domingo, março 07, 2010

desire

Estou completamente apaixonada pela colecção da Burberry Prorsum e eu nem gosto da Burberry, mas a 'Prorsum' tem a ousadia e a audácia que sempre achei que faltava ao classicismo inglês da marca. A reinvenção e modernidade dos trench-coats fazem-me, literalmente, babar diante das imagens, quer seja nas revistas, quer seja na net e aquelas sandálias com meias - o 'crime' de moda mais apontado aos turistas que nos assolam o Verão todos os anos - são, simplesmente, divinais.
Se tivesse dinheiro, desgraçáva-me toda. Ainda bem que sou pobre.
Esta tarde entretive-me a renovar a minha maquilhagem, isto porque não sou de comprar maquilhagem, até porque nesse aspecto sou bastante forreta, mas tive, em tempos, a sorte de receber todas as colecções de maquilhagem de graça, o que fez com que ainda hoje tenha gloss, lipsticks e pós novinhos em folha e prontos a estrear.
E hoje, lembrei-me deles, muito provavelmente, porque estive a tarde toda a receber imagens beauty pelos olhos dentro e, vai daí, decidi ir à procura dos depojos dos tempos de glória e dar-lhes uso, substituir a bolsa suja e vergonhosa com que ando por outra, mais bonita e polida, assim como as sombras, pós e rímeis que habitam no seu interior.
Sou um pouco como aquelas velhinhas que têm peças de roupa boa mas que não usam porque 'se podem estragar'. Eu sou assim com a maquilhagem. Quem me espreita para a bolsa com que ando sempre na mala, não diz que em casa tenho algumas das marcas mais caras do mercado à espera de verem a luz do dia. Já não tenho muitas, também é verdade, porque na altura dei quase tudo, à mãe, à sogra, às amigas (ou pseudo amigas), como presentes de Natal, de aniversário e aí por diante. À redacção chegavam carradas de produtos diários e, depois de feitas as partilhas, só ficava com aquelas que, para mim, eram as 'intocáveis', as mais bonitas, aquelas com que era capaz de ficar horas a contemplar sem sequer me atrever a metê-las em contacto com a minha pele. Eram os meus artigos de 'puro luxo' e assim os mantive, intocáveis, até hoje.
Hoje pintei os lábios de vermelho Chanel e gostei. Com pincel, coisa que nunca tinha feito. E gostei. Também apliquei um líquido cor groselha nas bochechas, da Biotherm, que lhes deu, imediatamente, um ar rosado natural e uma luminosidade ao rosto inesperada.
Ultimamente tenho deixado de lado o eyeliner e a sombra escura com que contorno os olhos assim como o lápis preto. Acho que me pesam e, com o passar dos anos, a ideia é tornar o rosto o mais natural possível, de preferência com uma tez imaculada.
Pele imaculada não tenho, nunca tive, mas, ultimamente, tenho cada vez mais cuidado com ela, com os cremes que lhe aplico, com as máscaras que lhe faço e esforço-me, diariamente, para que a porcaria das borbulhas - que aos 31 anos de idade ainda me atingem -, sejam invisíveis, mesmo que às vezes tal tarefa seja impossível.
Gostei tanto que me dei ao trabalho de fotografar os meus 'novos', it products. É incrível como tanto tempo depois, só agora é que descubro o prazer de os usar. Talvez seja uma coisa de idade. Aprende-se a valorizar de outra forma e se gostamos, então, porquê guardar?


Não vejo a hora de voltar a pintar os lábios de vermelho e sair para a rua.






(é incrível como o meu nariz fica GIGANTE quando fotografado ao perto)

1 comentário:

Sonhos cor de laranja disse...

Olha, olha, eu conheço alguns desses frasquinhos!! Os meus tb estão ali guardados a 7 chaves mas… o único se não é que eu não me pinto! Se calhar agora até vou mudar, pq as miudas aqui andam todas pintadas e já me deu vontade de ir buscar a caixinha da maquilhagem! Vamos ver como corre.

Bjs grandes