quarta-feira, junho 14, 2017

Santo António já se acabou...

Desde que vim estudar para Lisboa - já lá vão mais de 20 anos - e que passei a residir na capital e a assumi-la como 'minha', que a noite de Santo António sempre foi das minhas preferidas. Adoro como a cidade se transforma, como toda a gente sai para a rua para festejar, celebrar e conviver e como o pessimismo, a crise ou os problemas, ficam por momentos - nem que seja uma noite - postos na "prateleira", esquecidos e arquivados. 
Os espíritos estão leves, o tempo é de alegria e há manjericos e sardinha assada em cada esquina e em cada rua, há música, bailaricos e convívio. E eu gosto disso tudo. Claro que quando se é jovem, sem filhos e grandes responsabilidades, a noite de Santo António é sinónimo de directa, chegar a casa com o raiar do sol, conhecer pessoas e alguns excessos, mas depois de duas crianças, a noite de Santo António passa a ser comedida. Aliás, nem bastam duas, basta uma para tudo mudar. 

A nossa noite de Santo António foi tranquila e suave, mesmo assim arriscámo-nos a sair à rua depois de jantar com eles e fizemos uma caminhada até à Graça para ver o ambiente. Não quisemos ir muito mais longe porque já era tarde e não sabíamos se o Afonso aguentava, mas rapidamente constatámos que de todos ele era talvez, o que estava mais animado por estar na rua no meio da multidão! Bateu palminhas, cantou e dançou, sempre sem dar sinais de sono. Claro que quando chegou a casa adormeceu em segundos - ele e ela - afinal, o dia tinha sido longo, com escola pelo meio e ambos estavam cansados. 
Ontem, a festa continuou em família. Os nossos sobrinhos gémeos fizeram um aninho e passámos o dia entre miúdos.
Só em primos é uma casa cheia! Todos com diferença de um ano... Imaginam a algazarra? Ontem contávamos 4 crianças com menos de 3 anos, mais a Madalena que é a mais velhinha do 'gang'. Há mais, muitos mais, mas não estavam presentes. Não há cadeiras suficientes para tantos miúdos pequenos à mesa, nem carro suficientemente grande que os leve a todos. Sair de casa é toda uma logística, mas vê-los a interagir uns com os outros e na brincadeira é das coisas mais deliciosas!
E, claro, houve bolo. O guloso do Afonso foi dos primeiros a vir para a mesa cantar os parabéns! Mal sabe ele que daqui a uma semana é a vez dele de apagar as velas!
O tempo voa e é já no próximo dia 20 que este reguila faz 2 anos! 

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