terça-feira, janeiro 24, 2006

match point


O último filme de Woody Allen mexeu comigo. Não sei se devido a esta minha condição recente de 'jovem esposa', se por estar demasiado susceptível e vulnerável quando o vi, a verdade é que me tocou cá bem fundo e fez a minha cabeça embrunhar-se em si mesma durante todo o dia seguinte.
O amor nas suas mais variadas formas, o desejo como o êxtase que rompe a monotonia, o proibido como a saciedade de um desejo, a vida confortável como o aborrecimento que vem por acréscimo, dois em vez de um, ou três... rebentando com as expectativas... foram tantos e tão contraditórios os sentimentos que vivi durante as quase três horas de filme, que sai da sala com um nó na garganta e os olhos a quererem irromper em lágrimas. Porquê? Por medo, por vontade, porque precisava, ou porque as relações pessoais são tão ou mais reais quanto aquilo que nos é dado a ver no momento, que quem as vive é impossível não sentir ligação. Gosto de filmes nos quais consiga identificar algo meu neles. Este foi sem dúvida, um deles.

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