terça-feira, dezembro 26, 2006

Foi Natal, foi Natal...trálálá




















Partimos no Sábado à tarde, o destino natalício adivinhava-se a cerca de 3 longas horas de viagem. Depois dos stresses das compras que antecipam o Natal, de saber se há fita-cola e papel de embrulho para emergências de última hora, de carregar com os sacos de presentes que é necessário levar no carro, das correrias ao supermercado, de rever infindavelmente a lista de pessoas a presentear, de me matar na sexta-feira a fazer doces para a ceia (só eu levei 4), de transportar a bicicleta para dar à Bia para a bagageira do carro, deixando-nos quase sem espaço para mais nada - mesmo tendo os bancos rebatidos - mais as malas de viagem, de pôr de parte algumas das nossas melhores garrafas de vinho, de transportar as fatias douradas que eu própria me encarreguei de fazer, ou o centro de mesa e a toalha para embelezar a ceia de Natal, de me despedir dos meus bichanos, - deixando-lhes comida e água suficientes para uma semana em vez de 3 dias - e de me equipar a rigor com casacos, gorros, luvas e toda a espécie de vestimentas quentes, metemo-nos a caminho. Depois de mais de uma hora parados na A1 entre o troço de Santarém e Tomar por causa de um acidente - nem nestas alturas as pessoas têm civismo a andar na estrada - eis que chegámos à Gestosa Cimeira, a aldeia dos pais do C., perto da Serra da Lousã, onde o frio cortante rondava temperaturas próximas dos zero graus. Os três dias do período natalício passaram rápido, sempre recheados de muita comida (ontem andei o dia todo enjoada com tanta mistura, que até acho que engordei um quilito!), da família em grande algazarra', do 'põe mesa, tira mesa', do 'tira doces, come doces', do 'dá prenda, abre prenda', que o final é sempre como o rescaldo de uma ressaca. Sentimo-nos cheios, meio atordoados, como se tudo tivesse passado por nós de forma tão intensa que nem tivessemos dado pelo momento.
Até me casar os meus Natais nunca tinham sido tão atribulados. Lá em casa éramos poucos e a família acabava por se dispersar entre tios, sobrinhos e primos que acabavam por ficar reduzidos à sua família mais directa. Nós, como somos apenas 3 e os avós já faleceram, acabava por ser um período meio triste que nunca me despertou grande emoção. Mas passar o Natal na terra, para além de ser frio e trazer consigo toda uma família que aumentou de tamanho e uma mesa cheia de pratos e talheres, tem ainda o sabor do bacalhau no carvão e das batatas a murro assadas em forno de lenha e só isso, faz valer a pena toda a canseira dos últimos dias.

5 comentários:

Anónimo disse...

Já tenho saudades do Bacalhau assado, das batatinhas a murro... e do som da água a correr na ribeira!!!
Besos solo para ti cariño. C

Mafalda disse...

:) és um mentiroso! disseste-me que eu tinha 4 comentários no meu blogue e afinal só cá está o teu! Mas vale por mil! beijos (muitos), tua, Maf.

Anónimo disse...

Eh, eh, eh! A desmascarar o maridão aqui em frente das pessoas. (isso foi só para ires a correr ver o dele ;-))
Deixa lá Mafaldinha, também tens aqui o meu que não vale por mil, mas vale apenas por mim que gosto sempre de ler as histórias que partilhas connosco!
:-)
Beijinhos grandes

Mafalda disse...

estrelinha, o teu comentário vale muito, acredita!!!! (mas maridão é maridão!) ;)
espero que tenhas tido um excelente Natallll*****
Beijinhos

Anónimo disse...

Obrigada! (corada) :-)
O meu Natal foi óptimo, agora venha o reveillon e as minhas habituais 1500 resoluções para o ano que se aproxima. No fim, chego a Dezembro e só cumpri 1%! Ah ah ah ah ah ah ah ah! É o costume!
Beijinhos grandes e BOM 2007!