É entrar na loja dos chineses cá do burgo para ir espreitar as bugigangas e dar de caras com um monte de sapatos com um mega cartão a anunciar: "Promoção, tudo a 5 euros." Claro que aquilo é logo um chamativo para a minha pessoa e toca de ir ver. No meio de sandálias pavorosas e xanatas cheias de brilho, descubro umas botinhas pela canela para a miúda e com o número dela! As únicas à vista. Confiro que está tudo bem, olho novamente para o preço, pergunto ao chinês se é mesmo aquele o valor e agarro na caixa que tinha o outro pé, meto-a rapidamente debaixo do braço e ala que se faz tarde. "Oba, oba, consegui encontrar as botas para a miúda! E a 5 euros! Sou a maior! Sou a maior! A raínha das pechinchas! Ninguém me ganha!" E pronto, assoberbada com a minha própria sorte, lá fui eu pagar.
Chego ao escritório e não resisto a comentar com a minha colega do lado que tinha comprado umas botas super giras para a miúda, no chinês, por apenas 5 euros. Toca de tirar da caixa e mostrar, muito orgulhosa do meu feito, da minha compra. Qual não é o meu espanto quando a mesma me diz, com uma bota em cada mão: "Mas Mafalda, são as duas do mesmo pé!"
E não é que eram mesmo? Fiquei para morrer. Lá voltei à loja na esperança de encontrar o outro pé para fazer o conjunto, mas rien. Já não havia nada. Sumiu-se. Alguém levou duas botas do mesmo pé e não se queixou. (Como é que é possível?)
E foi assim, num minuto tenho botas para a miúda, no seguinte não tenho nada. Mas pronto, lá me devolveram-me os cinco euros. Ao menos isso!
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