Resquícios de fim-de-semana. Fotos soltas das coisas que fizemos. Agora ando assim, qualquer coisinha e vou a correr buscar a máquina para fotografar. Mesmo as coisas mais insignificantes. Porque afinal, se são as nossas coisas, não podem ser assim tão insignificantes não é? E com este frio que se faz sentir na rua, o fim-de-semana foi praticamente todo passado em casa, no quente, entre mantas, lareira, plasticinas, castanhas, bolos, recortes e colagens, filmes e convívio.
Muita comidinha, muita brincadeira. Pequena cria faz questão de espalhar todas as mil e uma peças de pequenos brinquedos pelo chão da sala: pinipons, little pet shop, polly pockets, barbies, barriguitas e rucas. Ter uma criança em casa o dia todo faz com que tenhamos de ser imaginativos e em algum momento do dia dar-lhe actividades para ela se entreter, para além dos brinquedos, dos livros e dos desenhos animados. Há algum tempo que ando a guardar os rolos de papel higiénico e de papel de cozinha para fazermos uns fantoches ou colagens e este fim-de-semana ela deu-lhes uso, personificando-os, fazendo-lhes olhos e bocas, colando-lhes fitas cor de rosa a servir de cabelo e de "rabinho de porco". Fácil, barato, sem custos e ela fica um bom tempo entretida naquilo.
Ontem, dia de S. Martinho, assou-se castanhas, fez-se bolo de iogurte e maçãs assadas no forno com canela e vinho do Porto. No dia anterior foi a vez de experimentar chocolate quente e tentou-se fazer panquecas (eu tentei, mas agora a receita sai-me sempre mal), fiquei à beira de um pequeno ataque de nervos e desisti, mandando tudo para o lixo. Alguém me consegue dar uma boa receita de panquecas? É que a minha, ultimamente, não anda a resultar.
Estes fins-de-semana indoors têm a (des)vantagem de passarmos o tempo todo com uma vontade louca de comer. É terrível. Que o diga a minha barriga, eu já fujo da balança e nem me peso para não ter um colapso nervoso, mas quando estou aninhada no sofá, quentinha e com aquela sensação de paz e de que tudo está onde deve estar, há sempre um "buraquinho" que faz questão de me lembrar que, com qualquer coisinha doce a acompanhar, tudo era (ainda) muito melhor!
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