quinta-feira, março 31, 2016

Respira (não pira)

Não vou desculpar-me com a falta de tempo, porque isso já acaba por ser recorrente, nem com o ritmo de trabalho ou familiar, que já sabem como é, mas estes dias de ausência que meteram Páscoa pelo meio têm sido tudo menos calmos. Durante a Páscoa a família praticamente adoeceu toda. Do marido ao filho, à filha, aos pais, toda a gente ficou com vírus fortes menos eu, a mãe heroína (ou dura de roer) com quem nem os bichos nem se atrevem a meter! À conta disso e do mal estar geral, a minha mais velha na segunda-feira quando a fui buscar à escola diz-me que está mal disposta. Não liguei muito, confesso que pensei que houvesse ali um pouco de fita - como ela sempre faz quando chego mais cedo ao colégio e lhe interrompo a brincadeira - e ala para casa que se faz tarde. 
Bom, a verdade é que no caminho senti que ela estava muito prostrada na sua cadeira, de olhos fechados a maior parte do tempo e mesmo na altura em que estava a estacionar à porta de casa ela diz-me que se sente mal e nem deu tempo de mais nada. O vómito saiu-lhe em jato e nem conseguiu abrir a porta. Escusado será dizer que fiquei com o carro num estado lastimável, onde só não vomitou o ovo e o irmão que ia lá dentro por um triz e que mesmo depois de já ter limpo e tirado todos os bocadinhos entranhados nos estofos, cadeira, bancos, chão, vidros e demais buraquinhos e recantos, o pobre carro fede insuportavelmente... 
Nestes últimos dias tenho andado sempre com as janelas abertas e já pedi vários orçamentos para limpeza dos estofos, mas tenho a esperança - talvez vã - de que vou conseguir poupar 60 euros... 
O cheiro entretanto já deu tréguas, mas ainda não estou suficientemente convencida. Tentei relativizar e pronto, há coisas piores. Ela ficou a sentir-se super mal por me ter sujado o carro todo e eu fui o mais meiga e compreensiva possível. Ela não teve culpa, eu é que não dei a atenção devida ao seu queixume. Posto isto, relativizei e tentei não pensar mais no assunto, aliás, sempre que conto a história até me rio. Até que hoje de manhã o insólito voltou a acontecer... mal saí de casa e cheguei ao pé do carro, estacionado na rua, pronta para mais um dia de "escola-trabalho", eis que reparo que o mesmo está todo sujo. Do quê, perguntam vocês? Ora, nada mais nada menos do que couves, arroz, feijão, cenoura... enfim, uma maravilha de "sopa" que alguém, muito cívico e asseadinho, decidiu atirar de alguma janela dos prédios onde o carro estava estacionado sem dizer "água vai"! Não bastava esta semana já ter  sofrido com o percalço de a miúda ter vomitado dentro do carro e deixado uma bela mistela lá dentro, eis que agora alguém decide deixar uma bela mistela cá fora e o cenário dantesco continua. Começar a manhã com couves, feijão e arroz é logo coisinha para nos deixar logo bem dispostas, não acham? Se calhar devia era de ir à bruxa, humm? ‪#‎justincase‬

E a semana ainda não acabou! (respira e não pira)


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