segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Coisas de gaja

Ando com uma vontade louca de comprar coisas para a casa. Quando digo coisas nem tem de ser grande móveis, sofás ou roupeiros, mas pequenas peças que lhe dão personalidade e a distinguem das demais. Fico felicíssima da vida quando compro uma nova manta para o sofá ou para a cama, um bibelôt qualquer, um tapete para a casa de banho, ou um quadro para a sala ou cozinha.
Ultimamente apetece-me remodelar o quarto da miúda, torná-lo mais prático e funcional, colocar prateleiras para os livros e adquirir uma estante para arrumar barbies e pinipons que se encontram um pouco por todo o lado. Por ser pequenino e já estar cheio, terei mesmo de puxar pela imaginação e conseguir arquitectar soluções práticas que passam, acima de tudo, pela parede e, para isso, necessito de berbequim e mãozinhas de homem que me façam o serviço, já que eu sou uma gaja muito desenrrascada mas não chego a tanto. Por isso, não está fácil. Também me apetecia comprar uma estante para cd's e dvd's para a sala e um camiseiro para o quarto, já para não falar nas minhas peças de eleição - os louceiros ou móveis com portas vidradas - pelos quais baboooooo, mas neste momento são mesmo só para ver e babar ao longe, já que não me posso dar ao luxo de trazer nenhum para casa.
Há também um relógio de cozinha que ando a namorar faz tempo e um prato dourado, decorativo, que anda fisgado há meses, mas pronto, vai-se dando prioridade a outras coisas mais essenciais, que tudo isto é acessório se racionalizarmos bem as coisas e eu sempre tive tendência para gostar de tralhas.
Ainda há pouco a minha mãe me dizia que o meu pai continua a ter a ideia de que sou gastadora, que não sei poupar. Claro que uma afirmação destas me magoa e muito. Principalmente quando nunca lhe dei motivos para tal, nunca lhe peço dinheiro e suporto todas as minhas contas sozinha, mas pronto, logo havia de ter como pai um forreta do piorio que mal tem ideia da ginástica económica que faço todos os meses para me sustentar e de como por muita vontade que tenha de consumir ou de comprar, me privo de fazer a maior parte das coisas que gosto.  Não sou mais do que ninguém e há quem viva com muito pouco comparado comigo, mas caramba, há alturas em que cansa e eu, ultimamente, sinto-me muito, muito cansada.
 

Sem comentários: