Passei o fim-de-semana a trabalhar e, por causa disso, tive de pedir aos meus pais que ficassem com a minha filha. Ela claro, não se importou e eles também não. Estavam ambos (de um lado e do outro) mortos de saudades.
Ontem, domingo à noite, altura em que a loucura que foram estes últimos dias terminou, voltei a vê-la e a tê-la em casa. Estava excitadíssima e não parava quieta. Não queria ir para a cama e eu, compreendendo a sua sede pela minha companhia, deixei-a ficar até mais tarde sabendo que isso a fazia feliz. Penteou-me os cabelos, brincámos às cabeleireiras, cobri-a de beijos e aninhei-a na cama sabendo que hoje, segunda-feira, teria novamente de abrir mão dela e ficar uma semana sem a ver.
Hoje de manhã, no carro, enquanto a levava à escola, numa altura em que estava parada no semáforo, virei-me para ela e pedi-lhe desculpa por ter estado a trabalhar e não termos conseguido passar o fim-de-semana juntas, que depois a compensava nas férias, onde iríamos dar muitos mergulhos e brincar até ser noite. Não consegui conter as lágrimas e ela também não. Apesar de estar de óculos de sol virei-me para a frente para que não percebesse que tinha os olhos cheios de água e falei normalmente não dando parte fraca. Foi quando reparei que também ela fazia o mesmo, limpando os olhos com as costas das mãos e falando comigo sem nunca dar a entender que se tinha emocionado.
Fiquei ainda mais comovida.
Há alturas em que esta filha tem um feitio levado da breca mas por dentro toda ela pede mimo. E eu olho para ela e revejo-me.
<3
1 comentário:
E agora quem ficou foi eu....tal e qual aqui entre mim e a Leonor...andamos por vezes ás turras mas quando é amor é assim...
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