domingo, novembro 11, 2007

vivências


















Mais um fim-de-semana que passou rápido demais. Este teve o sabor de uma noite de sexta-feira entre amigos e da dor de barriga que provoca o riso contínuo. Estava mesmo precisada de boas energias e a inauguração da casa da L., com todos deitados no seu colchão insuflável em plena sala, enquanto ouvíamos a banda sonora do Kill Bill II e víamos fotos nossas de há dez anos atrás, foi o pretexto perfeito para me animar o espírito. É incrível como a amizade deste grupo se mantém ano após ano, uma vez que somos todos pessoas tão diferentes. É incrível como ao vermos uma simples imagem do passado, recordamos em conjunto esses momentos, nos rimos deles, relembramos aquela discussão em plena rua, ou a rapidez com que fazíamos as pazes logo de seguida, os dias de faculdade em plena rua da Junqueira, os pastéis de Belém, as exposições no CCB, ou os meses que vivemos em Sevilha, o andar de patins à beira do Guadalquivir, os fins de ano em Porto Côvo... É incrível como ao longo destes anos, mais pessoas se juntaram a este grupo, adaptando-se a ele, como se lhe tivessem pertencido a vida inteira. O grupo também tem momentos de tensão, como todas as relações sociais. Há alturas de repulsa, de incompreensão, de afastamento. Há atracções e omissões, há amores e desamores, mas no fim somos como uma grande família que gosta de se juntar em determinadas alturas e partilhar momentos em conjunto. Este grupo de pessoas faz parte da minha história e sem eles, eu seria certamente, uma pessoa bastante mais pobre. O incrível no meio disto tudo, é a forma como o C. apareceu na minha vida e se adaptou a este grupo de pessoas que já me conhecia do avesso, os conquistou e se enturmou. Hoje, que aqui está, parece que sempre fez parte deles. Só as fotos que vimos em papel provam o contrário.

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