sexta-feira, junho 09, 2006

life as it is - part II




















. Tenho este bonsai há um ano. Deram-mo numa apresentação e eu, que nunca tinha tido um, mas que sabia tratar-se de plantas sensíveis e delicadas, fiquei receosa de que ele me durasse pouco. Já tinha ouvido todo o tipo de histórias sobre bonsais, 'Olha que não podes comprar um porque senão morre, tem de ser oferecido e tens de o saber podar, porque senão tiras-lhe a força....'
Um ano depois o meu bonsai fez ouvidos moucos a todas essas balelas e está frondoso e viçoso, enchendo-me de orgulho. Já passou por fases menos boas - desde a Magali lhe roer as folhas à procura de vitaminas ou clorofila, de quase morrer à sede quando me esqueço de o regar com frequência, ou de quando as folhas começam a cair se apanhar demasiado calor. A verdade é que os bonsais precisam de muitos mimos, foi isso que descobri deste. Pedem cuidados diários, gostam de ter a terra sempre húmida e as folhas frescas, de apanhar luz directa sem ser em demasia e são extremamente sensíveis às variações de temperatura. Nunca o podei por pura ignorância, não sei fazê-lo e tenho medo de o matar, mas a verdade é que adoro vê-lo com novas folhas, pequeninas, a brotar. Dá-me calma. Vê-lo crescer é sentir que revigoro com ele.

. Desde que estou em casa já perdi mais de dois quilos. Se há alguma vantagem em ter este tempo morto actualmente, ao menos que seja a de ficar mais magra. A semana passada comprei um aparelho de abdominais na Decathlon e pesos, e agora quem me quer ver é a improvisar um ginásio 'home made'. E suo, suo, suo e bebo águá, água, água. E agora penso sempre duas vezes antes de comer o que quer que seja. Quando já não se tem 20 e se vai a caminho dos 30, não há nada que não nos faça pensar duas vezes. (hhhuuurrraaayyyy to me)

. Esta semana descobri um velhinho caderno esquecido nas estantes do escritório. Como tinha comprado uns arquivadores no Ikea, decidi-me a arrumá-lo (ao escritório). Foi quando me confrontei com o meu velhinho caderno de capa preta e dura, que me acompanhou quase diariamente durante os anos de 2002 e 2003. Nele constavam retalhos de memórias esquecidas, de paixões apagadas, de bilhetes, cartas, mensagens e de um período já ido da minha vida. Nele encontrei o Dez (a) linho, um poema naïf, escrito para e a pensar mim.

Quando a menina perde a compustura,
e tudo começa a girar ouvem-se gritos e suspiros,
tudo misturado no ar.
Há corridas e atropelos, intrigas em novelos, torneiras a pingar.

Quando a menina perde a compustura,
e os pensamentos principiam a voar, os cavalos pintam-se de vermelho e os corações
põem-se a trotar.

Quando a menina perde a compostura...

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