sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Paris #2

Sábado foi dia de acordar cedo e comer um croissant quentinho e acabado de fazer no café do bairro onde ficava o nosso hotel. Ainda hesitámos se deveríamos de comer ali ou escolher outro sítio, mas depois vimos o preço do "petit dejeuner", que custava 6,5€ e tinha direito a sumo de laranja, croissant ou "tartine" - algo que eles também comem muito - e uma meia de leite e decidimos ficar. Pode parecer um preço relativamente elevado perante o que contemplava, mas face aos valores praticados, até é bom. Claro que tenho noção que em Portugal comia melhor e por menos, mas de uma maneira em geral, achei a comida cara em Paris. Os croissants foram feitos na hora, pelo que tivemos de esperar cerca de 10 a 15 minutos, mas quando chegaram tivemos um "olala moment". A massa era tão fina, cremosa, suculenta e perfeita, que mesmo sem virem acompanhados de manteiga, doce, queijo ou fiambre - eram simplesmente simples - e perfeitos.

Seguimos para o Louvre, o dia estava frio mas não chovia. Eu, que tenho uns olhos super sensíveis e cujas lágrimas me caem com apenas um pouco de vento de frente, parecia um rio. O frio era tanto que sentia a pele do rosto e junto aos olhos, por causa das lágrimas, a arder. Em praticamente todas as fotos onde estou pareço uma Madalena arrependida e, como tal, inibo-me de as mostrar.
A nossa ideia era ir até ao Louvre, ver se as filas eram muitas ou estava demorado e só aí decidíamos se tentávamos entrar. Toda a gente me disse, antes da viagem, que o melhor seria comprar os bilhetes online, com antecedência, porque em Paris havia filas para tudo e não me ia conseguir safar e ver nada desta vida. A nossa intuição (ou preguiça, nem sei bem), disse-nos para não nos deixarmos impressionar com as conversas e, sendo assim, como bons portugueses, não comprámos nada. Chegámos ao Louvre, a fila na entrada principal andava a bom ritmo e não era assustadora, decidimos tentar e em menos de 15 minutos estávamos na bilheteira. O Louvre já era nosso. 
O Louvre impressiona. Foi dos museus que já tive oportunidade de visitar que mais gostei de ver - e não vi nem um terço. É realmente magnífico e imponente. Tanta história, tantos objectos que nos habituámos a ver nas imagens dos livros de história, tanta pintura de vários períodos, tanta cultura. Tive imensa pena de não ver o Louvre ao pormenor, passar lá o dia inteiro, ver todas as alas, ter tempo para visitar os aposentos de Napoleão, ou a parte dos Etruscos, mas era isso ou não ver a cidade. Dois dias não dá para mais e há que fazer escolhas. O Louvre ou Paris. Escolhemos Paris, mas já saímos do museu passava das 15h00 da tarde. Ainda vimos a Mona Lisa, o escriba - imagem que me marcou a memória quando estudei a cultura egípcia - ou a Vénus de Milo, vimos as catacumbas do museu, a muralha antiga medieval ou uma exposição temporária com retratos da Lady Gaga, comprámos posters e postais na gift shop que agora quero enquadrar e espalhar pela casa e terminámos a jornada no Starbucks que existe no átrio, a abastecer energias com capuccinos e muffins à mistura. 
(Muito gay esta pintura, não?)
(eu, armada em entendida de hieróglifos)
(Babei com este anel em forma de serpente! Super actual!)
Seguimos a pé até à Roda Gigante, atravessámos um parque enorme - que agora não me recordo do nome - fomos até à praça Concorde, sempre a pé, seguimos até aos Campos Elísios, novamente a pé, entrámos na loja Disney e comprámos o fato da Princesa Elsa do Frozen para a pequena cria - que tinha visto no FB das minhas "blogamigas", estava esgotado em todo o lado em Portugal - mais uma Doutora Brinquedos em forma de boneca de pano que já se tornou na sua melhor amiga. Fomos até ao Arco do Triumph e tirámos mais uma batelada de fotografias para, em seguida, descer uma avenida enorme e cheia de embaixadas até à Torre Eiffel. Chegados à Torre Eiffel tirámos milhentas fotografias da praxe, demos conta que Paris estava cheia de casais portugueses, atravessámos a ponte e seguimos caminho até aos bateaux mouche. Era fim de tarde e decidimos que a subida à torre não era necessário. Preferímos ver a cidade de barco e o Sena de perto. Em boa hora o fizemos, pois quando estávamos à espera de entrar no barco e de começar a viagem, caiu uma enorme tromba de água - a única altura em que choveu durante todo o fim-de-semana - e em que nos sentimos aliviados pela escolha pois não tínhamos chapéu de chuva.
 
O passeio de bateaux mouche foi dos pontos altos da viagem. Adorei. Ver Paris de barco, percorrer a cidade quase toda, de noite, iluminada e com uma perspectiva de dentro para fora, foi das coisas que mais gostei. O passeio durou cerca de uma hora e o bilhete custou 12 euros, mas na minha opinião vale muito a pena.

 
A viagem acaba no ponto onde começa, ou seja, junto à Torre Eiffel. Estávamos longe do nosso hotel, mas mesmo assim e apesar do cansaço, decidimos ir a pé a maior parte do caminho, mas do outro lado do rio. Era de noite, tinha fome e os pés gelados. Acabámos por fazer apenas metade do percurso a pé e depois metemo-nos no metro. Fomos jantar à tal pizzaria que tínhamos visto na noite anterior. Italiana, pequenina e com um ar super cozy. Havia apenas dois lugares, muito apertadinhos junto à janela, estavam mesmo à nossa espera. Comi uma pizza calzone e restitui parte das forças, mas estava tão cansada e queria tanto dormir que decidimos não ir até à zona de Montmartre e ir antes para o hotel descansar. Pelo caminho passámos novamente pelo Pompidou e subimos a Avenida Turbigo. Chegámos ao hotel cansadíssimos, tínhamos andado quilómetros. O quarto quentinho e a cama macia fez-nos dormir o sono dos anjos, até porque, o dia seguinte, apesar de ser dia de regresso, ia ser longo. Ainda faltava muita coisa para ver e sítios onde ir, por isso o despertador foi colocado para as 8h00, porque é de manhã que se começa o dia.
 

1 comentário:

Anabela Conceição disse...

É tão bom "voltar" a Paris com os teus relatos :)
Também fiz o passeio de barco ao fim da tarde e adorei.
Boa Semana.