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'...da cor do limão, assim são os olhos do meu coração
Verde que te estendes de verdura bela, ovelhas que nela vosso pasto tendes...'
Lembro-me que quando fui estagiária num jornal diário muito conhecido, ainda menina e moça, utilizei este poema de Luís de Camões para descrever uma fotolegenda e que a reacção foi tudo, menos a esperada. Desde não conhecerem a estrofe, até me perguntarem 'em que enciclopédia é que isso está?', houve motivo de ingenuidade/burrice para distribuir a rodos. Poemas à parte, a verdade é que o verde sempre me serviu de inspiração e tudo o que cheire a terra, que transpire serenidade, ou pura e simplesmente tenha aquele efeito de luz que enche qualquer foto de alma e vida, produz calmia a este meu espírito revoltoso. É por isso que gosto de ir à terra. Lá sinto-me desprovida de tudo e deixo-me inspirar pelas coisas e pessoas simples, pelo prazer que é acordar cedo e ver tudo coberto de um manto frio e branco que vai derretendo lentamente com o Sol da manhã, ou pelo som da água que insiste em correr na ribeira a escassos metros de casa, ou tão somente, por me lembrar da minha infância e ter os meus pais ali mesmo ao pé a reavivarem-me a memória a cada instante.
Mais fotos verdinhas, aqui.
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