu decidi aproveitar para uma receita que saquei da net. Ficou deliciosa e ‘voou’ nessa mesma noite numa questão de horas! Tenho de repetir.
No sábado, acordámos tarde! Há já muito tempo que não dormia até à uma!! Foi um tirar a barriga de misérias! Depois, como o tempo estava bom e pedia praia, decidimos ir ter com amigos à Costa, os mesmos que tinham estado na nossa casa na noite anterior. O pior foi mesmo chegar lá! O trânsito infernal que se fazia sentir, fez-nos demorar duas horas para chegar à praia do Rei. Chateados e aborrecidos com a proeza caótica que foi chegar ao destino, gozámos a praia apenas por uma breve hora e meia. Às seis e meia tínhamos de regressar a Lisboa, porque tínhamos um jantar combinado em Caneças, em casa de outros amigos. Mais hora e meia dentro do carro para chegar a casa, tomar um duche rápido, mudar de roupa e em menos de meia hora, estávamos novamente de saída.
O jantar em casa da M. e do P. foi calmo e relaxado. Pude matar saudades da minha ‘Cabecinha’ e finalmente oferecer-lhe, as recordações que trouxe para ela de Amesterdão: uns bombons de café numa caixa vintage e um chá ‘Earl Grey holandês’, porque sei que ela gosta! Chegámos a casa passava da uma da manhã e ainda vegetámos um pouco a ver televisão. No Domingo, novo dia, nova manhã a dormir e ala para a praia assim que acordámos. Novamente para a praia do Rei, na Costa, com os amigos, mas desta vez fomos mais cedo que no dia anterior e não apanhámos trânsito. Estava bom tempo, mas havia uma brisa fria que no dia anterior não se fez notar. No bar Hula-Hula, havia churrasco gratuíto, à noite, como ‘fecho do Verão’ e ficámos todos para jantar. Só no nosso grupo, éramos cerca de 10 pessoas, todos esfomeados! Febras, entremeadas, salada, arroz, massa com frango, o repasto foi vasto, mas desapareceu numa questão de segundos. Regressámos a casa passavam das nove e meia da noite, de barriga e alma cheia. Pudemos assistir a um pôr-do-sol fantástico e o dia teve sabor a férias. Hoje não apetecia nada vir trabalhar, mas teve de ser. O trânsito em Lisboa ainda não está caótico, o que me faz suspeitar que continua a haver imensa gente de férias.
O C. também regressou hoje ao trabalho, apesar de continuar com o dedo ligado. A ferida está a cicatrizar bem, mas dá a sensação de que necessita de mais uns dias antes de se retirar os pontos. Hoje, aqui na agência, muita gente regressou de férias. Vêm todos bronzeados e bem dispostos. Dou-lhes dois dias antes de começarem a praguejar com tudo e com todos, até porque a semana vai ser de muito trabalho.
Eu ganhei uma ‘corzinha’, pouca, mas o suficiente para hoje me sentir com outro astral.
E assim começa a semana.