quinta-feira, março 22, 2012

Keep calm...

Hoje uma amiga disse-me que detesta pessoas piegas (isto a propósito de lhe ter dito que queria ir ver o filme da Florbela. Se o nosso primeiro-ministro a ouvisse, certamente que lhe daria uma pancadinha nas costas em jeitos de aprovação). Mas pronto, voltando à pieguice e à Florbela, dizia-me ela que detesta a mulher, que só tem vontade de lhe bater nas ventas, que "ai, ai, apaixonei-me pelo meu irmão" não é para ela. Que só tem vontade de a sovar. Que "quero amar este, aquele e o outro, perdidamente", sim senhora, tudo bem, mais do que isso, só à estalada e que síndromas de "mimimi" para ela, não resultam.
E eu, que sou uma piegas de primeira e que tenho noção de possuir um discurso fatalista e "mimimi" pûs-me a pensar naquilo. Não na Florbela, de quem sou uma adepta e fã convicta e assumidíssima, mas no "mimimi" que habita em mim.  
E sim, eu tenho consciência que o "mimimi" não é atractivo para ninguém, que chega a um ponto em que só tens vontade de te virar para o outro e dizer: "vê lá se mudas de registo" e dar-lhe duas chapadas, directas e frontais para ver se acorda para a vida e se reage. Eu própria tenho tanto de piegas e "mimimi" quanto de bruta, por isso é que a entendo e gosto que ela me diga preto no branco tudo aquilo que eu própria sei mas não quero assumir ou enfrentar. Porque no final e, apesar do discurso polido e frontal, ela quer é mimos. E porque gosto de pessoas directas que, mesmo quando me dizem as verdades, o dizem com sinceridade e que não se coíbem de mostrar os meus defeitos nas alturas em que eu realmente preciso de chapadas, mas também de me dar mimo ou levantar o ânimo quando sabem que eu necessito de colo.  

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