Ontem lá fui à
sessão de Reiki. Foi uma experiência bastante agradável e, ao contrário do que
pensava, consegui relaxar e deixar-me ir. No final da sessão alguns pontos a
reter: tenho as costas num farrapo. Motivo: “Carrega demasiadas
responsabilidades”. Check!
“Pensa demasiado”.
Check! Esta “caixinha” nunca consegue desligar, nunca consegue descansar e anda
sempre a mil, sempre, sempre, sempre. Canso-me a mim mesma.
“Não faça tantos
cenários. Tente viver o agora”. Check! Um dos meus principais defeitos – e que
se tem acentuado nos últimos anos. Ando sempre com medo, a prever conjunturas,
a fazer hipotéticos cenários, a tentar ser o mais precavida possível para nada
me apanhar de surpresa, sempre a analisar todas as situações, sempre a
escrutinar tudo até ao tutano dentro desta minha cabeça em brasa.
“A sua parte
emocional anda demasiado contida. O que é que se passa?”. Check!
É verdade. Sinto
que actualmente penso demasiado e não verbalizo. O que nem parece meu, porque
sempre fui uma pessoa expansiva, mas o tempo e as circunstâncias da vida
modificaram-me. Já não me dou como me dava, nem digo as coisas que dizia.
Constato que as palavras são perigosas e que muitas vezes a interpretação que
delas fazem não é a mesma com que as disse, o que gera entropias que nem sempre
me são benéficas. E, por isso, ando muito mais contida, limitando-me a pensar
muito e a exteriorizar/verbalizar pouco, como se o meu peito fosse um saco onde
enfio os sentimentos sem lhes prestar a atenção devida. Isso claro, ressente-se
na minha postura, nas minhas costas, na minha barriga – que fica muito mais bloqueada
(sim, ele disse isto!) - e nas minhas energias.
Um conselho que
me deram: chorar é bom. Purifica e liberta. Não deve ser encarado como uma
coisa negativa, mas como uma descarga. Logo eu, que sou de lágrima fácil.
Ontem senti-me bem,
saí da sessão e rapidamente abria a boca, cheia de sono. Dormi profundamente
durante a noite, apesar de ainda não ter sido suficiente, preciso de fazer uma
cura de sono.
Uma coisa
curiosa: estive a sessão toda de olhos fechados e deitada, mas assim que
começámos, senti a minha barriga saltar como se tivesse um bebé dentro dela aos
pontapés – é a analogia que encontro mais verdadeira para ser motivo de comparação.
E quando passou pela zona da cabeça, senti calor, muito, muito calor, mesmo por
cima da sobrancelha, o que não deixa de ser curioso e o que traduz mais à letra
a expressão de “cabeça em brasa”.
Também senti as
pernas a saltitar, como se o sangue tivesse finalmente encontrado o seu caminho
e andasse desenfreado a galopar dentro delas. No final consegui relaxar a
sério, senti a respiração a ficar cada vez mais profunda e se tivesse demorado
mais uns minutos acho que tinha mesmo “apagado”.
Já tinha ouvido
muita coisa acerca do reiki e sempre tive curiosidade. Há bastante tempo que
andava para experimentar, até que comprei um voucher e ontem lá fui. Sempre
acreditei que as energias que uma pessoa emana, podem ser boas ou más consoante
a nossa atitude perante a vida, as nossas mágoas, ressentimentos e forma de
estar na vida. No início perguntaram-me o que pretendia daquela sessão. A minha palavra imediata foi ‘tranquilidade’.
E acho que sim, que o objectivo foi alcançado.
Gostei. Sem
dúvida a repetir.
Sem comentários:
Enviar um comentário