quarta-feira, agosto 13, 2014

may you see the beauty in simple things

 
Estou a poucas horas de entrar oficialmente de férias e entre a ânsia de ver o tempo voar e de deixar tudo pronto, sou atormentada pelo que ainda me espera: arrumar malas, a minha, a dela, lavar roupa e esperar que seque a tempo de a poder colocar na mala amanhã (com este vento acho que não haverá problema), pensar nas toalhas de praia, saco, protector solar, secador, cremes, roupa para vestir para a praia, roupa um pouco mais compostinha caso se saia à noite um bocadinho e todas as millhentas coisas que terei de ter em mente para que nada me falhe durante as próximas duas semanas. Sou sempre assim. Gostava de ser mais leve e de conseguir fazer malas com a mesma facilidade com que faço textos ou tiro fotos. Era bem mais fácil e prático. Não quero saber. Não me vou stressar com o assunto. A felicidade de entrar de férias e estar com a minha pequena cria supera tudo o resto. Hoje tive oportunidade de a ver e fiquei com o coração ainda mais apertado. Caramba, queria tanto tê-la trazido logo comigo, mas ainda me esperava uma tarde de trabalho e não havia forma de contornar isso. Amanhã já estamos juntas, duas semanas inteirinhas juntas. Dia e noite, noite e dia. Bem sei que daqui a uma semana já andarei a queixar-me que trabalho mais nas férias do que quando estou a trabalhar no escritório - ter de fazer sempre almoço e jantar - e aturar filhos 24 sobre 24h não é pêra doce, mas neste momento não quero saber. Almoçamos às 4 da tarde se tiver de ser, acordamos ao meio dia se nos apetecer, fazemos o que nos der na real gana e na vontade, sem pressas, horários ou imposições. Quero duas semanas de tranquilidade, desfrutando da vida aquilo que ela tem de melhor: a família que já considero como minha, ela, ele, nós, sol, praia, sabor a sal no corpo e chinelo no pé. Faremos castelos na areia, daremos mergulhos na piscina, chatear-me-ei centenas de vezes por dizer-lhe que saia da piscina que já está a ficar roxa e enrrugada (é sempre assim), com ela a tiritar de frio e a negar-se a deixar aquele paraíso aquático. Comeremos figos até ficarmos de barriga cheia e pêssegos e peixe grelhado, brincará na rua até ser noite, até que eu, de casa, a chamarei para vir jantar. Tudo isso faz parte e a acontecer é bom, é sinal que vivemos o momento e que o vivemos juntos. Espero que ela recorde para sempre estes dias como sinónimo de felicidade, porque o são de facto.
E se ela me pedir panquecas, eu farei, mesmo que nem sempre me saiam bem, mesmo que necessite de estar inspirada para que fiquem com aquele ar fofo e apetecível. Como as que fiz este fim-de-semana e que estavam deliciosas. Serão assim os nossos dias e eu estou ansiosa para que comecem.
 

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