quinta-feira, novembro 20, 2014

a vida ao contrário

Nestes dias escuros, feios, frios e negros, em que chove de manhã à noite sem uma abébia de céu, como se S. Pedro decidisse chorar todas as mágoas sem fim à vista, passo o dia a desejar ir para casa. Sonho com a minha cama e invade-me uma moleza e inércia que só se anima com o vislumbre do quente e do algodão dos lençóis. Passo o dia nesta letargia, ansiando pelo momento em que me aninho e estendo o corpo dorido das horas passadas ao computador e do sono que me assola durante o dia.
Por isso, o que me chateia à brava, é que quando finalmente me encontro no tão aguardado objecto de desejo diário, acordo passado pouco tempo depois de adormecer (normalmente uma hora e meia, duas no máximo) e o sono desaparece como que por magia ficando duas a três horas acordada. Tem sido assim nos últimos dias, passo a maior parte do tempo e da minha noite acordada, sem sono, voltando a adormecer quando o despertador está quase a tocar, passando o resto do dia completamente em modo zombie.
E nem posso esperar que a televisão me salve porque às 4 da manhã não dá nada de jeito.
 
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