terça-feira, dezembro 04, 2012

em jeito de balanço

Estamos a chegar ao final de 2012 e esta semana lembrei-me que logo no início, em janeiro, coloquei uma série de "to dos" e resoluções que, agora, me lembrei de vir verificar se assim aconteceram. Pois bem, o saldo não é lá muito positivo. Ora vejamos:
Pois, ainda não consegui ultrapassar. Sempre que tento divertir-me, ou faço algum devaneio em proveito próprio, começo a deitar contas à vida e depois vêm os sentimentos de culpa por achar que estou a fazer algo que não devia, ou porque o dinheiro que gasto em mim, ou em suposta diversão deveria de ser para pagar as contas, ou para poupar, ou para comprar isto ou aquilo para a pequena cria. A crise e a austeridade ajudam a tornar este sentimento de culpa ainda mais latente, de qualquer forma, tenho consciência de que sempre que gasto, é com moderação e que faço uma gestão bastante atinada das minhas finanças.

 Eu acho que sim, mas por outro lado, também estou muito mais fechada sobre mim mesma e com menos paciência para fazer fretes ou sorrir só para que me achem simpática. No meu intímo sei que sou boa pessoa, não desejo mal a ninguém, não tenho sentimentos de vinganças, nem de prazer só por saber a ou b mal. Aprender a perdoar e a não nos deixarmos invadir por este tipo de sentimentos faz de mim uma pessoa melhor, isso faz.  (Não quero parecer presunçosa ao dizer isto, como muita gente que bate no peito a afirmar algo que não é, sinto apenas que sei o que sou.)
 

















Este alcancei. :) A custo e derivado das circunstâncias, como diz o provérbio: "o que não nos mata, torna-nos mais fortes". Sem dúvida.
 Eu tento, eu tento, ainda não me considero "genuinamente feliz" mas sei reconhecer a felicidade quando estou diante dela, nas mais pequeninas coisas. E isso é bom.
Podemos saltar este sim? Para não entrar em depressão profunda.
Argh... pois, este também. Aliás, em 2012 a minha barriga ficou mais parecida com o boneco da Michelin do que com uma tábua de lavar a roupa.
Buáááááááááááááááááááááááááááá (o sonho eternamente adiado). Aqui já é auto-flagelação.
Outro assunto polémico. Entrei em 2012 com o cabelo a bater nos ombros, acabo 2012 um pouco mais "clara" com nuances em tons de mel (que muitos insistem em dizer que são ruivas), sem a minha típica franjinha curta e recta e com o cabelo um pouco abaixo da linha dos ombros. Decidamente, não era este o tamanho que queria quando no início do ano decidi que "ia deixar crescer o cabelo", mas foi o que consegui. Em 2013 é que vai ser! :-p
 
Buáááááááa. Também ainda não foi desta. Nem francês, nem voltar a estudar, nem tirar uma pós graudação, nem voltar ao ginásio, nem à dança, nem nada de nada...
Sim, sem dúvida. Aprendi a perdoar, a não ganhar rancor e a ultrapassar. Não perco tempo com coisas que me trazem más energias ou me deixam desgastada. Quero é paz e amor.
Buáááá. Não vamos falar sobre isto, sim? Senão dá-me fome emocional e vou já ali para a cozinha e fazer bolos e doces e empaturrar-me em chocolate.
Tentei, mas falhei. Ando uma preguiçosa e os que li ficaram muito aquém do que gostaria de ter alcançado.
Uma lição que aprendi todos os dias deste ano. A apreciar a vida e as coisas simples que a mesma nos proporciona, sem preço e sem custos. Priceless.
Uma aprendizagem em contínuo, porque a felicidade não tem rosto, nem cor, nem forma, sente-se.
 
E pronto, olhando bem o resultado/balanço não é lá muito positivo, pois não?
Uma série de resoluções falhadas e de objectivos por cumprir, de sonhos eternamente adiados marcaram o meu 2012. Mas também foi um ano de força, de coragem, de conhecimento interior, de sacrífico. Com tudo o que isso tem de bom e de mau.
 
E deixei de fumar! Se calhar isso compensa algumas das resoluções fracassadas. (bom, pelo menos a fome emocional e a ausência de abdominais de ferro, explicará de certeza!)
Quero acreditar que sim.

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